sábado, 17 de março de 2012

Agora vai? Samsung teria retomado negociações para ter BlackBerry 10

Por Nilton Kleina em 16 de Março de 2012

Investimento na RIM para novo sistema operacional de celulares pode finalmente ter um desfecho.

 

BlackBerry pode ser liberado para a Samsung em breve. (Fonte da imagem: Divulgação/RIM)

 

Uma leve elevação no preço das ações da RIM, empresa responsável pela tecnologia BlackBerry, seria uma pista de que a Samsung estaria de volta às negociações para investir na empresa e obter o licenciamento do sistema operacional BlackBerry 10.

 

De acordo com o blog de um analista no The Wall Street Journal, a estratégia serve para frear os avanços da Google, que recentemente adquiriu os serviços móveis da Motorola. Mas a novela já é antiga: em janeiro, um rumor sobre a compra da RIM pela companhia foi sugerido pela imprensa, mas negado pela Samsung.

 

Ainda segundo a postagem, o benefício seria mútuo: a Samsung teria um sistema operacional novo e bastante esperado para alguns de seus aparelhos, enquanto a RIM pode espantar a crisee iniciar uma retomada de seu lugar no mercado de celulares.

 

Fontes não oficiais declararam que o investimento da Samsung seria de US$ 1,5 bilhão para obter acesso ao BB10. Nenhuma das empresas se manifestou sobre as publicações.

Fonte: Tecmundo

sexta-feira, 16 de março de 2012

iPad

por Ricardo M. Beskow

Está certo que apenas passou pela minha mão o iPad 1.

No começo não dei muita bola e não quis saber muito... Com o passar das semanas fui “fuçando” e percebi que aquilo em minha mão não era apenas algo diferente, mas sim, algo incrível em que tinha sonhado e nem me dei conta que estava em minha mão.

Não tive chance de encontrar por esses lados o iPad 2, e já estamos vendo o new iPad por aí.
(iPad 3 para mim)

Se não fosse tão caro aqui no Brasil e minhas prioridades fossem outras compraria SIM, e sem pensar !!!

Não digo apenas por propaganda pois não se trata disso… Não existe android que supere o que a Apple fez com seu sistema e aparelhos.

Dê qualquer iPad para uma criança que ela sai fuçando. O que também acontece com tablets com Android mas sinceramente… não é nada parecido…

De outra forma… não vejo a hora de ter um na mão… WiFi é claro pois 3G aqui por esses lados não tem como…

quinta-feira, 15 de março de 2012

A era da Lei de Moore está caminhando para o fim

Por Renan Hamann em 15 de Março de 2012

Limitações físicas podem impedir que os processadores continuem dobrando o número de transistores.

 

(Fonte da imagem: Divulgação/Intel)

 

Você já ouviu falar na Lei de Moore? Ela diz que, a cada 18 meses, o número de transistores existentes em um processador aumenta 100% (ou seja, ele dobra). E isso tem sido uma verdade bastante visível na tecnologia (não apenas na informática, mas também em fotografia, por exemplo), como pode ser observado em uma rápida análise dos chips criados nas últimas décadas.

Alguns pesquisadores e entusiastas da computação quântica começam a dizer que a Lei de Moore não pode ser eterna, afinal de contas, é difícil que os transistores aumentem para um número muito maior do que já são. Mas antes de entrarmos com mais detalhes sobre os processadores quânticos, temos de responder a uma pergunta muito importante...

 

Quem foi Moore, afinal?

Gordon Earle Moore é um dos fundadores da Intel, uma das maiores empresas fabricantes de chips de processamento do mundo. Porém, antes de criar a empresa, ele foi responsável pela tese que deu origem a uma das maiores leis a reger a informática. É claro que estamos falando da Lei de Moore, que foi proposta em 1965.

 

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

Para sermos sinceros, apesar de as proposições terem sido feitas em 1965, somente nos anos 70 elas ganharam o título de “Lei de Moore”. O responsável pelo batismo foi o professor Carver Mead, que lecionava na Caltech (uma das universidades em que Moore estudou).

 

Até onde vai a lei?

Atualmente, um grupo de cientistas envolvidos com o tema diz que não é possível que a Lei de Moore dure muito tempo. Todos reconhecem a importância dela para a tecnologia mundial, mas há outro ponto em que concordam: não há como criar processadores com o número de transistores muito maior do que é possível hoje.

Uma das limitações, segundo Gerhard Klimeck (pesquisador da Universidade de Purdue), é o espaço físico dos processadores. Ele contou ao Kurzweil AI que os processos de fabricação já estão com menos de 50 nanômetros e dificilmente será possível fazer algo menor do que isso no futuro – o que seria necessário para abrigar mais transistores.

 

Intel Intanium: especula-se que tenha mais de 2 bilhões de transistores (Fonte da imagem: Divulgação/Intel)

 

Para que os chips pudessem reunir mais do que alguns bilhões de transistores, seria necessário também que eles iniciassem um processo contrário ao que acontece hoje. Ou seja, os processadores teriam de voltar a crescer, o que causaria problemas para a economia de energia, que é tão necessária na “era dos portáteis”.

Mas qual seria a solução para que os processadores pudessem continuar diminuindo, sem que seja preciso cortar o poder de performance deles? Segundo um grupo de cientistas das universidades de South Wales, Purdue e Melbourne, a resposta está em utilizar apenas um átomo. Sim, estamos falando de computação quântica.

 

Processadores quânticos

Os pesquisadores que acabamos de citar estão trabalhando para desenvolver um processador capaz de ser controlado por transistores compostos por um único átomo de fósforo, que teria apenas 0,1 nanômetro. Isso seria muito importante para que os chips conseguissem prosseguir na diminuição gradual das últimas décadas.

