sábado, 9 de junho de 2012

Tecnologia cria botões físicos em telas sensíveis ao toque e depois os esconde [vídeo]


Por Fernando Daquino em 8 de Junho de 2012

Mecanismo consiste em uma camada microfluída que pode deformar-se, permitindo a constituição de botões reais em displays touchscreen.

Nesta semana, durante a SID Display Week 2012 (evento voltado para novas tecnologias de tela), a empresa Tactus Technology apresentou o que deve ser a nova geração de displays para aparelhos eletrônicos, o Tactile Layer.
Conforme comunicado publicado pela empresa, a tecnologia consiste em um componente que gera botões físicos em qualquer tela sensível ao toque. Basicamente, o Tactile Layer é uma camada microfluída completamente plana, transparente e dinâmica que se eleva do display convencional, criando botões reais na tela. Com isso, as pessoas podem ter a sensação de estarem usando um teclado físico convencional.
Quando um recurso que necessita de teclas no gadget é acessado, essa camada é automaticamente acionada, deformando-se para a constituição de botões já com altura, tamanho e firmeza definidos.
Depois de serem usadas, as teclas retornam ao seu formato original e deixam o display lisinho – como se nada tivesse acontecido. Na verdade, o Tactile Layer substitui uma camada já existente nas telas touchscreen, não aumentado as suas dimensões naturais.
A empresa espera que a sua tecnologia seja empregada em smartphones, tablets, leitores de e-books, video games, aparelhos médicos e até em sistemas automotivos. A expectativa é que telas dotadas desse recurso surjam em 2013.
Fonte: Tactus Technology, Tecmundo

Nova geração de memória ganha impulso por software


Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/06/2012
Nova geração de memória ganho impulso por software
Reduzindo o número de bits a serem gravados, a técnica coloca as memórias PCM na via rápida rumo ao mercado. [Imagem: Rice University]
Solução de hardware
Usando uma solução de software, cientistas conseguiram reduzir em 30% a energia necessária para gravar dados em uma memória que vem sendo anunciada como a sucessora das memórias flash, usadas nos cartões de memória e nos pendrives.
Mais do que isso, além de economizar energia, a técnica aumenta em 40% a vida útil dessas memórias.
A memória de mudança de fase (PCM: Phase-Change Memory) usa o mesmo tipo de material empregado nos CDs e DVDs regraváveis.
Como a memória flash, ela não perde os dados na falta de energia, mas é muito mais rápida do que a tecnologia atual, o que poderá dar um novo impulso ao boot rápido de computadores.
Recentemente a IBM anunciou avanços importantes na parte hardware das memórias PCM:
Solução de software
Agora, Azalia Mirhoseini e seus colegas das universidades Rice e Califórnia, ambas nos Estados Unidos, apresentaram uma inovação na parte software.
"Nós desenvolvemos uma nova plataforma de otimização que explora assimetrias na leitura e escrita das memórias de mudança de fase, minimizando o número de transições de bit, o que resulta em ganhos de energia e durabilidade," afirma a pesquisadora.
Na memória PCM, materiais sensíveis ao calor alternam entre uma fase cristalina e uma fase amorfa, o que é usado para guardar as informações binárias.
Escrever em uma memória PCM leva uma fração do tempo necessário para escrever em uma memória flash.
O processo, logicamente, é reversível, permitindo apagar o dado para que ele seja regravado. Mas esse processo é assimétrico: gravar exige um curto pulso de forte calor, enquanto apagar exige um pulso longo de calor mais brando.
Transição de bits
Os cientistas desenvolveram uma técnica de programação que não se baseia em bits individuais, mas em "palavras" - como um byte.
Antes de desgravar o dado, o programa rastreia a palavra e sobrepõe apenas os bits que não precisam ser reescritos para formar o novo byte.
É essa redução na "transição de bits" - a necessidade de mudar o valor de cada bit - que permite acelerar a regravação e economizar até 30% de energia.
Como evita gravações desnecessárias, os pesquisadores descobriram que a nova técnica também reduz o desgaste da memória PCM em até 40%, o que eleva sua vida útil em um tempo correspondente.
Bibliografia:

