sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Saiba o que será tendência em 2014

Por Stephanie Kohn - em 26/12/2013 às 15h00

(Foto: OD)

Os quatro pilares da tecnologia que mais estão em alta no momento vão se manter firmes e fortes em 2014. Pelo menos é o que o analista da Frost & Sullivan Guilherme Campos acredita. A mobilidade, a cloud computing, o Big Data e o social continuarão sendo a base para diversas tendências globais em 2014.

Em um bate-papo com o especialista, listamos algumas das principais tecnologias mundiais que estarão em alta no ano que vem. Vale lembrar que o Brasil tem um atraso de dois ou três anos na adoção de algumas delas, devido à cultura e maturidade do mercado. No entanto, no quesito mobilidade, o país se mantém ao lado das regiões mais desenvolvidas, como América do Norte e Europa.

Mobilidade

Mais de 50% dos celulares habilitados no mundo serão smartphones. Com isso, os investimentos em 4G continuarão fortes para atender a demanda de dados dos usuários. Há ainda uma projeção de que os investimentos e iniciativas de SDN (Software Definied Networks) aumentem no próximo ano.

Outra tendência aguardada é a consolidação do NFC graças ao aumento de serviços de pagamentos móveis usando a nuvem. Por fim, o aumento dos dispositivos móveis no mundo vai manter em baixa a previsão de vendas dos desktops em 2014.

Cloud computing

Atualmente o mercado gira em torno de SaaS (software como serviço) e IaaS (infraestrutura como serviço), mas Guilherme acredita que a PaaS (plataforma como serviço) ganhará força, especialmente nos Estados Unidos. Por aqui, o IaaS ainda terá grande espaço.

"Empresas brasileiras que tinham um plano de expansão de longo prazo tiveram de adiar as contratações de serviços, pois cresceram em seis meses o que deveriam crescer em dois anos", comentou Guilherme em entrevista ao Olhar Digital Pro. "Além de PaaS, em 2014 a construção de datacenters continuará acelerada devido ao aumento da demanda pelo modelo de nuvem. Essa "febre" por cloud trará um efeito no desenvolvimento de aplicações corporativas, que irá aumentar ainda mais em 2014", finaliza.

Big Data & Analytics

Desde 2011 o termo ‘Big Data’ passeia pelas corporações e imprensa. Mas em 2014 as ferramentas de coleta e análise de dados vão se consolidar. A análise preditiva, que faz projeções de cenários e tendências futuras, será a mais procurada no próximo ano.

Junto dela, o ‘Big Security Data’ ou ‘Security Analytics’, entrará de mansinho no cenário. Campos afirma que as empresas fornecedoras passarão o próximo ano educando o mercado sobre o tema e se preparando para atender as demandas que chegarão a partir do ano que vem.

Social

As redes sociais de nicho, ou seja, redes sociais que focam em apenas um determinado assunto ou preferência como, por exemplo, o Lulu, ganharão destaque em 2014.

Apesar disso, o Facebook não perderá espaço para as novas redes. O investimento em marketing digital se tornará mais importante dentro das empresas, que passarão a utilizar os sites de relacionamento para reduzir custos com campanhas ou pesquisas, e tornar os produtos/serviços mais assertivos.

Para o analista, será possível ver muitas empresas trocando o trabalho de recrutadoras pelo Linkedin, além de companhias criando seus perfis corporativos nas redes mais famosas.

Geral

A ‘Internet das Coisas’ vai tomar corpo no ano que vem com grandes empresas do setor investindo na tendência, como a Intel e a Cisco. A ideia de disponibilizar conexão em todos os lugares para facilitar o acesso de grande parte da população mundial tem estimulando companhias a investir pesado na infraestrutura necessária.

Nos próximos 10 anos, a Cisco calcula um potencial de negócios da ordem de US$ 14 trilhões para a 'Internet das Coisas'. O ecossistema empresarial tem muito a ganhar com a ampliação da cobertura online, com destaque para melhor produtividade dos funcionários, eficiência operacional e inovação.
No varejo, por exemplo, os investimentos poderiam oferecer condições de analisar o comportamento do público com mais profundidade, impulsionar ferramentas de pagamentos móveis, monitorar vendas e gerar interfaces de comunicação mais eficientes. Campos lembra, contudo, que os setores de transporte e logística serão os maiores interessados na tecnologia no ano que vem.

Quer arriscar um palpite? Diga nos comentários abaixo quais serão as tendências tecnológicas em 2014.

Fonte: Olhar Digital

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Grupo hacker lança primeiro Jailbreak para iOS 7

Por Redação em | 22.12.2013 às 19h06

Jailbreak iOS 7

http://canalte.ch/SB5Y

Finalmente, após meses de espera, o primeiro Jailbreak para o iOS 7 saiu. A Apple havia fechado o cerco para a técnica, que dá permissões de root para o sistema e permite aos usuários instalar todo tipo de aplicativo, mas finalmente a solução chegou.

O grupo Evasi0on, famoso pelos seus Jailbreaks, anunciou a novidade hoje como um "presente" de Natal para os usuários do iOS.

A ferramenta evasi0n7 é compatível com todos os iPads e iPhones/iPods touch rodando o iOS 7.0-7.0.4 (inclusive os mais novos, como o iPhone 5s e o iPad mini com tela Retina, e até mesmo as duas primeiras betas do iOS 7.1). Assim como os processos anteriores, o desbloqueio é simples e leva cerca de 5 minutos para ser completado.

Jailbreak Evasi0n

Os hackers já disponibilizaram duas versões da evasi0n7, uma para Mac (requer o OS X 10.6 ou superior) e outra para Windows (requer o XP ou superior). O iTunes é necessário durante o processo, bem como um cabo USB para conectar o iGadget ao computador.

Porém deve-se ter cuidado. Primeiro, o criador do Cydia anunciou no Twitter que não sabia do lançamento do jailbreak, e que a versão do programa inclusa não é oficial e nem está atualizada, ou seja, não foi testado.

Loja chinesa de aplicativos - TaigOutro ponto importante é que segundo alguns reportes, para os usuários em que o sistema operacional está em chinês, o jailbreak instala uma loja de aplicativos pirata da China. Dizem que a empresa Taig.com pagou uma boa quantia aos desenvolvedores para que eles incluíssem a loja de aplicativos ilegal. Como deve ser difícil algum usuário aqui no Brasil utilizar o sistema em Chinês, provavelmente não veremos lojas piratas, porém deve-se ter um cuidado extra com a segurança.

Saiba mais sobre o Jailbreak do iOS neste artigo do Canaltech. Para fazer o download do programa e realizar o procedimento, acesse este site.

