sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Cubo holográfico absurdamente pequeno pode aniquilar os HDs e SSDs

Por Roberto Hammerschmidt, 10 de Fevereiro de 2012

Nova tecnologia de armazenamento já é realidade: empresa cria cubo de 1 cm com capacidade de 1,2 TB.

(Fonte da imagem: Keol)

 

A memória holográfica oferece a possibilidade de armazenar 1 terabyte de dados dentro de um cristal do tamanho de um cubo de açúcar. Mas o custo elevado sempre foi um entrave no seu desenvolvimento. Agora, uma empresa chamada AON afirma ter desenvolvido um cubo de armazenamento holográfico de 1,2 TB, com poder de transferir dados a mais de 155 MB/s.

Segundo a empresa, foi usado um material fotorefrativo na composição do produto. O custo é relativamente baixo: entre US$ 0,11 e US$ 0,83 por gigabyte. De acordo com um gráfico divulgado pela Laser Focus World, o valor é muito mais baixo que o de qualquer outro tipo de mídia de armazenamento.

A Channel Register afirma que a AON ainda está aprimorando a tecnologia e poderá desenvolver cubos com capacidades ainda maiores de armazenamento, chegando a incríveis 9,6 TB, aumentando a taxa de transferência para valores quase surreais: 1,24 GB/s.

 

A tecnologia do futuro?

Os sistemas de armazenamento holográfico funcionam de forma similar a CDs e DVDs, porém, com a capacidade de operar (ler e gravar dados) por dentro da mídia; não apenas na sua superfície. O armazenamento é feito de forma tridimensional, sendo capaz de guardar mais informações em um espaço menor, além de oferecer um tempo mais curto de transferência de dados.

A tecnologia foi proposta em 1960 por Pieter J. Van Heerden, cientista da Polaroid. Porém, os custos e a clara falta de vantagens sobre mídias de armazenamento concorrentes evitaram que a tecnologia fosse desenvolvida.

Glenn Gladney, CEO e presidente da AON, diz que está procurando parceiros estratégicos para colaborarem com a empresa de forma que ela possa concluir o desenvolvimento de sua tecnologia. Por favor, parceiros, colaborem.

Fonte: Tecmundo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Bateria fina e flexível é tecida na roupa

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/02/2012

Roupas eletrônicas: bateria flexível pode ser tecida

A bateria é fabricada em folhas, com a espessura e textura semelhantes às do couro. Depois ela pode ser cortada em qualquer espessura, espessura essa que vai determinar a tensão que ela fornece. [Imagem: Maksim Skorobogatiy]

 

Roupas eletrônicas

Em busca das roupas inteligentes, cientistas já conseguiram fabricar até mesmo transistores de algodão, o que está permitindo tecer os primeiros circuitos lógicos na própria malha do tecido.

Roupas eletrônicas prometem o máximo de portabilidade, com o aparelho eletrônico sendo simplesmente vestido.

Mas você ainda precisaria reservar um bolso para levar abateria para alimentar suacamisetaPad.

Não mais, porque engenheiros canadenses acabam de criar baterias totalmente flexíveis.

Com a estrutura de fios grossos, as baterias flexíveis foram incorporadas em um tecido de algodão comum, acionando um conjunto de LEDs também tecidos na própria roupa.

 

Bateria de lítio flexível

O Dr. Maksim Skorobogatiy e seus colegas da Escola Politécnica de Montreal construíram sua bateria fazendo um sanduíche de um eletrólito de oxipolietileno com dois eletrodos, um de fosfato de ferro-lítio (catodo) e outro de titanato de lítio (anodo).

São todos materiais sólidos e, embora não tão flexíveis quanto os fios de algodão - sua textura lembra mais o couro - oferecem uma solução mais adequada para as roupas inteligentes do que carregar uma bateria no bolso.

