sábado, 25 de fevereiro de 2012

Presidente da Foxconn chama brasileiros de folgados

Por Renan Hamann, 24 de Fevereiro de 2012

 

Depois de dizer que funcionários chineses são animais, Terry Gou disse que os brasileiros não gostam de trabalhar porque vivem em paraíso.

(Fonte da imagem: Reprodução/Business Week)

 

Você se lembra de Terry Gou? Ele é o presidente da Foxconn, empresa responsável pela fabricação de vários produtos da Apple. Há algumas semanas, Terry declarou publicamente que percebe seus funcionários como verdadeiros animais, o que gerou bastante polêmica em todo o mundo. Agora, voltou a atacar dizendo o que pensa dos brasileiros.

Ele disse em um programa de televisão taiwanês que o Brasil é um país com muito potencial, mas os brasileiros não gostam de trabalhar muito “porque o país é um paraíso”. Especula-se que ele esteja se referindo ao fato de as leis trabalhistas do Brasil não permitirem mais do que oito horas de trabalho diário, ao contrário do que acontece na China (onde a Foxconn temfuncionários em turnos de 12 horas).

Fonte: Tecmundo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Os SSDs estão condenados a longo prazo?

Por Carlos Morimoto em 22 de fevereiro de 2012 às 12h05

 

Desde as enchentes na Tailândia, os preços dos HDs magnéticos têm ficado consideravelmente acima do que seria esperado. Os SDDs por sua vez continuam sua queda gradual de preços, o que tem feito com que eles lentamente cresçam em adoção, especialmente nos portáteis, já que eles oferecem ganhos bastante claros em termos de desempenho, portabilidade e consumo elétrico.

Apesar disso, segundo Laura M. Grupp, John D. Davis e Steven Swanson, do departamento de Ciências e Engenharia da Computação da Universidade da Califórnia, os SSDs perderão a guerra a longo prazo, já que a contínua miniaturização das células aumentarão a latência e a ocorrência de erros, minando o desempenho e a confiabilidade dos chips, e a tecnologia tende a estacionar em 2024, quando a indústria tiver dominado a técnica dos 6.5 nm, esgotando as possibilidades de evolução do silício. Em outras palavras, segundo a pesquisa, os SSDs devem continuar crescendo por algum tempo, mas a tecnologia acabará caindo com o tempo.

Um dos grandes problemas com a memória Flash é a deterioração das células, que faz com que a vida útil dos drives seja limitada a um certo número de leituras. Nas células SLC (que armazenam um único bit) a degradação da célula demora a comprometer a confiabilidade dos dados, o que faz com que as células suportem até 100.000 regravações, uma durabilidade que rivaliza com a de muitos HDs magnéticos.

Entretanto, a pressão dos custos fez com que a maioria dos fabricantes migrassem para as células MLC (dois bits por célula), que dobram a capacidade, mas em compensação resultam em células muito menos duráveis, que suportam apenas de 5.000 a 10.000 regravações. Nos SSDs atuais isso é compensado por mecanismos de wear-leaving, que distribuem as regravações por todo o drive, evitando que algumas células degradem antes das outras e mantendo o drive funcional por mais tempo. Como resultado prático, você precisaria de 0.64 a 1.28 petabytes em regravações para esgotar as regravações das celulas de um SSD de 128 GB.

Entretanto, a evolução dos SSDs têm trazido dois problemas: o primeiro é que as células têm se tornado mais frágeis com a introdução de novas técnicas de fabricação, já que elas se tornam menores e trabalham com tensões mais baixas. Em outras palavras, o aumento da capacidade está vindo às custas de células com uma vida útil cada vez mais curta e com latências mais altas.

O segundo problema é que os fabricantes continuam explorando técnicas que permitam armazenar mais bits por célula. Muitos já estão testando células TLC (três bits), que aumentam a capacidade, mas reduzem os ciclos de gravação suportados para apenas 500 a 1000. Estas células resultariam em SSDs com um vida útil muito mais curta, inutilizáveis para cada vez mais operações.

O estudo conclui com um prospecto sombrio: "As tendências tecnológicas que descrevemos colocam os SDDs em uma posição incomum para uma tecnologia de ponta: Os SDDs continuarão a evoluir em algumas quesitos (especialmente em relação à densidade e custo por bit), mas tudo mais em relação a eles tende a ficar pior. Isso torna o futuro dos SSDs nebuloso: Enquanto a capacidade crescente dos SSDS e os crescentes níveis de IOP, os tornarão atrativos para muitas aplicações, a redução na performance, que é necessária para aumentar a capacidade e manter os custos baixos, poderão dificultar o crescimento dos SSDs como uma tecnologia viável para algumas aplicações".

Naturalmente, nada disso muda nada o cenário atual, já que os SDDs tendem a reinar pelos próximos anos, dominando o mercado de alto desempenho. Entretanto, com o passar dos anos eles precisarão ser substituídos por outras tecnologias, caso contrário corremos o risco de eventualmente precisarmos voltar para os discos magnéticos.

Fonte: Hardware

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

AZBox: como funciona o decodificador mais polêmico do Brasil?

Por Fabio Jordão, 19 de Fevereiro de 2012

Entenda o lado da operadora, o do consumidor e o da lei quanto à utilização de dispositivos como o Az-America e o Lexuz Box.

Em tempos de SOPA, muitas pessoas vêm buscando meios alternativos para obter conteúdo ilegal. As restrições na web aumentam a cada dia, por isso muitos consumidores cogitam a possibilidade de investir em aparelhos piratas para ter acesso aos pacotes especiais das emissoras de televisão por assinatura.

A ideia não é nova, aliás, já faz tempo que existem dispositivos para desbloqueio de canais pagos. Contudo, de uns tempos para cá, o assunto popularizou-se de uma forma incrível. Nomes como AZBox, Lexuz Box e AZ-America vêm ganhando destaque. Esses receptores oferecem facilidades para realizar a liberação dos canais de TV a cabo.

(Fonte da imagem: Divulgação/AZBox)

 

Mas, afinal, como funciona um AZBox? É legal utilizar produtos com tal funcionalidade? O que os consumidores que possuem tais aparelhos alegam? Tudo isso e muito mais é o que vamos abordar neste artigo especial que visa sanar todas as suas dúvidas.

Canais pagos com gambiarra

Antes de explicarmos o funcionamento de um AZBox, vale uma pequena introdução ao modo de atuação de um receptor homologado pelas operadoras. Abaixo, simplificamos em alguns passos como ocorre o processo entre a transmissão do canal e a decodificação no dispositivo que é instalado na casa do assinante, confira:

  1. A emissora transmite todos os canais para todos os assinantes;
  2. O aparelho recebe o sinal através de satélite, cabo ou antena (MMDS);
  3. A transmissão da operadora vem com algumas chaves secretas, as quais servem para identificar o tipo de pacote contratado pelo assinante;
  4. Um cartão instalado dentro do decodificador possui códigos que vão permitir o desbloqueio apenas dos canais adquiridos;
  5. Depois de validar informações com a operadora, o dispositivo vai liberar o conteúdo do pacote.

(Fonte da imagem: Divulgação/Sky)

 

Os aparelhos AZBox funcionam de maneira semelhante, porém, algumas etapas são bem diferentes. Antes de mais nada, vale salientar que o esse produto funciona apenas com transmissões de satélite - os dispositivos similares servem para outros tipos de sinais. Veja no esquema abaixo como este decodificador desbloqueia os canais pagos:

  1. Depois de instalar aparelho e a parabólica, o sinal chega até a casa da pessoa normalmente;
  2. O AZBox verifica o tipo de transmissão que está entrando pelo cabo RF;
  3. Nesta etapa, o dispositivo precisa de dois "programas". Na realidade, esses softwares são códigos para que o receptor consiga interpretar as chaves secretas da TV por assinatura. O primeiro serve para sintonizar os canais, e o segundo para destravá-los;
  4. Se os códigos do produto estiverem desatualizados, então o decodificador vai apresentar mensagens como "Canal codificado" ou "Sem sinal". Do contrário, tudo vai “florir” perfeitamente;
  5. Diferente dos aparelhos homologados, o AZBox não precisa realizar uma autenticação com a operadora, o que facilita o desbloqueio dos canais.

(Fonte da imagem: Divulgação/Sky)

 

No caso do Lexuz Box, que é um receptor voltado para desbloqueio da NET, o processo é um pouco diferente. Como o sinal é transmitido via cabo, a pessoa que usa o aparelho pirata precisa contratar pelo menos o serviço mais básico da operadora. Depois de adquirir um plano, basta substituir o dispositivo original pelo alternativo.

Gírias especiais e atualização dos códigos

Se você reparou bem na explicação acima, deve ter percebido que utilizamos a palavra "florir" como sinônimo de desbloqueio dos canais. Ocorre que os códigos dos aparelhos AZBox, Lexuz Box e Az-America não funcionam para sempre. De vez em quando, as operadoras trocam todos os códigos secretos para diminuir o número de receptores ilegais captando o sinal.

Quando isso acontece, os proprietários dos dispositivos piratas precisam encontrar novos firmwares na internet. Os programinhas de desbloqueio nem sempre são disponibilizados de imediato, pois tudo depende da boa vontade de alguns experts para encontrar as novas chaves secretas.

Sky, também conhecida como Céu (Fonte da imagem: Divulgação/Sky)

 

Para evitar que os fóruns, órgãos governamentais e operadoras de TV por assinatura identifiquem com facilidade as postagens com os códigos secretos, os piratas usam algumas gírias para se comunicar e, consequentemente, evitar o bloqueio das mensagens. Veja alguns dos principais termos usados pelas pessoas que usam TV a cabo ilegalmente.

  • Florir = Liberar canal
  • Adubo = Código de desbloqueio
  • Jardim = Todos os canais
  • Flores = Canais
  • Céu = Operadora de TV Sky
  • BET = Operadora de TV NET
  • F90 = Nome dado a um dos aparelhos Lexuz Box

Dito tudo isso, é provável que você esteja curioso quanto à atualização dos receptores. A grande maioria dos decodificadores alternativos conta com porta USB. Assim, tudo que o pirata precisa fazer é baixar um firmware atualizado de algum fórum, copiá-lo para um pendrive e, então, conectar o dispositivo ao AZBox. Em nossas pesquisas, vimos diversos relatos de que a instalação dos códigos é muito rápida e automática.

Afinal, é ilegal?

Na tentativa de se isentar de culpa, os piratas apelam para uma desculpa que segue certa lógica. O papo começa justamente pelo modo como o sinal chega até a casa das pessoas. Em pequenas visitas a fóruns, pudemos perceber que as pessoas dizem não ter qualquer culpa pelo sinal estar circulando no “espaço público”. Claro, falamos aqui da pirataria de sinais por satélite e antena, pois através de cabo existe a necessidade de contratar um serviço básico.

Os piratas alegam que o aparelho é produzido legalmente por empresas europeias, o que é deveras verdade. Contudo, poucos sabem que a aquisição desses dispositivos é considerada como crime de receptação de mercadoria ilegal. Caso a pessoa seja pega com um decodificador desses, ela pode ficar em detenção por até um ano.

Ampliar(Fonte da imagem: Divulgação/AZBox)

 

Existe ainda o problema de acessar a conteúdo com direito autoral. As pessoas não se importam com isso, pois afirmam que obtêm os códigos na web, não efetuando a transferência de arquivos com proprietários para seus computadores. Todavia, vale salientar que usar TV por assinatura sem pagar os devidos valores pode ser considerado como crime de violação de direito autoral.

Apesar de todas essas considerações, as pessoas usam aparelhos piratas de qualquer forma, pois não é tão simples apreender um dispositivo ilegal. Primeiro que a justiça teria de investigar cada uma das casas com satélites ou antenas. Segundo que seria necessário obter mandados para todas as residências que sofressem inspeção. Como fazer isso? Impossível. Não há meios, tampouco funcionários suficientes, para realizar as autuações.

De quem é a culpa?

Quando o assunto é pirataria, fica difícil identificar culpados e quais os reais motivos que levam tantas pessoas a optar pela ilegalidade. Muitos consumidores alegam que usam decodificadores alternativos por conta dos altos preços cobrados pelas operadoras de televisão por assinatura.

Outros preferem dar uma desculpa brasileira e afirmam que não faz sentido pagar por algo que pode ser obtido de graça. A mesma justificava de tantas pessoas que baixam conteúdos ilegais da web e usam softwares piratas.

É fácil encontrar o firmware e os códigos... (Fonte da imagem: Reprodução/AZ America)

 

Entretanto, a culpa da pirataria rolar solta não é necessariamente das pessoas que usam esses aparelhos. Alguns profissionais de telecomunicações veem o outro lado da moeda, jogando a responsabilidade para as operadoras, relatando que as empresas deveriam investir em segurança reforçada e métodos de autenticação mais eficientes.