Apple Mobile iOS iPad iP

Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/ios/O-primeiro-Jailbreak-para-iOS-7-e-lancado/#ixzz2oJmKanG2
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

EUA multam Diebold, fabricante das urnas eletrônicas brasileiras, em R$112 milhões por corrupção

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Imagem: Divulgação

A Diebold, empresa responsável pela fabricação das urnas eletrônicas usadas no Brasil, 450 mil no total, uma das principais fornecedoras de equipamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) graças a seguidos aditivos contratuais, vai ser obrigada a pagar multa de quase US$ 50 milhões nos Estados Unidos, por determinação do Departamento de Justiça, por subornar funcionários na Rússia, na Indonésia e na China. A Diebold faturou US$ 3 bilhões ano passado e atua em mais de 90 paises. (OM)

Leia também: Procurador dos EUA diz que fabricante das urnas eletrônicas brasileiras tem 'padrão mundial de conduta criminosa'

A empresa norte-americana Diebold, fabricante de urnas eletrônicas e de caixas automáticos para bancos, única fornecedora das 450 mil máquinas de votar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)  do Brasil emprega nas eleições brasileiras, foi multada esta semana em quase 50 milhões de dólares pelo governo dos Estados Unidos por subornar funcionários  estrangeiros e falsificar documentos na China, na Rússia e na Indonésia.

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Por determinação do Ministério Público norte-americano, a Diebold pagará multa de US$ 48 milhões - sendo US$ 23 milhões para a Securities and Exchange Commission (SEC) e US$ 25 milhões para o Ministério da Justiça - e  terá também que se submeter nos próximos 18 meses a um monitoramento  rigoroso de suas atividades  em troca do adiamento de uma ação penal que seria aberta pelo Governo.  No prazo de até três anos o Governo vai decidir se processa ou não a Diebold, por conta das acusações que pesam contra ela.

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O Ministério Público  dos EUA reconheceu  que funcionários da Diebold cooperaram com as investigações federais, além de conduzirem rigorosa investigação interna. O porta-voz da empresa, Mike Jacobsen, confirmou que o acordo foi  "um passo importante para a empresa avançar." E acrescentou:  "É importante para a Diebold enfrentar tudo isto de frente, reconhecer sua responsabilidade e ir em frente", argumentou em nota escrita.

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O acordo de acusação inclui provisões para executivos da Diebold e funcionários para que ajudem na aplicação da lei e na ação das autoridades reguladoras, inclusive para  eventualmente prestarem testemunhos perante um grande júri. O procurador federal Steven Dettelbach argumentou que as leis dos Estados Unidos são aplicáveis independentemente do país onde atuem e façam negócios as empresas do país.

"Empresas norte-americanas que paguem propina a funcionários públicos estão violando a lei dos Estados Unidos  estejam  em Cleveland, Ohio, ou em qualquer país do mundo ", disse Dettelbach. Acrescentou que as multas foram criadas também para punir eventuais propinas pagas no exterior, como no caso da Diebold que está sendo punida por ter, de certa forma,  "um padrão mundial de conduta criminosa".

Ele frisou: "Os lucros das empresas não podem ser colocados acima do Estado de Direito e esta penalidade, cerca de US$ 50 milhões,  serve para difundir a  mensagem em alto e bom som de que tal conduta é inaceitável”, disse Dettelbach.

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“Esperamos que Diebold use esta oportunidade, inclusive seus controles internos, para monitorar o cumprimento do acordo fechado hoje, virando esta página em busca de uma cultura corporativa mais ética", concluiu Dettelbach.

O Procurador-Geral Adjunto, Mythili Raman, disse por sua vez que o combate à corrupção global é um dos pilares da missão do Departamento de Justiça norte-americano. "Através de suas práticas de negócios corruptos, a  Diebold minou o senso de fair play que é fundamental para o estado de direito prevaleça", disse Raman.

Segundo a investigação, entre 2005 e 2010, executivos e funcionários da Diebold, lotados na divisão Ásia-Pacífico pagaram 1,75 milhões de euros em subornos, presentes e viagens para dezenas de funcionários de bancos na China e na Indonésia, para garantir e manter negócios. A empresa tentou disfarçar os pagamentos de várias maneiras, inclusive através de terceiros designados pelos funcionários dos  bancos.

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Já na Rússia, a investigação descobriu que funcionários da Diebold, durante quatro anos, criaram falsos contratos com um distribuidor por serviços que não se realizaram. A distribuidora usou o dinheiro da Diebold para pagar subornos para obter e manter contratos.

O caso foi investigado por agentes do  FBI com a ajuda da seção de fraudes do Departamento de Justiça. Segundo o site da  Diebold, a empresa emprega hoje 16.000 pessoas em 90 países, inclusive o Brasil,  e ano passado teve uma receita de US $ 3 bilhões. Esta não é a primeira vez que a Diebold enfrenta problemas com a Justiça dos EUA. Em 2010, três ex-executivos da empresa foram acusados de fraude contábil.

Oswaldo Maneschy / The Sun (Ohio)

10 mudanças profundas no mundo que você vai presenciar

http://hypescience.com/

A sociedade e a cultura podem mudar além do reconhecimento em apenas uma geração. Pessoas com condenações penais por homossexualidade estão hoje vivas para ver o casamento gay se tornar legal.

O grande físico Niels Bohr uma vez nos alertou que a previsão do futuro é complicada. De fato. Ainda assim, é inegável que o mundo vai evoluir muito nas próximas décadas, e algumas mudanças são bastante prováveis. Confira:

 

10. Fim do dinheiro em papel

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O dinheiro tem mudado de formas desde que apareceu na sociedade, mas sua importância se desvaneceu dramaticamente desde que o computador se tornou amplamente disponível. Agora, é possível pagar contas com o celular. Dinheiro em papel parece cada vez mais arcaico e complicado. O custo de manutenção de moeda chega a representar até 1,5% do PIB de um país. A falsificação de dinheiro e os profissionais para combatê-la também custam muito aos governos. Os criminosos e sonegadores desfrutam do anonimato graças ao dinheiro em papel. Sem contar que as notas tendem a conter bactérias e espalhar doenças. Assim, haverá uma sociedade sem dinheiro em breve? Quase certamente.

