sábado, 19 de novembro de 2011

Mulheres que jogam videogame fazem mais sexo, segundo pesquisa

19/11/2011 07h20 - Arthur Figueiredo

Homens muitas vezes sofrem preconceito das mulheres por dedicarem muitas horas a videogames, e acabam ficando sem tempo para outras atividades. Entretanto, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Gametart, o maior serviço de aluguel de jogos na Inglaterra, garotas gamers fazem mais sexo do que as que não jogam. Com uma amostra de 200 mulheres, as que jogam praticam sexo, em média, até 34% mais vezes por semana do que as demais.

Mulheres que jogam videogame fazem mais sexo, segundo pesquisa (Foto: Divulgação)

Mulheres que jogam videogame fazem mais sexo, segundo pesquisa (Foto: Divulgação)

Realizada em janeiro, a pesquisa foi criada para descobrir como o aumento nas vendas de versões cor-de-rosa de consoles portáteis estava afetando a vida sexual das jogadoras no Reino Unido. E quando se esperava que as mulheres acabassem passando menos tempo na cama com seus parceiros, o resultado mostrou o oposto: das 200 mulheres consultadas, as que jogam seus games com frequência fazem sexo, em média, 4.3 vezes por semana. As que não jogam ou não gostam, fazem uma média de 3.2 vezes.

Um outro detalhe descoberto pela pesquisa é que as mulheres que começaram a jogar há pouco tempo admitiram que realmente passaram a fazer mais sexo depois que videogames se tornaram parte das suas rotinas. Temos um fenômeno recente entre nós? Será que os jogos atuais são mais influentes nas relações sexuais? Questões como estas, infelizmente, a pesquisa não responde. Mas, por via das dúvidas, dê um videogame de presente para a sua namorada neste natal.

Via Wired

Fonte: Techtudo

Material mais leve do mundo: metal com 99,99% de ar

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/11/2011

Material mais leve do mundo é metálico e 99,99% ar

A estrutura metálica é feita de vigas ocas, tão leve que não consegue amassar um delicado dente-de-leão. [Imagem: Dan Little/HRL Laboratories]

 

Fumaça metálica

Cientistas conseguiram o que parecia impossível.

Eles construíram uma espuma metálica que é ainda menos densa do que o aerogel, a até agora substância sólida mais leve do mundo.

Já existem aerogéis de silício, denanotubos de carbono e até dediamante.

Sua densidade é tão baixa que ele é comumente chamado de "fumaça sólida".

Mas Tobias Schaedler e seus colegas dos Laboratórios HRL, nos Estados Unidos, construíram seu aerogel usando metais.

Ou seja, eles construíram uma "fumaça metálica sólida".

 

Material mais leve do mundo

A agora nova estrutura mais leve do mundo foi construída com uma liga de níquel e, ainda assim, pesa menos do que uma pena.

Com 0,9 miligrama por centímetro cúbico, ela é 10% menos densa do que o menos denso dos aerogéis.

"A estrutura é tão delicada que ela consiste em 99,99% de ar," afirma Schedler.

Outro resultado surpreendente é que esse aerogel metálico mantém a rigidez, resistência, capacidade de absorção de energia e condutividade da liga metálica maciça.

E tudo isto com a vantagem de não ser quebradiço como a liga original: ele pode ser comprimido a até 50% do seu volume e retornar ao seu estado original sem perda de suas características.

 

Rede de tubos ocos

Já existem espumas metálicas de diversos tipos, além dos emergentes materiais celulares, mas todos são feitos com arquiteturas aleatórias, além de apresentarem uma relação direta entre a densidade e a resistência.

A nova técnica de fabricação começa com um fotopolímero líquido - uma molécula que altera suas propriedades quando exposta à luz - que é exposto à luz ultravioleta através de uma máscara.

Quando o material curado é retirado, produz-se uma rede tridimensional, que é então recoberta com uma fina película da liga de níquel-fósforo.

O último passo é dissolver o fotopolímero, deixando a estrutura metálica de vigas ocas que compõe o aerogel metálico.

 

Aplicações dos aerogéis

Os aerogéis têm inúmeras aplicações, tendo sido usados na sonda espacial StarDust paracapturar partículas da cauda de um cometa, para remover metais pesada da água contaminada e até para revestir oleodutos.

Os pesquisadores afirmam que o isolamento térmico, a eliminação de vibrações acústicas e a absorção de choques estão entre outras possibilidades de uso.

Como o novo aerogel é metálico, ele tem ainda a possibilidade de ajudar no desenvolvimento de eletrodos mais leves para baterias e catalisadores mais eficientes.

Bibliografia:
Ultralight Metallic Microlattices
T. A. Schaedler, A. J. Jacobsen, A. Torrents, A. E. Sorensen, J. Lian, J. R. Greer, L. Valdevit, W. B. Carter
Science
18 November 2011
Vol.: 334 pp 962-965
DOI: 10.1126/science.1211649

Fonte:

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pacotão de segurança: carreiras em segurança e redes sem fio

16/11/2011 08h00 - Altieres RohrEspecial para o G1*

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.

Carreiras na área de segurança são variadas e dependem de conhecimentos específicos (Foto: Divulgação)Carreiras na área de segurança são variadas e
dependem de conhecimentos específicos
(Foto: Divulgação)

 

>>> Estudando segurança
Quero me formar em segurança digital, por onde devo começar?


Thiago Pires

O mercado de segurança está começando a entender que não existem “especialistas em segurança digital” – ou segurança da informação, como é mais comumente chamada. O que existe hoje são ramos de estudo, cujos conhecimentos necessários, aplicações e focos são bem distintos.

Por exemplo, existe o campo de teste de invasão, que envolve o conhecimento sobre brechas em sistemas – humanos e de tecnologia, além de um grande peso ético e legal sobre como esses serviços devem ser prestados para que não ocorram problemas jurídicos.