Por último, o governo leva uma parte da culpa, justamente por não barrar de uma vez por todas a comercialização dos receptores. Apesar de estar proibida a entrada desses produtos no Brasil, a fiscalização não parece ser muito eficiente, sendo possível encontrar vendedores em todos os cantos da internet.

Os verdadeiros criminosos

Se não for ilegal, usar aparelhos piratas é no mínimo imoral. Contudo, as pessoas que “roubam” os canais pagos não cometem crimes tão horrendos. No ramo da pirataria de TV a cabo, os principais vilões são os malandros que cobram para liberar os códigos ou que muitas vezes criam um sistema para que as pessoas sejam dependentes da compra de novas atualizações.

Esses sujeitos são os da pior espécie, visto que eles lucram em cima de um serviço ao qual eles não têm qualquer direito. Alguns criminosos oferecem cartões e decodificadores homologados, criando uma rede de clientes que pagam valores mais baixos que os da operadora, mas enganando as pessoas com uma TV a cabo que é muito suja e ilegal.

Será que compensa?

Aparelhos como AZBox vêm ganhando muito espaço no mercado, porém, ao mesmo tempo, eles estão cada vez mais na mira das companhias. Para piorar a situação, os preços das TVs por assinatura não baixam, visto que o número de piratas aumenta cada dia mais e, no fim, quem paga tudo é o cliente honesto que adquiriu um pacote devidamente regulamentado.

E mais, o que muitos não veem é que se todos usarem dispositivos piratas, o serviço deixa de existir. Além disso, algumas pessoas não pensam que um número maior de clientes poderia baixar os valores. Isso sem contar na facilidade que a aquisição legal gera, visto que não é necessário explorar o submundo da web para encontrar códigos de desbloqueio ou até ficar na mão de salafrários.

(Fonte da imagem: Divulgação/AZ America)

 

Claro, devemos considerar que os lucros dessas empresas parecem ser absurdamente altos, além de que os planos oferecidos não agradam a todos. Talvez criar pacotes totalmente personalizados seria uma atitude lógica, pois cada um contrataria apenas o que é do seu interesse. Porém, nada é do jeito que o consumidor espera. Torçamos pela chegada dos serviços de TV por streaming.

Fonte: Tecmundo

Primeiras gravações de som da história são recuperadas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/01/2012

Primeiras gravações de som da história são recuperadas

Os discos experimentais foram feitos de materiais como borracha, cera de abelha, vidro, folhas de estanho e latão. Alguns mal sobreviveram ao primeiro século. [Imagem: Smithsonian/LBL]

 

Pré toca-discos

Em uma demonstração clara de que as preocupações com apreservação da "cultura digital"não são exageradas, um grupo de cientistas se reuniu para tentar recuperar aquelas que podem ser as primeiras gravações de voz feitas pelo homem.

Foi necessário usar as maismodernas técnicas ópticas de imageamento para recuperar as gravações sem correr o risco de danificar os discos originais.

Os discos Volta - gravados no Laboratório Volta entre 1881 e 1885 - são o resultado dos primeiros experimentos de gravação de sons, realizados por Alexander Graham Bell, Chichester Bell e Charles Sumner Tainter.

São os precursores do fonógrafo, que seria inventado em 1877, e que, com pequenas modificações, sobreviveu até poucas décadas atrás, com os discos de vinil e os toca-discos.

Ao final dos experimentos, os cerca de 200 discos foram cuidadosamente empacotados e doados ao Museu Smithsoniano - e, com poucas exceções, nunca foram tocados de novo.

 

Pré vinil

Como o risco de danificar os discos é inaceitável, os cientistas tiveram que desenvolver técnicas ópticas: gerar imagens tridimensionais dos discos e criar programas decomputador capazes de transformar os "sulcos digitais" em sons.

"Essas gravações foram feitas usando vários métodos e materiais, como borracha, cera de abelha, vidro, folhas de estanho e latão, à medida que os inventores tentavam encontrar um material que mantivesse o som gravado," explica Carlene Stephens, que ajudou a decodificar os sons.

Os cientistas não sabiam o que estava gravado em cada um dos discos e cilindros, com exceção de algumas inscrições nos próprios discos.

Agora eles já sabem o conteúdo de pelo menos seis deles, conforme os seus esforços dão os primeiros resultados práticos.

