sábado, 26 de junho de 2010

Verdades e mentiras sobre computadores pessoais

Derrubamos quinze mitos sobre seus PCs e Macs e, de quebra, confirmamos outros cinco.

Por Henrique Cesar Ulbrich

A IBM apresentou ao mundo o patriarca dos atuais PCs em 1981, mas as sementes da computação pessoal remontam a pelo menos duas décadas antes – senão mais. Durante esse período de pelo menos 40 anos, surgiram inúmeros mitos a respeito do uso, conservação e funcionamento desses equipamentos hoje universais.

Para acabar com qualquer dúvida, preparamos uma lista do que é verdade, do que tinha fundamento mas hoje foi superado e do que sempre foi mentira. Acompanhe e veja o quanto seu PC ou Mac sofre nas suas mãos, e o quanto de cuidado é exagero seu.

1. Colar imãs pequenos (como os de geladeira) no gabinete pode prejudicar a CPU.

FALSO. Os ímãs de geladeira têm um campo magnético muito tênue. Além disso, os componentes dos computadores modernos são bastante imunes a campos magnéticos, mesmo de intensidade moderada. Obviamente, não recomendamos colocar os potentes ímãs perto do que quer que seja (inclusive dos seus dedos: tinyurl.com/dhpko9 ).

2. É necessário deixar um bom espaço entre o monitor e a parede atrás dele.

FALSO, MAS CUIDADO! Algum espaço é necessário para promover a ventilação, mas ele pode ser pequeno – cerca de dois centí metros já está de bom tamanho. Use a largura de seu dedo indicador como medida. E não esqueça que o ar quente sobe, então é necessário espaço logo acima do monitor também.

3. Se o computador passou toda a noite ligado, é melhor desligá-lo e reiniciar antes de usar de novo.

FALSO. Os sistemas operacionais modernos (Windows, Linux e Mac OS X) podem ter um uptime (tempo em que ficam ligados) de várias semanas ou mesmo meses. Se seu PC fica lento durante um perí odo grande de uso, é sinal de ví rus ou outras pragas, e não do tempo em que ficou ligado. Todavia, enquanto não toma providências definitivas, reiniciá-lo realmente pode aliviar o problema por algumas horas. Mas se for para reiniciar, por que deixar ligado?

4. O computador gasta mais energia ao ser ligado do que se permanecer em uso por longas horas.

FALSO. Computador não é carro e não tem motor de arranque. Não caia nessa lorota de quem tem preguiça de fechar e abrir os programas que usa no dia-a-dia. Por mais econômico que o PC seja, qualquer momento em que ele passe desligado há economia de energia – e não é pouca. Recomenda-se desligá-lo inclusive na hora do almoço.

5. Usar programas piratas aumenta a chance de ser infectado por vírus e outras pragas virtuais.

VERDADEIRO. Pode parecer papo de sanitarista ou alarmismo dos fabricantes de software, mas infelizmente essa é uma triste realidade. Não há como verificar a procedência de softwares e sistemas operacionais baixados ilegalmente, e a maioria deles realmente está adulterada. Nem o Mac OS X, da Apple, escapa (tinyurl.com/2wlhbc5).

6. Desligar o PC diretamente no botão sem escolher antes a opção de desligar a máquina estraga o disco rí gido.

FALSO. Esse mito tem fundamento histórico. Nos anos 80, os discos rígidos precisavam ser preparados para o desligamento com um comando específico. Se isso não fosse feito, certamente seriam danificados. Mas nos discos rígidos modernos, as cabeças são recolhidas automaticamente na ausência de energia, eliminando o risco. Além disso, ao pressionar o botão nos computadores atuais, o sistema operacional desliga a máquina corretamente.

7. Se você desligou o computador, é melhor deixar que ele ‘descanse’ alguns segundos antes de voltar a ligá-lo.

FALSO. Outro mito dos anos 80, e também relacionado ao disco rígido. Não há mais risco de dano à superfí cie magnética do disco pelo religamento repentino, e nem ao motor linear que o faz girar. Quanto ao resto do sistema, não há nada que possa estragar com a operação – a não ser, talvez, o próprio botão de ligar, se você for muito insistente (ou tiver a mão pesada).

