sábado, 31 de dezembro de 2011

Retrospectiva: segundo semestre de 2011 [vídeo]

Por Renan Hamann, 30 de Dezembro de 2011

Quer relembrar o que aconteceu no mundo da tecnologia? Então confira as notícias que mais bombaram nos últimos meses deste ano.

Ao final do primeiro semestre de 2011, o Tecmundo preparou uma retrospectiva para mostrar tudo o que havia acontecido no mundo da tecnologia durante os seis primeiros meses do ano. Agora, voltamos ao passado para trazer os principais acontecimentos relacionados ao tema, que tenham sido notícia entre os meses de julho e dezembro.

 

Julho

WOW no Brasil

Um dos MMORPGs mais famosos de todos os tempos foi confirmado para o Brasil. Com as novidades, a Blizzard anunciou que os jogadores terão acesso aos mesmos personagens, missões e recursos da versão normal, mas com diálogos e outros textos traduzidos para o português. Em dezembro, o jogo finalmente chegou às lojas brasileiras.

 

OS X Lion

Junto com o novo MacBook Air, a Apple começou a vender as cópias de seu mais recente sistema operacional: o Mac OS X Lion, que prometeu grandes novidades para os usuários. Apps em tela cheia, sistema “Resume” e modo de separação de ícones similar ao iOS foram algumas das principais melhorias. Outra diferença da versão é a disponibilização, que passou a ser feita apenas de maneira digital.

 

Agosto

Google compra Motorola Mobility

Na metade de agosto, os executivos da Google e da Motorola entraram em um acordo e a empresa de Mountain View adquiriu 12,5 bilhões de dólares em ações da Motorola Mobility, divisão de smartphones e tablets. Com a compra, a Google pretende fortalecer ainda mais o Android, mesmo sem deixar de oferecer o sistema para outras marcas que desejarem utilizá-lo em seus aparelhos.

Galaxy Tab 10.1 no Brasil

Mesmo com os impasses judiciais envolvendo o aparelho, a Samsung conseguiu lançar o Galaxy Tab 10.1 no Brasil no início de Agosto. O tablet surgiu com ainda mais recursos do que a primeira versão e ainda contava com uma tela maior, para a alegria de muitos fãs do Android.

(Fonte da imagem: divulgação/Samsung)

 

Steve Jobs se ausenta da Apple

Visando cuidar de sua saúde, Steve Jobs anunciou que estaria deixando o cargo de CEO da Apple para ser apenas presidente do Conselho de Administração da empresa. Ao renunciar, Jobs, fundador e maior ícone da Apple, encerrou um período de 14 anos em frente a uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.

HP Touchpad e WebOS decepcionam

Menos de dois meses após o lançamento do HP Touchpad, a fabricante anunciou que estaria desistindo de investir no sistema operacional WebOS. Mas hackers conseguiram provar que a culpa do péssimo desempenho do tablet era do hardware e não do sistema operacional. O resultado disso foi um dos maiores “fails” do ano na tecnologia.

 

Setembro

Galaxy Note

Uma mistura de smartphone e tablet foi anunciada pela Samsung em setembro. O Galaxy Note possui tela de 5,3 polegadas e surpreendeu a todos devido à tela Super AMOLED de 1280 x 800 pixels. Mas o grande recurso inédito do aparelho é a “Pen S”, uma caneta especial criada para que os usuários possam desenhar e escrever diretamente na tela.

Kindle Fire

A Amazon decidiu ampliar seus horizontes e lançou um tablet com recursos inéditos. Utilizando o sistema operacional Android modificado para que ficasse muito mais parecido com a já consagrada interface da loja de livros digitais, o Kindle Fire surpreendeu também pelo valor nos Estados Unidos: 199 dólares.

(Fonte da imagem: divulgação/Amazon)

 

IFA 2011

A maior feira de eletrônicos da Europa aconteceu na Alemanha e apresentou uma série de aparelhos impressionantes. Entre os mais desejados pelo público estavam o smartphone Sony Xperia Play, a segunda geração do tablet Samsung Galaxy Tab 7.7 e as Smart TVs, também da Samsung.

 

Outubro

Droid Razr

O smartphone foi criado para ser um dos mais finos do mercado, possuindo apenas 7,1 milímetros. Entre os principais recursos do Motorola Droid Razr estão o processador de 1,2 GHz dual-core e a tela Super AMOLED de 4,3 polegadas.

iPhone 4S e o adeus a Steve Jobs

Decepcionando alguns e maravilhando outros, o iPhone 4S trouxe a inovadora tecnologia Siri, que funciona como um verdadeiro assistente pessoal. Foi lançado no dia 4 de outubro, um dia antes do anúncio oficial sobre o falecimento de Steve Jobs, que não conseguiu vencer o câncer no pâncreas.

 

Android 4.0 Ice Cream Sandwich

Foi anunciada a versão 4.0 do Android, que traz cada vez mais recursos e agora promete novidades muito interessantes. Fotos panorâmicas, reconhecimento facial para desbloqueio e novo sistema de notificações devem chegar em breve. Uma das novidades mais comemoradas é a função screenshot, que vai facilitar a vida dos usuários que quiserem compartilhar suas telas.

Windows Phone 7 Mango no Brasil

E o Windows Phone 7 finalmente chegou ao Brasil. O sistema operacional chegou às lojas junto com o aparelho HTC Ultimate, que oferece tela de 4,7 polegadas e processador Qualcomm Snapdragon. Para 2012, espera-se que outros modelos também cheguem para disputar o mercado que hoje é dominado por iPhones e Androids.

 

Novembro

Positivo Ypy chega às lojas

O primeiro tablet fabricado em terras brasileiras começou a ser vendido em novembro. Contando com uma versão totalmente modificada do sistema Android, o aparelho pode ser encontrado em versões 3G e Wi-Fi por preços que se iniciam nos 999 dólares.

 

Surge o primeiro trailer de Grand Theft Auto V

Muitos esperavam por isso há um bom tempo, mas somente em novembro a Rockstar Games liberou o primeiro trailer de um dos jogos mais famosos dos últimos anos. Grand Theft Auto V (ou simplesmente GTA5) vai levar os gamers para Los Angeles em busca de um lugar de destaque no mundo do crime.

 

Dezembro

Chrome passa IE e Firefox

O Google Chrome 15 é o navegador mais utilizado em todo o mundo, ultrapassando o Internet Explorer 8 e o Mozilla Firefox 8. Somando todas as versões, o Internet Explorer continua sendo líder mundial, mas a tendência é que o navegador da Microsoft continue perdendo território.

PS Vita é lançado oficialmente

Uma semana antes do Natal, as lojas japonesas receberam os carregamentos de PlayStation Vita, o mais novo console portátil da Sony. Com recursos que deixam qualquer um morrendo de inveja, o video game possui conexão total com o PlayStation 3 e duas superfícies sensíveis ao toque (a tela e um painel traseiro).

(Fonte da imagem: divulgação/Sony)

 

iPhone 4S no Brasil

Com preços bastante salgados, os iPhones 4S chegaram às lojas brasileiras na metade de dezembro. Os valores variam de 1.899 reais até 3.399 reais, dependendo da operadora, da memória interna e do plano contratado pelo consumidor.

.....

Como você pode ver, 2011 foi um ano bastante movimentado no mundo da tecnologia. ASamsung cresceu muito e a Apple manteve seus bons resultados de anos anteriores. Para 2012, esperamos ainda mais novidades, como o Windows 8, que deve surgir para colocar aMicrosoft de volta no topo.

Fonte: Tecmundo

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Tempo mundial pode mudar em 2012

Com informações de Rebecca Morelle, da BBC - 30/12/2011

Mudanças no tempo mundial - Segundo bissexto

Uma nova forma de marcar o tempo? Esta armadilha de átomos de estrôncio, parte principal de um relógio atômico, poderá mudar a forma como o mundo mede o tempo.[Imagem: NPL]

 

Segundo bissexto

O tempo, tal como o conhecemos hoje, poderá não ser exatamente o mesmo tempo nos séculos que virão.

Tanto que os cientistas da área estão usando todo o seu tempo durante as festas de fim de ano para discutir uma nova definição da escala de tempo do mundo: o chamado Tempo Universal Coordenado (UTC).

E a principal questão em debate é o segundo bissexto - mais especificamente, a abolição do segundo bissexto.

 

Tempo tecnológico

Enquanto todo o mundo presta atenção aos anos bissextos, poucos sabem que uma "ajeitada" muito mais frequente no tempo, mas muito mais irregular, é feita constantemente.

