sábado, 16 de abril de 2011

Novo chip brasileiro oferece alternativa para miniaturização

Com informações da Agência Fapesp

Pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) começaram a ingressar em uma área até então dominada no Brasil por cientistas situados nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul.

No início de janeiro eles concluíram o desenvolvimento do primeiro chip (circuito integrado) projetado e implementado no Mato Grosso do Sul.

Conversor analógico-digital

Voltado para utilização em qualquer aparelho eletrônico, como computadores, celulares e tocadores de música digitais, o dispositivo apresenta uma tecnologia inédita no mercado de equipamentos eletroeletrônicos.

Enquanto os chips atuais possuem dois níveis lógicos de tensão elétrica, que convertem os sinais analógicos da energia recebida diretamente de uma tomada convencional em sinais digitais, o novo dispositivo é um conversor analógico-digital que trabalha com múltiplos níveis lógicos.

Em função disso, o chip é bem menor e pode agregar mais funcionalidades do que um circuito integrado convencional.

"Essa tecnologia pode ser uma alternativa para a redução do tamanho e para a agregação de mais funcionalidades pelos chips, que são duas das principais tendências na indústria de microeletrônica hoje", disse Ricardo Ribeiro dos Santos, professor da Faculdade de Computação da UFMS.

Sem fábrica

Para desenvolver o novo dispositivo, pesquisadores da UFMS iniciaram nos últimos anos projetos de pesquisas em universidades e instituições de pesquisa em São Paulo, em busca de capacitação em microeletrônica e em projetos de chips.

Após o intercâmbio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e com o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), eles iniciaram o projeto do desenvolvimento do dispositivo no Centro Tecnológico em Informática e Eletrônica (CTIE) do Mato Grosso do Sul.

Mas, como o Brasil ainda não possui uma fábrica de chips que domine a tecnologia de produção de transistores com 350 nanômetros (bilionésima parte do metro), ao terminar de projetar o dispositivo, os pesquisadores decidiram encaminhá-lo para a França, para ser fabricado pela empresa Circuits Multi-Projets (CMP), que realiza a prototipagem e produz processadores em pequenos lotes.

No início de janeiro, a empresa francesa enviou para os pesquisadores um lote com oito unidades do dispositivo, que estão sendo testadas nos laboratórios da UFMS.

"A proposta com esse primeiro processador está mais focada em demonstrar a viabilidade de se desenvolver um conversor analógico digital que atue em múltiplos níveis. Mas temos uma leva de outros chips que pretendemos prototipar baseados na tecnologia de lógica de múltiplos níveis", disse Santos.

Lógica de multiníveis

De acordo com o pesquisador, essa tecnologia, originada na década de 1960, ainda não é muito pesquisada no Brasil e até hoje não conseguiu emplacar no mercado de eletroeletrônicos, uma vez que os circuitos eletrônicos baseados em lógica binária, adotados pelos fabricantes de equipamentos, funcionaram muito bem até recentemente.

Mas, nos últimos dez anos, começou a se verificar que a lógica binária apresenta limitações para miniaturizar os processadores, que têm a demanda de se tornar cada vez mais ínfimos e imperceptíveis nos aparelhos eletrônicos.

"Os pesquisadores que atuam nessa área passaram a olhar para várias alternativas para atingir esse objetivo, como outros tipos de materiais em vez do silício ou para outras áreas, como a física quântica. A lógica de multiníveis seria outra via para projetar chips cada vez mais menores e com diversas funções", afirmou Santos.

Fonte: Inovação Tecnológica

Gmail reinicia contas de mais de 150 mil usuários

Servidores do Google sofreram pane e retornaram contas para estágio inicial, incluindo a mensagem de boas-vindas. O problema já está sendo resolvido.

Dashboard com as informações sobre o problema

Se você ainda não acessou sua conta do Gmail hoje, faça agora para conferir se está tudo certo com os seus emails. No início da madrugada, cerca de 0,08% das contas do serviço sofreram uma pane generalizada, retornando o status para primeira fase de criação.

Isso quer dizer que mais de 150 mil usuários tiveram problemas para abrir suas contas e, quando conseguiram, acabaram por encontrar a mensagem de boas-vindas ao serviço, em vez de conferirem a caixa de entrada abarrotada de mensagens colecionadas durante anos a fio.

As contas não traziam também logs dos chats realizados pelos usuários, ou seja, tudo limpo como se nunca tivesse sido usado. A Google não se pronunciou sobre o que causou o problema, porém já está trabalhando para restaurar todas as informações perdidas durante a pane.

Se você é um dos prejudicados, é possível conferir no Dashboard do serviço as informações sobre a resolução, atualizadas a cada duas horas. De acordo com a Google, algumas contas já foram restauradas, e a resolução deve ser realizada em todas as contas em um futuro próximo.

Enquanto os reparos estiverem sendo realizados, os prejudicados não poderão acessar sua conta. Portanto, se você tentar entrar no Gmail e não conseguir, considere-se um dos “premiados” pelos servidores da gigante da internet.

Fonte: Tecmundo

Já imaginou baixar conteúdos da web a 105 Mpbs?

Empresa de telecomunicação dos EUA lança conexão de banda larga com supervelocidade de download por US$ 105.

A Comcast Corporation, empresa de telecomunicação e entretenimento norte-americana, anunciou ontem (14) o lançamento oficial do Extreme 105 – serviço de acesso à internet de banda larga que disponibilizará 105 Mbps de velocidade em download e 10 Mbps para upload.

O pacote de conexão será comercializado, neste primeiro ano, por US$ 105 mensais. A organização começará implantando a rede nas regiões que são os seus maiores mercados. Entre as áreas contempladas, estão São Francisco, Seattle, Portland, Denver, Chicago, Miami, Washington, Filadélfia e boa parte de Boston.