A Suécia pode ser a primeira. Você não pode mais entrar em um ônibus na Suécia com dinheiro, uma resposta direta aos roubos de motoristas de ônibus. Um sindicato de bancários pede que o dinheiro desapareça para impedir os assaltos a bancos. Mas também existem possíveis desvantagens de ficar “sem dinheiro”. Há preocupações com a privacidade, já que tudo que você gasta no cartão seria rastreado. Não ver o dinheiro também pode nos fazer gastar mais. E certos tipos de emprego, como artistas de rua e prestadores de serviço que dependem de gorjetas, devem desaparecer, a não ser que comecem a aceitar Visa ou MasterCard. No entanto, os países provavelmente vão fazer logo essa troca, e você pode viver tempo suficiente para ver o seu mudar.

 

9. Pico da população

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A população humana mundial só aumentou nos últimos 15 mil anos, e aumentou dez vezes nos últimos 300. As melhores estimativas calculam que atingimos sete bilhões de pessoas alguns anos atrás, apenas 12 anos depois de termos atingido seis bilhões. Provavelmente vai levar um pouco mais de uma década para chegarmos aos oito bilhões.

Estudos creem que a Terra atingirá um pico populacional, e em seguida declinará. Uma pesquisa de demógrafos de Viena (Áustria) sugere que há 84% de chance da população atingir esse pico antes de 2100. Cientistas da Espanha pensam que poderia ser ainda mais cedo, em 2050. Claro, há a possibilidade da população apenas continuar crescendo. Mas devemos chegar aos 10 bilhões até o final do próximo século e ver um declínio depois disso. Nesse caso, quem chegar aos 150 verá o pico populacional da Terra.

 

8. Idade de 150

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O especialista em envelhecimento britânico Aubrey de Gray acha que a primeira pessoa a atingir 150 anos provavelmente já nasceu. Pode muito bem ser você, e, nesse caso, parabéns com antecedência. Você terá tempo de sobra para ver a humanidade estabelecer outros marcos. Pode ser que alguém corra uma maratona em menos de duas horas. Haile Gebrselassie, um dos maiores corredores de distância do mundo (e o homem que deteve o recorde mundial da maratona por muitos anos), acha que isso vai acontecer em uma geração. Outras pessoas pensam que é impossível. Também é provável que o primeiro trilionário das tecnologias venha nas próximas décadas. Supercomputadores também vão evoluir, mas não tanto quanto poderiam nos próximos anos, pelo menos não com chips de silício.

 

7. Fim do silício na computação

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Muitos de vocês estão familiarizados com a Lei de Moore, uma observação que reflete a melhoria exponencial na computação nas últimas décadas. Originalmente, a lei observa que o número de transistores que podem caber em circuitos integrados dobra a cada dois anos. No entanto, estamos chegando no limite do que podemos fazer com a computação de silício. Enquanto o silício provavelmente continuará gerando trabalho por algum tempo, a computação em breve sofrerá uma mudança tecnológica. A gigante IBM está interessada em nanotubos de carbono como a solução, e os pesquisadores da Universidade de Stanford (EUA) já fizeram um pequeno circuito para demonstrar a tecnologia. Os nanotubos são menores, mais leves e mais rápidos do que o silício, permitindo assim que o poder da computação continue a aumentar. A computação quântica, um avanço ainda maior, está cada vez mais perto e pode definir a vanguarda da tecnologia em um futuro próximo.

 

6. Impressão 4D

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Muitas pessoas enxergam a impressão 3D como amplamente disponível no futuro. Porém, uma tecnologia relacionada, e ainda melhor, pode fazer mais sucesso: a impressão 4D, que envolve objetos que se montam sozinhos. Nem precisamos comentar as vantagens de bens manufaturados que se fabricam sozinhos. Por um lado, isso significa que você não terá que quebrar a cabeça para montar um guarda-roupa nunca mais. Além disso, materiais que mudam sua forma ou comportamento com base em condições tais como a temperatura também poderiam melhorar a impressão 3D. Você imprime um objeto, e as partes se remodelam mais tarde para permitir uma criação mais complexa. Móveis, edifícios e veículos automontáveis seriam particularmente úteis na exploração do espaço. Engenheiros já estão trabalhando em uma nave espacial capaz de criar grandes painéis solares em órbita para gerar energia. E a impressão 4D também funciona em menor escala. Nanomateriais requerem muita energia e esforço usando métodos tradicionais. Automontagem é o caminho mais promissor para a produção em massa de nanoestruturas. Uma equipe de químicos da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, está trabalhando em um pequeno robô que se monta dentro do corpo humano para rastrear e matar células cancerosas.

 

5. Substituto ao antibiótico

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Fantásticos avanços da medicina estão se tornando cada vez mais necessários, já que nossos métodos atuais estão começando a falhar. Os antibióticos, que provavelmente já salvaram a sua vida ou de alguém que você conhece, não estarão aqui por muito mais tempo. As bactérias estão ficando resistentes, e precisamos de uma nova ferramenta para lutar contra elas. Uma possibilidade é combater infecções bacterianas com infecções virais. Vírus que atacam bactérias são conhecidos como bacteriófagos, e fazem com que seus hospedeiros literalmente se despedacem. Os cientistas não necessariamente precisam usar todo o vírus. Uma equipe em Israel já conseguiu isolar uma proteína a partir de um bacteriófago que poderia levar ao desenvolvimento de drogas que destroem bactérias. Outro método possível consiste em introduzir produtos químicos que ligam anticorpos pré-existentes com agentes infecciosos, auxiliando a resposta imune do corpo. Esta tecnologia está sendo liderada por Kary Mullis, um microbiologista vencedor do Prêmio Nobel. Já a DARPA, agência de defesa americana, famosa por estar na vanguarda da tecnologia militar, está colocando seu dinheiro em nanotecnologia. A agência quer criar uma nanopartícula que combata bactérias com produtos químicos que alteram genes reprogramáveis. Dessa forma, assim que elas evoluem, a tecnologia pode ser ajustada a curto prazo para contornar sua resistência. Outras equipes estão trabalhando na prevenção da infecção para reduzir a necessidade de antibióticos. Cientistas de Cingapura criaram um revestimento que atrai bactérias e as destrói. A equipe espera desenvolvê-lo em uma substância ingerível para combater doenças como pneumonia e meningite.

 

4. Apocalipse mamífero

Um quarto das 4.000 espécies de mamíferos do mundo estão sob ameaça de extinção nos próximos 30 anos. E não estamos falando de espécies obscuras e pouco conhecidas. Cientistas preveem que podemos viver em um mundo sem elefantes, rinocerontes e leões dentro de um quarto de século. Gorilas também estão em vias de extinção já que são caçados por sua carne, e seus habitats são destruídos por operações madeireiras e de mineração. Isso sem mencionar o tigre siberiano, ou as 51 espécies de morcegos criticamente ameaçadas de extinção. Em um par de gerações, metade dos animais nos livros de nossos filhos podem ser tão relevantes quanto o dodô. Na verdade, os cientistas sugerem que estamos vivendo atualmente um período de extinção em massa, como o que matou os dinossauros. Esta seria a sexta extinção em massa na história da Terra, em grande parte causada por nós mesmos.