Uma mudança que é essencial para manter o bom funcionamento dos sistemas de GPS, das telecomunicações, e até dos arquivos que você transfere pela internet.

O segundo bissexto surgiu no início da atual era tecnológica, em 1972. Ele é adicionado para manter a escala de tempo medida pelos relógios atômicos em fase com a escala de tempo baseada na rotação da Terra.

A razão para isto é que, enquanto os relógios atômicos, que usam as vibrações dos átomos para contar os segundos, são incrivelmente precisos, a Terra não é um cronometrista tão confiável quanto se acreditava - isto graças a uma ligeira oscilação que ela sofre conforme gira sobre seu próprio eixo:

"Desde a década de 1920 já se sabe que o movimento da Terra não é tão constante como tínhamos pensado inicialmente," explica Rory McEvoy, curador de "horologia" do observatório de Greenwich, no Reino Unido.

Essa variação natural da Terra significa que as horas medidas pelos relógios atômicos e as horas baseadas na rotação da Terra ficam cada vez mais defasadas conforme o tempo passa.

Assim, a cada poucos anos, antes que essa diferença cresça mais do que 0,9 segundo, um segundo extra - o chamado segundo bissexto - é adicionado ao tempo oficial, para colocar novamente os dois em sincronia.

"O Serviço Internacional de Rotação da Terra monitora a atividade da Terra, e eles decidem quando é apropriado adicionar um segundo bissexto em nossa escala de tempo," explica McEvoy.

 

Guerra do segundo

Um dos maiores problemas é que, ao contrário dos anos bissextos, os segundos bissextos não são previsíveis. Eles são erráticos, porque as oscilações da Terra - o chamado balanço de Chandler - não é regular.

Mas a tentativa de se livrar do segundo bissexto está causando um racha dentro da comunidade internacional que estuda o tempo, o que deverá ser decidido pelo voto, durante a Conferência Mundial de Radiocomunicações, da União Internacional das Telecomunicações (UIT), em janeiro de 2012, em Genebra.

Uma pesquisa informal feita pela UIT no início deste ano revelou que três países - Reino Unido, China e Canadá - são fortemente contra a alteração do sistema atual.

No entanto, 13 países, incluindo os Estados Unidos, França, Itália e Alemanha, querem uma nova escala de tempo que não tenha segundos bissextos.

Mas, com quase 200 países membros, a grande maioria deles ainda terá que revelar o que realmente pensa sobre o tempo.

O Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), em Paris, é a organização internacional de padronização que é responsável por manter o tempo do mundo.

A organização acredita que o segundo bissexto deve acabar porque esses ajustes estão se tornando cada vez mais problemáticos para sistemas que precisam de uma referência estável e contínua de tempo.

"Ele está afetando as telecomunicações, é problemático para a transferência de dados pela internet (como o Network Time Protocol, ou NTP), bem como dos serviços financeiros," diz o Dr. Arias Felicitas, diretor do BIPM.

"Outra aplicação que está sendo realmente muito, muito afetada pelo segundo bissexto, é a sincronização de tempo nos Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS). Os GNSS exigem uma sincronização de tempo perfeita - e segundos bissextos são um incômodo," completa Felicitas.

 

Tempos divergentes

Mas desacoplar o tempo civil da rotação da Terra também pode ter consequências a longo prazo.

"[Se você eliminar os segundos bissextos] o UTC irá se afastar continuamente do tempo baseado na rotação da Terra, fazendo-os gradualmente divergirem por uma quantidade crescente de tempo. Algo terá que ser feito para corrigir essa divergência cada vez maior," explica Peter Whibberley, cientista do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido.

Em algumas décadas, isso equivaleria a um minuto de diferença. E, ao longo de centenas de anos, isso significaria uma diferença de uma hora entre o tempo dos relógios atômicos e a escala de tempo baseada na rotação da Terra.

Em 2004, foi proposta a ideia da troca dos segundos bissextos por um salto de uma hora, a ser feita uma vez a cada alguns poucos séculos.

Uma possível solução, se o segundo bissexto for abolido, seria atrelar essa "hora bissexta" às mudanças no horário de verão.

"Os países poderiam simplesmente acomodar a divergência não adiantando os seus relógios na primavera, apenas uma vez a cada poucos séculos, assim você altera o fuso horário em uma hora para trazer de volta tempo civil em conformidade com a rotação da Terra," propõe o Dr. Whibberley.

Fonte:

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Biopixels usam bactérias para criar letreiros neon vivos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/12/2011

Biopixels usam bactérias para criar letreiros neon vivos

As bactérias acendem e apagam de forma coordenada quando recebem algum estímulo. [Imagem: UCSD]

 

Vida artificial

Um dos principais elementos para aumentar a resolução das telas de TV e monitores de computador está na redução do tamanho do pixel, a menor unidade de luz que forma a imagem.

Biólogos da Universidade da Califórnia deram um verdadeiro mergulho nessa tendência.

Eles criaram "biopixels", onde cada pixel é formado por uma única bactéria.

Os biopixels ainda não formam uma tela - eles se parecem mais com um letreiro neon, compostos por milhões de bactérias que fluorescem periodicamente de forma precisamente coordenada.

É mais um feito da biologia sintética, que pretende fazer com que células vivas operem como máquinas, realizando funções que possam de algum modo ser úteis para o homem.

 

Biopixels

Os biopixels foram criados agregando um proteína fluorescente ao relógio biológico das bactérias.

Os pesquisadores sincronizaram os relógios biológicos de milhares de bactérias em uma colônia e, a seguir, sincronizaram milhares de colônias de bactérias piscantes, de forma que elas brilhem e se apaguem ao mesmo tempo.

Para fazer o letreiro, basta então dispor as bactérias em uma matriz, de forma que, ao brilhar, elas acendam esse letreiro de bio-neon.

A matriz é formada por chips microfluídicos, com até 60 milhões de bactérias em seus microcanais - cada "chip" é uma placa de vidro onde são escavados microcanais abertos, onde as bactérias são cultivadas.

O maior dos chips construído pelos pesquisadores tem 13.000 biopixels.

 

Biopixels usam bactérias para criar letreiros neon vivos

O maior dos chips construído pelos pesquisadores tem 13.000 biopixels. [Imagem: Prindle et al./Nature]

 

Sensores vivos

O grupo acredita que a maior utilidade dos seus biopixels será na construção de sensores.

Eles demonstraram que as bactérias são capazes de sinalizar quando encontram uma grande concentração de arsênico, uma substância altamente perigosa: quando as bactérias encontram a contaminação, elas acendem suas luzes.

Como as bactérias são sensíveis a muitos tipos de organismos e poluentes ambientais, os cientistas acreditam que seus biopixels poderão ser usados para projetar biossensores bacterianos de baixo custo, capazes de detectar contaminantes ou organismos causadores de doenças.

"Esses sensores vivos poderão monitorar automaticamente um determinado local por longos períodos de tempo, enquanto a maioria dos kits de detecção só serve para realizar uma única medição," disse o Dr. Jeff Hasty, coordenador da pesquisa.

"Como as bactérias respondem de modo diferente a diferentes concentrações, a diferença na frequência das suas piscadas poderá oferecer uma atualização contínua do nível de contaminação de um determinado local," diz Hasty.

Quanto aos letreiros, o processo é lento demais para aplicações práticas. Como a capacidade de piscar está atrelada ao relógio biológico das bactérias, o acender e o apagar de cada biopixel pode levar várias horas.

 

Bibliografia:
A sensing array of radically coupled genetic ‘biopixels’
Arthur Prindle, Phillip Samayoa, Ivan Razinkov, Tal Danino, Lev S. Tsimring, Jeff Hasty
Nature
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nature10722

Fonte:

Malware da BIOS acende alerta de segurança

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/12/2011

Malware da BIOS acende alerta de segurança

A BIOS é um programa que vem pré-instalado dentro de um chip na placa-mãe do computador e vinha se mantendo imune a ataques até agora. [Imagem: Wikipedia/Tremaster]

 

Pai de todos

Em Setembro de 2011, a comunidade da segurança da informação viu todas as luzes de alerta se acenderem simultaneamente com a descoberta de um novo tipo de malware.

Não era um malware qualquer, mas "aquele" malware, cujo surgimento era profetizado desde o início da era da computação.

O Mebromi foi a primeira ameaça virtual capaz de infectar a BIOS (Basic Input/Output System).

A BIOS é um programa fundamental, residente dentro de um chip na placa-mãe do computador, responsável por inicializar todo o hardware do computador.