 

O transistor atômico proposto (Fonte da imagem: Reprodução/Purdue University)

 

Por enquanto, o que eles conseguiram fazer foi criar transistores que unem fósforo e silício, criando uma estrutura com um átomo de altura e quatro átomos de largura – e que apresentou propriedades muito similares às de ligações feitas com fios e transistores com base em cobre.

A estrutura pode, inclusive, ser conectada a outras do mesmo tipo e ter tensão elétrica aplicada, respondendo aos comandos de um dispositivo controlador. Em breve, isso pode ser transformado em um processador completo, com funções similares às desempenhadas por chips atuais.

 

Problemas atômicos

Quando trabalhamos com átomos pouco estáveis, acabamos esbarrando em algumas limitações complicadas. Por enquanto, os transistores de fósforo e silício só conseguem responder com a qualidade desejada em temperaturas muito baixas (cerca de 196 graus negativos), o que exige um resfriamento criogênico dos componentes.

 

(Fonte da imagem: Reprodução/University of South Wales)

 

Cada átomo se anexa a um canal para conseguir operar como um transistor. Para que o funcionamento seja normal, os elétrons precisam ficar nesses mesmos canais. O problema é que, com temperaturas mais altas, os elétrons se movem mais do que o necessário e “escapam” dos canais. Isso impossibilita a utilização deles.

 

Até quando vamos esperar?

Não é possível afirmar quando os processadores com transistores comuns serão deixados de lado. O fato é que os pesquisadores têm razão ao dizer que vai faltar espaço para tantos componentes, mas ainda não é possível utilizar outras tecnologias de maneira satisfatória.

Por enquanto, só nos resta torcer para que os avanços nas pesquisas continuem e os chips de controle de computadores continuem oferecendo qualidade no funcionamento e tamanhos reduzidos. Ou então que os processadores atômicos cheguem logo – com preços acessíveis.

Fonte: Tecmundo

Canhão de laser poderá destruir lixo espacial

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2012

Lixo espacial pode ser destruído com laser

Os pulsos de laser criam jatos de plasma ao redor do lixo espacial, mudando sua rota e fazendo-o reentrar na atmosfera, onde se queima.[Imagem: E. Victor George]

 

Arma de raios

Existem diversas propostas para limpar o lixo espacial que vem se acumulando ao redor da Terra.

A maior parte das opções envolve o lançamento de satélites garis, embora a NASA já tenha sinalizado gostar da ideia de usar velas solares instaladas nos próprios satélites artificiais a serem lançados.

Mas Claude Phipps, atualmente naPhotonic Associates, acredita ter uma solução mais prática e mais fácil de implementar.

A ideia de Phipps é usar raios laser de alta potência, a partir do solo, para produzir um tranco no detrito espacial, fazendo-o mudar de rota e reentrar na atmosfera, onde se queimaria.

Segundo ele, embora a ideia já tenha sido apresentada há cerca de 15 anos, as tecnologias atuais de telescópios e lasers pulsados podem finalmente viabilizar o projeto.

 

Remoção de lixo espacial a laser

O sistema, batizado de LODR (Laser Orbital Debris Removal: remoção de detritos espaciais com laser), exige um pulso de energia de 75 kJ/m2, durante 5 nanossegundos.

Dispondo dessa energia, é necessário então acertá-la com precisão a distâncias de várias centenas de quilômetros - isso já é possível usando as técnicas de compensação das variações atmosféricas desenvolvidas para os telescópios.

Acertando o detrito com esse pulso, explica Phipps, cria-se um jato de plasma que funciona como se um foguete tivesse sido instalado no lixo espacial.

"Já estão sendo projetados lasers que irão gerar os pulsos de 10 kJ necessários, a 10 Hz, indefinidamente," afirma o pesquisador, o que é importante para a viabilização de um sistema que possa operar ininterruptamente.

Ele ressalta também a fabricação de espelhos segmentados muito leves, que são necessários para dirigir com precisão o feixe de laser para que ele acerte objetos que podem ter algo em torno de 10 centímetros de diâmetro, a uma média de 400 quilômetros de distância.

 

É só construir

Seus novos cálculos também permitiram eliminar algumas das ineficiências apontadas em relação ao projeto original.

"Nós verificamos que, em muitos casos, é eficaz pressionar diretamente contra o objeto, assim como contra sua direção de movimento," explica ele. Desta forma, o sistema torna-se capaz de derrubar praticamente qualquer lixo espacial, independente da sua posição e da sua rota.

Segundo o pesquisador, as principais vantagens da remoção de lixo espacial com o laser são o custo, baixíssimo em relação a qualquer outra opção, e a velocidade, uma vez que ele permite alvejar instantaneamente qualquer detrito "que passe acima da sua cabeça", enquanto os sistemas em órbita, como os satélites-gari, levarão dias para se movimentar de um detrito até outro, quando não são capazes de remover apenas um.

Segundo Phipps, tudo o que falta agora é construir um protótipo, a fim de refinar os cálculos e lidar com eventuais problemas de projeto que surjam.

 

Bibliografia:
Clearing space debris with lasers
Claude Phipps
SPIE
DOI: 10.1117/2.1201112.004076

Fonte: Inovação Tecnológica

Polímeros se autoconsertam sem deixar cicatrizes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/03/2012

Polímeros se autoconsertam sem deixar cicatrizes

Depois que as duas partes do hidrogel cortado são postas em contato novamente, suas moléculas se entrelaçam, reconstruindo o polímero. [Imagem: Joshua Knoff/UCSD]

 

Autocura

Cientistas criaram dois novos tipos de material que voltam a se ligar autonomamente depois de serem totalmente rompidos.

E o processo de autoconserto, que funciona de forma tão simples quanto colar e descolar as duas metades de um velcro, não deixa nenhuma cicatriz no material.

As possibilidades de aplicação dessa capacidade de autoconserto são inúmeras, começando por suturas médicas, plásticos que se autoconsertam quando danificados, selantes industriais, peles artificiais para robôs e muitos etcéteras.

 

Hidrogel

Hidrogéis, ou hidrogeles, consistem em longas cadeias de moléculas depolímeros que formam uma geleia flexível, parecida com os tecidos moles do corpo humano.

Eles têm sido explorados, por exemplo, na fabricação de músculos artificiais que imitam as células musculares humanase até de um sistema circulatório artificial.

Mas, até agora, ninguém havia conseguido produzir um hidrogel que conseguisse reconstruir as ligações entre as cadeias de suas moléculas depois que um corte é introduzido, o que vinha limitando suas aplicações práticas.

Shyni Varghese e seus colegas da Universidade da Califórnia superaram essa limitação usando o que eles chamam de "cadeia lateral suspensa", moléculas que se estendem como se fossem dedos da "mão" que representa a estrutura principal do hidrogel.

Depois que as duas partes do hidrogel cortado são postas em contato novamente, esses "dedos" se entrelaçam, reconstruindo o polímero.

 

Polímeros se autoconsertam sem deixar cicatrizes

The gel is continually releasing free radicals that allow the material to repair damage without additional energy [Imagem: Imato et al./Angew. Chem.]

 

Equilíbrio radical

Já o Dr. Keiichi Imato e seus colegas da Universidade Kyushu, no Japão, usaram uma técnica diferente para conseguir o mesmo efeito.

Eles usaram uma substância chamada DABBF (diarilbibenzofuranona), que pode ser dividida para formar um par de radicais.

A "mágica" acontece porque as unidades de DABBF ficam em uma espécie de equilíbrio dinâmico, constantemente se quebrando em radicais que eliminam o D da fórmula - ou seja, formando arilbibenzofuranona - e então se reformando novamente.

Isto significa que, quando um pedaço do material é inteiramente dividido, basta colocar as duas metades juntas novamente para que elas se unam, também sem nenhuma cicatriz.

"Nosso sistema obteve um autoconserto 'autônomo' e não exige qualquer estimulação externa," afirmou ele.

 

Bibliografia:
Rapid self-healing hydrogels
Ameya Phadke, Chao Zhang, Bedri Arman, Cheng-Chih Hsu, Raghunath A. Mashelkar, Ashish K. Lele, Michael J. Tauber, Gaurav Arya, Shyni Varghese
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: Published online before print
DOI: 10.1073/pnas.1201122109
Self-Healing of Chemical Gels Cross-Linked by Diarylbibenzofuranone-Based Trigger-Free Dynamic Covalent Bonds at Room Temperature
Keiichi Imato, Masamichi Nishihara, Takeshi Kanehara, Yoshifumi Amamoto, Atsushi Takahara, Hideyuki Otsuka
Angewandte Chemie International Edition
Vol.: 51, Issue 5, pages 1138-1142
DOI: 10.1002/anie.201104069

Fonte: Inovação Tecnológica

Pacotão: 14 respostas sobre 32 e 64 bits, Linux, antivirus gratuitos e mais

qua, 14/03/12. por Altieres Rohr

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

O leitor Lucas enviou uma série de 14 perguntas. Vamos conferir:

Altieres, sei que não existe uma resposta final para a série de perguntas que vou fazer, mas quero pelo menos sua opinião sincera.
Lucas

Na verdade, olhando essas perguntas, para muitas delas existe sim uma resposta – não “final”, porque algumas coisas mudam, mas é uma resposta além de uma simples “opinião. Veja só:

 

1. Qual a plataforma mais segura, 32-bit ou 64-bit?


Esses números são referentes a capacidades dos processadores, especialmente para realizar o endereçamento de memória, ou seja, aumentar a quantidade de memória que pode ser usada no PC. A princípio, não existe nenhuma relação direta com segurança, exceto alguns recursos como o NX bit, que estão disponíveis também em alguns processadores de 32 bits.

A maior diferença está nos sistemas operacionais, especialmente no Windows. O Windows de 64 bits é muito mais seguro que o de 32, porque tem recursos únicos no funcionamento. Isso não se deve simplesmente ao fato de o sistema ter 64 bits, mas sim que a Microsoft aproveitou a mudança de arquitetura para fazer outras mudanças no sistema e que poderiam interferir com softwares mais antigos.

Se o sistema operacional não usar os novos recursos de segurança dos processadores de 64 bit e não tiver diferenças em relação ao 32-bits, não haverá diferença nenhuma. A questão está no sistema operacional, não nos processadores. E aí depende de cada sistema específico, não do número de bits.

 

2. Manter o Windows 7 sempre atualizado é o suficiente, ou um sistema operacional Linux é mais seguro?


Tem um “ou” na sua frase que não procede. As opções não são exclusivas. É completamente possível manter um Windows 7 seguro, mas o Linux hoje, no ambiente doméstico, sofre bem menos ataques e vai lhe dar menos trabalho nesse sentido. Você ainda vai precisar ter cuidado com phishing, realizar backups e ter cuidados com senhas e outras questões que independem do sistema operacional.

 

3. Quando for lançado o Windows 8, é seguro migrar de imediato ou é prudente esperar algum tempo?


Um dos princípios da segurança é a “disponibilidade”. Esse princípio tem uma ligação com a estabilidade do sistema. Sistemas novos costumam ter mais problemas, seja por conta do sistema ou pela compatibilidade de aplicativos, que, se forem incompatíveis, serão “indisponíveis”. Nesse caso, aguardar é sempre prudente, mesmo que o sistema não seja “inseguro” no sentido de conter falhas.

 

4. Os antivírus gratuitos de fato encontram vírus novos ou apenas encontram os tais trojans enquanto nossa máquina na realidade está cheia de vírus? Como podemos saber se existe vírus no sistema se o antivírus não estiver detectando-o?


Não é de graça usar o AVG, Avast, ou AntiVir em empresas. Nem mesmo o Security Essentials da Microsoft pode ser usado (o produto comercial se chama ForeFront). A tecnologia é a mesma. Essa separação entre “antivírus pagos e gratuitos” não procede. Tem muito antivírus pago que não detecta pragas que esses gratuitos detectam.

Fato: os criadores de vírus estão mais atentos aos produtos mais populares, tendo eles versões gratuitas ou não, e buscam fazer com que as pragas escapem desses programas.

Se você desconfia da existência de um vírus em seu computador, pode usar outras ferramentas, como os antivírus on-line oferecidos por algumas empresas.

 

Softwares como o Malwarebytes são úteis para tirar a dúvida no caso de uma suspeita de infecção. (Foto: Reprodução)

 

5. O Malwarebytes ainda faz sentido ser usado junto a um antivírus?


Como um complemento no caso de dúvidas, como dito no final da questão anterior, é válido sim. Mas é importante não se focar no produto, e sim nas medidas de segurança. Você está usando o Windows com UAC ativado ou com um usuário limitado? Isso é mais importante.

 

6. Como posso saber se existe algum banker, keylogger ou semelhante na minha máquina captando minhas senhas?


É para isso que serve um antivírus. Fora isso, apenas uma análise especializada poderá responder essa pergunta. Um software espião, da mesma forma que um espião de verdade, não é muito útil se ele é fácil de ser detectado.

 

7. Existe alguma alternativa mais segura e eficiente ao Adobe Flash e ao Adobe Reader?


O Adobe Reader X (o novo Reader) é muito mais seguro que a anterior e ainda não foi registrado um ataque que funcione contra ele. Ele é bastante “pesado”, no entanto. Alternativas incluem o Foxit e o NitroPDF.  A coluna sugere que o plugin do PDF não seja utilizado dentro do navegador, já que a maioria dos ataques vai acabar solicitando que você baixe um PDF que não pediu – e aí você sabe que não deverá abri-lo. Se você estiver com o plugin do PDF ativado, o navegador vai abrir diretamente o PDF e resultar no possível ataque.

Quanto ao Flash, existe o GNU Gnash, mas ele não funciona na maioria dos casos e, principalmente, não existe suporte oficial para Windows.

 

8. O CCleaner apaga cookies maliciosos (se é que isso exista)?


O que existem são “cookies rastreadores”, porque o cookie em si não executa código algum. Se rastrear alguém anonimamente na internet é “malicioso” é questão de opinião. O CCleaner em geral apaga todos – rastreadores ou não. E mesmo que ele apague cookies rastreadores, eles voltam depois que você abrir o primeiro site de internet. A coluna acredita que há coisas muito mais importantes para se preocupar.

 

9. Quando faço compras em sites de compras em que preciso inserir o número do cartão de crédito, qual seria o método mais seguro a ser adotado?


Inicie o computador a partir de um LiveCD com Linux e não visite nenhum site que não seja o da compra. Faça isso em casa e não use uma rede pública – mesmo que cabeada -, nem uma rede sem fio que esteja sem senha – mesmo que na sua casa. Essa é provavelmente a forma mais segura de acessar um site de compras ou de banco.

 

Windows atualizado não pega vírus em pen drives. (Foto: Divulgação)

 

10. Como que é possível que todo dia minha caixa de e-mail esteja sempre cheio de spams? Onde os remetentes conseguem os e-mails das pessoas? E enquanto estou com o e-mail aberto e clico em uma mensagem, o antivírus está me dando cobertura, ou sou infectado e nem percebo?


Existem robôs (softwares automatizados) que varrem a internet em busca de e-mails. Vírus também varrem os computadores em busca de endereços de e-mail nos arquivos. Isso significa que se qualquer pessoa que já enviou um e-mail para você for infectada, seu e-mail já estará nas mãos dos criminosos. Depois é questão de troca e venda entre eles para que seu endereço se espalhe.

Quando você abre um e-mail – a mensagem -, sua primeira linha de defesa é o programa com o qual você está lendo e-mail, seja um cliente de e-mail (Thunderbird, Outlook) ou o seu navegador em um webmail. Isso porque a mensagem não deve ser capaz de conter vírus; se conter, é porque existe uma falha no software. Por isso esse software precisa estar atualizado.

Já quando você abre um anexo, a responsabilidade é do antivírus — e sua, porque o anexo, se for um arquivo executável, pode ter vírus mesmo que nenhuma vulnerabilidade seja usada, ao contrário das mensagens em si.

 

11. Os drivers (vídeo, som, rede etc) devem ser atualizados com frequência, podem ser meios de propagação de vírus?


No Windows 7 de 64 bits, os drivers precisam ser assinados. Isso significa que não é fácil infectar um driver, embora isso tenha acontecido em pragas muito sofisticadas, como o Stuxnet, que foi usado para interferir com o programa nuclear do Irã.

Quanto à atualização rotineira dos drivers em si, vale o princípio da estabilidade: seu computador está funcionando? Se a resposta é “sim”, nem sempre atualizar é uma boa ideia. Verifique no site do fabricante o que muda com o novo driver. Drivers de vídeo normalmente melhoram o desempenho em games e coisas do gênero. Drivers de rede sem fio podem corrigir problemas ao acessar determinadas redes. Se isso vai ser útil para você, é claro que a atualização é uma boa ideia. Mas normalmente só vai no site do fabricante procurar por uma atualização quem já está com problema.

O Windows também fornece atualizações de driver pelo Microsoft Update. Essas normalmente podem ser instaladas sem problema.

 

Golpe no Facebook usou o Tiririca, mas a presença de fraudes não significa que o serviço é inseguro. (Foto: Reprodução)

 

12. O Windows Live Messenger é seguro? O Facebook? O Orkut? O Twitter? O Blogger? Ou cada vez que acesso esses sites estou escancarando uma porta para possíveis invasores?


A internet é segura? Atravessar a rua é seguro? A resposta é: depende. Existem mensagens maliciosas no Twitter, existem vírus que se espalham pelo Messenger, pelo Facebook, pelo Orkut. Existem blogs maliciosos hospedados no Blogger. Mas isso é porque existe conteúdo malicioso em qualquer lugar na internet onde a troca de informações é livre. Se você pode colocar algo lá, um criminoso também pode.

Todos esses serviços têm filtros para impedir a ação de criminosos. Eles funcionam algumas vezes, e noutras não. É preciso ter cuidado e se informar sobre como usar os serviços de forma segura.

Mas você não está “abrindo uma porta” para invasores. Isso vai depender do uso que você fizer desses serviços, não do fato de simplesmente usá-los.

 

13. Já vi sites e anúncios que fazem algum tipo de rastreamento e sabem mais ou menos a localização onde estou acessando a Internet, isso significa que eles podem ter acesso ao meu computador ou é apenas um código a la ClustrMaps?


Existem bancos de dados que fazem a conversão chamada de “GeoIP”, ou seja, a localização geográfica do seu endereço IP. Alguns bancos de dados são melhores que outros, e alguns dão resultados completamente errados. Não existe nenhuma vulnerabilidade nisso.  É quase como saber que o DDD 11 é de São Paulo e faz parte do funcionamento normal da internet.

Detalhe: se você conectar à internet usando um provedor de internet discada da Europa (fazendo discagem internacional), os sites vão pensar que você é europeu. A associação da localização geográfica dos IPs tem várias limitações.

 

14. Como eu posso ter certeza que minha pen drive não tem vírus, e como posso evitar que ela seja infectada?


Os “vírus de pen drive” não mais funcionam no Windows 7 e nos Windows Vista e XP que estiverem com todas as atualizações de segurança. Embora existam alguns softwares que prometem “imunizar” um pen drive, alguns nem sempre funcionam e outros podem restringir a possibilidade de você usar o pen drive, por exemplo, em certos sistemas operacionais ou dispositivos.

Nunca guarde arquivos importantes em um pen drive que você pretende levar por aí. Pen drive que você carrega com você não é lugar de backup.

Pen drives infectados com “vírus de pen drive” sempre tem o arquivo “autorun”. Ele pode estar oculto e nem sempre é fácil de vê-lo. Alguns vírus colocam outros arquivos no pen drive – se você não executá-los, não será infectado. A dica é usar um pen drive “público”, manter o seu sistema operacional atualizado para não ser infectado e reformatar o pen drive constantemente.

E essa foi a última pergunta do leitor Lucas, que a coluna espera ter respondido

Se você também tem perguntas de segurança, deixe-as na área de comentários, logo abaixo. Até a próxima!

Fonte: G1

Conheça as principais teclas de atalho para o Windows 8

ter, 13/03/12, por ronaldoprass

A tecla 'WinKey' está presente na maioria das combinações de teclas de atalho do Windows 8

 

O grande destaque da nova versão do sistema operacional da Microsoft, Windows 8, é sua nova interface gráfica, que combina elementos de desktop com recursos destinados às telas sensíveis ao toque. Porém, é comum os usuários da plataforma terem resistência a mudanças tão significativas.

 

Em situação semelhante, os usuários do Ubuntu também já se manifestaram contrários quando o Unity foi incorporado com ambiente gráfico padrão da distribuição.

 

Mas é preciso levar em consideração que a nova versão do Windows foi lançada para que os usuários a avaliassem. Ou seja, novos recursos poderão ser adicionados assim como melhorias aos recursos atuais. E, pensando em facilitar o uso do sistema operacional pelo leitor, a coluna Tira-dúvidas preparou um pacote com as principais teclas de atalho do Windows 8.

 

A maior parte da combinação de teclas de atalho no Windows 8 necessita do “WinKey” mais uma letra. Embora possa parecer complicado memorizar tantas combinações, com a prática, a produtividade obtida irá compensar o esforço.

 

Teclas de atalho
– WinKey: pressionando somente a tecla, é possível alternar entre o menu de mosaico e o desktop;
– WinKey + Barra de espaço: habilita a opção de troca de idioma layout do teclado;
– WinKey +  K: exibe o menu de conexões de rede;
– WinKey +  Q: abre a busca;
– WinKey +  Z: alterna a navegação entre os aplicativos que estão abertos;
– WinKey +  I: exibe o menu de configurações;
– WinKey +  C: exibe o novo menu Iniciar;
– WinKey +  O: desativa a rotação da tela (só é útil em equipamentos com acelerômetro);
– WinKey + R: abre o menu “Executar”;
– WinKey + Enter: ativa o recurso destinado a deficientes visuais por meio da narração do conteúdo;
– WinKey + Shift + Ponto: movimenta a tela para esquerda (válido em PCs com múltiplos monitores);
– WinKey + PageUp: move os tiles para a esquerda;
– WinKey + PageDown: move os tiles para a direita;
– WinKey + E: abre o Windows Explorer;
– WinKey + L: bloqueia a tela do Windows;
– WinKey + U: exibe o “Easy Of Access Center”;
– WinKey + M: minimiza todas as janelas de programas abertos;
– WinKey + X: exibe o menu “Windows Mobility Center application”;
– WinKey + W: exibe o painel de configurações, onde é possível alterar as configurações do aplicativo usado, volume do som e ajuste de brilho.

Fonte: G1

Mais da metade do tráfego na internet não é feito por humanos

14 de Março de 2012 | 11:56h

Estudo aponta que 51% do tráfego da web é feito por softwares que podem ser maliciosos, e apenas 49% é feito por humanos

 

Domínios na web: novas regras

Menos da metade do tráfego da internet é feito por pessoas. Segundo estudo da provedora de segurança na nuvem Incapsula, humanos representam 49% do que é feito na internet.

 

Os outros 51% são divididos entre atividades de softwares e a maior parte é maliciosa. De acordo com o estudo, 5% do tráfego é de ferramentas de hackers procurando vulnerabilidades em sites, 5% é de atividade de sites que copiam outros para enganar usuários (chamados scrappers), 2% é feito por spammers de comentários em sites, 19% é feito por "espiões" que coletam dados pela rede e 20% por mecanismos de busca - que não são maliciosos, mas não são feitos por humanos.

 

Segundo a empresa, a maior parte do tráfego de não-humanos é praticamente invisível, já que não é mostrado em softwares de análise de tráfego.

 

"Poucas pessoas percebem como muito do próprio tráfego é feito por não-humanos e a maior parte pode ser prejudicial", disse Marc Gaffan, co-fundador da Incapsula, para a ZDNet.

Fonte: Olhar Digital

Novo iPad: conheça as principais mudanças do tablet

11 de Março de 2012 | 15:45h
Uma tela com altíssima definição, o novo processador A5X, câmeras e conexão 4G são os grandes destaques

 

Fonte: Olhar Digital

TAG Heuer lança celular de luxo que custa quase 7 mil reais

14/03/2012 14h27 - Filipe GarrettPara o TechTudo

 

Racer terá fibra de carbono e titânio para garantir resistência e leveza (Foto: Reprodução) (Foto: Racer terá fibra de carbono e titânio para garantir resistência e leveza (Foto: Reprodução))Racer terá fibra de carbono e titânio para garantir resistência e leveza (Foto: Reprodução)

 

Fabricante tradicional de relógios e cronômetros, a empresa suíça TAG Heuer apostou seu prestígio na criação de um smartphone de alto padrão de qualidade. Chamado de Racer, o aparelho é confeccionado em fibra de carbono, adota o Android como sistema operacional e oferece uma interface gráfica tridimensional. Seu preço, aliás, também não é nada modesto: o aparelho custa quase US$ 7 mil.

Smartphone chega em julho na Europa e custa quase R$ 7 mil (Foto: Reprodução) (Foto: Smartphone chega em julho na Europa e custa quase R$ 7 mil (Foto: Reprodução))Smartphone chega em julho na Europa e custa quase R$ 7 mil (Foto: Reprodução)

 

Além da carcaça em fibra de carbono com cobertura emborrachada, o celular possui estrutura em titânio. A combinação destes materiais foi inspirada na Fórmula 1 (até 2003 a TAG Heuer era responsável pela cronometragem oficial do campeonato). Além de resultar em um smartphone altamente resistente, ela garante que o aparelho seja muito leve.

 

A TAG mencionou que a alta qualidade do celular vai além dos materiais escolhidos para sua produção. O processador do dispositivo será um dos melhores disponíveis, e a versão do sistema operacional tende a ser a mais atual, o Android 4.0 Ice Cream Sandwich. 

 

Fibra de carbono e titânio são materiais caros. Isso explica o porquê do smartphone, que chega às lojas em julho, custar incríveis US$ 3.700 (aproximadamente R$ 6.600). A princípio, o dispositivo será comercializado apenas na Europa, em relojoarias e joalherias de luxo.

 

Abaixo você vê um vídeo que apresenta o Racer:

 

Via Android Community e Techtudo

quarta-feira, 14 de março de 2012

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem células solares orgânicas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/03/2012

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem células solares orgânicas

As células solares orgânicas substituem o silício cristalino tradicionalmente usado (que é inorgânico) por materiais à base de carbono (ou orgânicos). [Imagem: Antoninho Perri/Unicamp]

 

Deposição camada por camada

Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo uma nova técnica para a fabricação de células solares fotoeletroquímicas orgânicas.

As células solares orgânicas substituem o silício cristalino tradicionalmente usado (que é inorgânico) por materiais à base de carbono (ou orgânicos).

Elas são promissoras por serem potencialmente muito mais baratas e serem flexíveis, podendo ser aplicadas sobre qualquer superfície. Mas ainda há desafios tecnológicos a vencer antes que elas cumpram todo esse potencial.

Luiz Carlos Pimentel Almeida e seus colegas do Instituto de Química da Unicamp adaptaram uma técnica de fabricação sequencial, chamada deposição camada por camada, para a fabricação das células solares orgânicas.

A deposição camada por camada já é usada pela indústria, mas não na conversão de energia. E os resultados parciais da pesquisa indicam que os filmes finos de multicamadas são candidatos promissores como camadas ativas para células fotovoltaicas orgânicas.

 

Inspirado pela fotossíntese

Luiz Carlos diz ter-se inspirado no mais eficiente sistema de conversão de energia da natureza, a fotossíntese.

Ele explica que, na fotossíntese, cada peça-chave é colocada numa determinada posição específica, numa organização espacial, e a técnica camada por camada também permite este tipo de organização.

"Se pensarmos a partir da fotossíntese, conseguimos ter maior controle sobre a camada ativa dos dispositivos fotovoltaicos", explica ele.

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem células solares orgânicas

Os nanotubos de carbono são o elemento ativo destas células solares orgânicas, uma vez que nenhuma corrente é produzida quando eles são retirados. [Imagem: PPS/RSC]

 

O que ele fez então foi empilhar camadas dos diversos materiais necessários, incluindo polímeros e nanotubos de carbono, alternando materiais para as cargas negativa e positiva - os polímeros catiônicos são positivos, enquanto os nanotubos de carbono são negativos.

A deposição vai sendo repetida, e as camadas se unem por interações eletrostáticas.

 

Rendimento das células solares

O rendimento das células solares resultantes variou de 2 microamperes por cm-2 a 7,5 microamperes por cm-2, dependendo da quantidade de camadas aplicadas para formar o filme completo.

As análises mostraram que os nanotubos de carbono são o elemento ativo destas células solares orgânicas, uma vez que nenhuma corrente é produzida quando eles são retirados.

Segundo a professora Ana Flávia Nogueira, coordenadora da pesquisa, a inovação não consiste apenas da adaptação de uma técnica já existente para a fabricação das células solares.

O processo é muito minucioso, com exigências que começam com as etapas de lavagem do substrato e seguem com o posicionamento preciso das camadas, até chegar ao dispositivo ideal.

Ainda assim, as células solares orgânicas resultantes, quando totalmente desenvolvidas, poderão ser muito mais baratas porque poderão ser fabricadas em série, em um sistema contínuo, parecido com a impressão de jornais.

 

Bibliografia:
Photoelectrochemical, photophysical and morphological studies of electrostatic layer-by-layer thin films based on poly(p-phenylenevinylene) and single-walled carbon nanotubes
L. C. P. Almeida, V. Zucolotto, R. A. Domingues, T. D. Z. Atvars, A. F. Nogueira
Photochemical & Photobiology Sciences
Vol.: 10, 1766-1772
DOI: 10.1039/C1PP05221G

Fonte: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bateria flexível com 0,3 mm de espessura é aposta da NEC

Por Felipe Arruda em 12 de Março de 2012

A NEC apresentou uma bateria tão fina que poderia ser incorporada ao seu cartão de crédito.

Bateria é tão fina que poderia ser incorporada em cartões inteligentes (Fonte da imagem: The Verge)

 

Já faz algum tempo que a NEC vem trabalhando em sua bateria de radical orgânico (ORB). Agora, de acordo com a The Verge, a empresa acaba de anunciar a sua última conquista: a nova ORB é flexível e possui 0,3 mm de espessura, muito apropriada para ser acoplada em cartões inteligentes, usados em sistema de pagamento de transporte público, cartões de crédito e afins.

 

Esses cartões costumam ter espessura de 0,73 mm e, portanto, mesmo com a inserção da ORB, sua carteira continuaria fina. Além disso, a bateria também pode ser impressa diretamente nos cartões, como parte do processo de manufatura. Há também a possibilidade de usar uma camada de polímero de 0,5 mm de espessura para incorporar pequenas antenas ao dispositivo.

 

Apesar de a principal vantagem dos cartões inteligentes ser a completa independência do uso de baterias, a NEC diz ter algumas aplicações para o invento. Uma delas seria a existência de cartões com pequenos displays, capazes de exibir o saldo dos créditos restantes, além, é claro, da possibilidade de transmissão de dados.

Fonte: Tecmundo

Nanocola era tudo o que faltava para viabilizar chips 3-D

Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/03/2012

Nanocola era tudo o que faltava para viabilizar chips 3-D

A nova cola é nano porque, em vez de uma película relativamente grossa, a nanocola forma um filme com a espessura de algumas poucas moléculas.[Imagem: Tingrui Pan/UC Davis]

 

Cola com nanotecnologia

Os avanços da nanotecnologia chegaram às colas e adesivos.

Engenheiros da Universidade da Califórnia, em Davis, nos Estados Unidos, criaram uma nanocola.

Ela é nano porque, em vez de uma película relativamente grossa, a nanocola forma um filme com a espessura de algumas poucas moléculas.

 

Colagem de processadores

Segundo Yuzhe Ding e seus colegas, ela é ideal para uso na microeletrônica, onde osprocessadores 3D exigem técnicas inovadoras para a colagem das diversas pastilhas de silício, umas em cima das outras.

Em Setembro do ano passado, a IBM anunciou que estava pronta para colar até 100 núcleos em um processador 3D, mas que, para isso, faltava inventar uma cola adequada.

Parece que a encomenda acaba de ser atendida.

"O próprio material, ou seja, as pastilhas de silício, vão se quebrar antes que a cola se solte," garante o professor Tingrui Pan.

E há outras vantagens: a nanocola pode ser aplicada por impressão e é boa condutora de calor, o que significa que os núcleos empilhados do processador 3-D não ficarão termicamente isolados.

 

Problema que vira oportunidade

A nanocola é feita com base em um material bem conhecido, o PDMS (polidimetilsiloxano), que geralmente deixa um resíduo ultrafino quando é colocado sobre uma superfície lisa.

Esse resíduo é geralmente um incômodo quando se trabalha com o polímero, mas os pesquisadores imaginaram que essa aderência poderia ser explorada como cola.

Eles então otimizaram as propriedades adesivas do PDMS tratando o resíduo superficial com oxigênio.

Além dos chips, os pesquisadores afirmam que a nanocola também poderá ter aplicações domésticas, principalmente para colar objetos em superfícies lisas, como azulejos.

 

Bibliografia:
Universal Nanopatternable Interfacial Bonding
Yuzhe Ding, Shaun Garland, Michael Howland, Alexander Revzin, Tingrui Pan
Advanced Materials
Vol.: 23, Issue 46, pages 5551-5556
DOI: 10.1002/adma.201102827

Fonte: Inovação Tecnológica

domingo, 11 de março de 2012

Mundos real e virtual começam a ser conectados na Europa

Com informações da CORDIS - 10/03/2012

Cidades Inteligentes: real e virtual começam a ser conectados na Europa

Para quem achava que ambientes inteligentes e cidades inteligentes eram coisas do futuro, é bom ficar ligado porque parece que o futuro já está conectado. [Imagem: ICT-Sensei]

 

Ambientes inteligentes

Colocar sensores e atuadores em tudo, das nossas casas e carros, até os nossos sapatos e xícaras de café pode parecer um tanto exagerado.

Mas o fato é que isso tem o potencial para tornar nossas vidas mais fáceis, mais confortáveis e mais seguras.

Imagine, por exemplo, que já se pode pedir normalmente ao celular ou ao carro para que ligue para uma pessoa, e apenas esperar que a ligação se complete - mas ainda é necessário sair pela casa apagando cada uma das lâmpadas manualmente antes de ir dormir.

Pesquisadores europeus concluíram que é hora de mesclar os mundos virtual e digital, disseminando o que eles chamam de "ambientes inteligentes" ou "inteligência ambiente".

Os resultados das suas pesquisas mostraram que a tecnologia já permite ir além dos edifícios e casas inteligentes, passar ao nível das cidades inteligentes e, eventualmente, chegar a um ambiente inteiramente conectado.

 

Visão holística, computacionalmente falando

A ideia é disseminar a tecnologia, mas deixá-la imperceptível, muito próxima da chamada computação ubíqua, ou seja, computadores em todos os lugares.

Para isso, contudo, é necessário desenvolver sensores e formas de comunicação entre esses sensores - as chamadas redes de sensores - que permitam que você dê à expressão "percepção holística do mundo" um sentido mais microeletrônico.

É a chamada tecnologia transparente ao usuário. Para que a tecnologia esteja presente em todos os lugares, isto é essencial, sob pena de que ela se transforme mais em obstáculo do que em auxílio.

Segundo o Dr. Laurent Hérault, do Centro de Pesquisa Leti, na França, os resultados do Projeto Sensei, que ele coordenou, já estão nas mãos de 19 empresas e laboratórios que estão trabalhando para colocar a ideia em prática.

Cidades Inteligentes: real e virtual começam a ser conectados na Europa

Motoristas de uma cidade espanhola terão informações online sobre vagas de estacionamento na cidade ainda neste ano. [Imagem: CORDIS]

 

Unindo mundos real e virtual

O grande avanço do projeto foi desenvolver uma arquitetura que permite a incorporação plug and play de um novo sensor, atuador ou interface em uma rede.

Isto permite o estabelecimento de uma ponte entre o mundo real e o mundo virtual rumo a uma futura Internet das Coisas, onde tudo ficará conectado com tudo.

"Você poderá perguntar, por exemplo, 'Qual é temperatura agora em Brasília?' O sistema irá decodificar a informação semântica, acessar a rede, encontrar a rede de sensores do tempo em Brasília e retornar uma resposta prontamente," diz o Dr. Hérault.

E isto não é mais coisa de laboratório.

 

Cidades inteligentes

De posse dos resultados do projeto Sensei, uma rede de 12.000 sensores está sendo instalada na cidade de Santander, na Espanha.

Os sensores do chamado Projeto SmartSantander, serão utilizados para monitorar vagas de estacionamento e enviar as informações para os motoristas pelo celular ou pela internet.

Redes de sensores e atuadores estão sendo instaladas também para permitir o controle inteligente da iluminação pública, diminuindo a intensidade das lâmpadas quando não houver ninguém na rua.

"O SmartSantander vai trazer benefícios reais para os cidadãos nos próximos meses, e também servirá como uma plataforma de testes para que os pesquisadores conduzam novos experimentos," diz o pesquisador.

Outro projeto, chamado OutSmart, é mais amplo, e está levando a tecnologia de sensores distribuídos para Berlim (Alemanha), Birmingham (Reino Unido), Aarhus (Dinamarca) e Trento (Itália).

Cidades Inteligentes: real e virtual começam a ser conectados na Europa

Hoje praticamente não se vê tecnologia nas próprias casas porque elas ainda não existem. Logo existirão, mas deverão continuar invisíveis. [Imagem: CORDIS]

 

Em Aarhus, o foco principal será na coleta de dados sobre a infraestrutura de fornecimento de água e esgoto à população, controlando o sistema de forma autônoma - no inverno é comum a ocorrência de interrupções no serviço pelo congelamento.

Em Trento, o foco também está na água, mas para o gerenciamento de sua utilização nas áreas montanhosas, onde ela deve ser dirigida para o consumo ou para a geração de eletricidade, dependendo da demanda.

Em Berlim, parceiros industriais do já terminado Projeto Sensei estão trabalhando no desenvolvimento de cestas de lixo inteligentes, capazes de alertar quando estão cheias, chamando o caminhão de lixo, ou evitando que os lixeiros tenham que parar onde não há nada para ser recolhido.

Em Birmingham, a infraestrutura de transportes, incluindo bondes, ônibus, estradas, ciclovias e calçadas serão otimizadas, permitindo que as pessoas economizem tempo e dinheiro explorando as melhores rotas e compartilhando os diversos tipos de meios de transporte.

 

Futuro plugado

Enquanto isso, várias empresas, incluindo Ericsson, SAP, Thales, NEC, Telenor e Telefônica, planejam integrar os ambientes inteligentes em futuros planos comerciais.

A Ericsson, por exemplo, está instalando uma rede de sensores para monitorar o meio ambiente no sistema de transporte de Belgrado, na Sérvia.

Ou seja, para quem achava que ambientes inteligentes e cidades inteligentes eram coisas do futuro, é bom ficar ligado porque parece que o futuro já está conectado.

Fonte: Inovação Tecnológica