Os especialistas ou analistas de vírus são normalmente conhecedores de ferramentas de análise de programas para conseguir determinar as ações de um vírus, mas eles também se utilizam de conhecimentos sobre sistemas operacionais e crime digital para compreender melhor os objetivos e o funcionamento dos vírus.

Os pesquisadores de falhas de segurança usam conhecimentos e ferramentas parecidas com a de um analista de vírus, mas usam ainda outras técnicas e softwares para conseguir detectar e tirar proveito de falhas de segurança. Pesquisadores desse tipo são às vezes contratados por empresas que fazem teste de invasão ou prestam serviços de segurança para que a companhia tenha um diferencial.

Outro profissional da área é o especialista em forense, que conhece bem o processo legal e a maneira correta de coletar e analisar evidências armazenadas em sistemas de computador. Esse profissional normalmente atua em investigações de incidentes de segurança e crimes que envolvem computadores.

Existem ainda os especialistas em conformidade, que prestam consultoria para que empresas atendam normas de segurança e de tecnologia. E há profissionais especializados na configuração e utilização – “implementação” – de diversos softwares usados na proteção de computadores e servidores, conhecendo firewalls, sistemas detectores de invasão e “hardening”.

E, claro, existem os profissionais que realizam a gerência disso, fora outras atividades que não foram mencionadas, como o desenvolvimento seguro e a criptografia.

Embora um profissional possa ter uma noção sobre todas essas áreas, ele normalmente se especializa e atua em apenas uma delas. Existem cursos de treinamento, livros e certificações, umas mais gerais e outras mais específicas, mas tudo depende da área em que se pretende atuar.

Profissionais da área de segurança hoje vieram das mais diversas vertentes, desde pessoas com conhecimentos de programação até especialistas em rede; matemáticos que conhecem bem as fórmulas e técnicas para algoritmos de criptografia, e autodidatas que aprenderam a linguagem Assembly – ela é necessária para análise de vírus e falhas, mas é hoje uma raridade em faculdades de computação, já que não há muitos usos práticos na área de desenvolvimento.

Resumindo, é preciso saber em qual área específica você quer atuar e buscar os conhecimentos específicos de cada área.

Segurança no Wi-Fi tem protocolo de segurança e algoritmo de criptografia (Foto: Divulgação)Segurança no Wi-Fi tem protocolo de
segurança e algoritmo de criptografia
(Foto: Divulgação)

 

>>> Segurança em roteadores sem fio
Como posso proteger a rede wireless da minha casa contra invasões? Qual a melhor segurança a utilizar no roteador - WPA2, AES, TKIP?


Marcio Faustino

Tome cuidado para não confundir as “letrinhas”, Marcio: WPA2 é um tipo de protocolo de segurança para redes sem fio, mas AES e TKIP são algoritmos de criptografia, ou seja, as fórmulas matemáticas responsáveis por embaralhar os dados na rede e impedir que alguém simplesmente capture a transmissão. O protocolo, por sua vez, é um conjunto de instruções que define como essas mensagens codificadas serão trocadas pelos dispositivos.

O melhor protocolo de segurança é o WPA2 e ele pode usar tanto o AES (CCMP) como o TKIP. O algoritmo AES tem um histórico muito bom e é normalmente o recomendado, mas ele não é suportado por alguns dispositivos, que operam somente com TKIP. Mesmo assim, o TKIP hoje não é mais recomendado.

Exceto por necessidade de compatibilidade com outros dispositivos que não podem usar o WPA2 com AES – como celulares, videogames, etc -, ele é o ideal. Se não for possível usá-lo, tente o WPA ou WPA2 com TKIP e verifique as configurações de criptografia, porque alguns dispositivos não são compatíveis com todas as opções.

Em hipótese nenhuma use o protocolo WEP. Ele já foi quebrado e não é capaz de fornecer nenhuma segurança. Lembre-se também de usar uma senha forte – você pode usar uma senha de 30 caracteres ou mais e deixá-la salva no PC. Pode ser uma frase – não precisa ser um conjunto de caracteres sem significado. Fica fácil de lembrar e será uma senha longa o suficiente para fornecer uma proteção adequada.

A coluna Segurança Digital de hoje termina aqui, mas toda quarta-feira tem mais um pacotão respondendo dúvidas de leitores. Não se esqueça de deixar sua dúvida na área de comentários, logo abaixo. Até a próxima!
*Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança digital”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na página http://twitter.com/g1seguranca.

Fonte: G1

ISTOÉ Independente - Um homem ficha limpa

ISTOÉ Independente - Um homem ficha limpa:

'via Blog this'

Dica: resolva o sinal fraco de Wi-fi com uma forma de bolo [vídeo]

Por Danilo Amoroso, 17 de Novembro de 2011

Será que uma forma de bolo pode deixar a sua conexão Wi-Fi no ponto certo? O Tecmundo mostra para você.

É praticamente uma lei: quem usa uma conexão sem fio com a internet sempre pensa em maneiras de melhorar o sinal, afinal, é sabido que o Wi-Fi é bastante instável, especialmente no Brasil. Sinal de celular fraco também é uma dor de cabeça para muitas pessoas.

Você já viu no Tecmundo um tutorial extremamente simples de como um copo de vidro pode aumentar a recepção do sinal de um celular. Também conferiu como uma lata de cerveja pode funcionar como uma antena parabólica caseira para aumentar a recepção do Wi-Fi.

Agora, outro utensílio doméstico e muito comum é apontado como salvador para aumentar a recepção do celular e o sinal Wi-Fi para que você se comunique e se conecte melhor mesmo em condições adversas. Será que dá certo? O Baixaki fez testes e mostra para você.