É esse programa que liga a memória, o processador, o disco rígido, e tudo o mais.

Como ele trabalha no nível mais baixo possível, nenhum programa antivírus está rodando no momento em que a BIOS é acionada.

 

Infecção da BIOS e MBR

Alterações mal-intencionadas no software básico do computador podem ser devastadoras, passando despercebidas por todos os sistemas de proteção existentes.

"Mudanças não autorizadas na BIOS podem viabilizar ou ser parte de um ataque sofisticado e dirigido, permitindo que um invasor se infiltre nos sistemas de uma organização e trave todo o seu funcionamento," afirmou Andrew Regenscheid, do Instituto Nacional de Padronização e Tecnologia dos Estados Unidos.

Apesar disso, o Mebromi foi considerado uma ameaça de risco baixo. Mesmo infectando a BIOS e o registro principal de inicialização (MBR), ele depende de um arquivo a ser baixado pela internet e não faz grandes estragos no computador.

Mas seu princípio de operação é potencialmente muito perigoso.

 

Aberto a sugestões

Os pesquisadores não ficaram parados e, analisando o código do primeiro malware da BIOS, elaboraram uma proposta de regras de segurança a serem seguidas por fabricantes de computador e profissionais de segurança da informação.

O documento explica os fundamentos de uma avaliação da integridade da BIOS, uma forma de detectar se o programa básico do computador foi modificado.

E, principalmente, de como alertar a ocorrência ao usuário, uma vez que o sistema operacional nem terá começado a funcionar nesse momento.

Não são regras para os usuários, mas para que os fabricantes tornem os computadores que ainda serão fabricados mais seguros contra o novo tipo de ameaça - daí o sentido de urgência com que o material está sendo lançado.

O documento, ainda aberto a comentários da comunidade de segurança da informação, está disponível no endereço http://csrc.nist.gov/publications/drafts/800-155/draft-SP800-155_Dec2011.pdf.

Fonte:

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Samsung está chegando com telas transparentes e sensíveis ao toque

Por Fernando Daquino, 28 de Dezembro de 2011

Tecnologia chega a economizar até 90% de energia. Empresa deve demonstrar seu modelo comercial na CES 2012.

(Fonte da imagem: Divulgação)

 

Se você já quis ter aquelas telas sensíveis ao toque e quase invisíveis que aparecem nos cinemas, como nos filmes “Minority Report”, “Avatar” e “Eu, robô”, saiba que elas estão bem mais próximas da realidade do que você imagina.

No início do ano, o Tecmundo noticiou que a Samsung se tornou a pioneira no desenvolvimento de telas de LCD transparentes, tendo até um protótipo de 22 com resolução de 1680 por 1050 pixels, taxa de contraste de 500:1 e conexões HDMI e USB em teste.

Em uma publicação recente no seu blog oficial Samsung Tomorrow, a empresa revelou mais alguns detalhes sobre essa tecnologia. Os displays de LCD convencionais precisam de um sistema de iluminação, chamado Back Light Unit (BLU), para reproduzir as imagens. Esse mecanismo é essencial para que você visualize qualquer coisa na sua TV ou monitor, por exemplo.

(Fonte da imagem: Divulgação)

 

A grande diferença das telas transparentes da Samsung é que elas podem aproveitar a iluminação externa (do sol ou da sua sala) para promover a reprodução dos conteúdos. Assim, esses dispositivos podem poupar até 90% de energia em relação aos equipamentos tradicionais.

Durante a noite, as telas transparentes contam com um sistema BLU desenvolvido especificamente para elas. A aplicação dessa tecnologia é ilimitada, mas sua grande utilidade será na exposição de produtos com recursos interativos. A Samsung deve demonstrar o modelo LTI460AP01 Transparent LCD durante a CES 2012 – evento que terá cobertura do Tecmundo.

Fonte: Tecmundo

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Justiça Federal proíbe venda de aparelhos que pirateiam sinal de TV paga

26 de Dezembro de 2011 | 17:00h

Juiz proibe comercialização e o uso dos conversores de sinal Azbox, Azamerica e Lexusbox

TV por assinatura

A ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) acaba de anunciar que a Justiça Federal informou a proibição da importação, venda ou propaganda dos aparelhos que permitem a pirataria do sinal de TV a cabo. No processo, o juiz Marcelo Mesquita Saraiva, deu seu parecer proibindo a comercialização e o uso dos conversores de sinal Azbox, Azamerica e Lexusbox por se tratar de crime contra a Lei Geral das Telecomunicações.

Estima-se que são comercializados entre 500 mil e 700 mil equipamentos do tipo no país, responsáveis por um prejuízo mensal estimado em R$ 100 milhões. Pelo parecer da Justiça Federal, as operadoras de TV por Assinatura enfrentam concorrência “ilegal e desleal advinda da massiva importação, divulgação e comercialização dos decodificadores”.

Para Antonio Salles, a proibição é uma vitória inicial. “Agora temos a esperança, como já foi feito recentemente em países como Alemanha e Chile, de que esse tipo de crime seja combatido seriamente e quem desrespeitar será punido exemplarmente”, complementa.

O juiz também determinou às associações de despachantes aduaneiros e importadores de produtos populares que informem seus associados sobre a proibição. O mesmo pedido foi feito à Associação dos Comerciantes do Bairro da Santa Ifigênia (ACSI) e às empresas de internet que veiculam propagandas sobre este tipo de serviço ilegal. Quem desacatar as ordens impostas pelo juiz poderá responder por crime de desobediência prevista no Código Penal.

Fonte: Olhar Digital

Apple planeja bateria que dura semanas sem recarga para seus dispositivos

Por Douglas Ciriaco, 26 de Dezembro de 2011

Novidade, que usaria células de combustível a hidrogênio, foi descoberta em registros de patentes nos Estados Unidos.

De acordo com diário inglês The Telegraph, a Apple tem em sua rota de novidades para os próximos anos o desenvolvimento de uma superbateria capaz de passar semanas sem necessidade de recarga. Elas seriam compostas por células de combustível a hidrogênio e ajudariam também na redução de peso e tamanho dos aparelhos em que estão incluídas.

As patentes “Fuel Cell System to Power a Portable Computing Device” e “Fuel Cell System Coupled to a Portable Computing Device” dão conta de que os novos dispositivos podem ser incluídos em tablets, smartphones ou notebooks, tornando a vida de um portátil muito mais longa estando longe de uma fonte de energia.

A tecnologia não é nova e você já viu aqui no Tecmundo várias postagem tratando deste assunto, como o “Hidrogênio e nanocristais: a bateria do futuro”. Além disso, o hidrogênio como fonte de energia é também apontado como uma boa alternativa para os combustíveis fósseis em veículos e aeronaves.

Fatores como ser uma energia limpa e ter um grande potencial de aproveitamento são apontados pela Apple como justificativas para seu uso. “Esse tipo de célula pode alcançar altas densidades de energia, o que pode potencialmente permitir operação continuada de dispositivos portáteis eletrônicos por dias ou até semanas sem recarga”, afirma a empresa de Cupertino no registro das patentes.

Fonte: Tecmundo

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO!!!

A F5 Informática BESKOW deseja neste novo ano...

Que todos os seus desejos se realizem..

que todas as doenças se curem...

E que todos os nossos amigos continuem sendo AMIGOS!!

Não faremos retrospectivas...

Vamos sim nos concentrar no que ainda não conseguimos fazer,

No que ainda não completamos

e tentar das melhores maneiras

deixar nossos melhores projetos para a humanidade.

PAZ e Muita LUZ à TODOS.

Ricardo M. Beskow

F5 Informática BESKOW

(55) 3537-6184

(55) 9643-4131

SOS: o que fazer quando os vírus dominarem seu computador

Por Elaine Martins, 23 de Dezembro de 2011

Com um pendrive é possível livrar sua máquina das pragas que circulam na internet.

 

Sempre que você utiliza um computador ou mesmo o celular, está suscetível a ataques de todos os tipos. Incansáveis, os malwares estão continuamente buscando brechas de segurança para invadir máquinas, roubar dados ou simplesmente utilizar o seu computador como ponto de acesso para outros dispositivos.

Com tanta variedade de vírus e spywares e como estamos sempre conectados à internet, fica quase impossível um computador passar toda a sua vida útil sem sofrer com invasões e infecções. Nem mesmo as pessoas mais cuidadosas estão livres desses problemas.

