quarta-feira, 6 de julho de 2011

Novo MacBook Air deve ter SSD com velocidade de 400 Mbps

Por Felipe Gugelmin, 6 de Julho de 2011

Tecnologia que solda memórias flash à placa-mãe dos aparelhos promete reduzir tempo de boot do sistema operacional e acelerar o carregamento de aplicativos.

(Fonte da imagem: 9to5 Mac)

Uma notícia publicada segunda-feira (4 de julho) pelo blog japonês Macotakara.jp informa que a Apple vai adotar uma nova memória flash na próxima atualização do MacBook Air. Segundo fontes consultadas pelo site, os dispositivos utilizaram chips NAND fabricados em um processo de 19 nanômetros, batizado como Toggle DDR 2.0. O resultado seriam transferências de dados com taxas máximas de 400 Mbps.

Caso a novidade seja confirmada, a nova geração dos dispositivos deve possuir uma velocidade de inicialização ainda maior que a atual, além de demorar menos para carregar os aplicativos instalados. Como contraponto, o fato de os novos chips de memória serem soldados à placa-mãe excluiriam qualquer possibilidade de fazer upgrades na capacidade de armazenamento dos aparelhos.

Ainda permanecem dúvidas quanto à veracidade da informação, já que o Toggle DDR 2.0 foi desenvolvida a partir do padrão estabelecido pela iniciativa ONFI 3.0. O problema está no fato de que fabricantes como a Samsung e a Toshiba, que controlam o mercado das memórias flash, ainda não terem aderido aos novos padrões. Como a Apple costuma recorrer a ambas as companhias para a compra de peças, diminuem as possibilidades de que a nova tecnologia esteja presente na próxima geração do MacBook Air.

Ameaça aos tablets

Na terça-feira (5 de julho), o analista de mercado Toni Sacconaghi, da Sanford Benstein, divulgou uma nota a investidores na qual comenta o futuro da competição portátil. Segundo ele, dispositivos como o MacBook Air são a prova de que notebooks e tablets estão convergindo, o que, em breve, pode prejudicar a venda de produtos como o iPad.

O analista aposta que dentro de três anos devem surgir notebooks com telas sensíveis ao toque e teclado físico, com peso semelhante ao dos tablets presentes no mercado atualmente. O número cada vez maior de processadores de baixo consumo, memórias de estado sólido e designs ultrafinos são indícios fortes de que isso possa se tornar verdade.

Outra previsão, dessa vez mais arriscada, é a de que um possível desdobramento desse cenário seja a vitória das arquiteturas abertas. Sacconaghi aposta em um futuro que parece bastante improvável, no qual vão prevalecer chips ARM aliados a um software que combina o Windows 8 com aplicativos em HTML 5.

Fonte: Tecmundo

terça-feira, 5 de julho de 2011

Baixas temperaturas podem afetar o desempenho de um PC doméstico?

Baixas temperaturas podem afetar o desempenho de um PC doméstico?

WiFi dorminhoco reduz consumo das baterias à metade

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/07/2011

Um pesquisador da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriu uma forma de dobrar a duração da carga das baterias de dispositivos móveis, como celulares, tablets e notebooks, ao baixar conteúdo da internet.

O truque está em uma pequena, mas crucial alteração na tecnologia WiFi, largamente utilizada pelos usuários de equipamentos móveis para conexão à internet.

Consumo acelerado de bateria

O consumo da bateria desses equipamentos é particularmente elevado quando, ao usar a rede WiFi, o equipamento encontra-se na vizinhança de outros dispositivos fazendo o mesmo.

Nesses casos, cada aparelho tem que "ficar acordado" para pegar sua vez na fila e baixar um pequeno pedaço da informação desejada. O processo repete-se várias vezes por segundo.

Isto significa que a drenagem da bateria ao baixar um filme na Avenida Paulista, ou em qualquer outro lugar com alta concentração de usuários, é muito maior do que baixar o mesmo filme durante um fim de semana no interior.

Modo dorminhoco

O novo software elimina este problema ao permitir que os dispositivos móveis "durmam" enquanto um outro equipamento na vizinhança baixa sua cota de informações.