Primeiras gravações de som da história são recuperadas

A técnica óptica cria uma imagem de alta resolução de cada um dos discos que, a seguir, é processada para gerar um mapa topográfico da superfície, com seus sulcos e ranhuras. [Imagem: Fadeyev et al./J.Audio Eng.Soc.]

 

Mapa topográfico

Os cientistas tiveram que desenvolver um toca-discos especial, uma espécie de robô, chamado Irene, capaz de girar os discos com cuidado e na velocidade adequada aos equipamentos de captura das imagens.

A técnica óptica cria uma imagem de alta resolução de cada um dos discos que, a seguir, é processada para gerar um mapa topográfico da superfície, com seus sulcos e ranhuras.

Um programa especial calcula o movimento de uma agulha - como as usadas para tocar discos de vinil - movendo-se entre as ranhuras do mapa digital.

O resultado é um arquivo de som digital padrão.

Como esperado, a qualidade do áudio experimental é muito baixa - assim como a retórica dos inventores: as gravações dizem coisas como: "Maria tinha um pequeno carneiro", "Hoje é 11 de março de 1885" e "Barômetro".

Os pesquisadores agora planejam usar os equipamentos desenvolvidos durante a pesquisa para recuperar as gravações dos demais discos históricos, assim como de outras coleções de áudio mantidas por museus.

Fonte: Inovação Tecnológica

Transístor atômico é "perfeito"

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/02/2012

Transístor atômico é

Acima, micrografia do transístor atômico. Abaixo, sua representação esquemática.[Imagem: UNSW]

 

Eletrônico e quântico

Cientistas australianos criaram um transístor atômico, totalmente funcional, e fabricado com uma precisão inédita.

O transístor ultra-miniaturizado consiste em um único átomo de fósforo colocado caprichosamente sobre um cristal de silício com poucos átomos de largura.

Nas extremidades da pastilha de silício são colocados os eletrodos e a porta de controle, tudo em escala atômica.

Todo o conjunto estando em escala atômica significa que o novo componente é tão importante para a computação quântica quanto para a computação eletrônica tradicional.

 

Transistores atômicos

Já foram criados diversos tipos de transistores atômicos antes, mas todos dependiam de uma certa dose de acaso durante os experimentos, já que a manipulação de átomos individuais é muito difícil.

Isso significa que, nos experimentos anteriores, os cientistas tinham que construir inúmeros dispositivos, até encontrar um que funcionasse.

"Mas esse componente é perfeito," garante a Dra. Michelle Simmons, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália. "Esta é a primeira vez que se demonstrou o controle de um átomo individual sobre um substrato com esse nível de precisão.

Transístor atômico é

Se o atual ritmo de miniaturização se mantiver, os transistores deverão atingir a escala atômica por volta de 2020. [Imagem: Fuechsle et al./Nature Nanotechnology]

 

Manipulação de átomos

Depois que o transístor fica pronto, sob o microscópio eletrônico, "é possível ver até as minúsculas marcas escavadas na sua superfície," garante o Dr. Martin Fuechsle, coautor do trabalho.

É nessas saliências que os eletrodos são colocados, para que a tensão seja fornecida e o transístor funcione.

"Nosso grupo provou que é realmente possível posicionar um átomo de fósforo em um ambiente de silício - exatamente como precisamos - juntamente com as portas de controle," comemora Fuechsle.

E há mesmo motivos para comemoração: o transístor atômico apresentou características eletrônicas que confirmam uma previsão recente, e surpreendente, de que a Lei de Ohm funciona em escala atômica.

 

Eletrônica em escala atômica

Se o atual ritmo de miniaturização se mantiver, os transistores deverão atingir a escala atômica por volta de 2020.

Embora o protótipo de um transístor atômico agora já esteja pronto, ele foi construído usando um microscópio de força atômica, uma técnica inadequada para a fabricação de componentes eletrônicos em larga escala.

 

Bibliografia:
A single-atom transistor
Martin Fuechsle, Jill A. Miwa, Suddhasatta Mahapatra, Hoon Ryu, Sunhee Lee, Oliver Warschkow, Lloyd C. L. Hollenberg, Gerhard Klimeck, Michelle Y. Simmons
Nature Nanotechnology
19 February 2012
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nnano.2012.21

Fonte: Inovação Tecnológica