A velocidade de download oferecida é muito superior à das redes brasileiras, que em média ficam próximas a 2 Mbps. Com a conexão da Comcast é possível baixar vídeos de alta definição em poucos minutos ou segundos, dependendo do tamanho do arquivo.

"Com isso, estamos alimentando a casa digital do futuro, com famílias inteiras usando vários dispositivos – computadores portáteis, consoles de jogos, comprimidos, smartphones –, permitindo que todos possam tirar proveito da alta largura de banda em aplicações simultaneamente e garantindo que cada um tenha uma ótima experiência online", comentou Cathy Avgiris, vice-presidente e gerente de comunicação e serviços de dados da empresa.

Fonte Tecmundo

Video: Mais imagens do Windows 8 aparecem na internet

Agora, a tela de login do novo build de desenvolvimento 6.1.7855 da próxima versão do sistema operacional da Microsoft foi vazada

15 de Abril de 2011 | 16:53h

Um vídeo publicado no YouTube nesta quinta-feira (14/4) mostra mais imagens da nova versão (6.1.7855) de desenvolvimento do Windows 8, o próximo build do sistema operacional da Microsoft. Nas imagens é possível ver a tela de login de usuário com alguns traços da interface Metro, a mesma utilizada no sistema móvel Windows Phone 7. Rumores indicam que esse design facilitaria o uso do Windows 8 em dispositivos como tablets.

Até o momento, o desenvolvimento do Windows 8 parece estar cercado de vazamentos. Na útlima quarta-feira (13/4) a versão 6.1.7850 do sistema foi disponibilizada para download ilegalmente através de torrents vazados por algum dos fabricantes parceiros da Microsoft.

Veja o vídeo abaixo:

Fonte: Olhar Digital

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Particularmente não achei nada demais. Nada que uma troca de Skin não pudesse fazer pelo Windows 7. (Ricardo M. Beskow).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Por que o SSD vai destronar o HD comum?

Novos discos de armazenamento dispensam a utilização de peças mecânicas na composição. Será que os HDs comuns serão abandonados?

Alguns novos computadores já começaram a apresentar um novo tipo de armazenamento: os discos de estado sólido (Solid State Drive ou SSD). Há muitos usuários que renegam essa tecnologia por causa do alto custo e das capacidades reduzidas (quando comparadas a HDs comuns), mas é necessário entender as vantagens oferecidas por um modelo que dispensa os processos mecânicos.

Para quem ainda não conhece as máquinas que utilizam SSDs, podemos citar os Macbook Air (notebooks ultrafinos da Apple) ou o Samsung 9 Series (criado para concorrer no mercado dos portáteis ultraleves). E uma informação para quem pensa que apenas empresas de pequeno porte estão fabricando esses componentes: um dos maiores nomes na fabricação de discos sólidos é a Intel.

Sabendo disso, fica claro que o mercado desse modelo de armazenamento está em ascensão. Mas como acontece com grande parte dos produtos que chegam aos consumidores, várias dúvidas sobre os SSDs estão pairando no ar. Aproveite este artigo para sanar as principais incertezas que você possui acerca dos componentes de hardware que, em alguns anos, devem desbancar os HDs na disputa por usuários.

O fim dos processos mecânicos

Discos de estado sólido são fabricados sem partes móveis, ou seja, são peças inteiras que trabalham com componentes estáticos. Diferentemente do que acontece com discos rígidos comuns, eles não utilizam processos mecânicos para a gravação e a leitura de arquivos no disco magnético (HDs funcionam de maneira similar aos toca-discos).

No lugar da agulha e do disco, os SSDs são constituídos por dispositivos de memória Flash. Dessa forma, o processo de escrita e leitura dos arquivos é feito de maneira elétrica, quase instantânea. O motivo para isso é o acesso facilitado do processador aos dados gravados, pois não é necessário dissipar energia com o movimento das faixas magnéticas.

Boot facilitado

Computadores como o Macbook Air podem ser carregados para todos os locais sem a necessidade de desligá-lo. O processo de "acordar" após longos períodos de hibernação é muito rápido, assim como o tempo de boot. Testes da Samsung indicam a inicialização do Windows em 36 segundos para computadores com SSD, e 63 segundos para máquinas com HD.

Resistência contra impactos

Conhece alguém que sofreu perdas de dados por causa de impactos ocorridos com seus computadores? Se não, pelo menos já ouviu alguém reclamando sobre travamentos após pequenas pancadas nos notebooks ou gabinetes dos desktops. Isso acontece por um motivo bastante simples: os HDs são produzidos com discos magnéticos e agulhas (ressaltamos a analogia a um toca-discos).

Quando algum impacto ocorre, essa agulha pode perder-se na leitura e gravação dos dados, fazendo com que o computador trave completamente. Em casos mais sérios, os HDs podem ser inutilizados, pois, em vez de a agulha apenas se perder, ela acaba riscando o disco magnético do componente.

Fonte da imagem: Divulgação/Kingston

Computadores com SSD não sofrem com isso. Sem partes mecânicas na composição do dispositivo, impactos ou grandes sessões de “chacoalhões” não oferecem riscos. Testes da Samsung apontam para resistência contra choques com frequência de mais de 2 mil Hz, enquanto os HDs pararam de funcionar com menos de 400 Hz.

Logicamente, pouca gente precisa utilizar os computadores em situações de tamanha instabilidade, mas o ponto positivo nesse caso é a enorme resistência a impactos, garantindo que os dados não sejam perdidos ou os discos, danificados, evitando também gastos com manutenção e novas peças.