 

Pré-requisitos

Tudo o que você precisa é de uma forma de bolo de metal. Ela funcionará como uma antena, dando foco ao sinal e fazendo com que ele chegue com mais consistência ao receptor.

 

Faça você mesmo

Basta colocar a forma de bolo como se a parte de dentro envolvesse o receptor, deixando-a na direção de onde vem o sinal. Se você não souber exatamente onde ela se encontra, a dica é fazer testes até encontrar a direção certa. A verdade é que isso é uma experiência de tentativa e erro até encontrar a melhor posição em relação ao receptor.

Uma forma de bolo pode aumentar o sinal Wi-Fi. (Fonte da imagem: Peter Cochrane/silicon.com)

 

De onde surgiu?

A história é a seguinte: Peter Cochrane — um engenheiro, cientista, empresário, futurista e consultor com uma carreira de mais de 40 anos nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação — estava viajando de barco em Norfolk Broads, no Reino Unido. Havia dificuldades para melhorar a recepção do celular e o sinal Wi-Fi, os quais não passavam de uma barra. O scanner mostrava que havia conexões Wi-Fi abertas disponíveis.

No improviso, Cochrane encontrou uma forma de bolo, fez alguns testes e conseguiu aumentar a recepção do celular e o Wi-Fi para três barras. Como prova do sucesso, ele relatou a experiência na hora em seu blog, escrevendo e postando o conteúdo diretamente do barco.

Peter Cochrane e sua solução caseira para Wi-Fi. (Fonte da imagem: Peter Cochrane/silicon.com)

“Funcionou o suficiente para acessar meu email e completar outros negócios online. Todas as outras opções seriam muito caras e menos convenientes”, ele atestou. Segundo Cochrane, quase qualquer objeto de metal será capaz de amplificar o sinal. Como ele mesmo diz: “Não importa o quão preparado você esteja, há horas em que você não precisa exatamente ter em mãos toda a tecnologia realmente necessária”.

 

Funciona?

Nós fizemos alguns testes no escritório da NZN. Procuramos pontos instáveis de Wi-Fi e também fomos à área externa do prédio para testar a recepção com e sem a forma de bolo. Pela nossa experiência, não podemos dizer que adiantou muito, pois a forma não estabilizou nem melhorou o sinal consideravelmente instável.

No entanto, há relatos de diferentes blogs de tecnologia, além da experiência do próprio Peter Cochrane, dando conta de que a forma ajuda sim. Por exemplo, Dan Seitz, do blog Guyism, afirmou que funcionou muito bem, inclusive a quadras de distância, sempre com duas ou três barras.

.....

Como sabemos que esse tipo de solução não é uma ciência exata, podendo dar muito certo para uns e nada certo para outros, perguntamos: para você, deu certo? Não deixe de fazer testes e comentar com os resultados que você obteve. Curta esta dica e até a próxima!

Fonte: Tecmundo

"Metal líquido" fornece energia e retira calor de chip 3D

Com informações da New Scientist - 18/11/2011

Metal líquido leva energia e retira calor de chip 3D

Embora os engenheiros se refiram a "metal líquido", trata-se na verdade de um eletrólito contendo íons de vanádio dissolvidos.[Imagem: Sabry et al./IBM Zurich]

 

Inspirado no cérebro

Engenheiros da IBM idealizaram um meio para alimentar e retirar calor de processadores usando "metal líquido".

A empresa já havia anunciado que usaria água para refrigerar seus processadores 3D.

Mais recentemente, outro anúncio dava conta do desenvolvimento de uma cola para unir até 100 núcleos em um processador 3-D, embora o problema do aquecimento não estivesse resolvido.

Mas agora a idéia é bem diferente, e muito mais radical.

O engenheiro Bruno Michel, que está coordenando o projeto no laboratório da IBM em Zurique, conta que a inspiração veio do cérebro humano.

"O cérebro humano é 10.000 vezes mais denso e mais eficiente do que qualquer computador atual. Isto é possível porque ele usa uma única e altamente eficiente rede de capilares e vasos sanguíneos para transportar tanto calor quanto energia, tudo ao mesmo tempo," afirmou Michel.

 

Metal dissolvido

A ideia continua sendo empilhar os núcleos e criar canais entre eles.

O que mudou é que os canais não servirão apenas para refrigeração.

Serão duas redes microfluídicas separando os núcleos. A primeira conduzirá um fluido eletrificado, para alimentar o chip. A outra pegará o mesmo fluido - que já terá coletado o calor do processador, ao circular por ele - e o levará para fora, retirando o calor.

Michel afirma que seu grupo já demonstrou que é possível usar o "metal líquido" para transferir energia através da rede de canais.

Embora o engenheiro se refira a "metal líquido", trata-se na verdade de um eletrólito contendo íons de vanádio em solução - vanádio verdadeiramente liquefeito derreteria qualquer processador, uma vez que o metal tem um ponto de fusão de 1.910 ºC.

 

Supercomputador em um celular

Enquanto a Terrazon fabrique chips 3-D desde 2003, e o laboratório belga IMEC há menos tempo, o chip com alimentação fluídica da IBM ainda está na fase de projeto.

O próximo passo será construir um protótipo funcional de um processador 3D alimentado e refrigerado com a nova técnica, o que deverá ocorrer até 2014.

Mesmo não tendo ainda todos os parâmetros para calcular os ganhos em termos de dissipação de energia, Michel garante que eles são estrondosos: o suficiente para colocar um supercomputador dentro de um telefone celular.

Talvez, então, calcular as chances de o Brasil ser campeão depois de cada rodada da Copa do Mundo não será assim tão difícil.

 

Bateria de fluxo redox

O fluxo de íons metálicos para alimentar o processador 3D e retirar seu calor é na verdade um tipo de bateria, conhecida como bateria de fluxo redox.

O termo redox refere-se a uma reação de oxidação-redução - a bateria aproveita a energia liberada quando o estado de oxidação de um composto se altera.

Para a alimentação e refrigeração do chip, dois eletrólitos são bombeados de dois tanques externos para dentro do processador 3D, seguindo dois canais paralelos.

Esses eletrólitos contêm dois tipos diferentes de íons de vanádio, e os elétrons irão fluir de um para o outro em um circuito externo, criando a corrente elétrica que alimentará o chip.

Para recarregar a bateria, basta aplicar uma tensão aos seus eletrodos, revertendo o processo.

Uma bateria de fluxo é ideal para os chips por causa de sua elevada densidade energética.

Até agora elas eram enormes, mas Michel e seus colegas miniaturizaram-na revestindo os microcanais fluídicos com um eletrólito catalisador.

Fonte:

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Intel revela processador com 50 núcleos

Por Thiago Szymanski, 16 de Novembro de 2011

O processador, que é projetado para aplicações de alta performance, pode rodar a uma velocidade de 1 teraflop.

Rajeeb Hazra, gerente geral da Intel, mostra o chip Knights Corner. (Fonte da imagem: Divulgação Intel)

 

Hoje, nos nossos computadores caseiros, temos processadores com uma quantidade de núcleos que pode ser contada nos dedos. Mas a Intel quer mudar essa realidade, apresentando seu novo processador “Knights Corner”, com 50 núcleos de processamento.

Claro que um chip dessa magnitude não será usado para rodar jogos de última geração, mas sim será colocado para trabalhar com aplicações que demandam muito esforço paralelo, como modelagem metrológica, tomografia, simulações de matérias etc.

Lembrando a evolução do processamento de alta velocidade da Intel, em 1997, a empresa lançou o “ASCI RED”, um sistema que trabalhava na casa dos teraflops e que era formado por 72 gavetas de computadores (que tomavam o tamanho de uma sala). Hoje, o mesmo poder pode ser encontrado dentro de um único chip do modelo “Knights Corner”.

(Fonte da imagem: DIvulgação Intel)

 

Esse parece ser mais um importante passo da Intel em busca de ser a primeira empresa a quebrar a barreira do exaflop (1000 petaflops). Para quem não conhece essa forma de medir performance, “flops” nada mais são do que operações de ponto flutuante por segundo, ou, no mais popular, a quantidade de cálculos que um computador pode fazer por segundo.

Fonte: Tecmundo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sensor flexível não-invasivo abre nova janela para o cérebro

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/11/2011

Sensor flexível registra sinais do cérebro com resolução inédita

Apenas 39 fios para suficientes para transmitir os sinais dos 720 nanotransistores que fazem a leitura direta dos sinais cerebrais.[Imagem: Travis Ross/Yun Soung Kim/University of Illinois at Urbana-Champaign]

 

Interface cérebro-computador

Um grupo de várias universidades norte-americanas desenvolveu um novo tipo de sensor multiplexado que é capaz de captar a atividade cerebral em resoluções inéditas.

O novo dispositivo tem a estrutura de uma folha plástica flexível e opera de forma totalmente não-invasiva, ou seja, dispensa os eletrodos rígidos que até agora precisavam ser literalmente inseridos no cérebro.

O novo dispositivo tornará possível a criação de uma nova geração de interfaces cérebro-computador para tratar doenças neurológicas e psiquiátricas, controles de computadores e equipamentos robotizados, além de levar as pesquisas na área de neurociências a um novo patamar

"A tecnologia que criamos pode se conformar à geometria única do cérebro, gravando e mapeando a atividade cerebral em resoluções que não eram possíveis até agora," disse o Dr. Brian Litt, da Universidade da Pensilvânia.

 

Sensor multiplexado

O sensor é composto por um conjunto multiplexado de 360 canais, formados por 720 nanotransistores de membrana, todos montados sobre um polímero ultrafino e muito flexível.

O conjunto pode ser colocado não apenas sobre a superfície cerebral, mas também no interior de sulcos e fissuras ou mesmo entre os hemisférios corticais, áreas que são fisicamente inacessíveis aos conjuntos de microeletrodos rígidos.

Os sensores neurais atuais exigem a conexão de um fio para cada sensor individual.

Isso significa que eles só podem monitorar regiões maiores do cérebro com baixa resolução, ou áreas menores com alta resolução - mas não as duas coisas ao mesmo tempo.

O novo sensor multiplexado e flexível usa 10 vezes menos fios, cobrindo uma área muito maior do cérebro com alta resolução.

 

Neuro-implantes

Nos testes em animais, os pesquisadores conseguiram registrar ondas de atividade cerebral em formato serrilhado que nunca haviam sido observadas antes.

Ondas semelhantes só haviam sido vistas ao longo do músculo cardíaco durante um evento potencialmente fatal, chamado fibrilação ventricular.

O próximo passo da pesquisa será testar o sensor em humanos, o que será feito em pacientes que sofrem ataques epilépticos.

Em última instância, os pesquisadores esperam que a malha flexível de sensores possa ser aperfeiçoada para uso em várias outras ações terapêuticas ao longo do corpo.

Ele poderá servir para a implantação de neuropróteses, marca-passos ou estimuladores neuromusculares, entre outros.

Bibliografia:
Flexible, foldable, actively multiplexed, high-density electrode array for mapping brain activity in vivo
Jonathan Viventi, Dae-Hyeong Kim, Leif Vigeland, Eric S Frechette, Justin A Blanco, Yun-Soung Kim, Andrew E Avrin, Vineet R Tiruvadi, Suk-Won Hwang, Ann C Vanleer, Drausin F Wulsin, Kathryn Davis, Casey E Gelber, Larry Palmer, Jan Van der Spiegel, Jian Wu, Jianliang Xiao, Yonggang Huang, Diego Contreras, John A Rogers, Brian Litt
Nature Neuroscience
13 November 2011
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/nn.2973

Fonte:

Baterias de lítio 10 vezes melhores tornam-se realidade

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/11/2011

Baterias de lítio 10 vezes melhores tornam-se realidade

Cada átomo de silício consegue manter até quatro átomos de lítio, contra um para cada seis de carbono, como usado hoje. Os buracos no grafeno fizeram o resto. [Imagem: Zhao et al.]

 

Baterias nota 10

Imagine um celular cuja bateria suporte mais de uma semana de operação e que possa ser recarregada em apenas 15 minutos.

Isto não depende mais de uma tecnologia a ser desenvolvida, graças a engenheiros da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos.

Harold Kung e seus colegas desenvolveram um novo tipo de eletrodo para as atuais baterias de íons de lítio que pode fazer exatamente isso.

Eles conseguiram combinar duas abordagens químicas para resolver de uma vez só duas das maiores limitações das baterias recarregáveis - a capacidade energética e a taxa de carregamento.

Os novos eletrodos permitem que as baterias acumulem uma carga 10 vezes maior e, uma vez descarregadas, possam ser recarregadas em um tempo 10 vezes menor.

"Mesmo depois de 150 ciclos, o que equivale a um ano de operação, a bateria continua sendo cinco vezes mais eficiente do que as baterias de íons de lítio no mercado hoje," afirma o Dr. Kung.

As baterias de íons de lítio carregam através de uma reação química na qual os íons de lítio são transferidos entre as duas extremidades da bateria, o anodo e o catodo.

Conforme a energia da bateria é usada, os íons de lítio viajam do anodo, passando pelo eletrólito, até o catodo. Quando a bateria é recarregada, eles viajam na direção inversa.

Com a tecnologia atual, o desempenho de uma bateria de íons de lítio é limitada de duas formas:

 

Capacidade de energia

A capacidade de energia de uma bateria - quanto tempo a bateria pode manter sua carga - é limitada pela densidade de carga, ou quantos íons de lítio podem ser guardados no anodo ou no catodo.

Hoje o anodo é feito de camadas empilhadas de carbono, ou grafeno, só podendo acomodar um átomo de lítio para cada seis átomos de carbono.

Para aumentar a capacidade de energia, os cientistas já tentaram substituir o carbono pelo silício, já que o silício pode acomodar muito mais lítio : quatro átomos de lítio para cada átomo de silício.

No entanto, o silício se expande e contrai drasticamente no processo de carga, fragmentando-se e causando a perda de sua capacidade de recarregamento.

Os pesquisadores agora conseguiram estabilizar o silício colocando-o entre camadas de grafeno.

Eles ainda não atingiram o ideal, mas aumentaram muito a quantidade de íons de lítio armazenados, sem que o silício se esfarele.

 

Taxa de carga

O segundo problema é que a taxa de carga da bateria - a velocidade com que ela recarrega - é limitada por outro fator: a velocidade com que os íons de lítio podem fazer seu caminho do eletrólito até o anodo.

Atualmente, essa velocidade é prejudicada pelo formato das folhas de grafeno: elas são extremamente finas - apenas um átomo de carbono de espessura - mas são muito longas.

Isto força cada íon a percorrer um caminho muito longo, causando uma espécie de engarrafamento iônico nas bordas do material.

Os pesquisadores usaram um processo de oxidação química para criar buracos minúsculos (10 a 20 nanômetros) nas folhas de grafeno - chamadas de defeitos "no plano".

Assim, os íons de lítio ganharam vários "atalhos" para o anodo, aumentando sua velocidade e evitando o engarrafamento.

Isto reduziu o tempo de recarga da bateria em até 10 vezes.

Agora os cientistas vão se concentrar no eletrólito, tentando otimizá-lo para as novas condições de operação da bateria.

Segundo eles, a nova tecnologia poderá chegar ao mercado em cerca de três anos.

Bibliografia:
In-Plane Vacancy-Enabled High-Power Si-Graphene Composite Electrode for Lithium-Ion Batteries
Xin Zhao, Cary M. Hayner, Mayfair C. Kung, Harold H. Kung
Advanced Energy Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/aenm.201100426

Fonte:

Vovó-yager muda de motores para durar mais 10 anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 15/11/2011

Vovó-yager muda de motores para durar mais 10 anos

As sondas Voyager são os objetos construídos pelo homem que estão mais distantes da Terra.[Imagem: NASA]

 

Energia preciosa

A sonda espacial Voyager 2 recebeu e obedeceu à ordem para passar a operar com seu conjunto de propulsores de backup.

As sondas Voyager 1 e Voyager 2 são equipadas com seis pares de propulsores - três primários e três de backup - para controlar seus movimentos e seu posicionamento nos eixos X, Y e Z.

A mudança permitirá que a sonda de 34 anos de idade reduza a quantidade de energia que consome, até agora gasta para manter operacionais os propulsores anteriormente não utilizados.

A mudança permitirá o desligamento do aquecedor que mantém quente o duto de combustível para o propulsor primário.

Isto vai poupar cerca de 12 watts de potência. A "usina atômica" em miniatura que abastece a sonda atualmente produz cerca de 270 watts de eletricidade.

 

Fronteira do Sistema Solar

A redução no consumo de energia vai permitir que a sonda continue a operar por mais uma década, mesmo como a queda contínua de potência de seu reator, conforme sua fonte de radioisótopos vai se exaurindo.

O comando foi enviado no último dia 4 de Novembro. A confirmação do comando e de seu resultado chegou nesta segunda-feira, dia 15.

A Voyager 2 está hoje a cerca de 14 bilhões de quilômetros da Terra, em uma região conhecida como heliosheath, a camada mais externa da heliosfera, onde o vento solar, que flui vindo do Sol, é freado pela pressão do gás interestelar.

Fonte:

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Tecnologia brasileira controla TV, cortina e luzes de casa com gestos

11/11/2011 08h05 - Laura BrentanoDo G1, em São Paulo

At Home entrou com processo para patentear a solução em setembro.
Software usa os movimentos do usuário para comandar equipamentos.

Tecnologia desenvolvida por brasileiros permite trocar os canais da TV e acender a luz da sala pelo movimento das mãos e sem controle remoto. Ao mostrar dois dedos para o aparelho de DVD, o usuário pode pausar um filme, por exemplo.
O software desenvolvido pela At Home, empresa brasileira de automação residencial da Telefônica, usa os movimentos do usuário para comandar equipamentos da casa. Uma câmera infravermelha capta os gestos das mãos e os transforma em ações, como ligar a luz, abrir a cortina e dar play no DVD.
“A câmera está conectada a uma central de automação. Baixar ou levantar a mão poderá diminuir ou aumentar a intensidade da luz”, explica Gabriel Carvalho Domingos, chefe de negócios da At Home. Os gestos são definidos e criados pelo usuário, que deverá ensinar os comandos ao software. “O cliente terá a flexibilidade de adaptar a solução para o seu dia a dia”, completa Domingos.

Gabriel Domingos mostra que, ao mostrar dois dedos para a câmera infravermelha, a TV pausa o filme (Foto: Laura Brentano/G1)Ao mostrar dois dedos para a câmera infravermelha, a TV pausa o filme (Foto: Laura Brentano/G1)

 

Para evitar que o usuário faça qualquer movimento e confunda os aparelhos, a At Home criou um comando que desliga o controle por gestos. “Se o cliente quiser ficar mais à vontade em casa, ele faz um simples movimento que o software vai entender que, a partir daquele momento, os gestos não serão mais interpretados como ações”.

 

saiba mais

A princípio, todos os equipamentos que estão conectados a central de automação poderão ser controlados por gestos. Isso inclui TV, rádio, iluminação, persiana e ar-condicionado. “Estamos substituindo o controle remoto pela mão”, diz Domingos.

Duas câmeras instaladas no ambiente são suficientes para captar os comandos sem interferência. Mas o limite de câmeras depende do cliente. “Se ele mora em uma casa e quer controlar os equipamentos a partir de qualquer ambiente, ele terá que instalar mais de 20 ou 30 câmeras”, explica Domingos.

O que é automação residencial?

A automação residencial permite que o cliente, antes de chegar em casa, ligue o ar-condicionado, a TV, regule a iluminação do ambiente e abra as cortinas por meio do celular. O cliente também pode controlar esses equipamentos a partir de um único controle remoto ou de uma tela sensível ao toque instalada em casa.

O comando por gestos será vendido pela At Home como um “upgrade” da automação residencial. Portanto, o cliente já precisa ter uma solução dessas em casa para pensar em controlar a casa por movimentos. O “upgrade” inclui uma câmera infravermelha e o software de comando por gestos, que é instalado dentro da central de automação. “Hoje em dia, qualquer residência pode ter automação residencial, pois trabalhamos com tecnologia sem fio. O impacto na infraestrutura da casa é mínima”, explica Domingos.
A At Home teve a ideia de criar o programa por gestos em janeiro deste ano. Logo depois, a equipe de Domingos começou a desenvolver o software com a ajuda de um parceiro. “Durante o desenvolvimento, contratamos um escritório de advocacia, em julho, para saber se teríamos condições de patentear a tecnologia”, conta. Ao receber o sinal verde, a Telefônica entrou com o processo na primeira semana de setembro. “Não encontramos outra solução como a nossa em nenhuma parte do mundo”, disse Domingos.

A companhia espera colocar o produto no mercado no primeiro trimestre de 2012. O preço final e a marca da solução ainda não foram definidos. “Primeiro nos preocupamos se era possível criar esse produto”, conta Domingos. “Agora, estamos conversando com incorporadoras para entregar apartamentos com automação residencial que incluem o comando por gestos”.

Fonte: G1

Painel da Sony adiciona efeitos 3D a notebooks

Por Nilton Kleina, 6 de Setembro de 2011

Acessório substitui óculos especiais e já deve sair ano que vem para o S Series.

 

Acoplado ao monitor, a tela leva em conta a posição do usuário. (Fonte da imagem: Tech-On)

 

Se você aderiu ao 3D, mas não consegue passar muito tempo utilizando os óculos que permitem o efeito de profundidade, seus problemas podem estar próximos do fim. A Sony exibiu na IFA 2011 uma tela para a renovação da linha de notebooks Vaio S, capazes de ler Blu-ray.

Segundo o Tech-On, o painel é um acessório LCD de 15,5 polegadas e 3 milímetros de espessura, capaz de ser encaixado na frente do monitor do notebook. Para exibir o 3D sem os óculos, o produto usa uma lente lenticular, que cria o efeito a partir de camadas de emissão da imagem, reproduzida a partir de vários ângulos diferentes.

O acessório é fino e não atrapalha a exibição dos vídeos. (Fonte da imagem: Tech-On)

Para ajustar a imagem, o painel utiliza um software conectado com a webcam do computador, capaz de detectar a posição do rosto do espectador e adequar os efeitos em 3D. Para isso, o usuário precisa estar a uma distância de 30 cm a 1 metro da tela, além de posicionar-se em um ângulo de 60° a 120° com relação ao display.

A Europa deve receber a tela especial em outubro deste ano, mesmo período em que os notebooks da S Series chegam ao mercado. O preço previsto para o acessório isolado é de US$ 183 dólares.

Fonte: Tecmundo

Quanto tempo uma bateria de 20 anos atrás aguentaria nos notebooks de hoje?

Por Renan Hamann, 12 de Novembro de 2011

Professor da Universidade de Stanford diz que baterias de 1991, não durariam mais do que poucos segundos com os complexos hardwares da atualidade.