 

3. Substituto para a gasolina

Embora pareça uma batalha para o futuro, a guerra entre os carros elétricos e os com motores de combustão interna tem uma longa história. Até 1900, os carros elétricos eram os favoritos: menos fedorentos, mais silenciosos e mais fáceis de operar do que seus primos movidos a combustíveis fósseis. A primeira morte em estrada nos EUA envolveu um veículo elétrico, e não foi até a década de 1910 que os problemas da tecnologia de bateria pavimentaram o caminho para beberrões de gasolina.

Teremos que voltar aos elétricos em breve, no entanto. Seja você crente ou não do aquecimento global antropogênico (97% dos cientistas climáticos são), ainda precisamos encarar o fato de que o petróleo é finito e irá se esgotar. Precisamos de um método de alimentar os nossos veículos mais renovável (ou pelo menos mais duradouro). A companhia de petróleo Shell sugere que o último carro a gasolina pode sair de linha de produção em 2070. Mudanças potenciais poderiam acelerar esse processo. Avanço na fusão nuclear já tomou o primeiro lugar nas apostas. Seria uma eletricidade limpa, confiável e segura que deixaria o petróleo no chinelo.

 

2. Fim da linha telefônica

Que tipo de telefone você tem? Um quarto de século atrás, essa questão não teria muitas respostas para além de “um com botões”. Se você queria se comunicar instantaneamente com alguém do outro lado do país, usava uma rede de fios de cobre. É estranho até pensar por que o telefone já não se extinguiu. O sistema de linha fixa está sendo drasticamente menos utilizado conforme os anos passam. O número de telefones fixos nos EUA cai a um ritmo de 700 mil por mês. Já diminuiu de 139 milhões para 75 milhões entre 2000 e 2008. A comunicação hoje é cada vez mais feita através de conectividade baseada em IP.

No entanto, incontáveis vidas foram salvas pela existência de números de emergência, como o 112. Os governos, portanto, forçaram as empresas de telecomunicações a manter sua infraestrutura. Isto as custa bilhões de reais todos os anos, o que as atrasa para mudar sua rede para alternativas mais recentes.

Muitos moradores de áreas rurais gostariam de ver a velha rede de telefone ficar disponível por mais algum tempo. Para eles, é a única comunicação que funciona. E tem algumas vantagens sobre as tecnologias mais recentes, também, já que muitas vezes ainda opera durante quedas de energia. No entanto, com apenas 5% das pessoas ainda aderindo exclusivamente ao sistema de telefone fixo, é provavelmente inevitável que ele siga o caminho do telegrama.

 

1. Cura/extermínio de doenças icônicas

A AIDS deixou de ser nada para ser uma das doenças mais onipresentes do mundo dentro de uma geração. Dezenas de milhões de pessoas estão vivendo com a doença, e outras dezenas de milhões já morreram. No entanto, a maré está virando – a doença que explodiu em uma geração pode ser derrotada em outra. O número de crianças infectadas pelo HIV a cada ano está caindo a uma taxa crescente. As estatísticas de mortes também são impressionantes. Só na África do Sul, 100.000 menos pessoas morreram de doenças relacionadas com AIDS em 2011 em comparação a 2005. O marco fundamental nesta luta vai ser uma época em que quase não há crianças nascendo com a doença.

A medicina atual pode nos levar até lá, e uma vacina pode trazer esse marco mais cedo na história. A primeira doença a ser eliminada em todo o mundo sem uma vacina será, provavelmente, a doença do verme da Guiné, uma infecção parasitária horrível que causa ardor infernal perto da pele. O número de pessoas com a infecção caiu de 3,5 milhões em 1986 para 542 casos em 2012. A Organização Mundial de Saúde espera se livrar do verme até 2015. Essa não é a única doença na lista negra da OMS. Bouba foi uma infecção bacteriana alvo de erradicação no meio do século passado, e os números caíram de 50 para 2,5 milhões entre 1952 e 1964. Pairou nesse nível desde então, mas a OMS espera que desapareça em 2020. Bouba já foi eliminada da Índia, assim como a poliomielite, outra doença que todos nós devemos viver para ver desaparecer completamente. [Listverse]

Autor: Natasha Romanzoti

6 substâncias que não dão a mínima para as leis da física

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A física é uma grande sacana em que não se pode confiar. Basta caminhar para um penhasco e ver como ela está disposta a dar um chute no traseiro até dos maiores amantes da ciência apenas para provar que está certa. Felizmente, a humanidade tem as suas formas de enganá-la, com as leis da matéria e do movimento. Nós já mostramos em outros artigos, mas vale a pena reiterar que os gênios modernos são mais do que capazes de lograr a física com as irmãs gêmeas inovação e tecnologia.

 

6. O grafeno pode fazer quase tudo

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Visível a olho humano em uma camada de apenas um átomo de espessura, capaz de dobrar-se em formas que fariam a minha mãe corar (e olha que isso não é pouca coisa) e muito provavelmente o material mais forte do mundo: o grafeno é, sem dúvida, um valentão de primeira.

Na verdade, ele mostra suas propriedades incríveis em quase todos os campos de força e condutividade. Ele transporta os elétrons 10 vezes mais rápido do que o silício e em breve poderá substituí-lo como material principal para transistores e peças de computador. Se isso não é impressionante o suficiente para você, que tal o fato de que o grafeno é tecnicamente um plástico, por isso não deveria ter nenhum papel em conduzir eletricidade – no entanto, ele desempenha esse papel melhor do que ninguém?

Estamos falando de uma condutividade que permite carregar iPhones em cinco segundos. Imagine um mundo com os carros elétricos que recarregam tão rapidamente quanto levariam para encher o tanque com gasolina, ou telefones de plástico dobráveis tão finos como uma folha de papel que recarregam no instante em que você os conecta no carregador. É exatamente esse tipo de coisa que o grafeno oferece.

E depois há a pequena questão de sua força. Misture o grafeno com metais e terá aumentado a sua resistência em 500 vezes. Também há o aerogel grafeno, um dos materiais mais leves do mundo. Um pequeno cilindro do aerogel grafeno pode ser colocado sobre uma flor e não chegar nem perto de amassar as suas pétalas.