Eficiência energética

O adjetivo que mais tem sido empregado para descrever as novas tecnologias é “verde”. Os dispositivos de memória SSD fazem parte disso, pois são criados para reduzir o consumo energético e garantir melhor eficiência com os recursos que utiliza. Pode-se dizer que com a mesma quantidade de energia é possível fazer muito mais.

O maior benefício trazido por isso é a maior duração das baterias de notebooks. Sem discos rotativos, menos energia é dissipada com o movimento, sendo direcionada para a transmissão de dados entre os componentes do computador (saiba como reduzir o consumo no seu computador).

Em que os HDs são superiores?

Como se sabe, nenhuma tecnologia é perfeita. Hoje, os discos de estado sólido ainda apresentam alguns problemas que impedem esta ferramenta de entrar com força no mercado mundial. É necessário entender que ainda existem alguns pontos em que os discos rígidos tradicionais são superiores. Vamos a eles.

Alto custo por GB

Você deve se lembrar de que o computador já custou mais do que um carro (em 1980, armazenar 1 GB chegava a custar 193 mil dólares). É lógico que o SSD está muito aquém desse valor, mas ainda existe um alto custo para armazenar dados em discos sólidos, principalmente se comparados aos atuais baixos preços dos HDs.

Um disco rígido de 64 GB pode chegar a custar menos de 20 dólares no mercado norte-americano, sendo que discos de 500 GB já podem ser encontrados por menos de 100 dólares. Ao mesmo tempo, um SSD com essas proporções ainda não está sendo produzido comercialmente, devido ao alto custo.

Pouca capacidade e limite de inscrições

Devido aos valores cobrados por esses dispositivos, produzir discos com capacidades elevadas ainda não é vantajoso para as fabricantes. Felizmente o cenário está se modificando aos poucos e hoje já existem alguns SSDs que contam com 256 GB para armazenar arquivos. Outro problema é a limitação dos discos: enquanto HDs podem ser sobrescritos infinitas vezes, SSDs podem parar de apagar dados em determinados setores da memória.

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Agora que você já sabe um pouco mais sobre os novos dispositivos de armazenamento, diga se concorda com o Tecmundo quando afirmamos que em poucos anos os SSDs devem destronar os HDs comuns na disputa por mercado.

Fonte: Tecmundo

As mancadas das gigantes [infográfico]

As maiores empresas da área da tecnologia já cometeram vários erros que quase custaram a vida da companhia.

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Alguns dos maiores impérios da humanidade não sobreviveram através da História porque cometeram erros mortais para a civilização, consolidada após anos de desenvolvimento e conquistas. Os problemas sociais e as crises políticas aos poucos destruíram a poderosa Roma, enquanto Napoleão viu quase um continente inteiro escapar de suas mãos por estratégias mal-executadas.

Esse tipo de situação pode ser aplicado também às empresas de tecnologia. Tente imaginar o problema: depois de décadas de lançamentos no mercado, conquista de público e novas descobertas na área, algumas decisões mal tomadas ou produtos de baixa qualidade podem derrubar toda a estrutura que garantia o sucesso em vendas e crítica.

Impérios virtuais como Microsoft, Apple e Google não estão no topo por acaso: mesmo cometendo algumas bolas fora de vez em quando, todas conseguiram contornar os deslizes, mantendo-se vivas com acertos que se sobrepõem às mancadas.

Avalanche de maçãs

Atualmente, a Apple é incontestável no mercado de eletrônicos. Um dos motivos é que seus acertos não estão concentrados apenas em uma área, mas se situam em vários blocos, desde os computadores Mac até aparelhos portáteis como o iPhone o iPad.

Mesmo assim, a estabilidade da empresa de Steve Jobs com relação às finanças e críticas recebidas é recente. Nas décadas de 1980 e 1990, a Apple ficou marcada por diversos lançamentos equivocados, acumulando problemas que ultrapassam apenas a falta de lucros, gerando uma lista imensa de produtos que pararam de ser fabricados não por terem sido superados, mas por apresentarem falhas em excesso.

Imediatamente após o lançamento de um grande produto, outras apostas eram feitas e não chegavam perto dos números do seu antecessor. Alguns casos mais graves nem sequer saíram da fase de testes, por exemplo. Imagine a situação: a empresa mobilizava dezenas de funcionários, milhões de dólares e anos de desenvolvimento para jogar tudo fora logo em seguida.

(Fonte da imagem: Wikimedia Commons / Roberta F)

Foi o caso do Macintosh Office, que deveria incluir três itens essenciais para o trabalho em um escritório: uma rede de área local, outra de servidor de arquivos e uma impressora a laser, tudo novidade na época. Só a impressora conseguiu vingar, enquanto os demais apresentaram problemas, como requisitos muito altos para rodar, sendo logo descartados ou pouco vendidos.

Outro desastre clássico é o Apple III. Lançado para pegar a onda de vendas da versão anterior, o eletrônico apresentou uma infinidade de problemas, desde a falta de softwares disponíveis até um superaquecimento que poderia comprometer todo o aparelho. A empresa foi obrigada a realizar um recall de 14 mil computadores e até devolver algumas unidades de graça.

Um pouco mais famoso, o Lisa também é uma mancha na memória da companhia. Suas configurações eram avançadas para a época e o projeto tinha tudo para ser um sucesso. O que pesou foi seu preço: 10 mil dólares por unidade, ocasionando vendas baixas e um estoque de sobra, que, segundo uma biografia não oficial da empresa, foi enterrado no Estado norte-americano de Utah.