Não é raro encontrar pessoas relativamente desesperadas em fóruns ou mesmo no Tecmundo, procurando soluções para livrar seus computadores dessas pragas. Por isso, reunimos algumas dicas de como mandar os vírus para bem longe. Confira!

 

Usando um pendrive

Os dispositivos de armazenamento portáteis já provaram que podem ser mais do que simples carregadores de arquivos. Instalando aplicativos nos pendrives, esses pequenos discos podem servir como verdadeiros prontos-socorros de uma máquina.

No artigo Como criar um pendrive de primeiros socorros para o seu computador, o Tecmundo ensina a transformar seu disco flash em uma poderosa ferramenta para socorrer você (e seus amigos) nas horas mais difíceis, quando tudo no computador para de funcionar.

 

 

Windows Defender

A Microsoft lançou uma versão offline do Windows Defender (o Windows Defender Offline Tool) que pode ser instalada em um pendrive ou outra mídia portátil (CD e DVD, por exemplo). Com isso, você consegue varrer todos os arquivos do computador em busca de vírus. Clique aquipara baixar esta poderosa ferramenta e veja abaixo como é fácil utilizá-la.

Importante!

Antes de começar a instalação do Windows Defender Offline Tool, certifique-se de que não há arquivos importantes no pendrive que será utilizado, pois a ferramenta formata o dispositivo antes de copiar os arquivos para o disco portátil.

O pendrive também não pode ter nenhum sistema de proteção dos dados por criptografia, senão o Windows não terá permissão para acessar os arquivos do dispositivo para rodar o Windows Defender Offline Tool.

Como fazer

O Windows Defender Offline Tool não precisa ser instalado em seu computador para que você possa criar um pendrive de ajuda. Basta clicar duas vezes sobre o executável baixado para que a ferramenta comece a rodar. Na primeira tela que aparecer, clique em “Next” para dar sequência ao procedimento.

O próximo passo é escolher em que tipo de mídia o Windows Defender Offline Tool será instalado. São duas as opções: CD ou DVD e USB flash drive (pendrive). O programa permite ainda que você crie uma imagem ISO para depois gravá-la em algum dispositivo. Depois de selecionar a opção de sua preferência, clique em “Next” novamente.

Agora é hora de escolher a unidade de disco para a qual os arquivos deverão ser copiados. Certifique-se de marcar a opção correta, pois qualquer desatenção pode fazer com que o HD errado seja formatado. Uma vez que o dispositivo seja selecionado, pressione o botão “Next” mais um vez.

Uma mensagem de alerta será exibida, a qual lembra que todos os arquivos presentes no pendrive serão apagados. Para dar início ao processo de cópia, clique sobre a opção “Next”. A tela seguinte mostra as etapas do procedimento, bem como a barra de progresso.

Quando o Windows finalizar a criação do pendrive bootável com o Windows Defender Offline Tool, você será avisado, e novas instruções serão mostradas na tela. Pronto! Agora é só reiniciar o computador com o pendrive conectado e dar início à varredura do disco.

 

Outros discos de boot

Existem outros discos inicializáveis que ajudam na hora de livrar o sistema de vírus que se instalaram. As ferramentas mais comuns são:

Ter essas ferramentas pode ser uma mão na roda nos momentos de maior pânico, quando a máquina simplesmente não responde aos seus comandos. O Tecmundo fez ainda uma seleção de programas essenciais para a proteção do seu computador. Clique aqui e veja a lista completa e atualizada.

 

Estou infectado?

Com tantos tipos de ataques diferentes, como saber se a sua máquina está realmente infectada ou se é simplesmente um pouco de lentidão? Em Segurança: que indícios podem apontar que o computador está com vírus?, você confere diversas dicas para diagnosticar possíveis sintomas de um sistema operacional com invasores.

Para complementar a leitura, não deixe de acessar também o artigo Como identificar um ataque por phishing.

 

Todo cuidado é pouco

Ataques de vírus na internet não são raros, mas alguns cuidados simples podem ajudar a manter sua máquina livre de problemas por mais tempo. A disseminação de vírus pelas redes sociais é uma das principais causas de infecção de computador na atualidade. Por meio dos sites de relacionamento, os crackers procuram ludibriar as pessoas ou espalhar arquivos infectados para roubar dados pessoais.

O Glossário do Mal pode ajudar você a ficar por dentro de todos os tipos de ameaças virtuais que rondam conexões em busca de brechas para invadir não só o seu computador, mas sua vida pessoal também. Vale lembrar ainda que todo cuidado é pouco na hora de abrir emails e clicar em links enviados. 

Fonte: Tecmundo

sábado, 24 de dezembro de 2011

5 mitos sobre o cérebro que você jurava ser verdade

Por Felipe Arruda, 23 de Dezembro de 2011

Chega de torturar crianças com Mozart: elas não ficarão mais inteligentes por ouvir o compositor. Confira a detonação desse e de outros mitos sobre o cérebro humano.

O cérebro humano ainda guarda muitos mistérios. Apesar de haver evidências de que o estudo do sistema nervoso existe desde o Egito Antigo, foi só com o surgimento do microscópio, em 1890, que as pesquisas sobre o cérebro passaram a ser mais sofisticadas. Muitas das descobertas que persistem ainda hoje no campo da neurociência foram realizadas a partir de 1950.

As pesquisas atuais não cansam de nos surpreender. O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, por exemplo, conseguiu “separar” a mente do corpo, fazendo com que as ondas cerebrais de um macaco nos EUA controlassem um robô no Japão.

Mas mesmo com todo o avanço, ainda há muito que descobrirmos sobre o cérebro humano. Por isso, é normal que alguns mitos sobre o funcionamento desse órgão prevaleçam na cultura popular. Sendo assim, o Tecmundo preparou uma lista com a detonação de cinco famosos equívocos sobre o cérebro que são sempre repetidos por aí. Vamos a eles!

 

1. “Quem usa o lado esquerdo do cérebro é bom em matemática...”

É muito comum ouvir que pessoas bem organizadas ou com facilidade para solucionar problemas lógicos são aquelas que “pensam” com a parte esquerda do cérebro. Em compensação, as pessoas que tendem a usar mais o lado direito são as que possuem mais vocação para a arte e trabalhos que exigem criatividade.

Quem costumava usar isso como desculpa para justificar as notas baixas em matemática agora vai ter que se desculpar. De acordo com a médica e escritora Lisa Collier Cool, esse mito surgiu nos anos de 1800, quando médicos descobriram que danos causados em um lado do cérebro causavam a perda de habilidades específicas. Entretanto, estudos recentes demonstram que os dois hemisférios do cérebro estão mais ligados do que imaginávamos, sendo que tanto a solução de problemas lógicos quanto a realização de trabalhos criativos disparam atividades nos dois lados do órgão humano.

Outro fato que colaborou para o mito foi que o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo, e vice-versa. Apesar de ser verdade, isso não explica o porquê de uma pessoa canhota ser muito criativa ou alguém destro gostar de matemática. Em outras palavras: todos estão aptos a serem habilidosos em ambas as áreas.

 

2. O cérebro é cinza

Sabe aqueles cérebros acinzentados e dentro de potes que costumamos ver em filmes e seriados de TV? Pois bem, eles existem, mas aquela não é a cor do órgão dentro de nossas cabeças. O cérebro se torna cinza por causa dos produtos químicos usados para a sua conservação, como o formaldeído.

Apesar de a famosa massa cinzenta existir em nosso cérebro, há também a massa branca, as áreas avermelhadas pela presença de vasos sanguíneos e uma região preta, que adquire essa coloração por causa da neuromelanina, pigmento encontrado também na pele e no cabelo humano.

 

3. Álcool mata as células do cérebro

Bebidas alcóolicas não matam células do cérebro, mas fazem mal ao corpo (Fonte da imagem: Wikimedia Commons)

 

Calma, antes de começar a beber todas, vamos à ciência por trás disso. E nada como começar com uma ressalva: o álcool pode sim matar células do seu cérebro, mas apenas se tiver 100% de pureza. Como as bebidas legalizadas são vendidas com um teor alcóolico muito abaixo disso, as chances de matar os seus neurônios são muito baixas.

De acordo com estudo realizado em 1993 por Grethe Jensen, em vez de matar as células o álcool danifica as terminações nervosas conhecidas como dendritos. Ou seja, apesar de a célula em si não ser invalidada, a forma como ela se comunica com as outras acaba prejudicada. E, diferentemente das drogas que atuam em regiões específicas do cérebro, o álcool atua no órgão todo, podendo causar um verdadeiro estrago em casos de abuso.

 

4. Usamos apenas 10% do nosso cérebro

Você já deve ter ouvido falar que o ser humano usa apenas 10% do cérebro, certo? Pois bem, esse é um dos mitos mais populares e mais fáceis de serem quebrados. Para refutá-lo, basta fazer a seguinte pergunta: se isso é verdade, então para que servem os outros 90% do órgão? E a culpa, desta vez, é da televisão, que não raramente é acusada de estar emburrecendo os telespectadores.

De acordo com o site Snopes, especializado em desvendar hoaxes e mitos, essa informação equivocada surgiu em um anúncio de revista, no ano de 1998, que dizia: “Você usa apenas 11% do seu potencial”. Porém, quando a emissora norte-americana ABC resolveu usar a frase em propagandas para a série “The secret lives of men” , ela foi alterada para “Homens usam apenas 10% do cérebro”.

Depois disso, não demorou muito até que especialistas em paranormalidade assumissem que os outros 90% do cérebro guardavam poderes psíquicos adormecidos, que podem ser reativados com o devido treinamento. Até mesmo o famoso Uri Geller, na introdução de um de seus livros, cita o fato.

Mas o fato é que isso não passa de bobagem. Lisa Collier Cool explica que, por meio de tomografias e ressonâncias magnéticas é possível constatar que atividades mentais complexas usam diversas áreas do cérebro e, ao fim do dia, o cérebro todo acabou trabalhando. Outra prova de que usamos muito mais do que os tais 10% é o fato de que uma lesão no cérebro, por menor que seja, pode trazer danos irreparáveis ao seu portador. Seria muito azar machucar justamente a porção funcional do órgão.

 

5. Mozart e joguinhos aumentam seu QI

Não seria legal se pudéssemos ficar mais inteligentes ouvindo música ou resolvendo exercícios de lógica? Nós também achamos. Há, inclusive, games bem divertidos, como os da série Brain Ages, do Nintendo DS. Mas de acordo com uma pesquisa divulgada pelo site Physorg, esses títulos aumentam tanto o seu QI quanto Mario Bros. ou Tetris.

O estudo, que chegou a ser publicado pela conceituada revista Nature, avaliou mais de 8,6 mil pessoas com idade entre 18 e 60 anos e que jogaram esses games por, pelo menos, 10 minutos por dia e três vezes por semana. Outra equipe, com mais de 2,7 mil participantes, deveria se preparar apenas navegando na internet e respondendo a perguntas de conhecimentos gerais.

Comparando os resultados coletados por meio de testes aplicados antes e depois do treinamento, os pesquisadores não conseguiram detectar melhora naqueles que se submeteram ao treinamento com partidas de video game. Pelo contrário: aqueles que passaram o tempo navegando na web tiveram um desempenho maior em algumas seções das provas.

A mesma coisa acontece com a música de Mozart. Apesar de ser boa e de colaborar para o aumento de cultura do ouvinte, mesmo que seja um bebê de 3 anos, não há respaldo científicopara a ideia de que as composições dele possam aumentar a inteligência de alguém. Mesmo assim, existe toda uma indústria de CDs e produtos para bebês que se sustenta em cima desse mito.

De qualquer forma, podemos afirmar sem medo: brincar com video games e conhecer um pouco mais sobre música clássica não fará mal a ninguém, certo?

Fonte: Tecmundo

Corpo humano é programado para se autodestruir

Por Wikerson Landim, 23 de Dezembro de 2011
Descoberta de pesquisadores norte-americanos mostra que RNAm carrega mensagem fatal que pode ser utilizada em casos extremos.
(Fonte da imagem: Meiosis and Mitosis)

Pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine, nos Estados Unidos, anunciaram nesta semana a descoberta de que o corpo humano é programado para se autodestruir em situações extremas. A explicação está no processo de síntese de proteínas.
O RNA mensageiro é o responsável por levar as informações do DNA para transformá-las em proteínas. Segundo os cientistas, em algumas situações o RNA pode interromper o processo, deixando de levar essas informações adiante, o que faz com que as células não se reproduzam ou regenerem.
As pesquisas se concentraram em dois genes, SWI5 e CLB2, que codificam proteínas e ajudam a regular o ciclo de divisão celular, quando há duplicação do material genético para posterior distribuição dele entre as duas células-filhas.
Caso seja possível identificar e controlar a maneira como o RNA mensageiro reage, a expectativa dos médicos é propor terapias de regulagem da divisão celular descontrolada, que caracteriza o câncer. O estudo ainda está em andamento e não há previsão de conclusão.
Fonte: Tecmundo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Circuitos elétricos se autoconsertam com metal líquido

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/12/2011

Circuitos elétricos se autoconsertam com metal líquido

This shows self-healing electronics. Microcapsules full of liquid metal sit atop a gold circuit. (Top) When the circuit is broken, the microcapsules rupture (center), filling in the crack and restoring the circuit (bottom).[Imagem: Scott R. White]

 

Auto-reparo elétrico

Engenheiros da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, desenvolveram um mecanismo que permite que circuitos elétricos ou eletrônicos consertem fisicamente a si mesmos em caso de falha.

Os circuitos integrados, e os fios que os conectam, estão cada vez menores.

Não apenas o tempo, mas também a fadiga térmica, que leva a sucessivas ondas de expansão-contração, faz com que essas conexões metálicas trinquem, inutilizando todo o circuito e, muitas vezes, o equipamento inteiro.

"Em vez de ter que fabricar circuitos redundantes, ou construir um sistema de diagnóstico, este material foi projetado para cuidar sozinho do problema," diz o professor Jeffrey Moore, um dos idealizadores do sistema de autoconserto.

 

Restaurando a condutividade

A equipe havia anteriormente desenvolvido um sistema de autocicatrização que imita a pele humana, mas que funciona apenas para polímeros.

Agora eles conseguiram expandir a técnica para materiais condutores.

Os pesquisadores dispersaram cápsulas com tamanho médio de 10 micrômetros sobre os fios de um circuito eletrônico, que foi sendo gradativamente puxado, forçando a criação de uma trinca.

Conforme a trinca se propaga, as microcápsulas se quebram e liberam o metal líquido (uma solução com nanopartículas de índio e gálio) contido em seu interior. O metal preenche a fissura no circuito, restaurando a condutividade elétrica.

Esse conceito, de microcápsulas que se rompem, já é largamente utilizado emmateriais autocicatrizantes, inclusive em metais que se curam sozinhos de arranhões, mas sempre com objetivos estruturais - o objetivo aqui é a restauração da condutividade.

A quebra do fio interrompeu o circuito por apenas alguns microssegundos, enquanto o metal líquido preenchia a falha.

Nos experimentos, 90% das amostras recuperaram 99% de sua capacidade de condução elétrica.

 

Aplicações elétricas

Embora os pesquisadores se refiram a aplicações de sua técnica em circuitos eletrônicos, as cápsulas são grandes demais para os circuitos integrados, cujostransistores e suas interconexões têm dimensões na escala dos nanômetros - 1.000 vezes menores do que as cápsulas usadas.

Mas o enfoque é interessante para circuitos elétricos propriamente ditos, como fiações em satélites artificiais, naves e sondas espaciais, aviões, ou mesmo emautomóveis, onde uma interrupção pode ser catastrófica ou cara demais para ser consertada.

Os eletrodos de baterias são outro campo natural de aplicação da nova tecnologia.

Bibliografia:
Autonomic Restoration of Electrical Conductivity
Benjamin J. Blaiszik, Sharlotte L. B. Kramer, Martha E. Grady, David A. McIlroy, Jeffrey S. Moore, Nancy R. Sottos, Scott R. White
Advanced Materials
20 Dec 2011
Vol.: Early View
DOI: 10.1002/adma.201102888

Fonte:

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Energia solar já atingiu nível de competitividade econômica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/12/2011

Energia solar já atingiu nível de competitividade econômica

Este foi o levantamento mais criterioso já realizado até agora dos custos da energia solar, atualizando vários coeficientes técnicos assumidos incorretamente.[Imagem: Wikimedia]

 

Chique

"Já é hora de parar de ver a energia solar como a boutique das fontes de energia."

Na verdade, ela nem mais deveria ser vista como uma fonte alternativa de energia, mas como "uma opção técnica e economicamente viável".

O recado contundente é do pesquisador Joshua Pearce, da Universidade Queens, no Canadá.

Pearce e seus colegas fizeram o levantamento mais criterioso já realizado até agora dos custos da energia solar.

E encontraram números que são muito diferentes dos que vêm sendo adotados na larga maioria dos estudos da área, na maioria das vezes sem critério e sem nenhum questionamento.