Roupas eletrônicas: bateria flexível pode ser tecida

Um tecido já com os fios-bateria incorporados na trama. [Imagem: Maksim Skorobogatiy]

 

Na verdade, como primeira bateria recarregável de íons de lítio totalmente sólida e ainda flexível, a inovação merece seu próprio desfile de moda.

 

Roupa de segurança

E o Dr. Skorobogatiy afirma que a capacidade de energia das suas baterias flexíveis é surpreendente.

Segundo ele, uma "roupa de segurança", totalmente trançada com seus fios-bateria, fornece energia suficiente para salvar vidas, podendo emitir sinais de alerta ou mesmo alimentar um desfibrilador.

No momento, o único inconveniente é que a bateria flexível não é lavável.

Outra tecnologia que está sendo pesquisada para alimentar as roupas eletrônicas e outros aparatos portáteis são os nanogeradores, que ainda têm potência muito baixa para alimentar aparelhos como celulares ou tablets.

Roupas eletrizantes poderão alimentar seu celular

 

Bibliografia:
Flexible, Solid Electrolyte-Based Lithium Battery Composed of LiFePO4 Cathode and Li4Ti5O12 Anode for Applications in Smart Textiles
Y. Liu, S. Gorgutsa, Clara Santato, M. Skorobogatiy
Journal of The Electrochemical Society
Vol.: 159, Issue 4, pp. A349-A356
DOI: 10.1149/2.020204jes

Fonte: Inovação Tecnológica

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Discos rígidos podem ser gravados com calor

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/02/2012

Gravação de discos rígidos pode ser feita com calor

O feito é mais surpreendente porque sempre se acreditou que o calor destruísse a ordem magnética. [Imagem: Johan Mentink/Alexey Kimel/Richard Evans]

 

Gravação magnética com calor

Uma equipe internacional de cientistas demonstrou uma forma quase inacreditável de ler e escrever bits magnéticos em um disco rígido.

Eles descobriram que é possível gravar as informações usando apenas calor.

E não apenas isso, como também a gravação com calor é muito mais rápida do que a técnica atual, que utiliza campos magnéticos.

Segundo eles, a técnica permite que as informações sejam processadas centenas de vezes mais rapidamente do que pelo método magnético, além de exigir menos energia.

"Em vez de usar um campo magnético para gravar as informações na mídia, nós exploramos forças internas muito mais fortes e gravamos os dados usando apenas o calor," afirmou o Dr. Thomas Ostler, da Universidade de Iorque, no Reino Unido, principal autor da pesquisa.

"Este método revolucionário permite a gravação de terabytes (milhares de gigabytes) de dados por segundo, centenas de vezes mais rápido do que a tecnologia atual de discos rígidos. Como não há necessidade de um campo magnético, há também um menor consumo de energia," prossegue ele.

Gravação de discos rígidos pode ser feita com calor

Os cientistas afirmam ser possível atingir uma densidade de armazenamento de 10 petabytes por metro quadrado a uma velocidade de 200 Gb/s. Isso representa 10 vezes mais dados por área, gravados 300 vezes mais rápido, do que os discos rígidos atuais. [Imagem: Richard Evans/University of York]

 

Calor e magnetismo

O feito é mais surpreendente porque sempre se acreditou que o calor destruísse a ordem magnética.

"Durante séculos, acreditou-se que o calor só pudesse destruir a ordem magnética. Agora nós conseguimos demonstrar que o calor pode, de fato, ser um estímulo suficiente para registrar informações em meio magnético," completa o Dr. Alexey Kimel, coautor do estudo.

Até agora se acreditava que a única forma de gravar um bit de informação - fundamentalmente inverter os pólos de um ímã - consistia em aplicar um campo magnético externo.

Quanto mais forte for o campo magnético aplicado, mais rápido será feita a gravação do bit magnético.

A indústria sabe disso, mas há tempos não consegue reduzir o tempo de gravação de um bit magnético, que atualmente está por volta de 1 nanossegundo.

