sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Descoberta brecha no IE que nem a Microsoft sabe consertar

Por Redação Olhar Digital - em 14/02/2014 às 11h24
A brecha está sendo explorada no site VFW.org. Comprometida por hackers, a página contém um iframe que carrega outro site sem que se perceba, e é desse lugar que se instala softwares maliciosos.

A FireEye não descobriu de onde vem o ataque, mas a Seculert, empresa de segurança de Israel, informou que o emissor é o site aliststatus.com.

Enquanto a Microsoft não liberar alguma correção, o melhor é evitar o uso das versões 9 e 10, que até já estão desatualizadas, pois o IE mais novo é o 11.

Robôs-cupins dispensam projetos e engenheiros

Com informações da Science - 14/02/2014

Robôs-cupins constroem sem projetos e sem engenheiros
Robôs-cupins podem trabalhar incansavelmente para construir as estruturas sem um planejamento centralizado.[Imagem: Eliza Grinnell/Harvard]
 
Estigmergia

Imagine pedir a uma equipe de robôs para que eles construam uma casa para você sem precisar lhes dizer como fazê-lo.

Pelo menos essa segunda parte - construir sem um projeto inicial - já é uma realidade para a equipe de robôs construída por engenheiros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Eles foram buscar inspiração nos cupins.

Ao contrário dos humanos, que necessitam de um projeto e de planejamento para construir algo complicado, os cupins constroem montes que têm centenas de vezes o seu tamanho sem uma estratégia inicial, sem coordenação central e com uma capacidade de comunicação entre indivíduos que é limitada.

Em vez de planejamento e controle, os cupins usam algo chamado estigmergia, um mecanismo de coordenação indireta que se baseia em dicas simples capturadas do ambiente e dos outros cupins.

Justin Werfel e seus colegas usaram a estigmergia para projetar algoritmos que refletem o comportamento dos cupins. A seguir, eles implementaram os algoritmos em um conjunto de robôs de construção.

Robôs-cupins constroem sem projetos e sem engenheiros
Os cupins robóticos trabalham com blocos especialmente projetados - as cruzes em cada bloco ajudam os pesquisadores a monitorar o trabalho. [Imagem: Justin Werfel et al./Science]
 
Seguir as regras

Cada robô precisar ter apenas a capacidade de detectar um bloco ou outro robô para fazer seu trabalho, que consiste em capturar um bloco, mover-se seguindo uma matriz, depositar o bloco no próximo espaço livre, e recomeçar.

Embora cada robô seja capaz de seguir apenas algumas regras simples - como colocar um bloco em um espaço vazio ou iniciar uma nova fileira quando um nível ficou pronto - o resultado global é um comportamento inteligente, capaz de construir estruturas definidas pelo usuário.

Assim, em vez das etapas de um projeto, é o número de regras que cada robô conhece que é importante - quanto mais complexa for a estrutura a ser construída, maior será o número de regras que precisarão ser inseridas na programação dos robôs.

Robôs-cupins constroem sem projetos e sem engenheiros
Os pesquisadores parecem ter planos grandiosos para seus cupins robóticos. [Imagem: Justin Werfel et al./Science]
 
Diques contra inundações

Segundo os pesquisadores, o conceito é interessante de um ponto de vista prático porque equipes de robôs com este tipo de controle independente e descentralizado são escalonáveis, ou seja podem ser adicionados tantos robôs quantos forem necessários para a execução de um projeto, sem ter que avisar ninguém - os novos robôs vão simplesmente se juntar ao time e começar a trabalhar.

O oposto também é verdadeiro, já que a perda de membros individuais não vai atrapalhar em nada o trabalho da equipe, tornando o sistema adequado para ambientes perigosos.

"A visão de longo prazo é que equipes de robôs como esta construam estruturas em grande escala para uso humano. Embora ainda tenhamos que percorrer um longo caminho para isso, uma aplicação de curto prazo poderia ser algo como a construção de pilhas de sacos de areia para proteção contra inundações," disse Werfel.


Bibliografia:

Designing Collective Behavior in a Termite-Inspired Robot Construction Team
Justin Werfel, Kirstin Petersen, Radhika Nagpal
Science
Vol.: 343 - PP. 754-758
DOI: 10.1126/science.1245842

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]

Por Fabio Jordão em 11 de Fevereiro de 2014

Acompanhe um pouco da história desses elementos que facilitaram a utilização dos computadores e smartphones


De 1969 até 1980, os sistemas operacionais eram todos muito parecidos, oferecendo algumas funcionalidades em um ambiente todo escuro que mostrava uma série de linha de códigos.

A história da informática teve uma verdadeira guinada em 1981, ano em que a Xerox (sim, a marca que popularizou as fotocópias) lançou o sistema operacional Pilot junto ao computador Xerox Star.

Este foi o primeiro sistema operacional a oferecer uma interface gráfica. Com o uso de um mouse (que também foi lançado primeiramente pela Xerox), o usuário podia realizar tarefas com facilidade, navegando por entre janelas e clicando em ícones que habilitavam funções e abriam programas.