 

Custo da energia solar

"Historicamente, quando comparam a economia da energia solar e das fontes convencionais de energia, as pessoas têm sido muito conservadoras," diz o pesquisador, citando como "pessoas" os estudiosos que publicaram artigos científicos sobre o assunto.

O grupo de Pearce revisou todos esses estudos, publicados ao longo das últimas décadas, e descobriu que os números usados nas comparações de custos estão errados por uma larga margem.

Para descobrir o custo real da energia fotovoltaica é necessário considerar, além do custo dos painéis solares, os custos de instalação e de manutenção, o custo financeiro do investimento, a vida útil dos painéis e a potência efetiva que eles produzem ao longo do ano.

 

Coeficientes corretos

O primeiro erro encontrado foi na durabilidade dos painéis solares. "Com base nos últimos estudos de longo prazo, nós devemos fazer nossa análise econômica considerando um ciclo de vida de 30 anos, no mínimo," afirmou Pearce.

Além disso, a maioria das análises reproduz um dado que afirma que a produtividade dos painéis solares fotovoltaicos cai a uma taxa de 1% ao ano, quando o dado real, com base nos painéis disponíveis hoje no comércio, fica entre 0,1 e 0,2%.

Finalmente, as análises têm largas variações quanto ao custo por watt de eletricidade gerada, que é citado entre US$2 e US$10.

"O custo verdadeiro em 2011, para painéis solares disponíveis no mercado mundial, é de US$1," afirma Pearce, mesmo que os custos dos próprios painéis e da mão-de-obra para instalação variem largamente ao redor do mundo.

 

Competitiva

O estudo crítico refaz então os cálculos e conclui que a energia solar já está alcançou competitividade em várias partes do mundo.

Segundo os pesquisadores, os painéis solares já podem gerar uma eletricidade que é tão barata - em alguns lugares, mais barata - do que a energia que os consumidores compram hoje das concessionárias.

Isto sem atribuir um valor financeiro para os outros benefícios da energia solar, como a redução da poluição e a queda na emissão de carbono.

Bibliografia:
A Review of Solar Photovoltaic Levelized Cost of Electricity
K. Branker, M. J.M. Pathak, J. M. Pearce
Renewable & Sustainable Energy Reviews
Vol.: 15, 4470-4482 (2011)
DOI: 10.1016/j.rser.2011.07.104

Fonte:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Eletrônica impressa faz circuitos que esticam até 60%

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/12/2011

Eletrônica impressa faz circuitos que esticam até 60%

O circuito eletrônico e flexível é mostrado aqui recobrindo uma bola de beisebol. No detalhe, os transistores de nanotubos de carbono feitos por impressão direta.[Imagem: Berkeley Lab]

 

Eletrônica impressa

Engenheiros do Laboratório Berkeley, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova abordagem para a construção de circuitos eletrônicos flexíveis.

A técnica, barata de ser aplicada, baseia-se em duas tendências claras para a eletrônica do futuro: aeletrônica orgânica, baseada em plásticos, e a impressão de componentes eletrônicos.

Usando uma tinta eletrônica - uma solução de nanotubos de carbono enriquecida, formada basicamente por tubos semicondutores - os pesquisadores imprimiram redes de transistores de película com propriedades elétricas excepcionais, superando largamente os transistores puramente orgânicos demonstrados até agora.

E tudo sobre uma "placa-mãe" totalmente flexível.

 

Pele artificial

Para demonstrar o funcionamento da técnica, Ali Javey e seus colegas construíram uma pele artificial eletrônica, capaz de detectar e responder ao toque.

A equipe do Dr. Javey já havia demonstrado as possibilidades e as utilidades de uma pele eletrônica, tanto em robôs quanto em humanos - mas então eles usavam nanofios.

Agora eles simplificaram a técnica de fabricação, usando soluções líquidas que podem ser aplicadas por impressão.

"Esta tecnologia, em combinação com a impressão jato de tinta, permitirá a fabricação dos equipamentos eletrônicos do futuro, flexíveis e esticáveis, sem precisar da litografia," afirma Javey, referindo-se ao caro e complicado processo óptico usado atualmente para a fabricação de chips.

Eletrônica impressa faz circuitos que esticam até 60%

Se não for necessário espichar tanto o circuito, ele pode ser fabricado mais denso, com maior número de transistores por área. [Imagem: Takahashi et al./ACS]

 

"Esticabilidade" controlável

Ao contrário da maioria das demonstrações tecnológicas em escala de laboratório, que trabalham com protótipos pequenos, o grupo demonstrou sua nova técnica em um circuito eletrônico totalmente funcional com 56 centímetros quadrados.

O circuito flexível pode ser esticado em até 60% da sua dimensão original, sem perder a funcionalidade.

Como essa flexibilidade é controlável no momento da fabricação, se não for necessário espichar tanto o circuito, ele pode ser fabricado mais denso, com maior número de transistores por área.

O feito ressalta a importância de um outro feito recente, quando uma outra equipe desenvolveu uma técnica para separar nanotubos metálicos de nanotubos semicondutores.

Quando são fabricados, os nanotubos saem com os dois "sabores" misturados, mas apenas os nanotubos semicondutores são adequados para a fabricação de transistores de alto desempenho.

 

Agora e no futuro

Entre as aplicações possíveis dos circuitos eletrônicos flexíveis, no nível de desenvolvimento em que eles estão, estão revestimentos para monitorar trincas e outras falhas estruturais em materiais de diversos tipos, bandagens médicas para tratar infecções e embalagens inteligentes para detectar deterioração dos produtos.

No futuro, os pesquisadores esperam atingir funcionalidades suficientes para que telas, computadores e celulares também possam ser dobrados e esticados.

 

Bibliografia:
Carbon Nanotube Active-Matrix Backplanes for Conformal Electronics and Sensors
Toshitake Takahashi, Kuniharu Takei, Andrew G. Gillies, Ronald S. Fearing, Ali Javey
NanoLetters
Vol.: 11 (12), pp 5408-5413
DOI: 10.1021/nl203117h

Fonte:

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

IBM prevê para 2017 máquinas que lerão mentes e reconhecerão pessoas

20/12/2011 13h26 - 20/12/2011 13h46 Da France Presse

 

Cientistas da IBM pesquisam formas de conectar cérebro a dispositivos.
Empresa diz que será possível telefonar apenas ao pensar na pessoa.

 

A IBM prevê um futuro próximo no qual as máquinas lerão a mente humana e reconhecerão com quem estão interagindo. As previsões "IBM 5 em 5", reveladas na segunda-feira (19) pela empresa com sede no estado de Nova York, se baseiam em tendências que, segundo a IBM, começarão a se concretizar em 2017.


“De Houdini a Skywalker, a X-Men, ler a mente foi meramente uma ilusão para os fãs de ficção científica durante décadas, mas seu desejo pode se tornar realidade em breve”, disse a IBM em sua avaliação anual sobre inovações futuras. “Os cientistas da IBM estão pesquisando formas de conectar o cérebro do usuário aos seus dispositivos, como computador e smartphone”, continuou. Como exemplo, a IBM diz que seria possível telefonar para alguém apenas ao pensar na pessoa, ou fazer o cursor de um computador se mover na tela apenas ao desejar isso.

 

Cientistas da IBM pesquisam como conectar o cérebro do usuário aos seus aparelhos, como computador e smartphone (Foto: Reprodução/YouTube)Cientistas da IBM pesquisam como conectar o cérebro do usuário aos seus aparelhos, como computador e smartphone (Foto: Reprodução/YouTube)

 

Senhas


A companhia americana também prevê que as pessoas não precisarão mais guardar senhas. A estrutura biológica do usuário seria convertida em sua chave da identidade pessoal, com verificação de retina para reconhecer rostos ou de vozes para confirmar quem são as pessoas, em vez de ter que escrever senhas.
“Imagine que você será capaz de ir até um caixa eletrônico para retirar dinheiro de forma segura apenas dizendo seu nome ou buscando um pequeno sensor capaz de reconhecer os padrões únicos da retina do seu olho”, disse a IBM. “Ou fazendo o mesmo, você pode revisar seu saldo de seu celular ou tablet”, continuou.

 

Energia


A IBM também afirmou que, em 2017, haverá tecnologia capaz de produzir energia elétrica a partir de qualquer tipo de movimento – como caminhar ou andar de bicicleta –, assim como a partir do fluxo de água nas tubulações dos lares.
Segundo a empresa, os celulares reduzirão o abismo digital entre ricos e pobres, fazendo com que a informação seja facilmente acessível para todos, enquanto os e-mails não desejados serão eliminados por um filtro de seleção inteligente dos anúncios.

Fonte: G1

Site mostra universo em escala de maneira impressionante


Por Wikerson Landim, 4 de Novembro de 2011



Criação em Flash é rica em detalhes e abrange desde elementos microscópicos até galáxias inteiras.


Caso não consiga ver a animação entre no site






Que tal comparar o seu tamanho em relação ao universo? Uma belíssima animação em Flash disponibilizada no site Primax Studio mostra, em escala, o tamanho dos seres humanos em relação a objetos microscópicos e também se comparados a galáxias inteiras.

Para brincar no aplicativo, basta utilizar a barra azul logo abaixo da tela central para ampliar ou reduzir o zoom. O trabalho mostra o quão pequeno pode ser o homem e até mesmo o planeta em relação a tudo o que nos cerca. As informações estão disponíveis apenas em inglês, mas sem dúvida vale muito a pena a visita.

Fonte: Tecmundo

Estado quântico escuro melhora células solares em 44%

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/12/2011

Estado quântico escuro melhora células solares em 44%

Esquema da fotoemissão (setas em laranja) e da transferência de carga para o fulereno C60 (setas azuis).[Imagem: Chan et al./Science]

 

Dois elétrons por fóton

A correção de uma teoria pode significar que a eficiência máxima das células solares é maior do que se pensava.

Os cientistas descobriram que é possível dobrar o número de elétrons coletados a partir de um único fóton da luz solar que atinge um material semicondutor.

Esse material semicondutor é usado nas chamadas células solares orgânicas.

Além de serem feitas à base de materiais plásticos flexíveis, as células solares orgânicas são muito mais baratas de se fabricar, embora sejam menos eficientes.

"Nossa descoberta abre o caminho para um enfoque totalmente novo na conversão da energia solar, levando a eficiências muito mais altas," afirma Xiaoyang Zhu, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

 

Eficiência máxima das células solares

A eficiência teórica máxima de uma célula solar comum é de aproximadamente 40%, por causa principalmente dos chamados "elétrons quentes", que têm energia demais para serem capturados, e acabam se transformando em calor.

Se fosse possível capturar os elétrons quentes, esse máximo teórico poderia subir para até 66%.

Em 2010, Zhu e sua equipe descobriram como capturar esses elétrons usando nanocristais, embora não tenham ainda conseguido viabilizar a tecnologia em larga escala.

Agora eles descobriram uma alternativa, com a vantagem de empregar as muito mais baratas células solares orgânicas.

 

Estado quântico escuro

O grupo descobriu que, em um material chamado pentaceno, um fóton produz um estado quântico escuro, chamado de "estado sombra", a partir do qual é possível capturar, de forma eficiente, não um, mas dois elétrons.

O mecanismo pode elevar a eficiência das células solares orgânicas em 44%, sem a necessidade de usar concentradores solares.

Quando um fóton atinge a molécula de pentaceno, ele cria um exciton, um par elétron-lacuna com um nível mais elevado de energia.

O exciton é quanticamente acoplado com o "estado sombra", chamado multiexciton.

Esse estado escuro é uma fonte eficiente para a transferência de dois elétrons para um material receptor de elétrons, como um fulereno C60, usado pelos pesquisadores neste experimento.

 

Bibliografia:
Observing the Multiexciton State in Singlet Fission and Ensuing Ultrafast Multielectron Transfer
Wai-lun Chan, Manuel Ligges, Askat Jailaubekov, Loren Kaake, Luis Miaja-Avila, Xiao-Yang Zhu
Science
16 December 2011
Vol.: 334 no. 6062 pp. 1541-1545
DOI: 10.1126/science.1213986

Fonte:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Câmeras com retina artificial capturam imagens sem distorções

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/12/2011

Câmeras com retina artificial capturam imagens sem distorções

Os sensores côncavos podem se transformar em retinas artificiais ou criar novas câmeras capazes de capturar imagens sem distorções e aberrações.[Imagem: University of Illinois/Urbana-Champaign]

 

Sensor hemisférico

Pesquisadores norte-americanos apresentaram o primeiro sensor hemisférico para câmeras digitais e, no futuro, também para implantes em seres humanos.

O sensor curvilíneo elimina as distorções ópticas e as aberrações associadas com os sensores planos convencionais, os chamados CCDs.

A indústria nunca estranhou os sensores planos porque já estava acostumada com os velhos filmes, que também se tornavam superfícies planas ao se desenrolarem para produzir cada foto.

Mas isso sempre teve um elevado custo em termos de correção das distorções ópticas - basta lembrar que o sensor óptico do olho humano, a retina, é uma superfície côncava.

 

Plano sobre curva

O novo sensor é fruto da cooperação de uma equipe da Universidade de Illinois, que desenvolveu um conceito de uma câmera similar ao olho humano, e um grupo da Universidade Northwestern, que desenvolveu circuitos integrados superflexíveis.

O principal melhoramento é que agora é possível fabricar os componentes optoeletrônicos de silício, assim como as interconexões deformáveis, diretamente sobre a superfície côncava, mas usando as mesmas técnicas usadas nos materiais planos.

Este era o elo que faltava para que a tecnologia pudesse passar para a fase de desenvolvimento em escala industrial.

 

Retina artificial

Além de câmeras mais precisas, sem distorções e sem aberrações, o novo sensor pode se transformar em uma retina artificial implantável, algo impossível de se fazer com sensores planos e rígidos, como os usados nas câmeras digitais.

Os pesquisadores colocam essa possibilidade em termos mais genéricos, afirmando que "o sensor curvilíneo pode oferecer oportunidades para novas classes de sistemas de imagens nos quais a otimização do projeto envolve não apenas a configuração das lentes, mas também a geometria dos detectores."

Fonte:

Segurança da Internet pode passar do IP para o conteúdo

Com informações do Jornal da Unicamp - 19/12/2011

Modelo de segurança da Internet pode passar do IP para o conteúdo

Quando a internet foi criada, seus idealizadores não podiam imaginar no que ela se transformaria. [Imagem: Caltech]

 

Do IP ao conteúdo

Um pesquisador brasileiro faz parte de um grupo que está propondo mudar o modelo de segurança da internet.

"O que estamos propondo é que a segurança deixe de ser baseada no endereço de IP [Internet Protocol] e passe a ser balizada pelo conteúdo," explica Walter Wong, que dividiu seu trabalho entre a Unicamp e a Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Segundo Walter, quando a internet foi criada, seus idealizadores não podiam imaginar no que ela se transformaria.

A segurança não era exatamente a principal preocupação na época, dado que a proposta inicial era ligar fisicamente pontos distantes para promover a transferência de bits - e esses bits eram basicamente textos ou números associados a experimentos científicos.

Com o passar do tempo, porém, as pessoas passaram a utilizar a rede para uma série de atividades, como gerar e consumir conteúdos, fazer compras, pagar contas, assistir filmes etc.

"Ou seja, hoje temos uma nave espacial funcionando sobre uma base simples", compara Walter.

 

Servidores móveis

O grande problema relativo à segurança da Web, segundo ele, é que o seu princípio está baseado no IP, que é representado por um número. Este, além de identificar o endereço, identifica também o usuário ou provedor.

É aí que surge um imbróglio, cita o engenheiro da computação: "Quando a internet foi criada, isso fazia sentido, porque as máquinas eram imensas e dificilmente seriam transferidas de lugar. Hoje, porém, nós temos notebooks, celulares e tablets que nos proporcionam mobilidade. Ou seja, não é razoável identificar um host (servidor de informações) pelo seu endereço físico, visto que ele pode se deslocar para qualquer lugar do mundo", explica.

Ademais, continua Walter, quando uma pessoa se conecta à rede para fazer uma compra num determinado site, por exemplo, ela não faz ideia de onde o provedor dessa empresa está de fato localizado.

"Trata-se de uma relação de confiança. Entretanto, essa confiança poderia ser ampliada se a arquitetura da internet permitisse basear a segurança no conteúdo e não no endereço IP", reforça.

Para chegar à sua proposta, Walter teve que trabalhar com o desenvolvimento de softwares e algoritmos específicos.

A ideia central foi estabelecer um mecanismo de autenticação de dados eficiente e explícito, de forma independente do host de onde os conteúdos foram obtidos.

 

Rede orientada a conteúdos

Em termos simples, no novo modelo proposto por Walter, a rede física também passa a ser orientada a conteúdos.

Assim, a pessoa que se conectar à internet para, por exemplo, assistir um vídeo no Youtube, não precisará mais se preocupar se o servidor está nos Estados Unidos, na China ou Brasil.

"As credenciais estarão vinculadas ao próprio conteúdo. Nesse caso, o usuário poderá até mesmo baixar algo vindo de um servidor inseguro ou suspeito, pois terá certeza de que o conteúdo é original e seguro", afirma o engenheiro da computação.

 

Internet do futuro

Atualmente, informa Walter, diversos grupos estão envolvidos em pesquisas relacionadas à "Internet do Futuro".

Os estudos nessa área estão divididos em basicamente duas correntes.

Uma delas trabalha com a perspectiva da evolução da Internet atual, que incorporaria as "mutações" necessárias para que a rede mundial se adapte aos novos tempos.

A outra pretende partir do zero para propor uma nova arquitetura para a rede. É nesta que o trabalho de Walter está inserido.

No Brasil, além da Unicamp, há grupos de São Paulo e do Rio de Janeiro envolvidos com o tema.

Questionado sobre como imagina que será a migração da internet do presente para a internet do futuro, o pesquisador diz acreditar que esse processo não deverá ser traumático, mas também não será absolutamente tranquilo.

Ele lembra que essa passagem dependerá de diversos fatores, entre eles o econômico e o político: "Do ponto de vista do usuário comum, porém, não deve haver maiores problemas. Na prática, isso não afetará a vida dele, a não ser lhe proporcionando mais segurança para suas atividades virtuais".

Fonte:

sábado, 17 de dezembro de 2011

Por que celulares e tablets não precisam de cooler?

Por Jonathan D. Machado, 25 de Novembro de 2011

Entenda por que os aparelhos portáteis são tão úteis quanto os computadores de mesa e, mesmo assim, não têm qualquer cooler interno.

Há tempos que smartphones e tablets deixaram de ser itens de luxo para se tornarem aparelhos indispensáveis para muitos brasileiros, e não por acaso. Afinal, estes gadgets podem ser tão úteis quanto notebooks e computadores de mesa, com um bom poder de processamento e dezenas de sensores que os tornam verdadeiros canivetes suíços digitais.

Smartphones modernos são como computadores portáteis, mas sem cooler (Fonte da imagem: Divulgação Samsung)

 

Apesar de toda essa tecnologia que cabe no bolso, um detalhe sobre esses gadgets passa despercebido para muitos usuários: você não vê nenhuma ventoinha neles, diferente do que acontece com seus primos maiores.

O Tecmundo preparou esta matéria que vai ajudar você a entender melhor o motivo de não haver aberturas por onde o ar quente é soprado para fora nos tablets e smartphones. Confira!

 

Energia gera calor

Para entender os motivos da eficiência na manutenção da temperatura dos portáteis, primeiro precisamos entender o que faz os computadores maiores precisarem de tantos coolers. A primeira diferença notada entre os dois mundos é o espaço que eles ocupam. Claro, não é o tamanho maior que faz os desktops serem mais quentes, mas você logo verá que a relação é bastante grande.

Desktops e a maioria dos notebooks ainda são muito dependentes de componentes mecânicos para operar, como leitores de CD e discos rígidos que têm várias partes móveis. Diferente de circuitos eletrônicos, a miniaturização de mecanismos físicos é muito mais difícil, fazendo o patamar mínimo para o tamanho deles ser bem mais alto. Tablets e smartphones confiam apenas em circuitos puramente eletrônicos para quase todas as suas funções.

Interior de um HD (Fonte da imagem: Divulgação Samsung)

 

Movimentar partes móveis é um trabalho energeticamente custoso, o que explica o tamanho maior de um dos componentes que mais gera calor nos computadores: fontes de energia. As fontes de alimentação são as responsáveis por modular a corrente alternada da tomada e transformá-las nas diferentes correntes contínuas que alimentam os componentes do computador.

Quanto maior a variabilidade e exigência energética dos componentes, mais capacitores, transistores e mosfets a fonte precisa, todos gerando sua própria parcela de calor. Em suma, é possível afirmar que o primeiro motivo que faz os desktops e notebooks ficarem mais quentes é a maior quantidade de energia correndo dentro deles.

Assim como nas CPUs, todas as fontes precisam de ventoinhas (Fonte da imagem: Divulgação XFX)

 

Nos portáteis, a fonte está quase completamente ausente, já que são alimentados por baterias que armazenam a energia na tensão e modulação certa. A necessidade de uma fonte que fica entre o gadget e a tomada da parede ainda existe para os momentos em que o aparelho é carregado, apesar de ser totalmente externa.

É importante notar também que, quanto mais difícil for fabricar um componente, mais caro ele fica. Por isso, os fabricantes não investem tanto na miniaturização e eficiência energética de notebooks e, principalmente, desktops, porque essa não é uma necessidade primária para o mercado.

 

Arquitetura diferenciada

Outro motivo que faz os gadgets exigirem menos energia para operar é a arquitetura mais especializada. Notebooks e desktops são feitos para serem robustos e altamente escalonáveis, sempre tentando manter a compatibilidade com o maior número de componentes possíveis.

Placa-mãe de um desktop (direita) comparada à de um iPad

 

Isso é ainda mais evidente em computadores mais “hardcore”, com placa-mãe com mais de dez conectores USB, meia dúzia de SATAs, duas interfaces de rede, várias PCIs, slots de memória extra e muitos outros conectores. Manter suporte a todos estes equipamentos também aumenta o fluxo de energia entre as placas e chips controladores, contribuindo para o calor interno.

Já os tablets são altamente focados e não são projetados para dar suporte a quase nenhum componente extra além do que já está encaixado na placa principal. Dessa forma, os fabricantes podem limitar os tablets e smartphones a terem apenas uma motherboard que já inclui o processador, a memória RAM e demais controladores.

System-on-a-chip TEGRA3: CPU, GPU, ponte norte, ponte sul e controlador de memória (Fonte da imagem: Divulgação NVIDIA)

 

Toda essa especialização e controle sobre os diferentes componentes do gadget é um prato cheio para a prática de se unir o maior número possível de controladores dentro de um único circuito integrado, os chamados system on a chip. Novamente, reduzir o número de CIs diminui o consumo energético e, consequentemente, a produção de calor.

 

Menores e mais eficientes

Por último, mas não menos importante, está o fato de que a exigência de processamento para os dispositivos móveis é muito menor. Por mais poderoso que um iPad ou tablet com a última versão do Android possa parecer, dificilmente ele poderia rodar (tranquilamente) um aplicativo do nível do Microsoft Word 2010, com todas as suas centenas de ferramentas e dependências.

Afinal, gadgets portáteis são destinados para aplicações portáteis, com poucas informações aparecendo simultaneamente em uma tela bem menor do que a de um notebook ou desktop. Somando isso ao fato de que o sistema operacional também é mais simplificado, o resultado é um desempenho satisfatório mesmo com o hardware menos poderoso.

Outro fator que diminui muito a produção de calor é a arquitetura do componente que normalmente é o que mais esquenta: o processador. As CPUs dos tablets são feitas para abranger o maior número possível de funções com o mínimo de transístores, o que contribui muito para a economia de energia.

A baixa emissão de calor de todos estes componentes modernos permite que apenas dissipadores passivos sejam o suficiente para arrefecer o aparelho, eliminando a necessidade de ventoinhas mecânicas.

 

A bateria agradece

Perceba que quase todas as vantagens dos tablets e smartphones que foram citadas até agora receberam ênfase primária em sua eficiência energética, depois no calor gerado. Essa abordagem não ocorreu por acaso, afinal, quanto menos energia ele consumir, mais tempo vai durar a bateria do gadget, além de mantê-lo frio por mais tempo.

Placa principal de um iPad (Fonte da imagem: Divulgação BricoJapan)

 

Tamanha é a preocupação com o consumo de energia dos portáteis que os fabricantes têm optado em usar apenas componentes de alta eficiência não só em processadores e unidades de armazenamento, mas no aparelho como um todo. Basta olhar novamente para a placa principal do iPad (acima) para perceber que capacitores de alumínio (aqueles redondos) deram lugar a alguns poucos capacitores de tântalo e muitos microchips de silício.

Além disso, as próprias ventoinhas são componentes mecânicos que precisam consumir energia para funcionar, consequentemente, o próprio dispositivo usado para arrefecer o aparelho é um agente que contribuí com o calor, algo completamente indesejado.

Fonte: Tecmundo