Isto não economiza energia apenas para o próprio aparelho que entra em estado de espera (sleep mode), mas também para os outros equipamentos na área, que operam sem perder o sono por causa da concorrência.

O novo sistema foi batizado de Sleepwell (durma bem) por seu criador Justin Manweiler.

"Pontos de acesso WiFi dotados com o Sleepwell podem escalonar seus ciclos de atividade para uma sobreposição mínima com os outros, resultando em ganhos de energia promissores, com uma perda de desempenho desprezível," disse Manweiler.

Fonte: novação Tecnológica

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Processadores magnéticos atingirão limite físico da eficiência

Robert Sanders - 04/07/2011

Processadores magnéticos atingirão limite físico da eficiência

 

 

 

 

 

 

 

 

Computadores nanomagnéticos usarão minúsculos ímãs em barra para armazenar e processar informações. As interações entre os campos magnéticos norte-sul polarizados de ímãs muito próximos permitem operações lógicas como as feitas por transistores convencionais.[Imagem: Jeffrey Bokor Lab]

Processadores magnéticos poderão usar milhões de vezes menos energia do que os chips de silício de hoje.

Em teoria, os microprocessadores magnéticos poderão consumir a menor quantidade de energia permitida pelas leis da física.

É o que garantem pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos.

Processadores magnéticos

Os microprocessadores de hoje, baseados em silício, usam correntes elétricas, ou elétrons em movimento, que liberam uma grande quantidade de calor, ou energia desperdiçada.

Mas microprocessadores que empreguem barras magnéticas de tamanho nanométrico para a memória, a lógica e as operações de chaveamento, teoricamente não necessitariam de elétrons em movimento.

Esses chips dissipariam apenas 18 milielétron-volts de energia por operação a temperatura ambiente, o mínimo permitido pela chamada Segunda Lei da Termodinâmica.

Esse mínimo também é chamado de limite de Landauer e representa 1 milhão de vezes menos energia por operação do que o consumido pelos computadores de hoje.

Computação com ímãs

"Hoje, os computadores consomem eletricidade. Movendo elétrons ao redor de um circuito, você pode processar informação," começa Brian Lambson, um dos autores do novo estudo.

"Um computador magnético, por outro lado, não envolve nenhum elétron em movimento. Você armazena e processa informações utilizando ímãs, e se você construir estes ímãs suficientemente pequenos, você pode basicamente colocá-los tão próximos entre si que eles interagirão uns com os outros. É assim que se poderá fazer cálculos, ter memória e realizar todas as funções de um computador," prossegue ele.

Lambson está trabalhando para desenvolver esses computadores magnéticos com Jeffrey Bokor e David Carlton.

"Em princípio, pode-se, penso eu, construir circuitos reais que funcionem exatamente no limite de Landauer," afirma Bokor. "Mesmo se pudéssemos começar dentro de uma ordem de grandeza, um fator de 10, do limite de Landauer, isso representaria uma enorme redução no consumo de energia para a eletrônica. Seria absolutamente revolucionário."

Termodinâmica da computação

Cinquenta anos atrás, Rolf Landauer utilizou a nascente teoria da informação para calcular a energia mínima dissipada por uma operação lógica - como uma operação AND ou OR - dada a limitação imposta pela Segunda Lei da Termodinâmica.

Em uma porta lógica padrão, com duas entradas e uma saída, uma operação AND produz uma saída quando há duas entradas positivas, enquanto uma operação OR produz uma saída quando uma ou ambas as entradas são positivas.

A lei da termodinâmica estabelece que um processo irreversível - uma operação lógica ou o apagamento de um bit de informação - dissipa uma energia que não pode ser recuperada.

Em outras palavras, a entropia de qualquer sistema fechado não pode diminuir.

Uma das resultantes dos cálculos de Landauer estabelece que uma operação de deletar dados pode resfriar os computadores.

Processadores magnéticos atingirão limite físico da eficiência

Na imagem de contraste magnético, os pontos brilhantes são nanomagnetos com seus pólos norte apontando para baixo (representados pela barra vermelha abaixo) e as manchas escuras são nanomagnetos com o norte apontando para cima (azul). Os seis nanomagnetos formam uma porta lógica. [Imagem: Jeffrey Bokor Lab]

Lógica e memória magnéticas

Nos transistores e micro processadores de hoje, esse limite está muito abaixo de outras perdas de energia que geram calor, principalmente através da resistência elétrica dos elétrons em movimento.

No entanto, os pesquisadores estão tentando desenvolver computadores que não dependam da movimentação dos elétrons e, portanto, poderiam se aproximar do limite de Landauer.

Lambson decidiu testar teórica e experimentalmente a eficiência energética limitante de um circuito simples de lógica magnética e memória magnética.

Os nanomagnetos que a equipe usou para construir a memória magnética e os dispositivos de lógica têm cerca de 100 nanômetros de largura e cerca de 200 nanômetros de comprimento.

Como eles têm a mesma polaridade norte-sul que uma barra de ímã, a orientação para cima ou para baixo dos pólos magnéticos pode ser usada para representar o 0 e 1 binários da memória de um computador.

Além disso, quando múltiplos nanomagnetos são reunidos, os seus pólos norte e sul interagem pela ação de forças dipolo-dipolo para apresentar o comportamento de um transístor a, permitindo a execução de operações lógicas simples.

"Os próprios ímãs fazem o papel de memória," diz Lambson. "O verdadeiro desafio é conseguir fazer os fios e transistores funcionarem."

Limite de Landauer

Lambson demonstrou através de cálculos e simulações de computador que uma única operação de memória - apagar um bit magnético, uma operação chamada de "retornar para um" - pode ser realizada com uma dissipação de energia muito próxima, se não idêntica, ao limite de Landauer.

A seguir, ele analisou uma operação lógica magnética simples.

A primeira demonstração bem-sucedida de uma operação lógica utilizando nanopartículas magnéticas foi obtida por pesquisadores da Universidade de Notre Dame, em 2006.

Naquela ocasião, eles construíram uma porta lógica de três entradas usando 16 nanomagnetos acoplados. Lambson calculou que esse circuito também dissipa energia no limite de Landauer.

Como o limite de Landauer é proporcional à temperatura, circuitos refrigerados a baixas temperaturas seriam ainda mais eficientes.

Desafios para a computação magnética

Até o momento, são usadas correntes elétricas para gerar um campo magnético para apagar ou inverter a polaridade dos nanomagnetos, o que dissipa muita energia.

Idealmente, novos materiais tornarão as correntes elétricas desnecessárias, exceto, talvez, para transferir a informação de um chip para outro.

"Então você poderá começar a pensar sobre o funcionamento desses circuitos nos limites superiores de eficiência," disse Lambson.

"Nós estamos trabalhando agora com colaboradores para descobrir uma maneira de injetar essa energia sem a utilização de um campo magnético, que é muito difícil de fazer de forma eficiente," conta Bokor. "Um material multiferroico, por exemplo, pode ser capaz de controlar o magnetismo diretamente com uma tensão, em vez de usar um campo magnético externo."

Ainda restam outros obstáculos. Por exemplo, conforme os pesquisadores empurram para baixo o consumo de energia, os dispositivos se tornam mais suscetíveis a flutuações aleatórias induzidas por efeitos térmicos, campos eletromagnéticos aleatórios e outros tipos de ruído.

"A tecnologia magnética na qual estamos trabalhando parece muito interessante para usos com potência ultra baixa," diz Bokor. "Estamos tentando descobrir como torná-la mais competitiva em desempenho, velocidade e confiabilidade. Precisamos garantir que ela obtenha a resposta certa a cada momento com um grau muito, muito, muito elevado de confiabilidade."

Bibliografia:
Exploring the Thermodynamic Limits of Computation in Integrated Systems: Magnetic Memory, Nanomagnetic Logic, and the Landauer Limit
Brian Lambson, David Carlton, Jeffrey Bokor
Physical Review Letters
1 July 2011
Vol.: 107, 010604
DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.010604

Fonte: Inovação Tecnológica