Ainda vou ter um desses um dia.
Ricardo
Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/08/2011
Memórias de estado sólido
A Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, anunciou a construção do primeiro supercomputador a usar a tecnologia de armazenamento de estado sólido.
O supercomputador Gordon será o primeiro a usar cartões SSD de memória de forma intensiva para atender a necessidades de armazenamento de dados.
Essas memórias tipo flash são chamadas de memória de estado sólido, em contraposição aos discos rígidos, o meio de armazenamento usado pelos supercomputadores atuais.
Os 64 nós de entrada e saída começaram a ser instalados nesta semana. O supercomputador deverá começar a funcionar em Janeiro de 2012.
"Mover uma cabeça de leitura física para fazer uma operação de entrada e saída é muito 'século passado'," esnoba Allan Snavely, coordenador do projeto. "De fato, Charles Babbage projetou um computador baseado em partes mecânicas móveis quase dois séculos atrás. É hora de parar de mover prótons e movimentar apenas elétrons."
Supercomputador sólido
Com 256 terabytes de memória flash, o supercomputador Gordon será voltado para aplicações intensivas em bases de dados, alcançando velocidades nas consultas até 100 vezes maiores em comparação com sistemas de discos rígidos.
Os 1024 nós do supercomputador serão agrupados em 32 "supernós", com 64 gigabytes de DRAM e capacidade de 195 gigaflops por nó.
Um supernó também incorpora 2 nós de entrada e saída, cada um com 4 TB de memória flash.
Quando interligados por uma memória virtual compartilhada, cada um dos 32 supernós terá um potencial superior a 6 teraflops de processamento e 10 terabytes de memória (2 TB de DRAM e 8 TB de memória flash).
O pico de desempenho esperado é de 7,7 teraflops por supernós e de 245 teraflops para o sistema todo.
Mas o supercomputador Gordon terá também à sua disposição, além dos 256 terabytes de memória sólida, 4 petabytes de discos rígidos, mostrando que, apesar do discurso, os velhos e bons HDs ainda não estão assim tão fora de moda.
Durabilidade das memórias flash
As memórias flash já são dominantes entre os equipamentos portáteis, mas esta é a primeira vez que se construirá um supercomputador inteiramente baseado nessa tecnologia.
Embora seja barata e robusta para aplicações pessoais, as memórias flash ainda não haviam atingido uma durabilidade suficiente para aplicações de computação de alto desempenho, que exigem um número de ciclos de leitura e escrita muito superior.
Uma memória flash da categoria consumidor precisa suportar 3.000 ciclos de escrita e apagamento - a maioria dos equipamentos eletrônicos deixa de ser usada antes disso.
Uma memória flash de categoria empresarial, por outro lado, precisa ter uma durabilidade pelo menos 10 vezes maior. Elas já existem no mercado, mas, até há pouco tempo, custavam caro demais.
Fonte: Inovação Tecnológica
Além de iluminarem o ambiente, os LEDs simultaneamente transmitem os dados de uma conexão de banda larga, capaz de transmitir quatro filmes HD ao mesmo tempo.[Imagem: Fraunhofer]
Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/08/2011
As dimensões minúsculas são suficientes para tirar o título de menor bateria do mundo da versão construída há menos de um ano por pesquisadores dos Laboratórios Sandia. [Imagem: Ajayan Lab/Rice University]
Pesquisadores conseguiram miniaturizar uma bateria de íons de lítio ao que parece ser seu limite final.
Em conjunto com células solares ou sistemas de colheita de energia - as vibrações do ambiente, por exemplo - uma bateria recarregável amplia as possibilidades de uso das redes de sensores, equipamentos nanoeletrônicos e mesmo das atuais etiquetas RFID.
Menor bateria do mundo
Pulickel Ajayan e seus colegas da Universidade Rice, nos Estados Unidos, já haviam construído umananobateria 3D, feita com vários nanofios superpostos.
Agora eles levaram o conceito ao limite e demonstraram que é possível construir uma nanobateria de lítio em um único nanofio.
Os pesquisadores afirmam não ver como uma bateria possa ficar menor do que um nanofio e continuar totalmente funcional sem depender de aparatos externos. Ou seja, para eles, esta seria não apenas a menor bateria do mundo, como também a menor bateria de lítio que se pode construir.
Nanofio recarregável
A nanobateria é, a rigor, um dispositivo híbrido, uma mistura de bateria e supercapacitor.
Os cientistas construíram duas versões dela.
A primeira é um sanduíche formado por um anodo de níquel/estanho, um eletrólito de óxido de polietileno (PEO), e um catodo de polianilina.
Esse protótipo foi construído para provar que os íons de lítio movem-se de forma eficiente do anodo até o eletrólito e, em seguida, para o catodo.
O catodo é uma espécie de supercapacitor, que armazena os íons e dá ao dispositivo a capacidade de carga e descarga rápida.
A segunda versão coloca todos esses recursos em um único nanofio, medindo cerca de 150 nanômetros de diâmetro.
Os pesquisadores construíram milhares dessas nanobaterias em conjuntos cujas dimensões chegam à casa dos centímetros.
Ciclos de carga e recarga
Os testes foram feitos em conjuntos das baterias de nanofios medindo 50 micrômetros de comprimento.
Isto é suficiente para tirar o título de menor bateria do mundo da versão construída há menos de um ano por pesquisadores dos Laboratórios Sandia, também baseada em nanofios, mas que depende de um catodo externo para funcionar.
O protótipo ainda não é muito robusto, suportando apenas 20 ciclos de carga e recarga. É nisso que o grupo planeja trabalhar agora.
"Há muito a ser feito para otimizar esses dispositivos em termos de desempenho," afirmou Sanketh Gowda, que fez os experimentos. "A otimização do polímero separador e sua espessura, além do uso de eletrodos diferentes, poderá levar a novos melhoramentos."
Bibliografia:
Building Energy Storage Device on a Single Nanowire
Sanketh R. Gowda, Arava Leela Mohana Reddy, Xiaobo Zhan, Pulickel M. Ajayan
Nano Letters
Vol.: Article ASAP
DOI: 10.1021/nl2017042
Fonte: Tecmundo