O que a equipe demonstrou é que as posições dos pólos norte e sul do ímã, ou do domínio magnético que representa um bit, podem ser invertidas por um pulso ultracurto de calor.

A súbita elevação da temperatura altera a orientação do ímã em 2 milésimos de nanossegundo.

Segundo os cientistas, com a técnica de escrita por calor é possível atingir uma densidade de armazenamento de 10 petabytes por metro quadrado a uma velocidade de 200 Gb/s. Isso representa 10 vezes mais dados por área, gravados 300 vezes mais rápido, do que os discos rígidos atuais.

Gravação de discos rígidos pode ser feita com calor

O ferro é representando em azul e o gadolínio em vermelho. Mas os cientistas ainda não sabem explicar com detalhes o que se passa com eles para que o valor dos bits fique se alternando com pulsos subsequentes de calor. [Imagem: Richard Evans/University of York]

 

Calor direcional

O campo magnético gerado pela cabeça de gravação de um disco rígido possui uma direção, o que permite que ela grave ou um 0 ou um 1 - ou, em outros termos, faça o ímã apontar para o norte ou para o sul - de forma totalmente controlada.

Já um pulso de calor não tem direção. Como é possível então controlar o que será gravado?

Os pesquisadores ainda não têm uma explicação para isso - eles só têm certeza que o processo funciona de forma totalmente controlável.

Mas eles levantam a hipótese de que isto se deve à combinação de átomos no material magnético usado, uma liga de ferro e do metal de terras raras gadolínio.

Cada átomo tem seu próprio magnetismo, e normalmente os dois elementos apontam em direções opostas. Como os átomos de gadolínio são magneticamente mais fortes, os átomos de ferro se alinham com eles.

Um pulso de calor muito curto - de 1/10.000 de nanossegundo - é suficiente para desarranjar a orientação em massa dos átomos de ferro. Os átomos de gadolínio reagem mais lentamente. Quando o material esfria de novo, os átomos dos dois materiais estão apontando em direções opostas.

Mas basta repetir o processo para que todos os átomos se agitem - e os átomos de ferro voltam a acompanhar os átomos de gadolínio.

"Nós ainda não entendemos todos os detalhes desse mecanismo ainda," confessa o Dr. Ostler.

Os pulsos de calor são disparados com um laser. Segundo os pesquisadores, com a eliminação dos eletroímãs no interior de um disco rígido, o equipamento poderá consumir muito menos energia, mesmo levando em conta o consumo do laser.

 

Bibliografia:
Ultrafast heating as a sufficient stimulus for magnetization reversal in a ferrimagnet
T.A. Ostler, J. Barker, R.F.L. Evans, R.W. Chantrell, U. Atxitia, O. Chubykalo-Fesenko, S. El Moussaoui, L. Le Guyader, E. Mengotti, L.J. Heyderman, F. Nolting, A. Tsukamoto, A. Itoh, D. Afanasiev, B.A. Ivanov, A.M. Kalashnikova, K. Vahaplar, J. Mentink, A. Kirilyuk, Th. Rasing, A.V. Kimel
Nature Communications
07 February 2012
Vol.: 3, Article number: 666
DOI: 10.1038/ncomms1666

Fonte: Inovação Tecnológica

Arquitetura unificada melhora desempenho de computadores em 20%

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/02/2012

Colaboração entre CPU e GPU melhora desempenho de computadores em 20%

A arquitetura unificada coloca CPU e GPU trabalhando naquilo que cada uma é melhor.[Imagem: Cortesia AMD]

 

Colaboração CPU-GPU

Uma nova técnica de interligação dos processadores gráficos com os processadores principais aumenta o desempenho dos computadores em mais de 20%.

E isto sem exigir a integração de nenhuma nova tecnologia de hardware em relação aos computadores fabricados hoje.