8. Mover a CPU quando o computador está ligado pode queimar o HD.

FALSO. Se assim fosse, não poderia haver computadores a bordo de automóveis, aviões e veí culos militares. E muito menos notebooks e iPods. A única peça que poderia ser afetada pelo movimento é o disco rígido, mas a possibilidade de dano nos modelos atuais é muito remota. O grande problema de movimentar o computador é o risco de queda – mas aí tanto faz se ele estar ligado ou não.

9. Se está chovendo ou trovoando, desligue o computador e tire o plugue da tomada.

VERDADEIRO. A chuva em si não causa nenhum dano – o problema são as descargas atmosféricas conhecidas como relâmpagos. Se não estiver relampejando (ou trovejando), pode usar seu computador sem problemas durante a chuva. Mas, se estiver, recomenda-se desligar não só o PC mas todo e qualquer equipamento da casa – televisores, aparelhos de som e eletrodomésticos. Embora não seja frequente, a possibilidade de danos por raios em tempestades ainda é grande no Brasil.

10. Deixar o celular perto do computador pode danificar os aparelhos.

FALSO. É verdade que o celular emite ondas de rádio, mas o computador costuma ser blindado o suficiente para não ser afetado por elas. E, mesmo que seja, provocará interferência momentânea e nenhum dano definitivo. O celular também não corre risco algum de ser danificado pelo computador.

11. Olhar para a luz do mouse óptico pode prejudicar a visão.

VERDADEIRO. Embora não seja um laser, o LED vermelho do mouse óptico é focalizado por uma lente e tem intensidade suficiente para causar danos irreparáveis à retina, especialmente se a exposição for muito longa.

12. Ao desligar o computador, sempre é necessário desligar também o monitor.

FALSO. Alguns computadores desligam automaticamente o monitor, outros não. Verifique seu manual de instruções. Caso o monitor não seja desligado automaticamente, é interessante desligá-lo manualmente para economizar energia e estender a vida útil do aparelho. Mas não é obrigatório.

13. Não se deve colocar CDs, DVDs ou qualquer outro dispositivo sobre a CPU.

FALSO. Não há nenhum problema nisso. Cuide apenas para não obstruir nenhuma abertura de ventilação mas, fora isso, não há risco algum nem para os CDs e DVDs, nem para os gadgets (celular, iPod) e nem para o computador. Há alguns modelos que, inclusive, possuem uma área emborrachada sobre a CPU justamente com a função de acomodar e armazenar discos e dispositivos.

14. Sempre que mais de 80% do disco rígido está sendo usado, o computador fica mais lento.

VERDADEIRO. Esse parece mentira, mas não é. Quem compra um computador novo acredita que pode usar a capacidade todinha do disco para guardar suas coisas, mas o sistema operacional precisa de espaço para “respirar”. Se seu disco rígido já se aproxima desse limite de 80%, é melhor pensar numa limpeza – ou em comprar um disco maior.

15. Tirar o pendrive sem "avisar" o computador pode causar danos.

VERDADEIRO. Mas os danos não são ao computador e sim ao pendrive. Quando se usa a opção “remover de modo seguro” no Windows ou “ejetar” no Linux e no Mac OS X, o sistema operacional termina todas as operações de leitura e gravação e “fecha a porta” do pendrive, permitindo sua retirada. Não fazer isso pode causar desde a simples perda de dados até a “fritura” dos circuitos do pendrive.

16. Ter muitos í cones na área de trabalho deixa o computador mais lento.

FALSO. Muitos í cones na área de trabalho confundem o usuário, mas não o computador. Em termos puramente técnicos, não há problema nenhum em abarrotar o desktop com ícones.

17. Se eu tiver um bom anti-vírus, bem atualizadinho, estou protegido para navegar na internet.

FALSO. O anti-vírus é importante, bem como um firewall pessoal (como o próprio Windows Defender, que já vem com o Windows) mas se você não tiver bons hábitos de navegação, o anti-ví rus de nada adiantará. Acostume-se a nãoo visitar sites suspeitos, não clicar em nenhum link recebido por email ou por comunicadores instantâneos nem abrir nenhum anexo, mesmo que venham de amigos ou da família. Só abra anexos que você tem certeza de que são de assustos de trabalho, e olhe lá. Correntes em PowerPoint, programinhas em flash, imagens e filminhos engraçados – tudo isso pode ser vetor de contaminação. Repetimos: não abra anexos nem clique em links a não ser que estritamente necessário .