O próprio Macintosh, primeiro grande hit da Apple, quase teve destino semelhante: o aumento em 1 mil dólares no preço fez com que as vendas ficassem extremamente abaixo da média estipulada por Steve Jobs. O motivo para ter que pagar quase US$ 2,5 mil num Macintosh? A companhia precisava recuperar o dinheiro gasto na extensa campanha publicitária do produto.

Outro caso conhecido é o Apple Newton, que possuía funções de agenda eletrônica e tela sensível a toque. Lembrou-se de alguma coisa? Precursor dos tablets, o Newton demandou gastos altíssimos de tempo (11 anos), dinheiro (100 milhões de dólares) e funcionários (um setor inteiro da empresa), mas mal saiu do lugar. Os poucos modelos lançados com essa plataforma foram um fiasco em vendas, pois não interessaram o público na época.

Uma tela azul no meio do caminho

A Microsoft conquistou, ao longo dos anos, uma fama de que seus produtos são alvos constantes de falhas. Injustiça ou não, motivos não faltam: até mesmo em apresentações oficiais as telas indicando problemas no sistema já surgiram, para constrangimento geral dos presentes e dos membros da empresa. Um exemplo é uma apresentação do Windows 98, na qual o próprio Bill Gates estava presente para acompanhar a mancada.

Outro aspecto que ficará marcado é o Windows Vista que, lançado às pressas e sem todas as correções necessárias, apresentava em seu início inúmeros erros de segurança e compatibilidade. Desse modo, muita gente permaneceu com o Windows XP por mais tempo do que o esperado – ou migrou diretamente para o Windows 7, lançamento seguinte da Microsoft.

Já a tela azul da morte, que assombra até hoje os usuários de Windows, é o principal medo de quem foi sempre fiel aos sistemas operacionais da Microsoft. Se removê-la não é possível, ao menos deixá-la mais amigável e menos constante poderia amenizar o problema.

(Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

Além disso, o navegador Internet Explorer foi acostumado a ter o monopólio na área, mas perdeu mercado para os fortes concorrentes que surgiram, como o Firefox, o Chrome e o Opera.

Por fim, há também a insistência da Microsoft em apostar apenas em sistemas operacionais. Felizmente, isso é algo que finalmente acabou nos últimos anos, devido à entrada da companhia no mercado de consoles e de celulares.

Nem a Google acerta todas

Apesar de ter despontado há pouco tempo (se comparada com as empresas citadas anteriormente), a poderosa Google também já escorregou em algumas apostas de mercado bem recentes.

À primeira vista, ela parece acertar em cheio cada lançamento. Foi assim com o Docs, o sistema de buscas, o Maps, o Chrome e o Android. Dois serviços, entretanto, não caíram no gosto do público, por mais revolucionários que pudessem parecer: o Google Wave e o Google Buzz.

O Google Wave era considerado o sucessor do email, pois prometia levar a comunicação entre usuários a outro nível. Críticas e pouco público o desligaram definitivamente um ano depois do lançamento.

Já o Google Buzz é igualmente ambicioso e também passa pelo problema do desuso, mas ainda respira. A tentativa de rede social que se integra com outros serviços da empresa passa por uma instabilidade que já não deve mais se inverter.

Cair e levantar

Apesar de todas as bolas fora que foram citadas, você encontra produtos da Apple, Microsoft e Google em todos os lugares. Para superar uma derrota e continuar brigando pelo topo do mercado, o que valeu para elas foi o velho clichê de nunca desistir.

Foi através dessa persistência em continuar apostando que as companhias conseguiram inovar, seja com novas criações ou através da melhoria de tecnologias que deram errado da primeira vez. O Windows Vista, por exemplo, foi revisto para dar lugar ao Windows 7, enquanto o Apple Newton indiretamente inspirou, décadas depois, o iPad.

Além disso, um erro acaba incentivando a criatividade dos desenvolvedores que, para evitar outro fracasso, dedicam-se ainda mais na criação do próximo produto.

Desse modo, tudo o que podemos fazer é agradecer essas companhias por não desistirem. Afinal, se a força dessas grandes empresas tivesse se perdido com o tempo, com certeza deixaríamos de aproveitar alguns dos grandes inventos da atualidade.

Fonte: Tecmundo

Filmadora mais rápida do mundo captura 1 milhão de quadros por segundo

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/04/2011

Câmera mais rápida do mundo captura 1 milhão de frames por segundo

O segredo do desenvolvimento do CCD ultra-rápido está no uso de um novo tipo de pixel extremamente sensível, chamado diodo avalanche de fóton individual.[Imagem: NPL]

Um consórcio de pesquisadores europeus finalizou seus trabalhos para a criação de uma câmera filmadora ultra-rápida.

O resultado do Projeto Megaframe é nada menos do que a câmera mais rápida do mundo até hoje.

A câmera Megaframe é capaz de gravar imagens à incrível taxa de um milhão de frames por segundo.

CCD de alta velocidade

Desde a criação dos CCDs - os sensores ópticos que equipam as câmeras digitais - seu desenvolvimento tem apresentado duas tendências básicas: a miniaturização do próprio sensor e o aumento da resolução, ou seja, do número de pixels que ele consegue captar simultaneamente.

Mas há um outro fator envolvido no funcionamento do CCD: a quantidade de quadros que o chip é capaz de captar em um determinado período de tempo.

Por exemplo, uma câmera digital comum é capaz de capturar 24 ou, no máximo, 30 quadros por segundo.

As câmeras de alta velocidade, capazes de captar por volta de 1.000 quadros por segundo, são caras, o que as tem restringido a nichos de mercado, como nas pesquisas científicas ou em entretenimento.

