quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Bactéria que defeca gasolina pode salvar a indústria automobilística

Por Nilton Kleina em 1 de Outubro de 2013

"Fezes" da Escherichia coli são de composição idêntica ao combustível que alimenta nossos veículos

Bactéria que defeca gasolina pode salvar a indústria automobilística 
 (Fonte da imagem: Thinkstock)


O bacilo Escherichia coli é famoso no meio científico: além de estar relacionado com uma série de problemas de intoxicação alimentar, ele é geneticamente modificado com frequência para pesquisas que envolvem até combustíveis. O estudo mais atual envolvendo o organismo também parece o mais revolucionário: pesquisadores foram capazes de extrair gasolina dessas bactérias.

É isso mesmo: de acordo com uma pesquisa recente publicada por cientistas sul-coreanos, a bactéria reprogramada é capaz de "evacuar" um material de composição idêntico à gasolina derivada do petróleo e usada como combustível em carros e outros veículos.

Como isso é possível?

 

Bactéria que defeca gasolina pode salvar a indústria automobilística 
Toda a transformação acontece dentro da bactéria. (Fonte da imagem: Reprodução/Nature)


O processo de conversão envolve, além de uma cultura da Escherichia coli, glucose ou biomassa que serão consumidos pelos organismos. Quando as bactérias consomem esses materiais, as enzimas produzidas no processo convertem o açúcar em ácidos graxos ( e, posteriormente, em hidrocarbonetos com a mesma estrutura da gasolina.

Por enquanto, o projeto está longe de ser viável para a indústria: só algumas gotas de gasolina são extraídas por hora, mas a ideia é aumentar essa produção para até 20 gramas do líquido para cada litro de cultura de bacilos.
Fonte: Nature

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Aparelho pode revolucionar jogos em realidade virtual

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/09/2013
Aparelho pode revolucionar jogos em realidade virtual
O suporte móvel permite andar em qualquer direção, agachar e até saltar. [Imagem: TU Vienna]
 
 
Dura realidade

Já existem equipamentos, parecidos com capacetes, que permitem que os usuários naveguem por ambientes de realidade virtual.

Mas eles têm um grande inconveniente: enquanto o ambiente da realidade virtual pode estar livre para uma boa corrida, o mais comum é que o usuário bata o nariz na parede mais próxima da realidade concreta.

Tuncay Cakmak e seus colegas da Universidade de Viena, na Áustria, criaram um aparelho de pequeno porte que soluciona esse problema.

O aparelho, chamado Virtualizer, permite um andar quase natural em ambientes infinitos.

O usuário usa suas pernas normalmente para caminhar e correr, além de poder saltar e se agachar - tudo sem sair do lugar.

O segredo está em uma estrutura que prende o usuário pela cintura sobre uma plataforma circular de baixíssimo atrito.

Usando meias comuns, é possível simular o andar enquanto os pés escorregam pela plataforma. Como o suporte é móvel, girando ao redor da plataforma é possível caminhar em qualquer direção.

Sensores no suporte e na plataforma escorregadia informam ao sistema os movimentos precisos do usuário.

Isso permite uma "navegação infinita" pelo mundo virtual, ocupando um espaço físico mínimo, e sem riscos de bater o nariz na parede.

Já há empresas interessadas no licenciamento da tecnologia, que deverá chegar ao mercado em 2014.
"Nossa primeira prioridade é criar um produto de alta qualidade, mas é claro que queremos oferecê-lo ao preço mais baixo possível," disse Cakmak. "Nosso produto deverá levar a realidade virtual dos laboratórios de pesquisa para as salas e quartos dos jogadores."