Coding-based energy minimization for phase change memory
Azalia Mirhoseini, Miodrag Potkonjak, Farinaz Koushanfar
Proceedings of the 49th Annual Design Automation Conference
Vol.: DAC 2012 - Pages 68-76
http://dl.acm.org/citation.cfm?id=2228374
Fonte: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Asus Taichi: um note com duas telas independentes que pode virar tablet

04/06/2012 07h46 - Nick EllisDa Computex 2012

A Asus surpreendeu a todos com o anúncio do notebook Taichi, feito durante a Computex 2012, que acontece em Taipei, Taiwan. Totalmente diferente de tudo o que existe no mercado atualmente, o Taichi conta com uma tela dupla IPS (com retro-iluminação LED), acumulando duas funções: a de notebook e a de tablet.

Asus Taichi, destaque da apresentação da Asus na Computex 2012 (Foto: Reprodução)Asus Taichi, destaque da apresentação da Asus na Computex 2012 (Foto: Reprodução)

 

Para transformá-lo, basta fechar a tela e dar um simples toque na parte de trás que se acende a interface Metro do Windows 8, abrindo novas possibilidades de uso. O conceito é simples: com a tela aberta, ele parece ser um simples notebook com teclado e trackpad, mas com a tela fechada ele se transforma em um tablet multi-touch!

Jonney Shih apresenta o Asus Taichi na Computex 2012 (Foto: Nick Ellis)Jonney Shih apresenta o Asus Taichi na Computex 2012 (Foto: Nick Ellis)

 

O mais interessante é que, apesar das duas telas do Taichi estarem rodando no mesmo sistema operacional, a externa não se limita a reproduzir o que está passando na tela principal. As duas são completamente independentes uma da outra, o que o torna perfeito para apresentações ou até mesmo que duas pesssoas possam usá-lo ao mesmo tempo. 

As duas telas do Asus Taichi em ação (Foto: Nick Ellis)As duas telas do Asus Taichi em ação (Foto: Nick Ellis)

 

O Asus Taichi tem dois modelos, com telas de 11.6 e 13.3 polegadas. O resto das especificações também são bem interessantes, com processador Intel Core (i5 e i7), SSD rápido, duas câmeras HD e conectividade Wi-Fi 802.11n dual band. O Taichi também tem um áudio de respeito, pois conta com sistema de som Bang & Olufson ICEpower e com a tecnologia Asus SonicMaster.

Vídeo da apresentação do Taichi direto da Computex:

Confira os outros produtos e serviços que Asus anunciou em sua coletiva de imprensa na Computex 2012. 

* O TechTudo viajou para a Computex a convite da Asus.

Fonte: Techtudo

Sharp revela nova tela capaz de deixar a Retina Display no chinelo

Por Fernando Daquino em 1 de Junho de 2012

Tecnologia IGZO é capaz de produzir telas com 2560x1600 pixels e 498 ppi, tendo definição maior do que o display do iPhone 4S.

(Fonte da imagem: Reprodução/The Verge)

 

A Sharp apresentou hoje ao mundo a sua nova tecnologia de display, a CAAC-IGZO (C-Axis Aligned Crystal Indium Gallium Zinc Oxide), ou simplesmente IGZO. Um dos protótipos da nova tela, apresentado pela empresa japonesa em um evento na cidade de Tóquio, possui 6,1 polegadas e resolução de 2560x1600 pixels, tendo incríveis 498 ppi (pixels por polegada).

Tais características possibilitam a reprodução de imagens com altíssima definição, chegando a superar a qualidade do display do iPhone 4S, que apresenta 326 ppi. Além disso, as telas baseadas na IGZO devem consumir menos energia do que qualquer um dos displays encontrados no mercado atualmente.

Essa tela de alto desempenho, desenvolvida em conjunto com o Semiconductor Energy Laboratory, deve ser adotada principalmente por smartphones e tablets. Outra melhoria que a IGZO pode proporcionar para futuros eletrônicos é uma menor espessura. A nova tecnologia da Sharp também serve para a produção de displays flexíveis. Confira mais detalhes dessa novidade na galeria de imagens abaixo, publicada pelo site The Verge.

Fonte: Tecmundo

Geoengenharia pode destruir azul do céu

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/06/2012

Geoengenharia pode destruir azul do céu

Em uma pesquisa que incluiu 20 países, os resultados mostraram que o Brasil tem o céu mais azul do mundo.[Imagem: Wikimedia/Breogan67]

 

Céu branco

Além dos efeitos não previstos, a ideia de injetar aerossóis na alta atmosfera da Terra para minimizar os efeitos do aquecimento global pode ter um efeito bem visível: destruir o azul do céu.

Há mais críticos do que adeptos às propostas de manipular deliberadamente o clima terrestre, que é a proposta básica dageoengenharia.

Recentemente, um experimento para testar a ideia de aspergir água do mar a uma altitude de 1 km na atmosfera, proposto por cientistas do Reino Unido, foi proibido pelas autoridades.

Vários cientistas já haviam alertado que a aspersão dos aerossóis poderia ter como efeito esbranquiçar o céu. Mas agora o efeito foi quantificado.

 

Vermelho vence o azul

Ben Kravitz e seus colegas da Instituição Carnegie para a Ciência, nos Estados Unidos, demonstraram que as partículas de sulfato que alguns propõem lançar no ar causariam um maior espalhamento da luz solar na atmosfera.

Isto reduziria em cerca de 20% a quantidade de luz que viria diretamente para o solo, tornando o brilho do Sol mais difuso, mais "apagado", dando um tom esbranquiçado ao céu.

O azul do céu vem da luz sendo refletida pelas moléculas no ar. Esse espalhamento da luz é muito mais forte para os comprimentos de onda mais curtos - na faixa do azul - do que nos comprimentos de onda mais longos - na faixa do vermelho.

As partículas de aerossol que alguns cientistas planejam jogar na atmosfera, contudo, são muito maiores do que as moléculas do ar.

Com isso, elas causariam uma difusão muito mais forte da luz vermelha, "lavando" o azul produzido pelas moléculas menores.

Isto tornaria o céu mais brilhante e virtualmente branco.

Segundo os pesquisadores, o efeito gerado seria similar ao que ocorre depois de grandes erupções vulcânicas.

 

Geoengenharia pode destruir azul do céu

Um mecanismo proposto por defensores da manipulação do clima em escala planetária - a geoengenharia - teria o mesmo efeito que uma erupção vulcânica de grandes proporções - só que afetando o mundo inteiro. [Imagem: Cortesia de Alice Birkin]

 

Efeitos imprevisíveis

Os efeitos iriam além da simples aparência do céu, que ficaria de 3 a 5 vezes menos azul.

Segundo os pesquisadores, os efeitos afetariam diretamente a geração de energia solar, uma vez que uma quantidade de luz muito menor chegaria até os painéis solares.

Um outro estudo também já havia demonstrado que o "sombreamento" artificial da Terra pode desacelerar ciclo global da água.

Mas as autoridades que proibiram os primeiros experimentos de geoengenharia, assim como os próprios cientistas que criticam essas propostas, baseiam-se sobretudo em que é virtualmente impossível calcular todos os efeitos gerados por uma manipulação do clima em escala planetária.

"Esses resultados dão às pessoas uma coisa a mais para considerar antes de decidirem se nós realmente queremos seguir por esse caminho," disse Kravitz. "Embora nosso estudo não tenha tratado sobre os possíveis impactos psicológicos sobre essas mudanças no céu, eles também devem ser considerados."

"Eu espero que nós nunca cheguemos ao ponto em que as pessoas considerem a necessidade de aspergir aerossóis no céu para combater o aquecimento global. Este é o tipo de estudo que eu não gostaria de ver comprovado na prática por uma camada estratosférica de aerossóis no mundo real," disse Ken Caldeira, coautor do estudo.

Bibliografia:
Geoengineering: Whiter skies?
Ben Kravitz, Douglas G. MacMartin, Ken Caldeira
Geophysical Research Letters
Vol.: 39, L11801, 6 PP., 2012
DOI: 10.1029/2012gl051652

Fonte: Inovação Tecnológica