18. É possÃível lavar o teclado com água e sabãoo embaixo da torneira.

FALSO. É muito, MUITO importante desinfetar diariamente o teclado, porque nele acumulam-se mais bactérias que num assento comum de vaso sanitário (http://tinyurl.com/yh7k2wl). Mas o teclado não resistiria a ser colocado em água corrente. Prefira um pano com removedor de sujeira doméstico para retirar as incrustrações e gorduras e, depois de seco, outro pano com álcool para desinfetar. Recomenda-se testar antes: alguns teclados perdem a marcação das letras com produtos de limpeza. E não esqueça o mouse, ele tabém é imundo.

19. É preciso descarregar completamente a bateria do notebook antes de poder recarregá-la novamente.

FALSO. Esse mito vem das antigas baterias de Ni-Ca, que realmente precisavam ser completamente descarregadas antes de nova recarga para não apresentar perda de capacidade. Mas as atuais baterias de Li- ION não possuem esse problema. Aliás, muito pelo contrário: as baterias de Li- ION têm um número limitado de ciclos de recarga, então quanto menos você as descarregar completamente, melhor.

20. É preciso ter um PC de mesa para poder jogar os games mais modernos do mercado.

FALSO. Embora os PCs de mesa ainda possuam uma capacidade de atualização no hardware que os notebooks ainda não possuem, já existem laptops parrudos o suficiente para encarar os jogos mais modernos, inclusive os mí ticos Crysis e Far Cry 2, que costumam deixar de joelhos máquinas menos potentes. Mas atenção: não é qualquer laptop que “aguenta” os jogos mais modernos, precisa ser um realmente parrudo, com pelo menos um processador Core 2 Duo ou Quad (ou os novos Core i3, i5 e i7), muita memória e uma placa de ví deo GeForce, da NVIDIA , ou ATI Radeon dos modelos mais potentes

 

Fonte: br.tecnologia.yahoo.com

Ricardo M. Beskow

quinta-feira, 24 de junho de 2010

26% dos iPhones 3GS quebram ou apresentam problemas após dois anos de uso

20100607123041

Apesar da porcentagem ser alta, a companhia Square Trade, responsável por fornecer garantia ao aparelho, diz que o resultado tem sido melhor que o apresentado por modelos anteriores do iPhone

Quarta-feira, 23 de junho de 2010 às 17h20

De acordo com a empresa Square Trade, responsável pela venda de garantia estendida para os smartphones da Apple, um em cada quatro iPhones 3GS quebra ou apresenta problemas técnicos em apenas dois anos de uso.

Ainda que o número possa parecer alto, a empresa garante que este é um bom resultado. A versão anterior do gadget apresentava taxa de 31% de problemas, já no modelo atual o índice caiu para 26%.

Para chegar a essas porcentagens a Square Trade examinou 25 mil queixas de garantias recebidas. As solicitações diziam respeito tanto a acidentes como a falhas de hardware. Após a análise, a companhia concluiu que o aparelho 3GS é o mais confiável entre os celulares da Apple até então.

A empresa acredita também que os novos aparelhos da fabricante continuarão a ter melhorias na resistência a danos e falhas. De acordo com o vice-presidente da Square Trade, Vince Tseg, as estatísticas provavelmente continuarão a apresentar queda. No entanto, alerta para os cuidados dos usuários devido ao maior uso de vidro no iPhone4, no lugar de plástico.

fonte: Olhardogital

Ricardo M. Beskow

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nanotubos aumentam capacidade de baterias de lítio

Agência Fapesp - 21/06/2010

010115100621-nanotubos-baterias-litioAlém da maior potência de saída, os eletrodos feitos de nanotubos de carbono apresentaram elevada estabilidade, não perdendo o desempenho após 1 mil ciclos de carga e descarga.[Imagem: MIT]

 

 

 

Eletrodos de nanotubos

Um dos maiores problemas para a popularização dos automóveis elétricos é o desenvolvimento de baterias mais eficientes e de menores tamanho e custo.

