domingo, 29 de novembro de 2020

Meio ambiente vs SSDs.

Uma nova tecnologia que já não é tão nova assim, com benefícios além dos planejados.

Não você não leu errado. 

Um HDD (Hard Disk Drive), comum, o qual tem partes móveis, um disco de ferrite com imãs poderosos e uma cabeça de gravação, apesar de girar a altas velocidades, ainda assim é mais lento; causa mais impacto ao meio ambiente somente para ser fabricado, sem falar no descarte.  

Onde quero chegar então? 

Temos uma opção mais rápida e mais amigável.  

O SSD (Solid State Drive), usa apenas uma carcaça de plástico que muitas vezes é reciclado e apenas uma placa de circuitos onde em 5cm temos todos os componentes necessários.
Então, por que todos os computadores não estão com essa tecnologia? 

Claro que tem o porém do preço.  

Apesar de apenas no último ano essa tecnologia ter baixado bastante em questão de preço, para o consumidor final ainda é mais caro instalar um SSD.

Para termos de comparação, um HD comum de 500GB pode ter o mesmo valor de um SSD de 128GB. 

Em termos de velocidade não existe melhor comparação que esta:

Um HDD SATA (cabo que liga a placa mãe ao HDD) comum pode chegar em teoria a 150mb/s (mega byte por segundo) enquanto na prática a maioria chega a 100mb/s quando muito. 

Quanto ao SSD temos duas variáveis que mudam completamente o jogo.
O SATA e o NVME:
Temos nesse gráfico as velocidades de leitura e gravação das 3 tecnologias. 

Entre o HDD e o SATA apenas o que muda é a tecnologia pois as dimensões são as mesmas.. podendo, em um notebook por exemplo, fazer a substituição direta do HDD por um SSD. 
Mas claro que não poderíamos parar por aí. Temos também o SSD NVMe (Non-Volatile Memory Express), Este que dispensa o invólucro em plástico e é conectado diretamente na placa mãe e oferece velocidades nominais de até 5.000mb/s em sua versão M2. Isso mesmo.  Se você achou rápido os 500mb/s do SATA normal então se prepare. Na versão NVMe.M2 essas velocidades são absurdas.
A conexão diretamente na placa mãe utilizando a conexão PCI-express, elimina as limitações da velocidade do cabo SATA e oferece grandes vantagens tanto na fabricação, quanto instalação elevando a velocidade em até 10x. 

Claro, dentro da tecnologia NVMe temos várias velocidades oferecidas podendo chegar no seu pico de 5.000mb/s. 

Por todos os parâmetros analisados e pelo valor das novas tecnologias aplicadas, podemos chegar daqui a alguns anos a preços até mais baixos quando a utilização em larga escala for alcançada.. 

Agora temos o benefício ambiental mais comum até aqui.  

Com velocidades maiores chegamos a conclusão (por experiência), ao substituir somente o HDD normal de um notebook ou PC por um SSD (SATA), uma reutilização de aparelhos mais antigos, onde a velocidade era um problema. 

Substituindo apenas essa peça conseguimos dar sobrevida a um aparelho que antes iria para descarte. 

O meio ambiente agradece e conseguimos fazer alguma ação concreta. Não somente por deixar de comprar mais equipamentos que hoje com o dólar alto, praticamente inviabiliza a compra, mas resolvendo o problema de velocidade.. 

Espero que tenham gostado. 

Escrito por: Ricardo Beskow
29/11/2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Começam a ser testados receptores para comunicações 6G

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/10/2020

Redes 6G começam a tomar forma com receptores terahertz
O 6G exigirá células de rádio por todos os lados, o que implica em baixo consumo de energia e baixa emissão de campos eletromagnéticos.
[Imagem: IPQ, KIT / Nature Photonics]

6G

As futuras redes sem fio de 6ª geração (6G) consistirão em uma infinidade de pequenas células de rádio que precisarão ser conectadas por links de comunicação de banda muito larga.

Ainda não sabemos exatamente como serão esses equipamentos, que irão superar a tecnologia 5G, mas a transmissão sem fio em frequências terahertz (THz) representa um caminho particularmente atrativo e flexível.