A técnica consiste em fazer com que as GPUs (graphics processing units, ou processadores gráficos) colaborem com as CPUs (central processing units, os processadores principais de cada computador).

Os fabricantes já estão produzindo processadores de "arquitetura unificada", que incluem as CPUs e as GPUs em um único chip, com ganhos sobretudo de custos e de eficiência energética.

"Entretanto, o núcleo da CPU e o núcleo da GPU continuam trabalhando quase exclusivamente em funções separadas. Eles raramente colaboram para executar um determinado programa, de forma que eles não são tão eficientes quanto poderiam ser," explica o Dr. Huiyang Zhou, da Universidade da Carolina do Norte, um dos criadores da nova técnica.

 

GPUs e CPUs

As GPUs foram projetadas para executar programas gráficos, o que significa que elas são muito rápidas para executar cálculos individuais - tanto que as GPUs se transformaram nas peças principais de supercomputadores.

As CPUs não são tão rápidas, mas são muito mais flexíveis, podendo desempenhar tarefas mais complexas com maior eficiência.

"Nossa técnica consiste em permite que os núcleos GPU executem as funções de cálculo, enquanto as CPUs carregam e preparam os dados que as GPUs vão precisar, vindos da memória," explica o Dr. Zhou.

Isso coloca cada um dos dois núcleos fazendo aquilo no que são melhores.

 

Arquitetura unificada

CPUs e GPUs leem os dados da memória praticamente na mesma velocidade, mas as GPUs conseguem triturá-los muito mais rapidamente.

Assim, a CPU fica encarregada de descobrir o que a GPU vai necessitar a seguir, busca esses dados na memória e os entrega prontos, eliminando a necessidade da GPU consultar e memória, deixando-a concentrada naquilo que ela tem de melhor, que é fazer cálculos.

Nos testes preliminares, a equipe mensurou uma melhoria de desempenho nessa arquitetura unificada de 21,4% em comparação com os mesmos núcleos trabalhando da forma como trabalham hoje - nos novos chips onde ambos veem na mesma pastilha.

O trabalho foi financiado pela AMD.

 

Bibliografia:
CPU-Assisted GPGPU on Fused CPU-GPU Architectures
Yi Yang, Ping Xiang, Mike Mantor, Huiyang Zhou
HPCA-18 - 18th International Symposium on High Performance Computer Architecture
Feb. 27, 2012

Fonte: Inovação Tecnológica

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Estrada magnética fornece energia para carros elétricos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/02/2012

Carros elétricos recarregados na estrada por campos magnéticos

Os campos magnéticos (em vermelho) são responsáveis pela transferência da eletricidade através do ar, podendo recarregar os carros elétricos enquanto eles rodam pela estrada em alta velocidade.[Imagem: Sven Beiker/CARS/Stanford University]

 

Recarregamento de baterias sem fios

Já pensou em rodar com umcarro elétrico sem nenhuma preocupação com recarregar as baterias?

Pois esta é a promessa de uma nova tecnologia desenvolvida por engenheiros da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

A energia elétrica é transmitida sem fios por bobinas instaladas ao longo de toda a rodovia, abaixo do asfalto.

"Você poderá até mesmo ter mais energia nas baterias no final da sua viagem do que quando você saiu de casa," disse Richard Sassoon, membro da equipe que desenvolveu o novo princípio de recarregamento sem fio de baterias.

 

Acoplamento magnético

A transferência de eletricidade sem fios é baseada em uma técnica batizada de acoplamento magnético ressonante.

Duas bobinas de cobre são ajustadas para entrar em ressonância naturalmente, de forma similar ao que acontece a duas taças de cristal, que vibram harmonicamente quando uma nota é tocada.

As duas bobinas devem ser colocadas a uma pequena distância uma da outra.

A bobina que é conectada à energia gera um campo magnético que faz a segunda entrar em ressonância, como se estivesse sujeita ao mesmo campo magnético.

E, como uma bobina sujeita a um campo magnético é sinônimo de gerador, a ressonância magnética entre as duas bobinas resulta na transferência de eletricidade, invisível e sem contato, através do ar.

"Aparelhos elétricos ajustados em outras frequências não serão afetados. A transferência de energia sem fios somente vai ocorrer se os dois ressonadores estiverem em sintonia," diz Xiaofang Yu, que realizou os experimentos juntamente com seu colega Sunil Sandhu.

 

Interferência metálica

"O asfalto provavelmente terá pouco efeito, mas os elementos metálicos na carroceria do carro podem afetar drasticamente os campos eletromagnéticos. Foi por isso que fizemos um estudo para descobrir o esquema ótimo de transferência quando grandes objetos metálicos estão presentes," explica Fan.

A resposta é que a bobina ligada a uma placa metálica poderá suportar a transferência de 10 kW de potência a 1,98 metro de distância desde que ela seja colocada em um ângulo exato de 90 graus em relação à bobina receptora.

A eficiência da transferência de energia é de 97% quando os veículos trafegam a uma velocidade de 90 km/h.

Os pesquisadores demonstraram a transferência de 10 kilowatts de energia a uma distância de praticamente dois metros.

Isso seria suficiente para alimentar inteiramente um carro elétrico, deixando suasbaterias apenas como reserva, ou para uma exigência extra no caso de uma aceleração ou uma subida mais íngreme.

 

Eletricidade sem fios

O princípio é similar ao que está sendo usado em um experimento com autobondes elétricos na Coreia do Sul, onde as baterias dos veículos são recarregadas na própria estrada.

O grande problema dessa abordagem para a alimentação de veículos elétricos é a necessidade de reconstrução de todas as rodovias, para instalação do aparato elétrico subterrâneo.

Desde que cientistas do MIT demonstraram a transmissão de eletricidade sem fiosem 2007, o princípio vem sendo explorado em inúmeros campos, do recarregamento das baterias de implantes cardíacos até a alimentação de lentes de contato biônicas.

Na área automotiva, o movimento dos pneus transformado em eletricidade também já foi utilizada como auxiliar para o recarregamento das baterias dos carros elétricos.

 

Bibliografia:
Wireless energy transfer with the presence of metallic planes
Xiaofang Yu, Sunil Sandhu, Sven Beiker, Richard Sassoon, Shanhui Fan
Applied Physics Letters
Vol.: 99, 214102
DOI: 10.1063/1.3663576

Fonte: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"REFRI" NUNCA MAIS! - DEPOIS DESTA AULA

'Aula sobre refrigerantes'


Na verdade, a fórmula 'secreta' da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando.


A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar.


Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA), que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores.


Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc. Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car.


Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50mg de sódio na lata) e voc ê verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser 'very low sodium') que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de 'açúcar' (sacarose).


É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA!...


Fórmula da Coca-Cola?...


Simples: Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo - para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração.


O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o artofosfórico 'chupa' todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos. Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.).


Só como informação geral, é proibid o usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão... (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão).


O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto.


O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos. Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e arom atizada.


Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma. Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate.


O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificaç ão em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.


Refrigerante DIET


Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc... Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo.


Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar 'edge' no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai... A lista é enorme.


Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo... Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal.


Prof. Dr. Carlos Alexandre FettFaculdade de Educação Física da UFMT Mestrado da Nutrição da UFMT Laboratório de Aptidão Física e Metabolismo - 3615 8836 Consultoria em Performance Humana e Estética


**O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ ACABA DE BEBER UMA LATA DE REFRIGERANTE**


Primeiros 10 minutos:10 colheres de chá de açúcar batem no seu corpo, 100% do recomendado diariamente. Você não vomita imediatamente pelo doce extremo, porque o ácido fosfórico corta o gosto.