(Fonte da imagem: Divulgação/Dell)

 

Você pode atribuir o sucesso dos notebooks aos avanços nos processadores, memórias eplacas de vídeo, mas não pode esquecer-se de colocar as baterias como um dos principais fatores para isso. É fato comprovado: a eficiência energética dos computadores aumentou exponencialmente e, hoje, permite que nossos notebooks fiquem ligados por até 10 horas sem a utilização de fontes externas.

 

Mas e se nós pegássemos um computador dos dias de hoje e tentássemos utilizá-lo com baterias de 20 anos atrás, o que aconteceria? Provavelmente não daria nem tempo de percebermos os problemas. Pois é, calcula-se que até mesmo os notebooks mais eficientes da atualidade teriam problemas para permanecer ligados.

 

Jonathan Koomey, professor da Universidade de Stanford (Estados Unidos), disse ao The Atlantic que as baterias de 1991 poderiam manter um notebook ligado por cerca de 2,5 segundos. O principal motivo não é tão relacionado à carga, mas sim à potência exigida por um processador da atualidade (muito maior que a de um chip daquela época). Ainda bem que as baterias evoluíram junto com os computadores.

Fonte: Tecmundo

Cientistas propõem um robô por aluno

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2011

Cientistas propõem um robô por aluno

O R-One custa US$200,00 - o nível que McLurkin acredita ser razoável para viabilizar uma adoção em massa dos robôs nas escolas. [Imagem: Rice University]

 

Primeiro foi a campanha "um computador para cada criança".

Agora começam surgir as propostas para tentar emplacar "um robô para cada estudante".

 

Robô cooperativo

"Eu defendo um currículo onde cada estudante tenha seu próprio robô e possa estudar lições individuais e também trabalhar em equipe, usando seus robôs coletivamente em sistemas multi-robóticos," propõe James McLurkin, da Universidade Rice, nos Estados Unidos.

McLurkin virou estrela em 2003, ao ganhar o "Oscar dos Inventores" por unir biologia e robótica, programando pequenos robôs para que eles desempenhassem tarefas similares às das abelhas e das formigas.

Agora, já professor, ele apresentou seu primeiro grande projeto, uma plataforma robótica de baixo custo chamada R-One.

Apaixonado por insetos e robôs, ele desenvolveu o R-One para atuar tanto como "indivíduo" quanto como um membro de uma "sociedade cooperativa de robôs".

E ele não leva a coisa na brincadeira: "Enxames de robôs trabalham coletivamente, como uma colônia de formigas ou abelhas, e podem fazer algumas tarefas melhor do que os humanos".

Segundo ele, um exército de 1.000 pequenos robôs poderia lidar com grandes vazamentos de petróleo no mar ou encontrar sobreviventes em grandes áreas afetadas por desastres naturais.

Seu primeiro protótipo de robô cooperativo custou US$2.000,00, caro demais para ser adotado em larga escala.

Agora, o R-One custa US$200,00 - o nível que McLurkin acredita ser razoável para viabilizar uma adoção em massa dos robôs nas escolas.

Ele está criando uma empresa e planeja colocar o R-One à venda, na forma de kit, em 2012.

Cientistas propõem um robô por aluno

Mesmo sem as capacidades cooperativas do R-One, o pequeno robô tem mais do que o suficiente para manter estudantes ocupados por um bom tempo. [Imagem: CMU]

 

Robô passarinho

Tom Lauwers e seus colegas da Universidade Carnegie Mellon estão mais adiantados em termos de mercado.

Seu pequeno robô Finch (passarinho) já está à venda, por US$99,00 cada um.

O Finch inclui sensores de temperatura e de luminosidade, um acelerômetro de três eixos, sensor de colisão, LEDs coloridos programáveis, câmera, microfone e alto-falantes.

Mesmo sem as capacidades cooperativas do R-One, o pequeno robô tem mais do que o suficiente para manter estudantes ocupados por um bom tempo.

"Nossa visão é tornar o Finch acessível o suficiente para que cada aluno possa ter um para fazer suas lições de casa," afirma o pesquisador Lauwers.

Mas o foco de Lauwers é mais a programação de computadores do que a robótica propriamente dita.

A ideia é usar o robô para tornar as aulas de programação mais interessantes, sem que os alunos precisem construir o robô, podendo se concentrar em fazer com que ele desempenhe tarefas úteis ou interessantes.

"Se o Finch puder ajudar a motivar os alunos para prestar atenção à ciência da computação, acreditamos que muitos mais jovens vão perceber que este é um campo muito divertido de se explorar," conclui o pesquisador.

Fonte:

Bits quânticos são encontrados em primo pobre do silício

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/11/2011

Bits quânticos são encontrados em semicondutor carbeto de silício

Elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com precisão, funcionando como qubits.[Imagem: Kohel et al./Nature]

 

Qubits cristalinos

Nuvens de átomos superfrios não são a única abordagem rumo à construção de computadores quânticos.

David Awschalom e seus colegas da Universidade de Santa Bárbara, nos Estados Unidos, preferem usar como qubits pequenos defeitos na estrutura de cristais.

Eles vinham se concentrando até agora em defeitos no diamante, chamados de vacâncias de nitrogênio.

Eles usam o diamante não por alguma predileção pessoal, mas porque, até agora, o diamante era o único cristal onde essas imperfeições tão promissoras haviam sido encontradas.

Seu trabalho mais recente, contudo, demonstrou que um semicondutor usado pela indústria eletrônica também possui imperfeições cristalinas que podem ser controladas em nível quântico.

 

Primo pobre do silício

O carbeto de silício é uma espécie deprimo pobre do silício: embora venha sendo explorado em algumas aplicações eletrônicas, ele é largamente utilizado pela indústria para fazer lixas e abrasivos.