 
5. LiquiGlide faz a fricção de boba

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LiquiGlide é um revestimento insano e super escorregadio que impede literalmente o aderimento de qualquer coisa a ele. Os GIFs abaixo mostram o produto em ação. Veja uma garrafa de ketchup revestida com LiquiGlide:

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Esse foi o primeiro round. Aqui está o segundo, no qual o LiquiGlide é desafiado por uma substância ainda mais esperta, a maionese (se você não achava que maionese podia ficar mais nojenta, é hora de rever seus conceitos:

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A preocupação óbvia (uma vez que o produto está sendo demonstrado em recipientes de comida) é se o material é ou não seguro para o consumo. Afinal, mesmo maionese antiaderente não vale a pena se lhe dá uma noite de dor e intestinos antiaderentes. Não temais: LiquiGlide é feito de materiais completamente comestíveis e é insípido. Sinta-se livre para revestir seus pratos com a substância e nunca mais se preocupar com a hora de lavar a louça!

Claro, você terá que se preocupar com o menor movimento descuidado, que pode mandar seu macarrão com queijo voando do seu prato para o outro lado da sala de jantar – mas, ei, apenas aplique LiquiGlide nas paredes e está tudo certo. E no piso. E no sofá. Passe LiquiGlide em tudo.

Quem teria pensado que o mundo acabaria desta forma? Não com um estrondo, mas com o barulho sutil de tudo na Terra deslizando suavemente para longe no espaço.

 

4. Baterias em spray para transformar qualquer coisa em uma fonte de alimentação

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Uma das maiores lutas diárias da vida moderna é o flagelo da bateria vazia. Se você já esteve se guiando pelo GPS do celular para um lugar totalmente desconhecido quando ele te deixou na mão, a ciência está aqui para resolver seus problemas.

Pesquisadores da Universidade Rice não são os primeiros a abordarem a questão da bateria, mas a sua solução é de longe a mais elegante. Eles estão planejando dar adeus à bateria convencional e substituí-la com um composto que pode ser aplicado com spray em qualquer superfície.

Veja como funciona: uma bateria de íons de lítio convencional é feita de ânodo, cátodo e eletrólito. Estes ingredientes são montados para formar a bateria física que todos nós conhecemos e com a qual nos decepcionamos constantemente. Os cientistas a transformaram em uma versão spray simplesmente através da liquefacção de cada um dos componentes – presumivelmente enquanto acariciavam um gato branco e resmungavam sobre como eles falharam pela última vez, ao melhor estilo de vilão de Hollywood. Assista o vídeo demonstrativo:

A técnica parece funcionar em praticamente qualquer material, desde aço, indo para madeira, chegando até mesmo a… canecas de cerveja inovadoras? Ninguém disse que você precisava fazer ciência sóbrio, não é?

Tudo que você tem a fazer é pulverizar a bateria sobre uma superfície e começar a alimentar o seu dispositivo instantaneamente.

No entanto, por mais atraente que possa parecer ligar o seu computador portátil deste jeito, vale a pena lembrar que a tecnologia não está exatamente em fase comercial ainda. Construir uma bateria em spray funcional requer várias camadas de diferentes “tintas”, e anexar uma ao seu gadget preferido requer um pouco de fiação criativa.

3. Polímero “Exterminador do Futuro” que se cura sozinho

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As substâncias autocura que a ciência conseguiu desenvolver no passado foram de uma qualidade relativamente baixa, consertando apenas pequenas fissuras com resina de uma forma que é mais próxima ao modo como o corpo cura lentamente pequenas feridas. O que estamos prestes a te mostrar é algo completamente diferente. Conheça o primeiro polímero realmente autocurável do mundo:

Se você não quiser assistir ao vídeo, aqui vai um passo-a-passo. Primeiro, eles cortaram um pedaço da coisa pela metade.

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Em seguida, eles colocaram as peças juntas novamente e saíramm, por exemplo, para almoçar por duas horas.

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E então… Ah meu pai, isso não pode ser real!

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Finalmente, um descrente apavorado agarra a peça restaurada e a estica, tentando encontrar provas da ferida, mas não descobre nada.

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O polímero pode realmente se curar de basicamente qualquer dano dentro de um par de horas e com uma eficiência de 97%, representando, assim, uma ameaça para o superpoder de cura do Wolverine. Não é apenas um produto extravagante de cientistas – na verdade, o material é barato, bastante simples de fazer e possivelmente estará disponível em breve para todos. Os pesquisadores até apelidaram o material de “Terminator Polymer”, como uma homenagem à famosa máquina de matar de metal líquido de autocura de O Exterminador do Futuro.

 

2. Metamaterial metamorfo que tem memória

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Pesquisadores da Universidade de Cornell recentemente se depararam com um tipo de metamaterial de DNA metamorfo – um hidrogel sintético que pode lembrar a sua forma original e voltar a ela.

No começo, é apenas o líquido em um prato. Ei, vamos adicionar um pouco de água e ver o que acontece.

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Espera, isto está se movendo por conta própria?

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É quase como se essas manchas vermelhas estivessem formando uma espécie de… Ah meu Deus, está tentando se comunicar!

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Essas letras que soletram “DNA” eram, na verdade, a forma original do material e a adição de água agiu como um sinal para que ele retomasse seu formato. O material também consegue realizar o mesmo truque em 3D.

Apesar de soar como um daqueles animais de brinquedo que você colocava na água e que cresciam até virarem uma coisa grande e viscosa, quem pensa assim está enganado. Na verdade, o que está acontecendo aqui é tão estranho que até mesmo os próprios cientistas não são capazes de explicar exatamente como funciona.

Mas, ei, não se preocupe com o fato de que os acadêmicos creem que esse material se compara a um famoso monstro tecnológico assassino, que está além de sua compreensão e sobre o qual eles não têm absolutamente nenhum controle. Quer dizer, provavelmente você deveria se preocupar, mas o que diabos você pode fazer a respeito?

1. Starlite é imune ao calor (e explosões nucleares)

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Starlite pode soar como um membro particularmente infeliz dos X-Men da década de 1990, porém, na verdade, é praticamente a substância mais legal do mundo. Este material pode suportar temperaturas extremamente altas e permanecer inalterado.

O Starlite não é o produto de uma equipe profissional de pesquisa ou mesmo um acidente radioativo numa discoteca russa que produziu o super-herói mais descontraído desde Gelado, de “Os Incríveis”. O material foi inventado por um químico amador talentoso chamado Maurice Ward, que de alguma forma conseguiu cozinhá-lo em sua casa, há duas décadas. Desde então, passou a se tornar um dos segredos mais bem guardados do mundo da ciência.