20 minutos:O nível de açúcar em seu sangue estoura, forçando um jorro de insulina. O fígado responde transformando todo o açúcar que recebe em gordura (É muito para este momento em particular).


40 mpurra cálcio, magnésio e zinco para o intestino grosso, aumentando o metabolismo. As altas doses de açúcar e outros adoçantes aumentam a excreção de cálcio na urina, ou seja, está urinando seus ossos, uma das causas das OSTEOPOROSE.


60 minutos:
As propriedades diuréticas da cafeína entram em ação.a tudo que estava no refrigerante, mas não sem antes ter posto para fora, junto, coisas das quais farão falta ao seu organismo.


*Pense nisso antes de beber refrigerantes.
Se não puder evitá-los, modere sua ingestão!
Prefira sucos naturais.
Seu corpo agradece!*
Se achar interessante, repasse.
Certamente estará fazendo bem a alguém

Fonte: Facebook

Biocélula solar abre caminho para energia verde

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/02/2012

Biocélula solar abre caminho para eletricidade verde

As biomoléculas geneticamente modificadas enrolam-se ao redor dos tubos semicondutores autonomamente, por um processo de automontagem. [Imagem: Mershin et al./Nature]

 

Energia verde

Um grupo internacional de pesquisadores anunciou um passo importante rumo à fotossíntese artificial.

Diferentemente das células solares fotovoltaicas, baseadas em elementos semicondutores, asbiocélulas solares produzem energia usando estruturas moleculares copiadas das plantas.

Simulando artificialmente a fotossíntese, mas gerando eletricidade como produto final, as biocélulas, ou células fotoeletroquímicas, prometem tornar o conceito de "energia verde" um objetivo muito mais fácil de ser alcançado e, sobretudo, muito mais barato.

 

Biocélula solar

Barry Bruce, da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, isolou um componente-chave da fotossíntese, conhecido como fotossistema-I (PSI, dePhotoSystem I), a partir das algas azuis.

Esse composto foi então adaptado por meio de engenharia genética para interagir com um material semicondutor, como o usado nas células fotovoltaicas tradicionais, grudando-se a ele.

Essa "célula solar verde" representa um casamento virtualmente perfeito entre o material biológico e o material não-biológico.

O material não-biológico, o semicondutor, entra no processo na forma de minúsculos tubos de óxido de zinco, que atraem as partículas de PSI, que acabam por revesti-los inteiramente.

Um fóton do Sol injeta energia no PSI - "excita" o material, em termos técnicos - que, em resposta produz um elétron. Esse elétron salta para o óxido de zinco, onde é coletado por meio de eletrodos.

Como o processo é contínuo, com bilhões de fótons alcançando o material, o resultado é a produção de uma corrente elétrica.

 

Energia solar e hidrogênio

Uma das grandes vantagens na fabricação dessa biocélula é que o composto molecular "se instala" sobre o semicondutor por um processo de automontagem, dispensando técnicas aprimoradas de fabricação.

O importante neste trabalho é a comprovação do conceito, uma vez que a energia produzida ainda é pequena demais para ter uso prático.

"Como o sistema é muito simples e muito barato, minha esperança é que ele permita desenvolvimentos adicionais que o transformem em uma fonte de energia verde e sustentável," disse o Dr. Bruce.

Participaram da pesquisa cientistas do MIT e a equipe do Dr. Michael Graetzel, criador das células solares que levam seu nome, e que está tentando criar formas de produzir hidrogênio diretamente a partir da energia solar.

Bibliografia:
Self-assembled photosystem-I biophotovoltaics on nanostructured TiO2 and ZnO
Andreas Mershin, Kazuya Matsumoto, Liselotte Kaiser, Daoyong Yu, Michael Vaughn, Md. K. Nazeeruddin, Barry D. Bruce, Michael Graetzel, Shuguang Zhang
Nature
Vol.: 2, Article number: 234 - Scientific Reports
DOI: 10.1038/srep00234

Fonte: