sábado, 29 de junho de 2013

Nova tecnologia da Toshiba é capaz de armazenar 2.5 terabits por polegada quadrada em discos rígidos

Pensando nos discos rígidos dos próximos anos, a Toshiba acaba de anunciar que obteve sucesso no desenvolvimento de uma tecnologia que permite armazenar 5 vezes mais dados do que atualmente.

Por Eduardo Karasinski em 24 de Agosto de 2010
 
A Toshiba anunciou, no dia 18 de agosto, que seus novos discos rígidos de 2.5 terabits por polegada quadrada funcionam perfeitamente.
Isso foi percebido durante a pesquisa de uma nova mídia com padrões de bits, tecnologia de armazenamento magnético que está sendo estudada para os discos rígidos dos próximos anos. Isso porque, atualmente, os discos estão atingindo o limite em relação à possibilidade de armazenamento e velocidade de leitura.
Atualmente, os discos utilizam um material magnético na superfície com dados armazenados em centenas de grãos espalhados. A nova tecnologia traz uma superfície com vários bits esféricos enfileirados, cada um com seus grãos magnéticos de armazenamento.

Nova tecnologia da Toshiba vai além.
Apesar de ser ainda um protótipo, o disco da Toshiba foi construído com a densidade de 2.5 terabits por polegada quadrada. Hoje, o top de linha da Toshiba é baseado em uma tecnologia com 541 gigabits por polegada quadrada — equivalente a apenas 20% do que a nova tecnologia é capaz.
Segundo a Toshiba, a previsão é de que os primeiros discos baseados neste novo padrão cheguem ao mercado por volta do ano de 2013.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Teletransporte tem novo impulso com reciclagem quântica

Com informações da Universidade de Cambridge - 25/06/2013
Teletransporte tem novo impulso com reciclagem quântica
O atual recorde de teletransporte quântico foi batido usando lasers conectando dois observatórios astronômicos.[Imagem: IQOQI-Vienna]
 
Nos últimos dez anos, físicos teóricos têm mostrado que as intensas conexões geradas entre partículas, pelo fenômeno quântico do entrelaçamento - ou "emaranhamento" - podem ser a chave para o teletransporte de informações quânticas.
É bem sabido que Einstein detestava a teoria do entrelaçamento quântico, descartando-o como uma "ação fantasmagórica à distância". Mas já se comprovou que o entrelaçamento é uma característica muito real no nosso universo, e que tem um potencial extraordinário para fazer avançar todos os tipos de atividade científica.
Agora, pela primeira vez, pioneiros nesse campo descobriram como o entrelaçamento pode ser "reciclado" para aumentar a eficiência dessas "ligações fantasmagóricas" entre as partículas.
A equipe também desenvolveu uma forma generalizada de teletransporte, que permite uma grande variedade de aplicações potenciais em física quântica.
O resultado nos coloca um passo mais próximo do estilo do teletransporte da ficção científica, embora esta pesquisa esteja ainda em um estágio puramente teórico.
Teletransporte quântico
Por muito tempo considerado algo impossível, finalmente, em 1993, uma equipe de cientistas calculou que o teletransporte poderia funcionar, em princípio, usando as leis da mecânica quântica.
O teletransporte quântico aproveita o entrelaçamento para transmitir blocos de informação do tamanho de partículas através de distâncias potencialmente enormes, de forma potencialmente instantânea.
O entrelaçamento envolve um par de partículas quânticas, como elétrons ou fótons, que estão intrinsecamente ligadas entre si, retendo a sincronização que prende as partículas, estejam elas próxima uma da outra ou em lados opostos de uma galáxia.
Através dessa conexão, bits quânticos de informação - qubits - podem ser transmitidos usando apenas as formas tradicionais de comunicação clássica.
Os protocolos de teletransporte desenvolvidos até agora ficavam em um de dois campos - aqueles que só podem enviar informações embaralhadas, exigindo correção pelo receptor, ou, mais recentemente, o teletransporte "baseado em porta", que não necessita de uma correção, mas precisa de uma quantidade impraticável de entrelaçamento, já que cada objeto enviado poderia destruir o estado entrelaçado.
Teletransporte tem novo impulso com reciclagem quântica
Um dos frutos mais surpreendentes desta área emergente de pesquisas foi o incrível teletransporte do magnetismo. [Imagem: Navau et al./PRL]
Protocolo de teletransporte
Agora, físicos britânicos e poloneses desenvolveram um protocolo para fornecer uma solução ótima em que o estado entrelaçado é "reciclado", de forma que a ligação entre as partículas se mantém para o teletransporte de múltiplos objetos.
Eles elaboraram também um protocolo em que vários qubits podem ser transportados simultaneamente, embora o estado entrelaçado degrade proporcionalmente à quantidade de qubits enviados em ambos os casos.
"O primeiro protocolo consiste em estados de teletransporte sequenciais, e o segundo teletransporta-os em bloco," explica Sergii Strelchuck (Universidade de Cambridge), que realizou a pesquisa com seus colegas Jonathan Oppenheim (da Universidade de Londres, que descobriu uma conexão surpreendente entre fenômenos quânticos) e Michal Horodecki (da Universidade de Gdansk, responsável por demonstrar a criptografia quântica na prática pela primeira vez).
"Nós também descobrimos uma técnica de teletransporte generalizada que esperamos encontrar aplicações em áreas como a computação quântica.
Existe uma ligação estreita entre o teletransporte e os computadores quânticos, que são dispositivos que exploram a mecânica quântica para realizar cálculos que não seriam possíveis em um computador clássico. Construir um computador quântico é um dos grandes desafios da física moderna, e espera-se que o novo protocolo de teletransporte leve a avanços nessa área," prosseguiu Strelchuck.
Embora o novo protocolo seja inteiramente teórico, no ano passado uma equipe de cientistas chineses conseguiu teletransportar fótons a mais de 143 quilômetros de distância, quebrando recordes anteriores, e o entrelaçamento quântico é cada vez mais visto como uma importante área de investigação científica.
O teletransporte de informações por meio de átomos individuais já é possível com as tecnologias atuais - e implementar o novo protocolo na prática deverá ser uma questão de tempo - mas o teletransporte de objetos grandes - como o Capitão Kirk - permanece no reino da ficção científica.

Bibliografia:

Generalized teleportation and entanglement recycling
Sergii Strelchuk, Michal Horodecki, Jonathan Oppenheim
Physical Review Letters
DOI: 10.1103/PhysRevLett.110.010505

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Tesla Motors demonstra tecnologia para trocar baterias de carros elétricos

Segundo a empresa, todo o processo vai custar menos aos consumidores do que encher o tanque de um veículo convencional.

Por Felipe Gugelmin em 21 de Junho de 2013
 
 
 
Em um evento realizado na cidade de Hawthorne, Califórnia, a Tesla Motors demonstrou pela primeira vez sua nova tecnologia para a troca de baterias do carro elétrico Model S. Segundo a empresa, todo o processo leva um máximo de 90 segundos para ser realizado, dispensando que o motorista saia do automóvel para fazer isso.
 
A companhia afirma que a novidade se trata do “posto de abastecimento mais rápido de Los Angeles”. A Tesla afirma que os motoristas poderão tanto manter a bateria nova quanto devolvê-la em um momento posterior — a diferença entre os valores é cobrada posteriormente pela empresa, que assegura que todo o processo custa menos que abastecer um tanque de gasolina.
A fabricante espera que a alternativa chegue em breve a todos os seus postos de abastecimento, algo que deve demorar certo tempo para acontecer. A primeira instalação do tipo vai ser construída na Califórnia, com custo de construção avaliado em US$ 500 mil.