Dê uma olhada:

Aqui temos um ovo perfeitamente normal, sendo aquecido com um maçarico de oxi-acetileno.

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O apresentador, em seguida, pega o ovo super aquecido como se não fosse grande coisa, apesar de sua superfície ter sido exposta a 3315° C, o ponto de fusão do diamante.

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Depois, ele quebra o ovo para nos mostrar que ele não está nem mesmo ligeiramente cozido.

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Aqui está o que acontece com papel normal, sob a tocha de acetileno:

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E aqui está como papel revestido de Starlite se comporta, em comparação:

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Inicialmente, os cientistas se recusavam a acreditar nas propriedades quase mágicas do Starlite, o que não era surpreendente, considerando o seu nome piegas e requintado local de nascimento da “cozinha de um cara”. Alguns acreditam que é uma farsa; outros, uma conspiração. No entanto, teste após teste após teste, realizados por todos os tipos de peritos independentes, mostraram que poderia fazer tudo o que prometia e mais: pesquisadores militares obtiveram uma amostra e a submeteram a temperaturas próximas a mais de 5500° C e até mesmo a um flash nuclear equivalente a 75 Hiroshimas. Esse pequeno chamuscado que pode ser observado abaixo é o único prejuízo registrado.

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Ambas Boeing e NASA manifestaram interesse na subtância, visto que esta poderia revolucionar o mundo. Ward chegou a negociar a venda do produto, que não deu certo porque ele se recusou a dar a receita para o Starlite. Ele iria licenciar a produção tanto quanto quisessem, contudo exigia que a receita continuasse exclusivamente sob seu poder. Ele até mesmo recusou-se a patentear o composto, uma vez que isto o obrigaria a revelar seus segredos.

Infelizmente, Ward morreu em 2011, e Starlite está longe de ser visto. Ainda assim, há esperanças: há rumores de que a família de Ward está em posse da receita, de modo que, a não ser que o governo norte-americano a tenha declarado Top Secret – o que pode ter realmente acontecido – você ainda pode ter a chance de, um dia, deslizar pelas ondas de lava de um vulcão em uma prancha super-resistente. [Cracked]

Autor: Bruno Calzavara

Bruno Calzavara é recém-formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e está de volta à equipe do Hype após dois anos. Adora todos os esportes, exceto futebol (confira o blog!). Gosta de chocolate e de sorvete, mas não de sorvete de chocolate.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

IEC pode publicar medida para a universalização de carregadores de laptops

Por Ramon Voltolini em 19 de Dezembro de 2013

Pode ser, contudo, que algumas fabricantes de computadores portáteis se oponham a padronizar suas fontes

IEC pode publicar medida para a universalização de carregadores de laptops

Empresas podem negar acordo para a padronização das fontes. (Fonte da imagem: Reproedução/MercadoLivre)

 

A International Electrotechnical Commission (IEC), instituição sueca responsável por publicar anualmente padrões que pautam o andar das tecnologias eletrônicas, anunciou nesta semana que pretende estimular a universalização das especificações técnicas de carregadores de laptops. A medida teria por objetivo reduzir a emissão de lixo eletrônico e estender o tempo de vida útil do dispositivo.

Mas a implantação deste padrão pode não acontecer de modo pleno: algumas fabricantes de computadores, tais como Dell, HP e Apple, não parecem estar dispostas a alterar o formato de seus carregadores. O argumento majoritário usado por essas empresas é o de que eventuais mudanças na tal peça poderiam ferir o perfil estabelecido por uma ou outra marca.

“Uma fonte única de alimentação que abrange uma ampla gama de computadores portáteis é o próximo passo para a redução de lixo eletrônico e, consequentemente, para o menor impacto dos componentes em nosso planeta”, diz Frans Vreeswijk, secretário e CEO da IEC.

Deve-se destacar, por fim, que existe a possibilidade de publicação de uma carta que padroniza o formato dos plugs de tomadas, tamanho de cabos e até mesmo de tipos de fontes em função de voltagem. Em 2011, por exemplo, a IEC obteve sucesso ao ditar um formato técnico específico a carregadores de celular às fabricantes: hoje, 82% das fontes para smartphones na Europa estão de acordo com os padrões da IEC.

Fonte: IEC

sábado, 14 de dezembro de 2013

Criado primeiro supercondutor projetado em computador

Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/12/2013

Supercondutor projetado em computador

A estrutura do tetraboreto de ferro foi identificada com o auxílio de algoritmos evolutivos.[Imagem: APS/Alan Stonebraker]

 

Uma equipe internacional e multidisciplinar conseguiu criar o primeiro material supercondutor inteiramente projetado por computador.

Supercondutores são condutores perfeitos, materiais que conduzem eletricidade sem nenhuma resistência.

Geralmente são materiais cerâmicos com estrutura muito complexa, uma estrutura que precisa ser perfeitamente ajustada para que a supercondutividade se apresente.

Ocorre que os experimentos na base da tentativa e erro são muito demorados e nem sempre dão os resultados esperados, o que talvez explique porque a maior parte dos supercondutores conhecidos foi descoberta por acaso.

Por isso os pesquisadores estão tentando partir dos chamados "primeiros princípios" para projetar novos supercondutores por meio de simulações computadorizadas.

Só depois de verificar que eles funcionam na teoria é que eles partem para sua síntese na prática.

Supercondutor projetado em computador

Ao ser sintetizado, o supercondutor projetado em computador surpreendeu pela estabilidade e dureza. [Imagem: N. Dubrovinskaia]

 

Algoritmos evolutivos

Isso agora deu certo pela primeira vez, mostrando que as teorias sobre os supercondutores estão ficando boas - tentativas anteriores haviam resultado em supercondutores muito ruins ou que não eram estáveis.

O grupo usou algoritmos genéticos para avaliar estruturas cristalinas que o elemento boro poderia formar, que fossem estáveis e eventualmente apresentassem supercondutividade.

O boro foi escolhido por ser um dos elementos melhor estudados e mais promissores na área da supercondutividade.

Os algoritmos evolutivos chegaram a um material, chamado tetraboreto de ferro, que não apenas é supercondutor, mas é também extremamente duro.

"A descoberta deste supercondutor superduro demonstra que novos compostos poderão ser trazidos à existência revisitando sistemas aparentemente bem estudados," disse Aleksey Kolmogorov, membro da equipe.

Agora que o material foi sintetizado, poderá ser possível modificá-lo, fazendo ajustes para aumentar a temperatura na qual ele se torna supercondutor - o primeiro supercondutor projetado virtualmente funciona a -255º C.

