sábado, 21 de julho de 2012

6 computadores que fizeram a história da computação pessoal

Por Renan Hamann em 21 de Julho de 2012

 

Interface gráfica, mouse e aplicações comerciais. Confira como a computação pessoal foi consolidada nas últimas décadas.

 

Se hoje você pode realizar suas principais atividades diretamente pelo computador, é porque a tecnologia evoluiu o bastante para permitir tudo isso. Mas é claro que as coisas não aconteceram da noite para o dia, sendo necessários muitos passos entre os primeiros computadores e a informática  do modo que podemos encontrar atualmente.

Você sabe quais são alguns dos computadores mais importantes dessa história? Separamos algumas das principais máquinas que permitiram a evolução da computação pessoal e trouxemos um pouco mais sobre elas para você. Caso queira saber mais sobre as gerações anteriores (do período que vai de 1940 a 1970), clique aqui e confira nosso infográfico.

 

1. Xerox Alto

A Xerox já estava consolidada no mercado com suas copiadoras, mas queria mais. Por isso, desenvolveu o Xerox Alto, que tentaria ser um computador pessoal de penetração no mercado doméstico, mas devido ao alto preço acabou muito longe disso – sendo que nem mesmo foi lançado comercialmente, apesar de ter 2 mil unidades produzidas.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

Mas a verdade é que a maior importância do Xerox Alto está em seus periféricos. Há muitos relatos de que ele seria o primeiro computador a apresentar um mouse integrado, o que mais tarde seria feito também pelo Apple Lisa. O mouse é um dos maiores responsáveis pela popularização dos computadores pessoais em todo o mundo.

 

2. Apple I

Steve Wozniak desenhou o Apple I para que eles mesmo pudesse utilizar, mas junto com Steve Jobs, conseguiu transformar o aparelho em um império. Os dois fundaram a Apple e produziram cerca de 200 computadores entre 1976 e 1977. Muitos consideram o Apple I como o primeiro computador pessoal da história, por ele ser um dos primeiros que já era vendido como um kit montado (ao contrário do Xerox).

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

Mesmo assim, os consumidores ainda precisavam adicionar monitor, teclado e fonte de energia. Na época, ainda não existia uma interface gráfica para o sistema operacional utilizado pelo computador, que era o BASIC. Foi substituído pelo Apple II, que apresentava um pouco mais de potência e um design mais parecido com o que encontramos hoje nas máquinas.

 

3. Atari 2600

Este não foi o primeiro video game da história, mas foi o primeiro a alcançar índices incríveis de vendas (estima-se que elas tenham ultrapassado a marca das 30 milhões de unidades). Mais do que isso, o Atari 2600 tornou-se um verdadeiro símbolo da geração que cresceu na década de 1980, sendo cultuado até hoje por alguns jogadores mais nostálgicos.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

O video game foi lançado em 1977 e entra na lista de computadores mais importantes da história por colaborar na popularização dos eletrônicos interativos. Também merece destaque por ser uma dos primeiras máquinas a utilizar um processadores capazes de rodar as principais funções sem a demanda de placas de expansão.

 

4. IBM PC

Com preço muito mais alto que os computadores da Apple, o primeiro IBM PC foi lançado em 1981. Mesmo com a desvantagem econômica, ele conseguiu um ótimo índice de vendas, principalmente por ser extremamente recomendado para a utilização em ambientes comerciais. Assim como os concorrentes, o sistema operacional da época era o BASIC, mas uma versão criada pela Microsoft.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

O processador era revolucionário para a época e chegava aos 4 MHz de clock. Sem conseguir penetrar no mercado da computação doméstica, a IBM decidiu investir no segmento em que estava conseguindo se sobressair. Por essa razão, os computadores lançados após a primeira geração do IBM PC já eram muito mais direcionados às empresas. E foi assim que a IBM conseguiu se sobressair por tanto tempo.

 

5. Commodore 64

Lançado em 1982, o Commodore 64 é também considerado um dos primeiros video games da história, por trazer uma grande quantidade de softwares compatíveis – sendo que muitos deles eram jogos. O sistema operacional dele era o GEOS 8-bits, que apresentava uma interface gráfica bem simples, mas que colaborou para o sucesso do Commodore 64 no mercado mundial.(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

Segundo algumas estimativas, foram vendidos cerca de 20 milhões de computadores Commodore 64 em todo o mundo – o que são números impressionantes, ainda mais se for levada em consideração a época em que ele estava nas prateleiras. Os microprocessadores do computador eram bem limitados e possuíam apenas 1 MHz, mesmo assim conseguiam suprir as necessidades dos usuários com bastante qualidade.

 

6. Apple Lisa

Depois do sucesso dos computadores da Apple, a empresa decidiu lançar o Lisa (que apesar de significar Local Integrated Software Architetcure, pode ter sido batizado em homenagem à filha de Steve Jobs). Muito mais caro do que as versões anteriores, o Lisa tinha processador de 5 MHz e foi o primeiro computador pessoal a apresentar interface gráfica interativa e mouse.

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

 

Mesmo com toda a importância do Apple Lisa para a tecnologia, é preciso dizer que ele não conseguiu bons números de vendas. Ficou apenas três anos no mercado, devido ao baixo desempenho nas lojas. Vale mencionar que ele custava US$ 9.995 (o que significaria US$ 21 mil com os valores corrigidos para 2010).

 

E onde estão os computadores Windows?

Você viu vários computadores na lista que trouxemos, mas deve ter notado que em nenhum deles o Windows estava presente. Isso acontece porque a Microsoft introduziu o sistema operacional aos poucos, antes como apenas uma extensão para o MS-DOS e somente mais tarde como um sistema independente – mas nesse momento a computação pessoal já estava consolidada.

Mesmo assim, é impossível dizer que a Microsoft não possui importância na história. O Windows é um dos grandes responsáveis pela popularização da informática, tendo em sua interface gráfica uma das grandes peças-chave para isso. Hoje, é ele o sistema mais difundido em todo o mundo.

Fontes: Telegraph, Maximum PC e Tecmundo

quarta-feira, 18 de julho de 2012

LEDs brancos construídos sobre papel vão iluminar suas paredes


Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/07/2012
LEDs brancos construídos sobre papel vão iluminar suas paredes
O esquema dos LEDs sobre papel parece complicado, mas sua fabricação é feita por impressão. [Imagem: Gul Amin]
Papel luminoso
Já pensou em acender a cortina, em vez de abri-la? Ou mudar o brilho e a cor do seu papel de parede? Ou acender o teto inteiro, em vez de apenas uma lâmpada?
Estas são as propostas agora tornadas realidade pelo trabalho do paquistanês Gul Amin, atualmente na Universidade Linkoping, na Suécia.
Ele desenvolveu uma técnica que permite que LEDs brancos sejam fabricados diretamente sobre papel ou outras fibras.
Os nanoLEDs, que emitem uma luz branca muito pura, foram construídos com minúsculas barras de óxido de zinco, depositadas juntamente com um polímero condutor, diretamente sobre uma folha de papel.
O pesquisador demonstrou também que é possível fabricar os nanoLEDs por impressão. Nesse experimento, ele usou um papel de parede comum.
LEDs de óxido de zinco
Ao descobrir que nanofios de óxido de zinco poderiam emitir luz, pesquisadores criaram recentemente uma nova categoria de LEDs, ainda menores e mais eficientes que os LEDs comuns.
Amin e seu colega Naved ul Hassan Alvi estavam pesquisando várias técnicas para cultivar diferentes nanoestruturas de óxido de zinco sobre diferentes materiais.
O papel mostrou-se um substrato perfeito, além de abrir caminho para uma grande variedade de aplicações práticas imediatas.
O papel deve ser inicialmente recoberto com uma camada protetora muito fina de uma resina chamada cicloteno, tornando-se impermeável.
A seguir são depositados os componentes ativos, uma malha de nanofios de zinco, dispersos em uma fina camada do polímero PFO (polidietilfluoreno).
Métodos químicos
A técnica foi patenteada e já está licenciada para uma empresa criada por seu professor, Magnus Willander.
"Esta é a primeira vez que alguém foi capaz de construir componentes semicondutores fotônicos inorgânicos diretamente sobre papel usando métodos químicos," disse o cientista-empresário.
Bibliografia:

Piezoelectric power generation from zinc oxide nanowires grown on paper substrate
M. Y. Soomro, I. Hussain, N. Bano, O. Nur, M. Willander
Physica Status Solidi
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/pssr.201290002

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Office 2013 não será compatível com Windows XP e Vista


Por Renan Hamann em 16 de Julho de 2012

Apenas as versões mais recentes do sistema operacional poderão receber a nova suíte.
Se você ainda usa o Windows XP ou Vista, precisa saber que seu sistema operacional não será compatível com a nova versão da suíte Office. O anúncio da Microsoft foi feito hoje, junto com o lançamento da versão “Preview” dos novos aplicativos. Somente usuários do Windows 7 ou Windows 8 poderão experimentar as novas edições de Word, Excel e PowerPoint (além de outros softwares do kit).
Não houve revelações das razões para a exclusão das versões anteriores do sistema operacional, mas o que se especula é que alguns recursos não sejam compatíveis – além de que, é claro, a Microsoft planeja forçar os usuários a mudarem para o Windows mais recente. Será que o plano vai dar certo?
No mesmo evento, ficou bem evidente que os novos aplicativos serão completamente compatívels com os comandos por toques na tela. Por essa razão, deve haver uma total sincronização entre o Office de computadores e o de tablets.
Fonte: Microsoft, Tecmundo

Cientistas inventam um LED spintrônico


Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/07/2012
LED spintrônico poderá brilhar em múltiplas cores
O OLED spintrônico poderá produzir muitas cores diferentes, bastando para isso variar o campo magnético que controla [Imagem: Nguyen et al./Science]
OLED mais spintrônica
Cientistas inventaram um LED spintrônico que promete ser mais brilhante, mais barato e mais ambientalmente amigável do que os LEDs atuais.
O componente é inovador, reunindo a classe dos semicondutores orgânicos - ou seja, ele é um tipo de OLED (LED orgânico) - com o nascente campo daspintrônica.
"É uma tecnologia completamente diferente," garante Valy Vardeny, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. "Esses novos LEDs orgânicos podem ser mais brilhantes do que os LEDs orgânicos comuns."
Válvula de spin
Os LEDs tradicionais usam um material semicondutor que gera luz ao ser atravessado por uma corrente elétrica.
Os OLEDs, mais recentes, usam um polímero orgânico - uma espécie de semicondutor plástico - para produzir sua luz. Eles já são bastante usados nas telas de aparelhos portáteis, por consumirem menos energia, mas prometem estar nas TVs e monitores maiores a partir do ano que vem.
O novo OLED spintrônico também usa um semicondutor orgânico, mas seu funcionamento não depende unicamente dos elétrons que fluem por ele - ele depende também do spin desses elétrons.
Sua base é um dispositivo chamado "válvula de spin", que consegue filtrar as correntes elétricas com base no spin dos elétrons. A filtragem é feita através da interação dos elétrons com os momentos magnéticos nos eletrodos.
Agora, além de controlar a corrente elétrica, os pesquisadores conseguiram fazer com que a válvula de spin emita luz.
Excitons
As válvulas de spin orgânicas são formadas por três camadas: uma camada polimérica, que funciona como semicondutor, ensanduichada entre dois eletrodos metálicos ferromagnéticos.
Inicialmente o dispositivo é energizado, com uma baixa tensão. Isso pode ser entendido como elétrons (negativos) sendo injetados em um eletrodo, e "lacunas de elétrons" (positivas) no outro.
Quando um campo magnético é aplicado aos eletrodos, os spins dos elétrons e das lacunas podem ser manipulados para se alinhar de forma paralela ou antiparalela - essencialmente uma válvula de spin bipolar.
LED spintrônico poderá brilhar em múltiplas cores
O primeiro LED spintrônico emite sua luz alaranjada quando é controlado por um campo magnético - os pólos do magneto podem ser vistos de cada um dos lados. [Imagem: Tho Nguyen/UUtah]
É essa capacidade de injetar elétrons e lacunas simultaneamente na válvula de spins que permite a geração de luz: quando um elétron se combina com uma lacuna, os dois se cancelam, liberando energia na forma de um fóton.
"Quando eles se encontram, eles formam excitons, e esses excitons fornecem a luz," disse Vardeny.
Um exciton emite um flash de fótons quando decai, ou seja, ele vira um fóton espontaneamente, eliminando todo o aparato de conversão optoeletrônica - é por isso que se acredita que eles possam fazer a ponte entre a computação eletrônica e a comunicação óptica.
LED laranja
A intensidade da luz emita pelo OLED spintrônico é controlada pelo campo magnético, enquanto outros OLEDs exigem mais corrente elétrica para otimizar a intensidade da luz produzida.
O Dr. Vardeny afirma que, ao contrário de todos os LEDs e OLEDs existentes até agora, que produzem luz sempre da mesma cor, o OLED spintrônico poderá produzir muitas cores diferentes, variando-se apenas o campo magnético.
Mas isso exigirá mais desenvolvimentos. O semicondutor orgânico usado no protótipo - chamado DOO-PPV "deuterado" - emite luz laranja, e sob uma temperatura de não mais do que -2 graus Celsius.
Bibliografia:

Spin-Polarized Light-Emitting Diode Based on an Organic Bipolar Spin Valve
Tho D. Nguyen, Eitan Ehrenfreund, Z. Valy Vardeny
Science
Vol.: 337 no. 6091 pp. 204-209
DOI: 10.1126/science.1223444