sábado, 30 de novembro de 2013

Fraude nas votações do Brasil é Real e totalmente possível!

Especialista e professor da UNB, Diego Aranha diz que urna eletrônica é insegura

Veja a reunião completa.

Poderia falar para cada um tirar suas próprias conclusões, porém, fica claro que existe uma insegurança até infantil, e que o voto pode sim ser manipulado, sendo o resultado de uma eleição facilmente modificado.

O autor

Vírus de computador pode se comunicar pelos alto-falantes?

Com informações da New Scientist - 29/11/2013

Vírus de computador pode se comunicar pelos alto-falantes?

Ruiu afirma que os computadores comunicam-se sozinhos por um som de alta frequência sendo transmitido pelos alto-falantes e captado pelos microfones dos computadores próximos. [Imagem: Dragos Ruiu]

 

Dragos Ruiu é um pesquisador de segurança de computadores renomado e respeitado.

Por isso ele está sendo levado a sério ao fazer uma denúncia que pode mudar a forma como a segurança dos computadores é vista.

Segundo Ruiu, tudo indica que seus laptops estão infectados por um malware que se comunica pelos alto-falantes e microfones.

Vírus por áudio

A suspeita surgiu quando o pesquisador iniciou a instalação de uma nova versão do OS X da Apple em seu MacBook - o laptop começou a atualizar também o BIOS por conta própria.

Ruiu vem testando os computadores há três anos. E, desde então, documentou vários comportamentos estranhos dos notebooks, que ocorrem mesmo quando cabos de rede, Wi-Fi e Bluetooth estão desligados.

E tudo vem acompanhado de um som emitido pelos alto-falantes.

O pesquisador agora acredita realmente que há vírus desconhecidos escondidos em suas máquinas que estão sendo controlados por meio de sinais de ultra-som transmitidos de um computador infectado para outro.

A alegação lançou uma nova nuvem de preocupações no mundo da segurança da informação, já que um vírus capaz de se comunicar pelo ar, sem necessitar de conexões de rede, seria uma ameaça muito mais dramática do que os casos mais recentes dos vírus de estado, como o StuxNet e o Flame.

badBIOS

Alguns especialistas ainda duvidam dessa porta dos fundos sônica, mas a maioria diz que um malware baseado em áudio é uma possibilidade real.

Ruiu afirma que os computadores comunicam-se sozinhos por um som de alta frequência sendo transmitido pelos alto-falantes e captado pelos microfones dos computadores próximos.

Segundo ele, as emissões de ultra-som cessam tão logo o microfone do computador de recepção é desativado, o que mostra que o vírus teria "inteligência" suficiente para não ficar falando sozinho, ou apitando sem necessidade, o que poderia facilitar sua descoberta.

"Nós gravamos os sinais de áudio de alta frequência entre nossos computadores e vimos os computadores misteriosamente mudarem sua configuração mesmo quando não tinham conexões de rede, Wi-Fi ou cartões Bluetooth," disse Ruiu. "E eles estavam funcionando com as baterias, para que não estivessem recebendo qualquer coisa pelas linhas de energia."

Ruiu batizou o malware de "badBIOS" e acredita que o programa é instalado no computador e permanece dormente até ser ativado por um sinal sonoro.

"Isso tudo é conjectura até que uma análise forense encontre algo," admite ele.

Vírus à distância

Até hoje se considerava que computadores funcionando lado a lado, sem conexões de rede, eram uma forma super-segura de trabalhar em qualquer lugar.

Se Ruiu estiver certo, esse "isolamento pelo ar" não é mais garantia de nada, já que os vírus poderiam literalmente conversar entre si à distância.

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Mais sites que falam sobre este assunto:

http://idgnow.uol.com.br/internet/2013/11/01/novo-malware-pode-atingir-a-bios-e-e-transmitido-pelo-ar-diz-pesquisador/

http://forum.ubuntued.info/viewtopic.php?f=47&t=6135

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Novos discos rígidos da Western Digital estão cheios de hélio

Atualizado: 04/11/2013 | Por Jamie Condliffe-- Gizmodo

 

Ideia é deixa-los mais eficientes, diminuindo a resistência do ar e aumentando a performance do HD

Reprodução

Reprodução

 

Discos rígidos continuam a ficar mais baratos e a oferecer mais espaço. Mas, para torná-los mais eficientes do que nunca, a Western Digital vai preenchê-los com hélio. A WD já anunciou seus planos antes, e agora revela mais detalhes.

Se você pudesse ver o interior de um disco rígido normal, notaria como ele funciona de forma bem mais brutal do que você imagina. Os pratos, discos magnéticos onde os dados são armazenados, giram a uma velocidade incrivelmente alta – milhares de rotações por minuto.

O número de pratos que podem ser empilhados em um mesmo HD é limitado pela resistência deles ao ar. Sim, a resistência do ar impede que veículos andem mais rápido, e faz o mesmo com seus dados.

Mas, em vez de ar, a Western Digital criou discos rígidos que são preenchidos com gás hélio, segundo o All Things D. O hélio, mais leve que o ar, possui resistência menor. Na verdade, a Western Digital já consegue colocar sete pratos onde, com ar, antes só cabiam cinco.

Dessa forma, o primeiro HD com hélio a sair da linha de produção tem 6 TB, contra 4 TB nas unidades convencionais . O All Things D explica por que isso é importante:

"Implementar 11 petabytes de armazenamento utilizando a tecnologia atual de drives requer 12 racks e 2.880 unidades de disco rígido, e cerca de 33 quilowatts de energia para rodá-los. Com a nova tecnologia baseada em hélio, você poderia fazer isto com oito racks e 1.920 drives, e rodá-los com 14 quilowatts."

Previsivelmente, os primeiros HDs com hélio não serão para os consumidores, e sim para empresas. E isso é ótimo: o Netflix vai usá-los para armazenar filmes, e o CERN – centro de pesquisa responsável pelo Grande Colisor de Hádrons – vai armazenar dados de seus experimentos. Mas talvez, um dia, você tenha hélio em seu disco rígido também.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Projeto dá primeiro passo para estudar a imortalidade e recebe 5 milhões de dólares para pesquisas

Recentemente, grande parte da imprensa mundial fez eco às declarações do cientista norte-americano Robert Lanza, que afirmou que a morte seria uma ilusão da mente humana e que a vida, depois de desenvolver suas possibilidades em universos paralelos, ao morrer do corpo, se converte em uma "flor perene que volta a florescer no Universo". Estas declarações, assim como o interesse no assunto, indicam uma tendência no aumento de estudos para a pesquisa do tema. Atualmente, ao menos dois importantes projetos internacionais se dedicam à investigação sobre a imortalidade, aprofundando o estudo dos fenômenos sobre experiências próximas da morte.

A Fundação John Templeton investiu US$ 5 milhões no projeto Immortality, que pretende estudar de maneira integral a imortalidade, reunindo ciência, filosofia e teologia. Segundo explica John Fischer, diretor do projeto, a investigação será centrada nas experiências próximas da morte para averiguar o que acontece nestas situações. Pessoas envolvidas no projeto acreditam que poderão encontrar algo importante sobre a vida de cada um, ou sobre seus valores, ou alguma informação sobre a vida futura.

Conheça a renomada Fundação John Templeton

O projeto também quer estudar as diferenças culturais que rondam o imaginário da morte já que, por exemplo, os norte-americanos têm experiências próximas da morte em que relatam ter visto um túnel com uma luz brilhante, enquanto os japoneses dizem ter visto um jardim.

Um outro projeto sobre o assunto reúne um grupo de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA. Os pesquisadores publicaram um estudo sobre o tema na revista Proceedings of the National Academy of Sciences que descreve o comportamento de ratos de laboratório que passaram por experiências próximas da morte. Muitos sinais elétricos típicos da consciência excederam os níveis apresentados na vigília, o que indica que o cérebro é capaz de produzir atividade perfeitamente organizada no começo da morte clínica. Segundo a principal autora da pesquisa, Jimo Borjigin, "este estudo formará a base para outros trabalhos no futuro com humanos, para a investigação das experiências mentais que ocorrem no cérebro quando se está morrendo". 

Até que a morte não deixe de ser um dos grandes enigmas da vida, um mistério indecifrável para a mente dos mortais, estas pesquisas podem nos ajudar a avançar um pouco mais no tênue limite que separa a vida da morte.

Fonte: SEUHISTORY

Cientistas russos afirmam: Nova Era Glacial começará no ano que vem

Era Glacial em 2014 | Notícias | The History Channel

Contrariando a teoria de aquecimento global, dois cientistas russos afirmam que a Terra se aproxima rapidamente de um novo período glacial, que começará a partir do ano que vem. Os pesquisadores Vladimir Bashkin e Rauf Galiulin, do Instituto Gazprom VNIIGAZ, acreditam que os seres humanos, na realidade, não exercem grande influência nas mudanças climáticas. Eles defendem que planeta está, na verdade, passando por diferentes ciclos de atividade solar, e a próxima fase será marcada por um decréscimo gradual da temperatura até atingir um pico glacial em 50 anos. 

E os pesquisadores não param por aí. A dupla alega que o alarde atual em torno das mudanças climáticas é parte de uma conspiração com objetivo de desacelerar o consumo de petróleo, gás e carbono - três insumos essenciais à vida moderna -, e controlar os preços deste mercado. Apesar de polêmicas, as declarações dos dois cientistas não representam uma opinião isolada. No ano passado, Jabibula Absusamatov, diretor do setor de Investigações Espaciais do Observatório de Pulkovo e membro da Academia Russa de Ciências, confirmou a previsão de que a temperatura do planeta começará a baixar em 2014, alcançando seu pico de redução em 2055.

Fonte: http://noticias.seuhistory.com/cientistas-russos-afirmam-nova-era-glacial-comecara-no-ano-que-vem

Vídeo de animação sobre dependência do celular e obsolescência programada faz sucesso na internet

Um vídeo de animação realizado com mini-robôs aborda os temas da obsolescência programada e da dependência do celular.

Os pequenos robôs compram o último modelo do celular e exploram suas funcionalidades e serviços, até que estes quebram... e sai o próximo modelo!

Veja o vídeo:

Se não conseguir assistir clique aqui

Com informações de GeeksandCom

Espantosa comparação da Terra em relação com a água e o ar

 

Por Marcelo Ribeiro em 26.11.2013 as 22:17

O VOLUME DE AGUA E AR NA TERRA

Na ilustração você pode ver a comparação impressionante entre o volume de nosso planeta com o da água e do ar.

 

A esfera de ar corresponde ao ar na densidade ao nível do mar, ou seja, um ATM. Mas lembre-se que, de todo este ar, apenas 21% é oxigênio que passou a ser produzido em grande quantidade a 2,45 bilhões de anos atrás por organismos fotossintetizadores.

Apesar de cerca de 70% da superfície da Terra estar coberta por água, nosso planeta é uma esfera levemente úmida já que apenas uma camada “finíssima” dela contém água.

A imagem foi criada por Globaïa’s Félix Pharand-Deschênes baseado no conceito criado por Adam Nieman para a Earth Summit de 2002, na África do Sul. [Gizmodo]

Fonte: http://hypescience.com/

Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky

Por Mustafá Ali Kanso em 25.11.2013 as 0:45

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Manipulação da opinião pública através da mídia – segundo Chomsky

 

Linguista genial, filósofo desconcertante e ativista político no mínimo polêmico, Avram Noam Chomsky, nascido em Filadélfia em 7 de dezembro de 1928 tem seu nome associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional e evidentemente à célebre Hierarquia de Chomsky, que versa sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais.

Além de seu premiadíssimo trabalho acadêmico, tanto como professor quando pesquisador em linguística, Chomsky tornou-se muito conhecido pela defesa de suas posições políticas de esquerda — descrevendo-se como socialista libertário — bem como por seu corrosivo posicionamento de crítico contumaz tanto da política norte-americana quanto de seu uso da comunicação de massa para manipular a opinião pública.

Em uma de suas frases de efeito, Chomsky afirma que “a propaganda representa para a democracia aquilo que o cacetete (ou repressão da polícia política) significa para o estado totalitário”.

Em seu livro A Manipulação do Público, em coautoria com Edward S. Herman, Chomsky aborda este tema com profundidade apresentando seu modelo de propaganda dos meios de comunicação, documentado com numerosos estudos de caso, extremamente detalhados.

Um viés social pode ser definido como inclinação ou tendência de uma pessoa ou de um grupo de pessoas que infere julgamento e políticas parciais e, portanto, injustas para uma sociedade tida como um sistema social integral.

A abordagem de Chomsky explicita esse viés sistêmico dos meios de comunicação, focado em causas econômicas e estruturais, e não como fruto de uma eventual conspiração criada por algumas pessoas ou grupos de pessoas contra a sociedade.

O modelo denuncia a existência de cinco filtros, gerados por esse viés sistêmico, a que todas as notícias são submetidas antes da publicação. Filtros, que combinados distorcem e deturpam as notícias para o atendimento de seus fins essenciais.

1.o Filtro — PROPRIEDADE: A maioria dos principais meios de comunicação de massa pertence às grandes empresas.

2.o Filtro — FINANCIAMENTO: – Os principais meios de comunicação obtém a maior parte de sua renda, não de seus leitores, mas sim de publicidade (que, claro, é paga pelas grandes empresas).

Como os meios de comunicação são, na verdade, empresas orientadas para lucro, o modelo de Herman e Chomsky prevê que se deve esperar a publicação apenas de notícias que reflitam os desejos, as expectativas e os valores dessas empresas que os financiam.

3.° Filtro — FONTE: As principais informações são geradas por grandes empresas e instituições. Consequentemente os meios de comunicação dependem fortemente dessas entidades como fonte de informações para a maior parte das notícias. Isto também cria um viés sistêmico contra a sociedade.

4.° Filtro — PRESSÃO: A crítica realizada por vários grupos de pressão que procuram as empresas dos meios de comunicação, atua como uma espécie de chantagem velada, para que os grandes meios de comunicação de massa jamais saiam de uma linha editorial consoante com seus interesses, muitas vezes à revelia dos interesses de toda a sociedade.

5. Filtro — NORMATIVO: As normas da profissão de jornalista calcadas nos conceitos comuns comungados por seus pares, muitas vezes estabelece como prioritário a atenção ao prestígio da carreira do profissional (proporcionalmente ao salário).

Prestígio esse obtido pela veiculação de determinada notícia, sempre em detrimento do efeito danoso à sociedade oriundo da manipulação dos fatos (por exemplo o sensacionalismo) com o objetivo de atender o mercado ( e também, novamente proporcionar prestígio tanto ao profissional quanto ao canal noticiante, como dito antes).

A análise de Chomsky descreve os meios de comunicação como um sistema de propaganda descentralizado e não conspiratório, mas mesmo assim extremamente poderoso.

Tal sistema é capaz de criar um consenso entre a elite da sociedade sobre os assuntos de interesse público estruturando esse debate em uma aparência de consentimento democrático que atendem aos interesses dessa mesma elite. Isso ocorrendo sempre às custas da sociedade como um todo.

Para os autores o sistema de propaganda não é conspiratório porque as pessoas que dele fazem parte não se juntam expressamente com o objetivo de lesar a sociedade, mas, no entanto, é isso mesmo que acabam fazendo, infelizmente.

Chomsky e Herman testaram seu modelo empiricamente tomando pares de eventos que são objetivamente muito semelhantes entre si, exceto que um deles se alinha aos interesses da elite econômica dominante, que se consubstanciam no interesse das grandes empresas, e o outro não se alinha.

Eles citam alguns de tais exemplos para mostrar que nos casos em que um “inimigo oficial” da elite realiza “algo” (tal como o assassinato de algum líder, por exemplo), a imprensa investiga intensivamente e devota uma grande quantidade de tempo à cobertura dessa matéria.

Mas quando é o governo da elite ou o governo de um país aliado que faz a mesma coisa (assassinato de um líder ou coisa ainda pior) a imprensa minimiza e destorce a cobertura da história.

E ironicamente, tal prática é muito bem aplicada à maior parte dos escritos políticos de Chomsky , que têm sido ignorados ou distorcidos pelos detentores dos meios de comunicação mundiais.

Chomsky aponta também em seus estudos algumas estratégias usadas pelos donos do poder para realizar uma verdadeira “manipulação mental” feita através dos meios de comunicação, mas isso já é assunto para um próximo artigo.

Fonte: http://hypescience.com/

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Memcomputação: física caótica abre caminho para computação cerebral

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/11/2013

Memcomputação: física caótica abre caminho para computação cerebral

Um comportamento inesperado em materiais ferroelétricos abre o caminho para uma nova abordagem para o armazenamento e processamento de dados conhecido como memcomputação. [Imagem: ORNL]

Ferroeletricidade

Muitas descobertas prometem melhorar as memórias e mesmo os mecanismos de processamento dos computadores.

Contudo, um comportamento inesperado nos materiais ferroelétricos aponta para uma abordagem radicalmente diferente para o armazenamento e o processamento de dados, uma abordagem que está mais para o cérebro humano do que para os processadores eletrônicos.

Anton Ievlev, juntamente com uma equipe da Ucrânia, Rússia e EUA, descobriu o fenômeno ao estudar justamente os materiais ferroelétricos, cuja maior promessa são memórias de computador que não perdem dados na falta de energia.

A principal característica dos materiais ferroelétricos é a mudança de polarização magnética quando são submetidos a um campo elétrico.

Para construir uma memória dessas, os pesquisadores constroem os chamados "domínios magnéticos", zonas de polarização controlada que passam a funcionar como bits.


Bits com vontade própria

A surpresa veio quando eles começaram a adensar esses bits, construindo malhas mais fechadas de domínios magnéticos.

Em vez de ficar cada um na sua, os bits começaram a formar padrões complexos e imprevisíveis - ou quase imprevisíveis.

"Quando reduzimos a distância entre os domínios, começamos a ver coisas que deveriam ser completamente impossíveis," disse Ievlev.

Em vez de obedecer à técnica de construção, os domínios simplesmente se recusavam a ser criados no padrão desejado, ou assumiam padrões alternativos aparentemente aleatórios.

"À primeira vista, não fazia qualquer sentido. Nós pensávamos que, quando um domínio se forma, ele simplesmente se forma. Ele não deveria depender dos domínios vizinhos," explicou o pesquisador.

Mas os domínios magnéticos se mostraram donos de uma vontade intransigente, que não se dobrou ao desejo dos pesquisadores em construir malhas bem definidas de bits - em vez disso, surgiram padrões dos mais variados tipos.


Caos no espaço

Felizmente, a equipe tinha à mão a Teoria do Caos, ainda que tenham precisado usá-la de uma forma inédita.

"O comportamento caótico geralmente é produzido no tempo, não no espaço," explica Ievlev. "Ver um comportamento caótico produzido no espaço, como no nosso experimento, é algo incrivelmente incomum."
Incomum, mas muito útil.

Na verdade, a memória voluntariosa apresenta todos os requisitos necessários para a memcomputação, um paradigma da computação que preconiza que o armazenamento e o processamento ocorram na mesma plataforma física.


Memcomputação

Memcomputação, como se pode depreender, é uma junção de memória com computação, no sentido de realização de cálculos.

"A memcomputação é basicamente como o cérebro humano funciona: os neurônios e suas conexões, as sinapses, podem armazenar e processar informações no mesmo local. Este experimento com domínios ferroelétricos demonstra a possibilidade de [realização da] memcomputação," disse Yuriy Pershin, membro da equipe.

Isso seria feito codificando informações no raio do domínio e fazendo as operações lógicas na superfície do material ferroelétrico.

Embora o sistema, em princípio, tenha uma capacidade de computação universal, todo o experimento foi feito em microscópios eletrônicos, manipulando os domínios um a um.

Assim, serão necessárias muitas pesquisas para saber como o mecanismo se comporta em processos de fabricação mais sistematizados e que possam ser controlados eletronicamente.

Só então os engenheiros poderão começar a projetar esses "processadores cerebrais".



Bibliografia:

Intermittency, quasiperiodicity and chaos in probe-induced ferroelectric domain switching
Anton Ievlev, Stephen Jesse, Anna N. Morozovska, Evgheni Strelcov, Eugene A. Eliseev, Yuriy V. Pershin, Amit Kumar, Vladimir Ya. Shur, Sergei V. Kalinin
Nature Physics
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nphys2796

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Estaneno: primeiro supercondutor a temperatura ambiente?

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/11/2013

Estaneno, um grafeno de estanho
A adição de átomos de flúor (amarelo) a uma camada atômica de estanho - o estaneno - poderá resultar no primeiro supercondutor a temperatura ambiente. [Imagem: Yong Xu/Tsinghua University/Greg Stewart/SLAC]

Estaneno
Em tempos de materiais-maravilha à base de carbono, parecia que nada poderia superar osnanotubos - até surgir o grafeno.
Mas agora cientistas estão pedindo que o grafeno dê um passinho à frente, cedendo espaço para o recém-chegado "estaneno".
Estaneno é uma folha unidimensional - formada por apenas uma camada de átomos - do metal estanho, símbolo químico Sn.
O estaneno promete ser nada menos do que o primeiro supercondutor à temperatura ambiente, transportando eletricidade com 100% de eficiência.
É o que garantem Yong Xu e seus colegas das universidades Tsinghua (China) e Stanford (EUA).
"O estaneno poderá aumentar a velocidade e diminuir o gasto de energia das futuras gerações de chips de computador, caso nossas previsões sejam confirmadas por experimentos que estão em andamento em vários laboratórios ao redor do mundo," disse o professor Shou-cheng Zhang, coordenador do estudo.

Isolantes topológicos
Os resultados são fruto do trabalho com os isolantes topológicos, uma classe de materiais muito promissores devido à sua característica de conduzir eletricidade apenas na sua superfície externa, mas não em seu interior.
Em 2011, outra equipe já havia apontado que um isolante topológico mais complexo poderia ser magnético e supercondutor.
Isso porque, ao se destacar a camada externa desses materiais, eles devem conduzir eletricidade com 100% de eficiência, ou seja, são supercondutores.
"A magia dos isoladores topológicos é que, pela sua própria natureza, eles forçam os elétrons a mover-se em faixas definidas, sem qualquer limite de velocidade, como nas autobans alemãs," explicou Zhang. "Enquanto eles estiverem na via rápida - as bordas ou as superfícies - os elétrons vão viajar sem resistência."
Mas nenhum dos isolantes topológicos conhecidos até agora se tornaria um condutor perfeito de eletricidade à temperatura ambiente.
O que os novos cálculos indicam é que isto pode ser possível com uma única camada de átomos de estanho - um estaneno.

Estaneno: primeiro supercondutor a temperatura ambiente?
Supercondutores no interior de chips resultarão em processadores que consomem menos energia e esquentam menos. [Imagem: Yong Xu et al./PRL]

Chips supercondutores
Os cálculos indicam que uma única camada de estanho seria um isolante topológico não apenas sob temperaturas agradáveis para o ser humano, mas também a temperatura mais altas.
Por exemplo, com a adição de átomos de flúor ao estanho, sua gama de funcionamento se estenderia a pelo menos 100 graus Celsius.
Segundo os pesquisadores, se os experimentos confirmarem seus cálculos teóricos, o estaneno deverá estrear na conexão interna dos chips, permitindo a troca de dados mais rápida e gastando muito menos energia - o que se traduziria em processadores que esquentam menos.
É claro que, para isso, terão que ser vencidas as mesmas dificuldades de fabricação de um material 2D com que atualmente se deparam os pesquisadores que tentam trabalhar com o grafeno.

Bibliografia:

Large-Gap Quantum Spin Hall Insulators in Tin Films
Yong Xu, Binghai Yan, Hai-Jun Zhang, Jing Wang, Gang Xu, Peizhe Tang, Wenhui Duan, Shou-Cheng Zhang
Physical Review Letters
Vol.: 111, 136804
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.136804
http://arxiv.org/abs/1306.3008

Táxi elétrico desmistifica autonomia dos veículos a bateria

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/11/2013

Táxi elétrico desmistifica autonomia dos veículos a bateria
O veículo elétrico foi desenvolvido para uso em regiões tropicais, com um sistema de ar-condicionado individualizado e revestimento térmico. [Imagem: TUM CREATE]

Táxi elétrico 
Além de carros a hidrogênio e veículos para guiar de pé, o Salão do Automóvel de Tóquio está revelando várias novidades no campo dos veículos elétricos.
Um dos que está fazendo maior sucesso é o EVA, criado por engenheiros da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.
O EVA é um protótipo de táxi elétrico projetado para grandes centros urbanos.
A ideia é desafiar o conceito largamente disseminado de que os veículos elétricos não têm autonomia adequada para as necessidades urbanas.
Afinal, um táxi precisa ficar rodando o dia todo, não pode ficar parado horas para recarregar, e menos ainda deixar o passageiro no meio da viagem porque acabou a bateria.
Para isso, o EVA possui um conjunto de baterias que recarregam em apenas 15 minutos, oferecendo uma autonomia de 200 quilômetros.
Os primeiros testes do táxi elétrico foram feitos em Cingapura, onde se registraram percursos de até 500 km em um dia - o que foi suprido por três recargas das baterias, feitas entre uma corrida e outra.

Táxi elétrico desmistifica autonomia dos veículos a bateria
Um banco de baterias especial, instalado no piso do carro, oferece recarga completa em apenas 15 minutos. [Imagem: TUM CREATE]

Táxi tropical
Outro detalhe importante do projeto é que o veículo elétrico foi desenvolvido para uso em regiões tropicais, com um sistema de ar-condicionado individualizado e revestimento térmico.
A indústria automobilística não fabrica especificamente táxis, sendo que as companhias de transporte e os taxistas adaptam veículos comuns de rua para servir aos passageiros.
Contudo, os carros elétricos disponíveis até agora não servem a esse propósito, porque geralmente têm uma autonomia inadequada para o transporte profissional e tempos de recarga não realísticos para frotas.
A ideia dos engenheiros alemães foi superar esses problemas criando um carro elétrico que já nasceu para ser táxi, mostrando que autonomia e tempo de recarga não são empecilho para a adoção de formas mais verdes de transporte.