Engenheiros do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha, apostam nessa solução e acabaram de dar uma demonstração de que as possibilidades de um 6G THz não ficam apenas na teoria.

Tobias Harter e seus colegas desenvolveram um novo conceito para receptores terahertz de baixo custo que consistem em um único diodo combinado com uma técnica de processamento de sinais dedicada. Isso representa uma "célula de rádio" minimalista, capaz de operar com um consumo de energia mínimo e baixa emissão de campos eletromagnéticos.

"Em seu núcleo, o receptor consiste em um único diodo, que retifica o sinal terahertz," diz Harter. O diodo é do tipo diodo de barreira Schottky, que oferece uma grande largura de banda e é usado como um detector para recuperar a amplitude do sinal terahertz.

Redes 6G começam a tomar forma com receptores terahertz
O rádio 6G é formado por um único diodo.
[Imagem: Tobias Harter et al. - 10.1038/s41566-020-0675-0]

Retificação

A grande dificuldade para a simplificação da tecnologia é que a decodificação correta dos dados exige o aproveitamento da fase dependente do tempo da onda terahertz, que geralmente é perdida durante a retificação.

Para superar esse problema, Harter usou técnicas de processamento digital de sinais em combinação com uma classe especial de sinais de dados, para os quais a fase pode ser reconstruída a partir da amplitude por meio das chamadas relações de Kramers-Kronig - uma relação matemática entre a parte real e a parte imaginária de um sinal analítico.

Em um experimento de prova de conceito, a equipe demonstrou uma transmissão recorde: uma taxa de dados de 115 Gbit/s e uma frequência portadora de 0,3 THz em uma distância de 110 metros.

Bibliografia:

Artigo: Generalized Kramers-Kronig Receiver for Coherent THz Communications
Autores: Tobias Harter, C. Füllner, J. N. Kemal, S. Ummethala, J. L. Steinmann, M. Brosi, J. L. Hesler, E. Bründermann, A.-S. Müller, W. Freude, Sebastian Randel, Christian Koos
Revista: Nature Photonics
DOI: 10.1038/s41566-020-0675-0

domingo, 22 de novembro de 2020

HD ou SSD? Confira as Diferenças e vantagens de cada tecnologia

Quer escolher o melhor meio de armazenamento para o seu computador? Confira se vale mais a pena instalar um HD convencional ou um SSD!

Alvaro Scola, editado por Daniel Junqueira 15/08/2019 14h15

Ao procurar colocar mais espaço de armazenamento ou até mesmo ao montar o seu computador, você deve optar entre um HD convencional (disco rígido) ou um SSD (disco sólido). Apesar das duas tecnologias servirem para o mesmo fim, elas funcionam de formas bem diferentes.

Para te ajudar a entender as capacidades e limitações do HD e do SSD, o Olhar Digital explica como estas tecnologias funcionam, as suas diferenças, vantagens e desvantagens. Confira abaixo:

O HD convencional

Esta tecnologia começou a ser desenvolvida em torno dos anos 50, porém ela só chegou a forma em que conhecemos hoje no início da década de 80 com a popularização dos computadores e os drives de 3,5 polegadas para computadores, ou 2,5 polegadas para notebooks. Ao longo dos tempos, a tecnologia recebeu algumas mudanças, como a troca dos cabos IDE para o SATA e outras melhorias.

Reprodução

Em sua composição, o HD conta com discos móveis para armazenar os seus dados. Enquanto o seu revestimento é de alumínio, os dados ficam armazenados em uma parte composta de material magnético. A realização da leitura e escrita de dados nele é feita por cabeçotes, que possuem braços para acessar as partes que necessitam.

Vantagens

  • Menor preço – Por ser uma tecnologia mais antiga e já estar presente em nossos primeiros computadores, os HDs convencionais são mais baratos, mesmo oferecendo um espaço de armazenamento maior;
  • Maior capacidade de armazenamento – Os HDs são facilmente encontrados com tamanhos superiores a 1TB, trazendo inúmeras opções de espaço para o seu armazenamento de arquivos.