Ao construir um chip capaz de alcançar 1 milhão de quadros por segundo, nas mesmas condições de funcionamento de um CCD normal, incluindo o campo de visão, os cientistas abrem um campo totalmente novo de aplicações.

Filmagens de alta velocidade

A Megaframe será útil, por exemplo, na geração de imagens em escala celular e sub-celular, na captura de imagens neurais, no rastreamento de reações DNA/proteína no interior de biochips, além de estudos na área de resistência de materiais e de observações astronômicas de alta sensibilidade.

Já existem técnicas de captura de imagens individuais muito mais velozes, mas elas se aproximam mais da captura de imagens estáticas em ambientes de microscopia.

Na verdade, a Megaframe agora aproxima as câmeras digitais tradicionais da área de microscopia, com potencial para facilitar enormemente o processo de captura de processos muito rápidos, até hoje estudados apenas de forma discreta, em quadros capturados em sequência mas a intervalos maiores.

Diodo avalanche

O segredo do desenvolvimento do CCD ultra-rápido está no uso de um novo tipo de pixel extremamente sensível, chamado diodo avalanche de fóton individual - SPAD: single photon avalanche diode.

Também foi necessário levar a "inteligência" da câmera para dentro do próprio chip CCD.

Fonte: Inovação Tecnológica

Nanogeradores podem manter dispositivos carregados para sempre

Feitos com nanofios de óxido de zinco, estruturas podem gerar energia a partir dos movimentos do corpo humano

30 de Março de 2011 | 14:51h

Celular

 

Um grupo de cientistas do Instituto de Tecnologia da Georgia apresentou, durante o 241º Encontro e Exposição Nacional da Sociedade Química Americana, um nanogerador capaz de carregar dispositivos com a eletricidade gerada por movimentos do corpo humano. O chefe de pesquisa, Dr. Zhong Lin Wang, explicou ao The Telegraph que o gerador, feito com nanofios de óxido de zinco (ZnO), pode gerar correntes elétricas quando dobrado, ou seja, se o conectarmos à sola de um sapato, teremos uma fonte quase inesgotável de energia.

No momento, os pesquisadores conseguiram energia suficiente para acender uma pequena lâmpada, já que o gerador produz uma corrente semelhante à de pilhas do tamanho AA. Mesmo assim, Zhong Lin Wang afirma que, dentro de cinco anos, poderão usar a tecnologia em outros dispositivos, como celulares e players de música.

Fonte: Olhar Digital

Veja a Usina de Chernobyl, 25 anos depois do acidente

BBC - 06/04/2011

Abandono nuclear

Quase 25 anos depois do pior desastre nuclear do mundo, o repórter da BBC Daniel Sandford visitou a usina de Chernobyl, na Ucrânia.

Ainda hoje, o acesso à zona de exclusão de 30 quilômetros em volta da usina é proibido, e o cenário é de abandono.

Devido ao risco da radiação, poucas equipes de jornalistas tem permissão para entrar. Os da BBC puderam entrar rapidamente na área contaminada usando roupas especiais e máscaras.

A radiação absorvida pela equipe foi monitorada. Os níveis estão mais baixos atualmente, mas dentro da sala do reator que derreteu, o perigo ainda é grande.

Centenas de funcionários trabalham na manutenção do abrigo para o reator onde ocorreu o desastre, mas eles podem ficar apenas duas semanas na região e, então, são substituídos.

Desastre de Chernobyl

O desastre no reator quatro de Chernobyl aconteceu em 26 de abril de 1986. Dezenas de pessoas morreram e outros milhares morreram de câncer - entre eles, soldados enviados para a operação de limpeza.

No dia do desastre, os funcionários da sala de controle do reator quatro sabiam que havia algo errado, mas não tinham percebido a grande explosão na sala principal, a dezenas de metros de onde estavam.

Atualmente a sala é um lugar escuro, empoeirado, onde ainda é possível ver as mesas e painéis abandonados.

Laurin Dodd, diretor do projeto para construir um abrigo em volta do antigo reator, conta que a situação não parece tão perigosa quando olhada de fora, mas, na sala central, ainda é possível ver grandes buracos.

Escudo anti-radiação

Existem planos ambiciosos e caros para construção de uma nova cobertura para o reator, que faria de Chernobyl um lugar seguro nos próximos cem anos, evitando mais contaminação em caso de desabamento.

Na cidade de Pripyat, próxima da usina, 50 mil pessoas fugiram depois do desastre. O lugar ainda está contaminado e abandonado.

Andrey Glukhov morava no local e, no dia do acidente, iria operar o reator quatro, mas seu turno foi mudado.

"Quando vejo a escola onde meus filhos ficavam, quando vejo os prédios onde meus amigos moravam - alguns deles não estão mais vivos -, é emocionante, é triste", diz Glukhov.

Ele ouviu a explosão de seu apartamento, mas ninguém sabia o quanto era sério. A população só foi retirada 36 horas depois

Fonte: Inovação Tecnológica

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Exercite-se para recarregar seu celular

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/04/2011

Geradores elétricos flexíveis

Este é um esquema dos geradores elétricos flexíveis, feitos inteiramente de materiais poliméricos elásticos. Cada uma das células tem um diâmetro aproximado de 1 centímetro. [Imagem: AIP]

A tecnologia das baterias não tem-se mantido no ritmo dos avanços nos equipamentos eletrônicos portáteis e nem dos anseios pelos carros elétricos.

Mas não é por falta de esforço dos pesquisadores.

Uma equipe da Nova Zelândia apresentou agora um conceito promissor, que envolve a criação dos "geradores de vestir", ounanogeradores, capazes de converter o movimento humano ou as vibrações encontradas na natureza, em energia.

