quinta-feira, 31 de julho de 2014

Descoberta grave falha no padrão USB que permite infectar até mouses

Como se já não bastasse a quantidade incontável de malwares, spywares e um bocado de outros tipos de ameaças virtuais que podem infectar seu computador, uma dupla de pesquisadores descobriu que todo e qualquer dispositivo que utiliza conexões USB possui uma falha de segurança fundamental que se refere à forma como o padrão foi criado. Há um modo de alterar o firmware da conexão desses aparelhos para que o chip controlador do USB infecte e tome conta de boa parte dos aparelhos que conhecemos.

Pior do que ficar sabendo disso e saber que não há praticamente nada que possamos fazer para nos defender além de simplesmente não conectar nossos aparelhos em nenhum outro computador que não o nosso ou um completamente confiável.

A falha é tão grave que a dupla de pesquisadores, Karsten Nohl e Jakob Lell, que descobriu a vulnerabilidade, escreveu um pequeno e simples malware e infectou a conexão USB de um pendrive. Eles tiveram sucesso em dominar completamente um computador e até puderam redirecionar todo o tráfego da conexão com a internet desse aparelho.

Antivírus não adianta

O problema de uma falha no firmware do padrão USB é que não há antivírus no mundo que consiga limpar um aparelho que foi infectado por esse meio. O chip simplesmente não é acessível para o sistema operacional, nem para softwares de terceiros, e não pode ser modificado depois de ser hackeado.

Fora isso, é importante lembrar que praticamente todos os nossos dispositivos da atualidade utilizam conexões desse tipo e são passíveis de serem infectados, como mouses, teclados, smartphones, celulares comuns, pendrives e impressoras. Parece até o apocalipse digital, uma vez que não podemos simplesmente nos livrar de tudo isso ou parar de usar aparelhos com conexão USB.

A falha será apresentada na conferência de segurança digital Black Hat em Las Vegas e acredita-se que, em alguns meses, poderemos ter alguma solução para o problema, mas isso tudo é apenas uma suposição.

Brecha para espionagem

Para piorar ainda mais, fontes do Wired acreditam que a NSA, a agência de espionagem global dos EUA, já está explorando essa falha há algum tempo, o que poderia explicar o sucesso da agência de se infiltrar em sistemas tidos como invioláveis.

De qualquer forma, com isso tendo se tornado público, é necessário ficar de olho na forma como você utiliza aparelhos USB a partir de agora, até mesmo o seu mouse ou teclado USB.
Fonte(s)Wired Tecmundo

Entenda o padrão Wi-Fi 802.11 ax, a próxima evolução da rede sem fio

Por Redação em | 31.07.2014 às 08h40
Wireless


A WiFi Alliance, uma organização sem fins lucrativos, está trabalhando no desenvolvimento da conexão Wi-Fi 802.11 ax, que pode ser o novo padrão da internet sem fio até 2019, ou quando for concluída pela iniciativa. A WiFi Alliance conta com cerca de 600 integrantes que buscam implementar tecnologias sem fio e existe desde 1999 quando popularizou o sistema 802.11 a.

O objetivo da Wi-Fi 802.11 ax é oferecer uma conexão com velocidade quatro vezes superior do que o sistema 802.11 ac, o mais difundido atualmente. Ela é ideal para ser utilizada em larga escala, como em locais públicos onde o acesso por várias pessoas ao mesmo tempo é comum.

O padrão 802.11 a foi determinado em 1999 pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). Desde então, vários padrões surgiram: o 802.11 b em 1999, junto com o 802.11 a; o g em 2003; o n em 2009; e o padrão mais recente 802.11 ac em 2013. Outros padrões menos utilizados são: 802.11 s, 802.11 ad e 802.11 aj.

A primeira conexão, 802.11 a, pode alcançar uma velocidade máxima de 54 Mbps, enquanto a mais recente, 802.11 ac, atinge uma velocidade de 866,7 Mbps, mas pode chegar a até 1,3 Gbps em uma banda de 5 GHz. Em 2015 uma nova versão da conexão 802.11 ac, focada na banda 5 GHz, será disponibilizada com uma tecnologia que irá permitir o multi-acesso de entrada e saída de dados, com um número maior de usuários simultâneos. Com essa tecnologia, unida a um canal de 160 MHz, será possível ter picos de 7 Gbps.

O novo padrão desenvolvido pela WiFi Alliance só estará disponível posteriormente, com o nome 802.11 ax e o objetivo de quadruplicar a velocidade da conexão sem fio individual, atingindo picos de 10,53 Gbps na banda de 5 GHz de frequência. 

Até o momento, quem saiu à frente na tecnologia do roteador usando ax é a chinesa Huawei, que promete o primeiro equipamento com o padrão em 2018. No entanto, o padrão ainda precisa ser consolidado como plataforma Wi-Fi para que isso seja confirmado. A expectativa é que este padrão só chegue ao público geral em 2019. Mas o investimento da Huawei não será perdido caso o padrão ax não seja adotado. Neste caso ele funcionará com a versão atualizada do 802.11 ac, previsto para 2015.

Com o 802.11 ax espera-se ter uma melhor conectividade em locais públicos, como os hotspots de comércios e outros locais. Dessa forma o usuário terá acesso a uma boa conexão sem fio mesmo com outras pessoas conectadas. O modelo também permitirá uma qualidade melhor mesmo através de paredes.

Ainda que a conexão não fique em 10 Gbps sempre, será possível baixar conteúdo da internet com uma maior velocidade. No entanto, os roteadores ainda podem ser um problema. A internet via Google Fiber nos Estados Unidos, por exemplo, promete uma velocidade de 1 Gbps, no entanto, na prática, atinge 200 Mbps em grande parte por causa dos roteadores.

No Brasil, as operadoras de serviços de internet banda larga oferecem uma velocidade média de 2 Mbps, então, mesmo com o padrão 802.11 ax, ainda há muito o que ser feito por aqui para atingir a velocidade prometida pelo novo padrão. 

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domingo, 27 de julho de 2014

Três novidades em telas que você vai querer ver

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/07/2014
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: KAIST]
Parede interativa


Esta é a TransWall, uma tela semitransparente sensível ao toque dos dois lados.

Seus criadores, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, afirmam que ela é ideal para que os compradores dos shoppings centers encontrem itens interessantes para comprar...

"Através das vitrines, os compradores podem ver os produtos expostos, mas podem ter dificuldades apenas olhando. Com o TransWall, no entanto, as vitrines podem se tornar mais divertidas e realistas do que nunca," afirmam eles, eventualmente pensando no cliente interagindo com um vendedor sem precisar entrar na loja.

Isso porque, além da sensibilidade ao toque, a tela possui um transdutor superficial que vibra, podendo fornecer um feedback tátil ao usuário.

"O conceito da TransWall permite às pessoas ver, ouvir, ou mesmo tocar umas às outras através da parede, enquanto desfrutam de jogos e comunicação interpessoal. A TransWall pode ser instalada no interior de edifícios, como centros comerciais, museus e parques temáticos, para que as pessoas tenham a oportunidade de colaborar mesmo com estranhos de uma forma natural," propõe o professor Woohun Lee, idealizador da tecnologia.

A tela é interessante, mas parece que os pesquisadores precisam ser mais criativos na busca de novos usos para suas invenções.


Tela de enrolar
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: LG Display]
Esta tela transparente da LG é menor - 18 polegadas - e não tem sensibilidade ao toque dos dois lados.

Mas a grande novidade da tecnologia é que ela pode ser enrolada em um tubo de apenas 3 centímetros de raio "sem que a função da tela de 1.200 x 810 pixels seja afetada", segundo a empresa.

Embora telas de enrolar sejam esperadas há muito tempo, a LG parece ter chegado a uma solução interessante usando um filme de poliimida de grande densidade, em substituição aos plásticos ou vidros flexíveis normalmente utilizados.

"Estamos confiantes de que, em 2017, vamos conseguir desenvolver uma tela de OLED ultra-HD flexível e transparente de mais de 60 polegadas, que terá uma transmitância superior a 40% e um raio de curvatura de 100R," afirmou In-Byung Kang, chefe do centro de P&D da LG Display.


Computadores de vidro
Três novidades em telas que você vai querer ver
[Imagem: Optics Express]
A equipe do Dr. Raman Kashyap, da Universidade Politécnica de Montreal, no Canadá, colocou suas fichas no famoso Gorilla Glass®, da empresa Corning, usado em várias marcas de celulares inteligentes e tablets.

Kashyap criou uma técnica que permite a inserção de várias camadas sucessivas de sensores sobre o vidro.

Assim, segundo o pesquisador, além de detectar o toque de seus dedos, a tela poderá - no futuro - ser capaz de detectar sua temperatura, medir o nível de açúcar no seu sangue e até analisar seu DNA.

"Neste momento nós estamos abrindo a Caixa de Pandora. Cabe às pessoas inventarem novos usos," entusiasma-se ele.

Além de sensores biomédicos, a tecnologia poderá permitir fabricar dispositivos mais complexos, como circuitos incorporados em qualquer superfície de vidro, como janelas ou tampos de mesa, eventualmente criando as telas transparentes vistas em filmes como Avatar e Homem de Ferro.

Tudo isso graças a uma técnica para gravar componentes fotônicos a laser diretamente no vidro. Esses componentes, chamados guias de onda, funcionam como canais para guiar a luz, como os fios guiam os elétrons. A técnica é bem conhecida, mas esta foi a primeira vez que ela foi usada para criar componentes em um produto comercial como o Gorilla Glass. 

A transformação da tecnologia em produtos, porém, demandará ainda muitos desenvolvimentos adicionais e bastante tempo, já que, essencialmente, o caminho a percorrer é o mesmo dos processadores fotônicos.



Bibliografia:

Making Smart Phones Smarter with Photonics
Jerome Lapointe, Mathieu Gagné, Ming-Jun Li, Raman Kashyap
Optics Express
Vol.: 22, Issue 13, pp. 15473-15483
DOI: 10.1364/OE.22.015473