Desvantagens

  • Tempo de leitura e escrita menor – Devido a ter um funcionamento mecânico, o tempo que ele leva para acessar ou modificar um dado é bem maior em comparação ao SSD. A sua velocidade de leitura e gravação de dados pode variar entre 50 à 120 MB/s;
  • Ruído – Graças ao processo de leitura de discos ser feito por cabeçotes, é possível escutar o barulho de um HD tendo alguma informação sendo acessada;
  • Frágil – Por possuir discos móveis e que são acessados por um cabeçote, se você fizer um movimento brusco durante esta ação, o HD pode ser facilmente danificado tendo os seus dados corrompidos. Além disto, ele é suscetível a perder dados em casos de interferências magnéticas.

O SSD

As tecnologias que compõe o SSD começaram a surgir na década de 70, mas apenas no fim dos anos 2000 é que o SSD começou a aparecer da forma que nós conhecemos hoje. Para a sua conexão, ele utiliza cabos SATA ou conectores PCIe que variam de acordo com seu fabricante.

Reprodução

Diferente do que ocorre no HD convencional, o SSD utiliza memórias Flash para fazer o armazenamento de seus dados, e só vem no tamanho de 2,5 polegadas podendo ser instalado em computadores e notebooks.

Vantagens

  • Velocidade – O SSD alcança velocidades entre 200MB/s à 500MB/s, que garantem mais velocidade para iniciar um sistema operacional ou abrir programas e arquivos em comparação ao HD convencional;
  • Não faz barulho – Como o seu funcionamento não envolve nada mecânico, apenas o acesso as memórias Flash, não é possível escutar nenhum som vindo dele;
  • Mais resistente – Por não possuir discos móveis como o HD, o SSD dificilmente sofrerá algum dano ou perda por conta de ser movimentado. Além disto, ele não sofre possíveis perdas ou corrupção de arquivos por interferências magnéticas;
  • Baixo consumo de energia – O SSD chega a gastar duas vezes menos energia que um HD convencional.

Desvantagens

  • Preço caro – Mesmo sendo vendido com espaços de armazenamento menor do que um HD convencional, o SSD ainda sai mais caro;
  • Vida útil menor – Apesar de eles serem mais resistentes fisicamente, cada gravação feita no SSD gasta a sua cédula tirando um pouco de sua capacidade de segurar cargas elétricas;
  • Pouco espaço de armazenamento – A maioria dos SSDs vendidos possuem entre 120 à 240 GB de espaço. Apesar de já existirem opções com alguns terabytes de espaço, o seu preço tende a ser inacessível para muitas pessoas.

SSD dura pouco?

Quando os SSDs foram lançados, muita gente ficou receosa de obter a nova tecnologia devido a um rumor que eles teriam pouco tempo de vida útil. Na verdade, o SSD possui uma vida útil menor que um HD convencional, mas isto não significa que ele durará pouco.

Em um teste feito pelo site TechReport, foi concluído que os SSDs aguentam cerca de 700TB de informação antes de começarem a apresentar defeitos, e ainda tiveram dois dispositivos que passaram a marca de 1 petabyte. A média para o uso comum de um SSD gira em torno de 20TB por ano, sendo assim, isso quer dizer que o seu SSD funcionará por um bom tempo até ser necessária a sua troca.

Devo trocar o meu HD por um SSD

Com todas as vantagens que um SSD oferece, se você tiver a possibilidade de fazer o investimento em um deles, o seu computador poderá lhe oferecer uma performance bem superior à atual. Ao instalar o Windows em um deles, por exemplo, você conseguirá iniciar o sistema em questão de segundos.

Ainda assim, você deve manter um HD convencional apenas para fazer o armazenamento de arquivos ou programas que sejam menos importantes, a fim de prolongar a vida útil do SSD.

Fonte: Olhar Digital

https://olhardigital.com.br/dicas_e_tutoriais/noticia/hd-x-ssd-as-diferencas-e-vantagens-de-cada-tecnologia/76196