 

Bibliografia:
Discovery of a Superhard Iron Tetraboride Superconductor
Huiyang Gou, Natalia Dubrovinskaia, Elena Bykova, Alexander A. Tsirlin, Deepa Kasinathan, Walter Schnelle, Asta Richter, Marco Merlini, Michael Hanfland, Artem M. Abakumov, Dmitry Batuk, Gustaaf Van Tendeloo, Yoichi Nakajima, Aleksey N. Kolmogorov, Leonid Dubrovinsky
Physical Review Letters
Vol.: 111, 157002
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.157002

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Brasileiro ajuda a criar LED 40 vezes mais eficiente

Com informações da Agência Fapesp - 11/12/2013

Brasileiro ajuda a criar LED 40 vezes mais eficiente

"Foi possível obter LEDs até 10 vezes mais eficientes, com uma taxa de conversão de energia elétrica em energia luminosa da ordem de 2%."[Imagem: Wan Ki Bae et al./NatComm]

 

Efeito Auger

Um pesquisador brasileiro ajudou a desvendar um mistério cuja solução poderá resultar em um tipo de LED 10 vezes mais eficiente.

Os pontos quânticos - partículas nanométricas semicondutoras - são ótimos materiais para a fabricação de LEDs, produzindo um brilho intenso e emitindo luz em uma faixa bem estreita de comprimentos de onda, ou seja, de uma cor muito pura.

No entanto, sua utilização esbarra na baixa eficiência elétrica, da ordem de apenas 0,1% a 0,2%.

Essa ineficiência decorre de um fenômeno quântico denominado "efeito Auger", uma homenagem a um de seus descobridores, o físico francês Pierre Victor Auger (1899-1993).

No átomo, quando um elétron próximo do núcleo é removido, deixando uma vaga na camada eletrônica que ocupava, outro elétron, mais distante (portanto, dotado de um nível maior de energia cinética), vem preencher o seu lugar.

O efeito esperado é que a energia excedente desse segundo elétron seja liberada para o meio com a emissão de um fóton (a partícula associada à interação eletromagnética).

Porém, pode ocorrer que a energia seja transmitida a um terceiro elétron, que, excitado, supera a atração eletromagnética do núcleo, sendo ejetado pelo átomo. Foi esse outro desfecho possível que recebeu o nome de "efeito Auger".

Recombinação Auger

Um fenômeno análogo - neste caso denominado "recombinação Auger" - pode ocorrer em um material semicondutor, quando, ao ocupar uma lacuna na rede atômica, em vez de liberar um fóton, o elétron transmite sua energia a outro elétron, que é ejetado pela rede.

Transformando energia elétrica em energia cinética, em vez de energia luminosa, a "recombinação Auger" faz com que a eficiência dos LEDs seja extremamente baixa.

O que foi descoberto agora pela equipe da qual participou o físico brasileiro Lázaro Padilha, da Unicamp, é que é possível controlar a influência da recombinação Auger.

"Produzimos novos materiais que possibilitaram minimizar o efeito Auger. Com eles, foi possível obter LEDs até 10 vezes mais eficientes, com uma taxa de conversão de energia elétrica em energia luminosa da ordem de 2%", disse Padilha.

"Mais do que isso: conseguimos limitar o processo de ionização do material. Essa ionização, que decorre da injeção de elétrons, acentua o efeito Auger. Quanto mais carga injetada, maior o efeito Auger. Criando uma barreira para controlar a injeção, chegamos a uma eficiência da ordem de 8%. Ou seja, aumentamos a eficiência em até 40 vezes, de 0,1% a 0,2% para 8%", acrescentou o pesquisador.

Os resultados apontam para a possibilidade real de telas de resolução muito superior à atual, embora os pesquisadores tenham trabalhado com seleneto de cádmio (CdSe), um material que enfrenta problemas para chegar à escala industrial por ser altamente tóxico.

Bibliografia:
Controlling the influence of Auger recombination on the performance of quantum-dot light-emitting diodes
Wan Ki Bae, Young-Shin Park, Jaehoon Lim, Donggu Lee, Lazaro A. Padilha, Hunter McDaniel, Istvan Robel, Changhee Lee, Jeffrey M. Pietryga, Victor I. Klimov
Nature Communications
Vol.: 4, Article number: 2661
DOI: 10.1038/ncomms3661

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Samsung lança primeiro SSD mSATA com 1 TB

Por Roberto Hammerschmidt em 9 de Dezembro de 2013

Dispositivo é extremamente pequeno e poderá ser usado em ultrabooks e outros dispositivos finos

    Samsung lança primeiro SSD mSATA com 1 TB

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

 

A Samsung anunciou na manhã desta segunda (9) o lançamento do primeiro SSD mSATA de 1 TB. O pequeno componente poderá ser usado em ultrabooks e quaisquer outros dispositivos finos que fazem uso de um drive mini-Serial ATA para armazenar a memória do aparelho.

O problema das unidades mSATA é que elas, atualmente, não possuem tanta capacidade de armazenamento. Ou melhor, não possuíam. O Samsung 840 EVO SSD é a primeira unidade do gênero a contar com 1 TB de armazenamento e cabe perfeitamente em uma unidade padrão mSATA de 1,8 polegada.

Samsung lança primeiro SSD mSATA com 1 TB

(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

 

Muito espaço em um pequeno dispositivo

A unidade de memória poderá ler a uma velocidade de 540 MB/s e gravar a 520 MB/s. Se você acha que a quantidade é muito grande (ou o valor muito alto), poderá optar pelas outras opções, de 120, 250 e 500 GB.

A Samsung não divulgou os preços (que devem ser bem salgados) e nem mesmo a data do lançamento e quais países receberão o produto. Há apenas uma menção de que a nova linha de SSDs deverá estar disponível no final do mês.

Fonte: Gizmodo, Engadget

Leitor colaborador: Wagner Padilha De Brito, Ruben Domingues

Dispositivo de transmissão Google Chromecast [Análise de Produto] Tecmundo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Novo paradigma para construção de células solares

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/12/2013

Novo paradigma para construção de células solares

Estrutura atômica do cristal de perovskita, que apresenta efeito fotoelétrico maciço para a luz visível.[Imagem: Felice Macera/University of Pennsylvania]

 

Efeito fotoelétrico maciço

Você sabia que existe um material que possui um efeito fotovoltaico muito superior ao apresentado pelos semicondutores usados atualmente na construção das células solares?

E não apenas um material, mas uma classe de materiais, uma classe de materiais que apresenta uma propriedade chamada efeito fotovoltaico maciço, ou em bruto.

As células solares atuais são feitas com materiais que apresentam o efeito fotoelétrico na interface entre dois materiais - essa interface é conhecida como junção p-n porque ela é formada por um material com excesso de cargas positivas e outro com excesso de cargas negativas.

Já no efeito fotovoltaico maciço, o fenômeno ocorre em toda a estrutura do material, e não apenas na sua borda ou na interface com outro tipo de material.

É claro que isso abre a possibilidade de construir células solares muito mais eficientes e muito mais compactas.

Ocorre que, até agora, só se conhecia materiais com efeito fotovoltaico em bruto sensíveis à luz ultravioleta, quando a maior parte da energia do Sol está na faixa visível e infravermelha do espectro.

 

Perovskitas

Agora, Ilya Grinberg e seus colegas das universidades da Pensilvânia e Drexel, ambas nos Estados Unidos, descobriram não o material ideal, mas um composto que mescla os efeitos fotoelétricos em bruto e na interface.

E o efeito fotoelétrico maciço ocorre justamente na porção visível do espectro eletromagnético.

A solução foi encontrada nas perovskitas, que vêm fazendo sucesso no campo das células solares nos últimos anos:

A equipe conseguiu sintetizar um cristal de perovskita que possui o arranjo atômico necessário para preservar as condições nas quais os dois efeitos fotovoltaicos se manifestam.

O material é uma cerâmica complexa, resultado da combinação de niobato de potássio e niobato de níquel-bário.

Os pesquisadores esperam que a perovskita permita romper com o chamado "limite de Shockley-Queisser", que impede o aumento da eficiência das células solares porque uma parte da energia dos fótons é perdida quando os elétrons têm que esperar sua vez para saltar de um material para outro na interface p-n.

Além de tirar proveito do efeito fotovoltaico maciço, torna-se possível também empilhar várias células solares, uma sensível a cada faixa de comprimento de ondas - isso pode ser obtido mudando a dosagem de cada um dos niobatos usados.

"Esta família de materiais é ainda mais notável porque ela é composta por elementos de baixo custo, não-tóxicos e abundantes na Terra, ao contrário dos compostos semicondutores utilizados atualmente na tecnologia de células solares de película fina," comentou o professor Jonathan Spanier, um dos coordenadores do grupo.

 

Bibliografia:
Perovskite oxides for visible-light-absorbing ferroelectric and photovoltaic materials
Ilya Grinberg, D. Vincent West, Maria Torres, Gaoyang Gou, David M. Stein, Liyan Wu, Guannan Chen, Eric M. Gallo, Andrew R. Akbashev, Peter K. Davies, Jonathan E. Spanier, Andrew M. Rappe
Nature
Vol.: 503, 509-512
DOI: 10.1038/nature12622

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Navio vertical pretende explorar o oceano de cima a baixo

Por Bruno Calzavara em 3.12.2013 as 13:14

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Um navio de pesquisa marinha vertical, chamado de SeaOrbiter, tem sido o sonho do arquiteto francês Jacques Rougerie por 12 anos. Agora, um crowdfunding recentemente lançado através do site KissKissBankBank visa ajudar a tornar o navio de 57 metros de altura uma realidade.

A embarcação é projetada para ficar à deriva, sendo movida pelas correntes oceânicas, e será totalmente sustentável, funcionando com energia solar, eólica e das ondas. Um projeto paralelo em conjunto com o conglomerado europeu de sistemas espaciais de defesa (EADS) está trabalhando para desenvolver um biocombustível para o navio.

50% do barco coletivamente financiado vai passar pela água submersa, dando aos seus passageiros uma oportunidade constante para observar a vida abaixo da superfície.

O SeaOrbiter tem espaço para abrigar 18 biólogos marinhos, oceanógrafos, meteorologistas e outros cientistas, que irão viver e trabalhar a bordo por meses ou talvez anos. Sua forma vertical lhe dá a vantagem única de ser capaz de estudar a vida nos oceanos a partir do topo do navio, onde os pássaros voam, indo até o fundo do oceano, que será explorado por submarinos.

Entre o céu e o fundo do mar, os exploradores serão capazes de investigar o oceano 50 metros abaixo da superfície. Mergulhadores conseguirão chegar a 100 metros. Além disso, os pesquisadores irão utilizar navios submarinos equipados com câmeras e outros sensores.

Rougerie e seus parceiros, incluindo o Ifremer (Instituto Francês de Pesquisa para a Exploração do Mar), a NASA e a emissora National Geographic, querem explorar todos os oceanos e grandes mares.

O site de financiamento coletivo está esperando levantar US$ 436 mil, apenas uma fração do custo esperado de US$ 43 milhões (cerca de R$ 100 milhões) do projeto. O dinheiro irá para a construção dos 18 metros da parte superior do navio, chamada The Eye. [Discovery News]

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A beleza secreta por detrás da Web

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/12/2013

A beleza secreta por detrás da Web

[Imagem: Martyn Dade Robertson]

Teia de luz

Que a rede mundial de computadores é útil é algo que ninguém ignora.

Mas que ela também é intrinsecamente bela, isso já é menos óbvio, e vai depender da forma como você olha para ela.

Aos olhos do professor Martyn Dade Robertson, da Universidade de Newcastle, a web ressurge na forma de imagens que lembram mais estrelas explodindo, ou fogos de artifício.

Robertson desenvolveu uma técnica para mapear os sites e transformar os dados das conexões estabelecidas pelos links em obras de arte.

Retratos de dados

Imagens de sites

[Imagem: Martyn Dade Robertson]

Segundo o pesquisador, cada imagem é única porque captura um site em um determinado momento, já que a informação que cada site contém está mudando constantemente.

Ele mapeou sites grandes e bem conhecidos, como os da NASA, Apple e Google.

O pesquisador chama as imagens de "retratos de dados".

Dinâmica

A beleza secreta por detrás de um site

[Imagem: Martyn Dade Robertson]

"Eu queria pegar a web, que é algo que vemos todos os dias e damos como certa e acabada, e mostrar um lado diferente dela," disse Robertson.

"O que é realmente fascinante nisso é que é realmente um instantâneo de um site em um determinado ponto no tempo. Se eu fizer o mesmo processo de novo apenas um dia mais tarde, o retrato de dados seria diferente, já que as informações disponíveis teriam mudado," concluiu ele.

Pirâmides da usabilidade

A beleza secreta por detrás da Web

[Imagem: Martyn Dade Robertson]

Além da arte, contudo, o trabalho de Robertson trouxe um desafio para os profissionais que projetam sites e melhoram sua usabilidade: explicar por que a maioria dos grandes sites possui uma estrutura central na forma de duas pirâmides invertidas - ou um losango, na visualização 2D.