segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Neil Armstrong: o primeiro homem a pisar na Lua morre aos 82 anos

Por Renan Hamann em 27 de Agosto de 2012

Símbolo da exploração espacial norte-americana não resistiu a complicações de uma cirurgia no coração.

 

Neil Armstrong: o primeiro homem a pisar na Lua morre aos 82 anos(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

 

“Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade.” Foi essa a frase que Neil Armstrong disse ao dar os primeiros passos na Lua, em 1969. Ele foi o primeiro homem a pisar em solo lunar, depois de anos de uma corrida espacial que envolveu Estados Unidos, Rússia e enormes quantidades de dinheiro em pesquisas e desenvolvimento.

Armstrong só se tornou astronauta em 1962, depois ter sido piloto de avião na Marinha dos Estados Unidos. Antes disso, foi combatente e voou em 78 missões bem-sucedidas enquanto defendia os país, incluindo batalhas realizadas durante a Guerra da Coreia. Depois de sair da Marinha, ele ainda trabalhou como piloto de testes de aviões americanos e testou centenas de modelos diferentes.

A formação de um astronauta

O que pouca gente sabe é que os astronautas não são escolhidos ao acaso. Eles são preparados para emergências e devem possuir conhecimentos que vão muito além das práticas operacionais. Neil Armstrong é um ótimo exemplo disso. Ele estudou Engenharia Aeroespacial na Universidade de Purdue, o que deu bastante base para a sua carreira.

Neil Armstrong: o primeiro homem a pisar na Lua morre aos 82 anos(Fonte da imagem: Reprodução/NASA)

 

20 de julho de 1969: chegada à Lua

Sendo escolhido para ingressar na NASA em 1962, ele passou anos trabalhando em treinamentos e também foi responsável por análises na fabricação de motores, foguetes e naves. Quatro anos depois ele foi ao espaço pela primeira vez, comandando a missão Gemini 8. Em 1969, foi a vez de ele comandar a missão Apollo 11, que foi o seu grande momento e levou nome "Neil Armstrong" para todo o planeta.

Após voltar para o solo terrestre, Armstrong ainda permaneceu na NASA por mais alguns meses, mas em 1970 anunciou sua saída. Depois disso, foi professor de Engenharia Aeroespacial na Universidade de Cincinnati por quase uma década, até que se aposentou definitivamente.

O último passo de um grande homem

Cerca de três semanas atrás, Neil Armstrong foi submetido a uma cirurgia no coração. Devido a complicações em sua recuperação, o primeiro homem a pisar na Lua acabou falecendo no último sábado, aos 82 anos de idade. Com isso, encerra-se a vida heroica de um dos maiores símbolos da exploração espacial de toda a história.

Neil Armstrong não é considerado apenas o primeiro homem a pisar na Lua. Ele é um herói nacional para os norte-americanos e um ídolo para os apaixonados por astronomia e exploração espacial. Certamente, é um homem que deixará saudades na Terra e no espaço.

Fonte: The Verge, Reuters, BBC, NASA e Tecmundo

Bactéria pode gerar combustível a partir de dióxido de carbono

Por Rafael Gazzarrini em 24 de Agosto de 2012

 

Para que o processo funcione, os pesquisadores do MIT precisam alterar o micro-organismo geneticamente.

 

Bactéria pode gerar combustível a partir de dióxido de carbono(Fonte da imagem: Reprodução/SJK)

 

Um dos maiores problemas da atualidade é a emissão exagerada de dióxido de carbono, principalmente pela grande quantidade que é expelida dos automóveis no mundo inteiro — o que afeta perigosamente a camada de ozônio e causa o efeito estufa.

Os pesquisadores do MIT (Massachussetts Institute of Technology) encontraram uma bactéria que pode se alimentar de dióxido de carbono e, como resultado, criar isobutanol. Esse produto é um tipo de álcool que pode ser usado como combustível verde para a grande maioria dos veículos.

Com isso, seria possível retirar dióxido de carbônico da atmosfera, deixando a camada de ozônio mais segura e “esfriando” o planeta. Além disso, o isobutanol é dez vezes mais potente do que os biocombustíveis disponíveis até o momento.

A grande dificuldade do processo é o fato de que essa bactéria precisa ser alterada geneticamente para que o combustível possa ser gerado. Felizmente, os testes em laboratórios já deram resultados positivos. Agora, vamos esperar para que essa “esperança” possa ser usada na nossa realidade.

Fonte: LiveScience, Tecmundo

Computador quântico resolve problema do dobramento de proteínas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/08/2012

Computador quântico resolve problema do dobramento de proteínas

O D-Wave One foi primeiro computador quântico a chegar ao mercado.[Imagem: D-Wave]

 

Onda quântica

O primeiro computador quântico a chegar ao mercado, fabricado pela empresa D-Wave, conseguiu resolver um dos quebra-cabeças de como as proteínas se dobram.

A empresa apresentou o seu computador quântico D-Wave One, que utiliza 128 qubits supercondutores em 2007, mas quase ninguém levou o assunto a sério.

Em 2009, as coisas começaram a mudar, quando o Google anunciou que bancaria o desenvolvimento do computador quântico da D-Wave.

Os físicos, contudo, só passaram a levá-lo em consideração em 2011, quando uma equipe de cientistas publicou um artigo garantindo que o processador da D-Wave realmente é quântico.

O processador do D-Wave One utiliza qubits de estado sólido, similares aos usados no experimento da fatoração com o algoritmo de Shor, divulgado nesta semana, embora seu princípio de funcionamento seja diferente, baseado em um esquema conhecido como termalização quântica (quantum annealing).

 

Dobramento de proteínas

Agora, uma equipe da Universidade de Harvard usou o inovador e polêmico computador para prever as configurações de mais baixa energia de uma proteína dobrada.

Desvendar o processo de dobramento de proteínas é um dos maiores anseios de todos os pesquisadores das chamadas biociências, médicos incluídos, porque isso pode significar a descoberta de formas totalmente novas de lidar com a fisiologia humana.

O problema é que as proteínas são muito complexas, e são inúmeras as formas possíveis que elas podem assumir em seu dobramento.

É claro que o computador quântico não resolveu "toda" a questão do dobramento das proteínas, tendo ele trabalhado com alguns poucos aminoácidos.

Mas o objetivo do teste era mostrar que um computador quântico pode lidar com esse tipo de problema. Algumas teorias apontam que os computadores quânticos são muito melhor adaptados para a tarefa do que os computadores eletrônicos clássicos, embora houvesse discordâncias quanto a isso.

 

Desdobramento quântico

Os resultados, por enquanto, são mais ou menos animadores.

No lado positivo, o processador quântico da D-Wave identificou as configurações de aminoácidos e suas interações correspondentes àquilo que seria o meio mais "econômico" do dobramento das proteínas.

No lado negativo, ele acertou 13 vezes em 10.000 medições.

Isso é ruim mesmo considerando que um processador quântico precisa estar sempre lidando com as incertezas - o algoritmo de Shor, por exemplo, rodando em um "processador quântico perfeito", dará a resposta correta em 50% das vezes.

Isso acontece porque o processamento quântico deveria ocorrer próximo a 0 kelvin. Como não consegue atingir temperatura tão baixa, o processador do D-Wave One trabalha um pouco acima, repetindo várias vezes os cálculos para tentar pegar o resultado correto.

No balanço geral, 13 acertos com um computador quântico de primeira geração parece bom, embora mostre o longo caminho a ser percorrido antes que possamos contar com essas máquinas futuristas para resolver problemas reais de forma completa.

Fonte: Inovação Tecnológica