A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]Xerox Pilot (Fonte da imagem: Reprodução/White And Noisy)

Apesar de as silhuetas lembrarem levemente os ícones que conhecemos hoje, os gráficos da época eram bem rudimentares e não muito semelhantes aos desenhos de alta qualidade que conhecemos nos atuais computadores. Hoje, vamos ver como foi essa evolução dos ícones, passando por PCs, smartphones e outros aparelhos.

O que é um ícone?

Bom, antes de entrarmos de cabeça na história desses símbolos, vale sabermos do que estamos tratando. Segundo os dicionários, um ícone pode representar muitas coisas, mas na informática ele é um elemento gráfico que representa determinado objeto, função, software ou atalho.

Assim, o ícone não é apenas aquele item na sua Área de trabalho. Ele também está presente nos menus dos programas, no menu do sistema e em quase todos os cantos que você imaginar. A principal função dele é facilitar o reconhecimento visual e deixar a usabilidade geral mais simples.

Formas limitadas e poucas cores

Quando a Xerox lançou o Pilot, os ícones eram quase todos iguais. A maioria servia para criar novos documentos e cada um tinha um texto que indicava a funcionalidade específica. Algo curioso é que o sistema já trazia imagens representativas para a lixeira, a calculadora, a impressora e as pastas. Esses ícones não mudaram quase nada em 33 anos de história.

Em 1983, a Apple lançou o Lisa OS e também disponibilizou seus primeiros ícones. Os itens do sistema da Maçã eram claramente inspirados no sistema da Xerox (observe a lixeira, a pasta e o documento). A interface da Apple era um pouco mais evoluída, mas os elementos ainda eram compostos por duas cores: preta e branca.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]Apple Lisa (Fonte da imagem: Reprodução/White And Noisy)

Um ano depois, ao lançar o Macintosh System 1.0, a Apple caprichou nos ícones, os quais foram desenhados pela designer Susan Kare. Os elementos gráficos começaram a ter uma cara mais agradável e dar maior noção de suas funcionalidades. Agora, alguns itens tinham tamanhos diferentes e eram mais simpáticos. A resolução, contudo, ainda era limitada.

Assim como a Apple, outras empresas estavam desenvolvendo seus ícones. A Atari resolveu lançar um computador em 1985 que vinha com o sistema Atari TOS. A interface era um pouco rudimentar, mas os ícones foram trabalhados com perspectiva isométrica e davam a noção de profundidade.

Ícones coloridos e desenhos mais complexos

Ainda em 1985, a Amiga lançou seu sistema operacional. O Workbench 1.0 trazia uma série de novos ícones, os quais já tinham quatro cores: azul, laranja, cinza e preto. Além disso, o software da Amiga tinha cursor personalizável e ícones interativos que mudavam de coloração quando ativados.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]Amiga Workbench 1.0 (Fonte da imagem: Reprodução/White And Noisy)

No mesmo ano, a Microsoft disponibilizou o Windows 1.0. O sistema trazia ícones bem simples e voltava para o velho esquema preto e branco. Conforme nota o site TutsPlus, apesar de ter muita coisa semelhante com outros sistemas, a Microsoft conseguiu alterar alguns elementos gráficos para se diferenciar da Apple.

Um bom avanço no design de ícones aconteceu apenas em 1991, quando surgiu o Macintosh System 7. As representações gráficas ganharam mais pixels e mais cores. Alguns objetos, como a lixeira e a calculadora, não mudaram muito, mas novos ícones apareceram para representar algumas funcionalidades que o sistema trazia.

Finalmente, em 1992, a Microsoft lançou o Windows 3.1 com ícones desenhados por Susan Kare (sim, a designer que trabalhou previamente para a Apple). A artista criou uma série de itens que são muito parecidos com diversos ícones que são usados até hoje.

Três anos depois, a Microsoft chega arrebentando a boca do balão com o Windows 95 e, para garantir a familiaridade, a empresa oferece ícones muito parecidos com aqueles que foram usados na versão anterior. Mais cores, mais isometria e retoques deixam o visual mais moderno. O sistema ainda trouxe um ícone importantíssimo que dá acesso ao Menu Iniciar. Resultado: o Windows 95 foi um sucesso absoluto.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]Windows 95 (Fonte da imagem: Reprodução/White And Noisy)

Em 1997, a Apple corre atrás do prejuízo e lança o Macintosh OS 8 com novíssimos ícones. Os elementos apresentados buscam mais o formato tridimensional com um pouco de isometria e têm uma paleta de cores com mais contraste. Os itens agora têm sombras e são mais definidos.

A verdadeira revolução dos ícones

Microsoft e Apple lançaram uma série de sistemas até o ano 2000, mas foi em 2001 que as duas tiveram a ideia de dar uma repaginada completa no visual. A primeira foi a Apple com seu Mac OS X, o qual trouxe uma interface bem diferente e uma coleção de ícones incríveis. Com o uso de milhares de cores e maior resolução, o design dos elementos gráficos ficou atraente e muito realista.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico] (Fonte da imagem: Reprodução/uWaterloo)

Alguns meses depois, a Microsoft lançou o tão aclamado Windows XP. O sistema vinha com um visual completamente diferente e, claro, os objetos e atalhos foram todos redesenhados. Os ícones ficaram mais coloridos e simpáticos. Apesar de caprichar nas sombras e na paleta, os elementos da Microsoft não eram tão realistas, mas foi o suficiente para deixar o sistema agradável.