Um grupo de pesquisa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, acaba de encontrar uma possível de solução para esse desafio, com base na nanotecnologia.

Os pesquisadores verificaram que usar nanotubos de carbono como eletrodos em uma bateria de íons de lítio levou a um aumento muito expressivo - de até dez vezes - na capacidade energética de uma bateria do tipo usada atualmente.

Nanoeletrodos

Segundo os cientistas, os nanoeletrodos podem ter muitas aplicações, inicialmente em pequenos aparelhos e, futuramente, em produtos que exigem maior quantidade de energia armazenada para funcionar, como automóveis.

Para produzir o novo material, o grupo do MIT usou um método de fabricação por camadas, no qual o material utilizado como base foi mergulhado seguidamente em soluções contendo nanotubos de carbono tratados com compostos orgânicos simples que produzem cargas positivas ou negativas.

Quando as camadas são alternadas na superfície, elas se unem fortemente, por causa das cargas complementares, levando à produção de um filme estável e durável.

Como funcionam as baterias de lítio

Baterias como as de íons de lítio, muito comuns em aparelhos eletrônicos portáteis, são feitas de três componentes básicos: dois eletrodos (o negativo anodo e o positivo catodo) separados por um eletrólito (um material condutivo por meio do qual partículas carregadas - os íons - podem se mover facilmente).

Quando essas baterias estão em uso, íons de lítio carregados positivamente deslocam-se pelo eletrólito em direção ao catodo, produzindo uma corrente elétrica.

Quando são recarregadas, uma corrente externa faz com que esses íons se movam na direção oposta e ocupem os espaços no material poroso do anodo.

No novo eletrodo, nanotubos de carbono - folhas de átomos de carbono enroladas em tubos com bilionésimos de metro - se uniram fortemente em uma estrutura porosa. Os nanotubos também podem armazenar na sua superfície grande quantidade de íons de lítio, o que faz com que as estruturas possam atuar como eletrodos positivos em baterias.

Automontagem eletrostática

"Esse processo de automontagem eletrostática é importante por que, geralmente, nanotubos de carbono em uma superfície tendem a grudar uns nos outros em espécies de pacotes, diminuindo a superfície total onde pode ocorrer as reações", disse Paula Hammond, professora de química do MIT e um dos autores do estudo.

Ao incorporar moléculas orgânicas nos nanotubos, os pesquisadores conseguiram reuni-los em uma forma com alto grau de porosidade, mesmo com um grande número de nanotubos.

Além da maior potência de saída, os eletrodos feitos de nanotubos de carbono apresentaram elevada estabilidade. Após 1 mil ciclos de carga e descarga para testar as baterias, não houve, segundo o estudo, mudança observável na performance do material.

Bibliografia:
High-power lithium batteries from functionalized carbon-nanotube electrodes
Seung Woo Lee, Naoaki Yabuuchi, Betar M. Gallant, Shuo Chen, Byeong-Su Kim, Paula T. Hammond, Yang Shao-Horn
Nature Nanotechnology
20 June 2010
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nnano.2010.116

 

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

Ricardo M. Beskow

Físicos propõem nova arquitetura para computador quântico

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/06/201

010165100621-computador-quantico-hibrido-2 A técnica consiste em separar as moléculas em suas partes constituintes para que os resultados do processador quântico possam ser lidos a partir dos átomos individuais, que são muito mais fáceis de controlar. [Imagem: Susanne Yelin, Elena Kuznetsova, and Robin Côté.]

Vantagens dos computadores quânticos

Imagina-se que os computadores quânticos, quando forem finalmente construídos, serão capazes de resolver em questão de instantes problemas que levariam anos para serem tratados pelos supercomputadores eletrônicos atuais.

Até agora, porém, só é possível falar em "computações quânticas", realizadas em alguns poucos laboratórios de física ultramodernos, em pequena escala e ainda longe de poderem ser replicadas dentro de algo que se possa chamar de computador.

"O maior entusiasmo em relação aos computadores quânticos", diz Elena Kuznetsova, "vem de sua potencial capacidade para resolver certos problemas exponencialmente mais rápido do que os computadores clássicos, como fatorar um grande número em seu primos, o que nos permitiria quebrar códigos criptográficos. Esses problemas não poderão ser resolvidos usando um computador clássico em um futuro previsível."

Átomos e moléculas

Agora, Kuznetsova e seus colegas da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, propuseram um novo tipo de computador quântico que pode trazer essa tecnologia mais próxima de se tornar uma realidade.

Os processadores quânticos usam os princípios da mecânica quântica, que dita o comportamento da matéria na escala das moléculas e dos átomos. Nas arquiteturas atualmente vislumbradas, esses processadores futurísticos codificam as informações ou em átomos individuais - aí incluídos os condensados de Bose-Einstein - ou em moléculas constituídas por até dois átomos.

Mas Kuznetsova e seus colegas estão propondo o primeiro sistema viável que utiliza tanto átomos quanto moléculas, aproveitando os benefícios de cada um deles.

Essa arquitetura, segundo seus cálculos, seria capaz de fazer cálculos mais rapidamente e com maior eficiência do que os processadores quânticos implementados até agora.

Moléculas polares

A maioria dos experimentos com computação quântica feitos até agora utiliza átomos neutros, que podem ser controlados mais facilmente. Mas, como eles não têm carga, é mais difícil fazê-los interagir entre si, o que reduz a velocidade dos cálculos realizados.

Nos últimos anos, os cientistas descobriram que as moléculas polares - que contém dois átomos com cargas iguais e opostas - podem permitir um processamento mais rápido em sistemas quânticos porque a presença dessas cargas opostas incentiva as moléculas a interagirem fortemente umas com as outras.

Mas, se esta diferença no comportamento molecular traz uma solução, ela traz também um grande problema: para serem úteis, estas moléculas hiperativas precisam ser resfriadas a apenas alguns milionésimos de grau acima do zero absoluto, o que as deixa calmas o suficiente para que os cientistas possam controlá-las.

010165100621-computador-quantico-hibrido-1 Cada parte do novo conceito é viável de ser construído na prática utilizando os métodos experimentais atuais, mas apenas para um conjunto completo de qubits, todos de uma vez. [Imagem: Susanne Yelin, Elena Kuznetsova, and Robin Côté.]

 

"Moléculas em estados quânticos são muito frágeis," explica Susanne Yelin, coautora da pesquisa. "Você as aquece e elas se vão. Você as coloca muito perto umas das outras, e elas se vão. Você olha para elas do jeito errado, e elas se vão."

A fragilidade dessas moléculas também traz outro problema: quando elas são usadas para apresentar os resultados de um processamento quântico, os cientistas muitas vezes perdem o controle sobre elas e os dados se perdem.

Até agora, nenhum cientista havia proposto uma maneira para ler dados dessas moléculas de forma segura e confiável.

Laser para quebrar as moléculas

O que os pesquisadores agora relataram em seu artigo é uma maneira de separar as moléculas em suas partes constituintes para que os resultados do processador possam ser lidos a partir dos átomos individuais, que são muito mais fáceis de controlar.

Usando lasers, conta Kuznetsova, eles foram capazes de quebrar as moléculas sem comprometer os dados que estavam codificados nelas.

"Nós deixamos a molécula interagir com a luz de um laser com comprimento de onda muito específico - uma cor bem definida," diz ela. "Isso leva a molécula para um outro estado de excitação, a partir do qual podemos, com outro laser, decompô-la em dois átomos. É uma maneira eficiente e não-destrutiva de manter e ler as informações."

Qubits individuais

Kuznetsova afirma que cada parte do novo conceito é viável de ser construído na prática utilizando os métodos experimentais atuais, mas apenas para um conjunto completo de qubits, todos de uma vez.

O próximo passo rumo à construção de um computador quântico com moléculas polares, desta forma, é criar um sistema no qual os qubits possam ser controlados individualmente. Esta é a meta do grupo.

Bibliografia:
Phase gate and readout with an atom-molecule hybrid platform
Elena Kuznetsova, Marko Gacesca, Susanne F. Yelin, Robin Côté
Physical Review A
Vol.: 81, 030301(R)
DOI: 10.1103/PhysRevA.81.030301

 

Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br

Ricardo M. Beskow