Geradores dielétricos de elastômeros

Pesquisadores do Instituto de Bioengenharia de Auckland apresentaram uma nova classe desses geradores, baseada em capacitores variáveis - são os chamados geradores dielétricos de elastômeros.

Elastômeros são uma espécie de plástico, um polímero, que apresenta propriedades elásticas, podendo sofrer grandes deformações sem se romper.

Segundo os pesquisadores, esses geradores de elastômeros têm propriedades mecânicas semelhantes às da pele humana, o que os torna promissores para a fabricação de coletores de energia silenciosos, leves e flexíveis, que poderão se adaptar a diferentes superfícies e diferentes necessidades.

"Nós desenvolvemos um gerador de baixo custo com uma combinação sem precedentes de leveza, maciez e flexibilidade. Essas características permitem acoleta de energia de fontes ambientais de forma muito mais simples do que era possível até agora," explica Thomas McKay, um dos autores da pesquisa.

Músculos artificiais

Os elastômeros dielétricos, frequentemente incluídos na categoria dos músculos artificiais, são materiais elásticos capazes de gerar eletricidade quando são esticados.

Até então, os geradores baseados em músculos artificiais exigiam circuitos eletrônicos externos - além de serem rígidos, essas placas eletrônicas encarecem e tiram a praticidade dos geradores.

"Nossa equipe eliminou a necessidade desse circuito externo integrando circuitos eletrônicos flexíveis - chaves dielétricas elastoméricas - diretamente sobre os próprios músculos artificiais," explica McKay.

Com isto, o gerador inteiro é reduzido a um dispositivo formado por uma membrana de borracha e grafite - o grafite funciona como lubrificante - montados em uma estrutura para dar-lhes a conformação final.

Isto permite que os geradores flexíveis sejam incorporados em roupas para capturar energia do movimento do corpo humano, ou em outras estruturas, para gerar energia a partir das vibrações do meio ambiente, do vento, do movimento da água etc.

Futuro

Mas a equipe neozelandesa quer mais: eles estão trabalhando no desenvolvimento de máquinas flexíveis que possam interfacear com criaturas vivas e com a natureza em geral, para as quais os geradores flexíveis serão apenas um ferramenta.

Bibliografia:
Soft generators using dielectric elastomers
Thomas G. McKay, Benjamin M. O Brien, Emilio P. Calius, Iain A. Anderson
Applied Physics Letters
April 2011
Vol.: 98, 142903 (2011)
DOI: 10.1063/1.3572338

Fonte: Inovação Tecnológica

Bioplásticos de fibras vegetais se equiparam à fibra de carbono

Agência Fapesp - 13/04/2011

Bioplásticos de fibras vegetais se equiparam à fibra de carbono

Os bioplásticos feitos com nanocelulose extraída do abacaxi são 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes do que os plásticos usados hoje na indústria automobilística.[Imagem: Mikael Ankerfors]

De resíduos agroindustriais saem fibras que poderão dar origem a uma nova geração de superplásticos.

Mais leves, resistentes e ecologicamente corretos do que os polímeros convencionais utilizados industrialmente, as alternativas vêm sendo pesquisadas pelo grupo coordenado pelo professor Alcides Lopes Leão na Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em Botucatu.

Recentemente, o grupo brasileiro apresentou o trabalho durante a reunião anual da Sociedade Norte-Americana de Química, mostrando que os superplásticos podem ser fabricados de vários tipos de frutas e plantas.

Bioplásticos

Obtidas de resíduos de cultivares como o curauá (Ananas erectifolius) - planta amazônica da mesma família do abacaxi -, além da banana, casca de coco, sisal, o próprio abacaxi, madeira e resíduos da fabricação de celulose, as fibras naturais começaram a ser estudadas em escalas de centímetros e milímetros pelo professor Lopes Leão e colegas no início da década de 1990.

Ao testá-las nos últimos dois anos em escala nanométrica (da bilionésima parte do metro), os pesquisadores descobriram que as fibras apresentam resistência similar às fibras de carbono e de vidro. E, por isso, podem substituí-las como matérias-primas para a fabricação de plásticos.

O resultado são materiais mais fortes e duráveis e com a vantagem de, diferentemente dos plásticos convencionais originados do petróleo e de gás natural, serem totalmente renováveis.

"As propriedades mecânicas dessas fibras em escala nanométrica aumentam enormemente. A peça feita com esse tipo de material se torna 30 vezes mais leve e entre três e quatro vezes mais resistente", disse Lopes Leão.

Em testes realizados pelo grupo por meio de um acordo de pesquisa com a Braskem, em que foi adicionado 0,2% de nanofibra ao polipropileno fabricado pela empresa, o material apresentou aumento de resistência de mais de 50%.

Carros verdes

Já em ensaios realizados com plástico injetável utilizado na fabricação de pára-choques, painéis internos e laterais e protetor de cárter de automóveis, em que foi adicionado entre 0,2% e 1,2% de nanofibras, as peças apresentaram maior resistência e leveza do que as encontradas no mercado atualmente, segundo o cientista.

"Em todas as peças utilizadas pela indústria automobilística à base de polipropileno injetado nós substituímos a fibra de vidro pela nanocelulose e obtivemos melhora das propriedades", afirmou.

Além do aumento na segurança, os plásticos feitos de nanofibras possibilitam reduzir o peso do veículo e aumentar a economia de combustível. Também apresentam maior resistência a danos causados pelo calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.

"Por enquanto, estamos focando a aplicação das nanofibras na substituição dos plásticos automotivos. Mas, no futuro, poderemos substituir peças que hoje são feitas de aço ou alumínio por esses materiais", disse Lopes Leão.

Por meio de um projeto apoiado por meio do Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) da FAPESP, a fibra de curauá passou a ser utilizada no teto, na parte interna das portas e na tampa de compartimento da bagagem dos automóveis Fox e Polo, fabricados pela Volkswagen.

Outras indústrias automobilísticas já manifestaram interesse pela tecnologia, segundo Lopes Leão. Entre elas está uma empresa indiana, cujo nome não foi revelado, que tomou conhecimento da pesquisa após ela ser apresentada na reunião da Sociedade Norte-Americana de Química, no final do mês passado.

Nanofibra substitui titânio

Segundo o coordenador da pesquisa, além da indústria automobilística as nanofibras podem ser aplicadas em outros setores, como o de materiais médicos e odontológicos.

Em um projeto realizado em parceria com a Faculdade de Odontologia da Unesp de Araraquara, os pesquisadores pretendem substituir o titânio utilizado na fabricação de pinos metálicos para implantes dentários pelas nanofibras.

Em outro projeto desenvolvido com a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu, o grupo utiliza as nanofibras para desenvolver membranas de celulose bacteriana vegetal.

Em testes de biocompatibilidade in vivo, realizados com ratos, os animais sobreviveram por seis meses com o material. "Nenhuma pesquisa do tipo tinha conseguido atingir, até então, esse resultado", afirmou Lopes Leão.

O grupo da Unesp também está estudando a utilização de fibras naturais para o desenvolvimento de compósitos reforçados e para o tratamento de águas poluídas por óleo.

Fibras de plantas

De acordo com o coordenador, entre as fibras de plantas, as do abacaxi são as que apresentam maior resistência e vocação para serem utilizadas na fabricação de bioplásticos.

Dos materiais, o mais promissor é o lodo da celulose de papel, um resíduo do processo de fabricação que as indústrias costumam descartar em enormes quantidades e com grandes custos financeiros e ambientais em aterros sanitários.

Para utilizar esse resíduo como fonte de nanofibras, Lopes Leão pretende iniciar um projeto de pesquisa com a fabricante de papel Fibria em que o lodo da celulose produzido pela empresa seria transformado em um produto comercial. "É muito mais simples extrair as nanofibras desse material do que da madeira, porque ele já está limpo e tratado pelas fábricas de papel", disse.

Para preparar as nanofibras, os cientistas desenvolveram um método em que colocam as folhas e caules de abacaxi ou das demais plantas em um equipamento parecido com uma panela de pressão.

O "molho" resultado dessa mistura é formado por um conjunto de compostos químicos e o cozimento é feito em vários ciclos, até produzir um material fino, parecido com o talco. Um quilograma do material pode produzir 100 quilogramas de plásticos leves e super-reforçados.

Fonte: Inovação Tecnológica

Suécia tem cidade sem lixo

Agência Fapesp - 12/04/2011

Suécia tem cidade sem lixo

Borás, a cidade sem lixo, mostra que progresso não precisa produzir sujeira. [Imagem: Wikimedia]

Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.

"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.

Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

Gestão de resíduos sólidos

De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.

Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro

Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.

Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.

"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.

Coleta seletiva e reciclagem

Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.

"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.

"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.

Produtos verdes

A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.

"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.

Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.

Gaseificadores

Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.

"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.

Fonte: Inovação Tecnológica

Os itens tecnológicos mais avançados… da década de 80

É curioso, mas a foto acima mostra itens tecnológicos que um dia já foram sensação. Hoje, algumas décadas depois, eles até parecem cômicos. Se você tem menos de 18 anos talvez não tenha conhecido. Se tem mais, vale a pena relembrá-los.

1 – Microsystem
Na década de 80, os microsystems fizeram sucesso no mercado. Hoje eles ainda são comercializados, evidentemente, com recursos bem mais avançados, como CD e MP3 e visual bem mais agradável. Os antigos systems traziam apenas rádio AM/FM e toca-fitas.

2 – Câmera Betamax
Na década de 80, quando surgiram as primeiras câmeras caseiras, as pessoas ainda estavam acostumadas a usar filmadoras Super 8, aquelas que precisavam de projetor para exibir as gravações. Era só retirar a fita da filmadora e colocar no seu videocassete Betamax.

3 – Telefone de teclas
Antes dos anos 80, era praticamente impossível imaginar telefones com teclas. Até então, a única opção era o telefone a disco. As teclas foram incorporadas aos aparelhos para tornar o processo de ligação mais rápido, prático e com menos riscos de erro. Hoje, a história é diferente – é raro vermos telefones a disco.

4 – Walkman
Existem adolescentes que, sequer ouviram falar em Walkman. O tocador portátil de fitas e rádio foi criado em 1979 no Japão. Logo acabou conquistando todo o mundo e tornou-se grande sucesso em vendas. Hoje, é praticamente impossível imaginar alguém usando um destes, com o surgimento dos práticos iPods, MP3 players e celulares multi-funções.

5 – Gravador cassete
O conceito não mudou muito dos gravadores de hoje. A grande diferença está no uso das fitas cassete. Atualmente, os gravadores são digitais e possuem memória interna suficiente para gravar várias horas.

6 – Aparelho de som 2 em 1
Era assim. Antigamente, os aparelhos de som eram classificados como 2 ou 3 em 1. Para quem não sabe, 2 em 1 indicava que o aparelho podia ler e gravar fitas cassete e permitia escutar rádio AM e FM. Já o 3 em 1 permitia os mesmos recursos do aparelho anterior, com a possibilidade de escutar discos de vinil.

7 – Watchman
Na década de 80, poucos possuíam recursos para comprar um Watchman. Para quem nunca ouviu falar, o aparelho possuía uma pequena tela que transmitia imagens em preto e branco. Tecnologia totalmente obsoleta, se compararmos com os aparelhos que transmitem imagens digitais (HDTV).

8 – Fita cassete
Talvez esta tenha sido a maior invenção tecnológica dos últimos tempos. Criada para permitir gravação de áudio, a fita cassete foi por muito tempo a grande responsável pela popularização da música, sobretudo com a invenção do walkman. Ela era composta por uma caixa plástico que continha um rolo de fita. Ela permitia a gravação de até 60 minutos (30 de cada lado).

9 – Fitas Betamax
Comparado ao conhecido VHS, a fita Betamax é bem menor e possuía qualidade superior. Curiosamente, a Betamax não se sustentou no mercado doméstico e perdeu espaço para o VHS, assim como o aparelho.

10 – Máquina de datilografia eletrônica
Elas perderam espaço para os PCs e impressoras. As máquinas de datilografia eram tão populares que até havia grande oferta de cursos de datilografia no mercado. Além de já fazer o que as tradicionais máquinas faziam, a eletrônica possuía alguns recursos espetaculares, como a possibilidade de apagar o texto.

11 – Videocassete Betamax
Os primeiros videocassetes Betamax, possuíam aparência que não lembram em nada os aparelhos de DVD da atualidade. Possuíam controle remoto com fio e recursos básicos, como avançar, rebobinar e dar play e pause.

Fonte: http://colunistas.ig.com.br

Jack PC: O Computador para Instalar na Parede


Imagine instalar um computador dentro da parede de sua casa. Este é o objetivo do Jack PC, um dos desktops mais compactos do mercado. Ao todo, ele tem 6,96 x 11,4 x 3,95cm e pesa apenas 350 g.

Tá pensando que é brincadeira? O Jack PC possui processador de 1,2 GHz, suporte para 2 monitores simultâneos, rede wireless e capacidade de armazenamento de até 128 MB, além de entradas USB. A alimentação elétrica é feita por conta um cabo Ethernet.

Fonte: trecosebyes

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Hologramas coloridos são gerados com luz branca

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/04/2011

Hologramas coloridos são gerados com luz branca

A simplificação do projeto é um marco no campo da holografia, sobretudo por dispensar o laser na projeção. [Imagem: Science/AAAS]

Pesquisadores japoneses conseguiram substituir os raios laser utilizados na geração de hologramas por uma fonte comum de luz branca.

O feito inédito é um passo importante rumo à criação de telas 3-D verdadeiras, simplificando o projeto do projetor holográfico e reduzindo seu custo.

Pairando no ar

A rigor, a nova técnica tem mais diferenças do que similaridades com a holografia tradicional.

Nos projetores holográficos atuais, a luz de um laser é projetada sobre o objeto. Os raios de luz que se refletem do objeto incidem sobre uma placa fotográfica, que grava informações sobre a amplitude e a fase de cada onda na forma de um padrão de interferência.

Então, quando a luz passa através do holograma, ela interage com o padrão de interferência de tal forma que a imagem do objeto surge "pairando no ar".

Embora as imagens estejam melhorando - a IBM prevê a chegada dos projetores holográficos ao mercado em cinco anos -, tendo sido possível inclusive a criação de um protótipo de TV holográfica, alguma informação se perde na geração da imagem a partir do padrão de interferência, o que faz com que os objetos apresentem cores ligeiramente diferentes quando vistos de ângulos diferentes.

Recentemente, pesquisadores alemães descobriram uma forma de gerar hologramas usando elétrons.

Hologramas coloridos são gerados com luz branca

A grande vantagem da técnica é que os plásmons de superfície são excitados usando luz branca comum. [Imagem: Science/AAAS]

Holografia com plásmons de superfície

Na nova técnica, a geração do holograma também é baseada na atividade de elétrons, mas de elétrons que se deslocam na superfície de um filme metálico - os chamados plásmons de superfície.

Miyu Ozaki e seus colegas das universidades de Tóquio e Osaka, no Japão, descobriram uma forma de gerar hologramas multicoloridos, sem perda de informações de cores - os objetos são vistos com a mesma cor do objeto original, qualquer que seja o ângulo em que são olhados.

Isto foi possível com o uso da difração dos plásmons de superfície, ondas de elétrons livres que se propagam sobre a superfície de um metal.

Plásmons de superfície são quase-partículas - eles "emergem" quando os elétrons oscilam coletivamente na superfície de um metal.

Quando a luz incide sobre o metal, tendo uma frequência menor do que plásmons de superfície, essa luz é refletida - se a luz tiver uma frequência maior, ela é transmitida.

A grande vantagem da técnica é que os plásmons de superfície são excitados usando luz branca comum, que incide de vários ângulos não sobre uma placa fotográfica tradicional, mas sobre uma placa formada pelo material sensível à luz recoberto com um filme metálico, por onde os plásmons se propagam.

O ângulo de incidência da luz determina quais plásmons são excitados e difratados pelo holograma, reconstruindo as ondas de luz que chegarão aos olhos do observador, que enxergará a imagem 3-D sem necessitar de óculos especiais.

A simplificação do projeto é um marco no campo da holografia, sobretudo por dispensar o laser na projeção - o laser continua sendo necessário para a geração dos hologramas - e também um marco no campo do emergente campo daPlasmônica.

Bibliografia:
Surface-Plasmon Holography with White-Light Illumination
Miyu Ozaki, Jun-ichi Kato, Satoshi Kawata
Science
8 April 2011
Vol.: 332 no. 6026 pp. 218-220
DOI: 10.1126/science.1201045

Fonte: Inovação Tecnológica