Depois de quase seis anos de sucesso do Windows XP, a Microsoft viu que era hora de atualizar seu sistema. O Windows Vista foi criticado, não tanto por seu visual, mas por conta do desempenho. Apesar dessa questão, não há como negar que a Microsoft fez bonito. Os ícones ficaram realistas e muitos foram espelhados. Alguns foram reaproveitados no Windows 7.

Em 2007, a Apple também resolveu dar alguns retoques em seus ícones. A empresa lançou o Mac OS X Leopard, que veio com itens cromados, reflexivos e alguns efeitos que imitam o efeito de vidro. Não se tratava de um design completamente novo, principalmente porque os objetos já eram muito bonitos anteriormente.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico]Windows 8.1 (Fonte da imagem: Reprodução/White And Noisy)

Para finalizar, em 2012, a Microsoft lança o Windows 8 e, por incrível que pareça, traz alguns ícones básicos para sua nova interface. O visual moderno do sistema é baseado em tiles e conta com elementos simplificados que visam facilitar a compreensão. Apesar disso, o software não abandonou a antiga interface e ícones que são parecidos com os do Windows 7 estão presentes.

Os ícones invadem os celulares

Por volta dos anos 2000, diversos aparelhos celulares começaram a ganhar mais funções além das ligações e mensagens de texto. Com isso, os telefones necessitaram de telas mais versáteis, capazes de exibir elementos mais complexos.

Seja uma simples chave para indicar que o aparelho estava bloqueado ou uma pequena antena para representar o nível de sinal, os celulares começaram a receber ícones dos mais variados tipos que garantiam a simplicidade no uso.

Com o passar do tempo, eles ganharam displays coloridos e mais funções. Aos poucos, as telas já eram semelhantes à de um computador, possibilitando a exibição de papéis de parede e ícones para diversas funções.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico] (Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

No entanto, a verdadeira mudança aconteceu em 2007, quando a Apple lançou o iPhone, que trazia um display de alta resolução e ícones que realmente facilitavam a navegação. Não era mais necessário ter textos e explicações no display. Com um ícone muito bonito de tamanho grande, o usuário sabia como acessar a internet e realizar diversas operações no smartphone.

O iPhone também garantiu a chegada de diversos apps ao mundo dos celulares. Logo, navegadores, players de música e outros tantos softwares foram lançados para o smartphone da Apple. Os ícones tiveram papel fundamental nesse sentido, tanto que serviam como propaganda para a empresa divulgar a exclusividade de diversos games e apps.

Logo, Android e Windows Phone chegaram para dividir o mercado. Cada sistema trouxe seus próprios ícones, mas o Android tinha mais semelhanças com o iOS (apesar de não usar bordas e ícones regulares) e o WP7 era bem diferente, sendo inclusive o precursor do estilo do Windows 8. O Windows Phone 8 ainda é o mais alternativo, trazendo elementos chapados e planos.

O ícone obsoleto

É curioso que, no meio de tantos ícones, um em especial nunca foi alterado e hoje ele já não tem mais razão de existir. Estamos falando do ícone da função “Salvar”, que em diversos programas ainda é representado por um disquete.

A verdade é que ele já não tem razão de ser usado desde quando os documentos deixaram de ser salvos exclusivamente em disquetes. Os computadores atuais sequer trazem drives de disquetes, mas, devido ao longo histórico do ícone, ele continua sendo um elemento que serve muito bem para sua representar a função a qual se propõe.

A evolução dos ícones ao longo do tempo [infográfico] (Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

Há também uma grande problemática por conta da familiaridade. As pessoas já sabem que o disquete significa salvar, mesmo que esse objeto já não faça mais parte do cotidiano. É difícil substituir esse ícone por outro, pois ele pode confundir as pessoas, ainda mais que há inúmeros locais para salvar um documento: nuvem, pendrive, CD e outros.

Ícones por toda parte

Bom, esse foi um breve histórico dos ícones. É evidente que existem uma infinidade de outros sistemas que foram lançados durante todos esses anos e cada um trouxe diversos elementos gráficos. Além disso, os ícones têm papel fundamental nas interfaces gráficas de video games, smart TVs, Blu-ray players e outros tantos aparelhos.

Vale notar ainda que os ícones deixaram de ser desenhados apenas para sistemas e, hoje, há muitos artistas que esboçam elementos que ficam magníficos em temas e para substituir logos de diversos aplicativos. A história desses itens não acaba aqui e certamente ainda deve sofrer muitas alterações no futuro. O jeito é se acostumar com os novos ícones e continuar usando o bom e velho disquete para salvar tantas mudanças.