O que os cientistas descobriram agora é que ele possui imperfeições que não estão diretamente associadas com a estrutura atômica do material como um todo, o que dá características eletrônicas próprias a esses locais.

Até agora, o único cristal que se sabia possuir essas características era o diamante, com suas vacâncias de nitrogênio.

Na eletrônica tradicional, defeitos são coisas indesejadas, que devem ser evitadas devido à sua tendência de aprisionar elétrons em pontos específicos do cristal.

Mas os pesquisadores descobriram que elétrons presos na "imperfeições corretas" comportam-se de tal forma que seus estados quânticos podem ser controlados com precisão.

 

Qubit no defeito cristalino

Os elétrons que ficam presos nesses defeitos especiais podem ser inicializados, manipulados e medidos usando uma combinação de luz e micro-ondas.

Isto significa que cada um dos defeitos tem todos os atributos necessários para funcionar como um qubit - e um qubit estável, que funciona a temperatura ambiente.

Embora tudo isto já tivesse sido verificado no diamante, fabricar diamantes não é exatamente algo fácil, sobretudo com as "imperfeições corretas". Mais difícil ainda é crescer cristais de diamante no interior de circuitos integrados, preservando todos os demais componentes.

Já os cristais de carbeto de silício são fabricados industrialmente em grandes quantidades, podendo ser facilmente incorporados em circuitos eletrônicos, optoeletrônicos e eletromecânicos.

Os cientistas afirmam que essa descoberta pode significar que os defeitos de muitos outros semicondutores podem ser úteis para a computação quântica: tudo o que é necessário é procurá-los nos semicondutores mais promissores.

Bibliografia:
Room temperature coherent control of defect spin qubits in silicon carbide
William F. Koehl, Bob B. Buckley, F. Joseph Heremans, Greg Calusine, David D. Awschalom
Nature
Vol.: 479, 84-87
DOI: 10.1038/nature10562

Fonte:  

Cientistas criam programa para prever resultado do Campeonato Brasileiro

Com informações da Agência USP - 12/11/2011

Físicos criam programa para prever resultados do Campeonato Brasileiro

O programa leva em consideração variáveis que não são levadas em conta em outros sistemas de previsão. [Imagem: Ag.USP]

 

Simulações estatísticas

As páginas de Esportes dos jornais não deixam mentir: a cada final de semana, o Campeonato Brasileiro de futebol aproxima-se de seu final em acirradas disputas.

Entre o céu - um título ou uma vaga para a Taça Libertadores da América - e o inferno - o rebaixamento para a Série B -, torcedores se descabelam e fazem muitos cálculos para tentar prever o destino de seus times do coração.

Mas agora eles têm um recurso a mais: eles podem perguntar para os universitários - melhor dizendo, para os professores universitários.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP e do Departamento de Estatística da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desenvolveram um sistema inédito de previsão que tenta deixar a vida dos aficionados pelo esporte um pouco mais fácil - ou, pelo menos, sem tantas surpresas.

"Utilizamos os resultados dos jogos anteriores para fazer as previsões. Dessa maneira, com o decorrer do campeonato temos mais informações e o sistema pode ficar mais preciso", explica o professor Francisco Louzada Neto, do ICMC, que coordena a pesquisa.

O sistema faz as previsões baseado em um grande número de simulações para o restante do campeonato a partir de um modelo estatístico. "Geramos 10 mil possibilidades para os jogos que irão ocorrer até o fim do campeonato. Com o cruzamento de todas as possibilidades geradas, chegamos às previsões apresentadas no site", completa.

 

Levando o aleatório em conta

O modelo estatístico considera, para cada time, três variáveis: o mando de campo, a defesa e o ataque.

"Os efeitos defesa e ataque captam o poder defensivo e ofensivo de cada time e são estimados a partir dos placares observados, mudando de acordo com a variável mando de campo, isto reflete as mudanças de postura tática que ocorrem quando um time joga dentro ou fora de casa", explica Louzada.

O algoritmo utilizado é diferente da maioria das estatísticas usadas pela imprensa nessa época do campeonato.

"Fazer uma previsão sobre um jogo de futebol é trabalhar com uma estrutura aleatória. Tentamos levar em conta essa aleatoriedade ao usar intervalos, e não números fixos, como geralmente é feito," explica.

Os intervalos são baseados nos resultados das simulações. Na imagem, por exemplo, pode-se verificar que o Corinthians tem 50% de chance de terminar o campeonato na faixa de 65 a 69 pontos.

"Esses 50% de chance indicam que, em 50% das simulações computacionais o Corinthians terminou o campeonato com 65, 66, 67, 68 ou 69 pontos", explica o professor.

Algoritmo usado pelo site é diferente da maioria das estatísticas usadas pela imprensa nessa época do campeonato (clique para abrir)

 

Estatística no esporte

Louzada conta que, junto a outros pesquisadores, começou a pesquisa em 2004, quando ainda era professor da UFSCar.

"Notamos que a estatística é geralmente muito utilizada em várias áreas do conhecimento, da medicina ao setor financeiro. Entretanto, aqui no Brasil, ao contrário do que seria esperado, há uma falta de metodologia de estatística aplicada ao estudo esportivo".

Eles viram então a possibilidade de divulgar a estatística, aplicando-a a temas de grande interesse da população.

"Nada melhor que um tema popular como o futebol para mostrar o poder de ferramenta que a estatística tem. Ela é útil num processo decisório, como uma ponte que te mostra um bom caminho no meio da incerteza", diz.

As previsões rodada a rodada podem ser acompanhadas no endereço. www.previsaoesportiva.com.br.

A mesma equipe já havia desenvolvido também um programa para acompanhamento das estatísticas de um jogo de futebol. Já uma equipe norte-americana desenvolveu um sistema para acompanhar o desempenho de cada jogador.

Fonte: