quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Um app para controlar o carro

Nos EUA existe um serviço bem legal que se chama OnStar. A OnStar é um produto da GM e é quase um serviço de assistência que aqui no Brasil as seguradoras acabam oferecendo e não as montadoras. O servíco é integrado aos carros que contam com um botão no retrovisor. Através dele pode-se pedir ajuda para chegar a um endereço e programar a unidade de GPS integrada ao painel. Diga-se de passagem que o botão a que me referi efetua uma ligação para a central de atendimento onde uma pessoa fala com você.

A ligação é feita sem utilizar o seu telefone, mas sim utilizando os equipamentos instalados no carro. O Chevrolet Volt, primeiro carro elétrico, nesta nova etapa da GM, já que no passado já existiu o EV-1, que sumiu do mapa pelas mãos da própria GM, terá o sistema instalado no carro e ainda contará com um App para iPhone onde será possível fazer algumas das funções que o OnStar oferece.

IF1

Dá para por exemplo, ligar o carro remotamente e assim pré-aquecer ou refrigerar o carro de modo que quando você chegue nele ele já esteja pronto e na temperatura certa para dirigir com conforto. Para nós, aqui no Brasil, isto será bastante útil. Além desta prática função, ainda é possível verificar dados como quantos litros ainda restam no tanque, média de consumo e necessidade de troca do óleo.

IF2

O App, que se esperava ser exclusivo para o Volt, passará no ano que vem a estar disponível para a maioria dos carros que o conglomerado sob a bandeira da GM.

Via OhGizmo.

Fonte: Bernabauer

Ricardo M. Beskow

Você sabe o que fazer com seu lixo eletrônico?

Caminhão de lixo

Visitamos um galpão da USP onde todo o material descartado ganha novos usos, evitando que contaminem o meio ambiente

Computadores, câmeras, máquinas fotográficas, notebooks, equipamentos que perderam a utilidade para seus donos. No galpão, na USP, a Universidade de São Paulo, esse material que poderia virar lixo eletrônico ganha novos usos, evitando que metais pesados e mesmo metais preciosos sejam jogados em aterros sanitários, contaminando o meio-ambiente.

No início do projeto, a previsão era receber entre 500 e 1000 equipamentos por mês. Mas os resultados deste primeiro ano surpreenderam... Quem não tem um eletrônico velho, encostado em algum lugar ou esquecido em alguma gaveta?

"Nós esperávamos coletar por volta de 500 computadores ao mês, que daria por volta de 5 toneladas em média e nós estamos chegando por volta de 10 toneladas por mês", conta a profª. Tereza Cristina, coordenadora do Cedir.

Na primeira fase do projeto, essa estação só recebia o lixo eletrônico gerado pela própria USP. Agora, todo mundo pode usar o serviço. Quem quiser entregar seus equipamentos usados para reciclagem precisar agendar um horário. Uma vez aqui, o material passa por uma triagem para avaliação. É nesta fase que é dado o veredito final: vira sucata ou não?! Se não houver mais salvação, o equipamento é inteirinho desmontado, separado por tipo de material e, por fim, encaminhado para a reciclagem.

Os computadores mais velhinhos, com processadores abaixo dos Pentium 4, por exemplo, viram sucata na hora. Já os mais "novos", passam por uma rápida manutenção, ganham softwares atualizados e depois são emprestados para projetos sociais por um período de aproximadamente dois anos.

"Vamos supor que eles [os computadores] tenham dois ou três anos de vida. Depois disso, se jogar as máquinas no lixão ainda teremos problemas de contaminação do meio ambiente. Então, a ideia é fazer os usuários devolverem e se a gente tiver outro computador bom, a gente faz uma troca", explica Tereza.

Alguns equipamentos são muito velhos, tão velhos que, em vez de serem reciclados, viram peça de museu. Por enquanto, eles estão aqui, separadinhos, à espera do museu de informática sair do papel.

"É uma iniciativa da diretoria da escola Politécnica, montar um museu que possa trazer um pouco da história da computação e da telefonia", finaliza.

E então, tem algum equipamento velhinho em casa e não sabe o que fazer?! Agende a entrega do seu lixo eletrônico por meio do Help Desk, pelos telefones (11) 3091-6454, 3091-6455 ou 3091-6456. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 18h00 ou pelo e-mail consulta@usp.br.

Fonte: Vídeo – Olhar Digital

Ricardo M. Beskow

Carteira eletrônica: Pague suas contas pelo celular!

Bancos e operadoras de telefonia móvel estão se unindo para permitir que o celular faça a vez dos cartões de crédito, débito e também do dinheiro

Com acesso à internet, hoje a maioria dos aparelhos permite que o usuário acesse sua conta bancária, cheque o saldo, faça algumas transações e até alguns pagamentos. Agora bancos e operadoras de telefonia móvel estão se unindo para permitir que o celular faça a vez dos cartões de crédito, débito e também do dinheiro. A novidade deve revolucionar os pagamentos eletrônicos.

"Uma carteira eletrônica é um local onde se coloca seus cartões de crédito e eventualmente dinheiro. A carteira eletrônica no celular deve ter essas duas funcionalidades", explica Cláudio Prado, diretor executivo de tecnologia do Santander Brasil.

Esta tecnologia está próxima de se tornar realidade, o processo só depende de um entendimento entre reguladores – neste caso o Banco do Brasil e a Anatel – as operadores de telefonia móvel e instituições financeiras. As questões tecnológica e de infra-estrutura estão praticamente resolvidas.

"As grandes tecnologias que estão envolvidas são a segurança que o celular tem no próprio chip, com criptografia dentro da rede GSM, e a rede de comunicação que evoluiu do GPRS, do EDGE e agora do 3G, que tem uma velocidade e uma capacidade de comunicação grande", afirma Cláudio Prado.

Além do acesso à internet, o pagamento via telefone celular também poderá ser feito através des mensagens SMS – compatíveis com qualquer aparelho, desde os mais simples até os mais sofisticados. Existe também a tecnologia chamada NFC, na qualum segundo chip no celular faz com que o débito seja feito pelo aparelho apenas tendo que o aproximar de um sensor. Assim, não só como substituto do dinheiro e dos cartões, o celular poderia ser usado como vale-transporte ou vale-alimentação.

Eduardo Tude, presidente da Teleco, esclarece como a tecnologia pode beneficiar o comércio brasileiro, "em muito lugares onde não existem a máquina do cartão de crédito, o lojista poderia usar o próprio celular para efetivar o pagamento. Dessa forma a gente poderia ampliar muito os pontos de venda que aceitam o cartão de crédito através do celular, como motoristas de táxi e vendedores na praia".

O que os bancos estão buscando fazer é uma estrutura de pagamentos instantâneos em que pequenos valores. Atualmente, vendedores já podem receber pagamentos com cartões. Um aplicativo lançado há pouco mais de uma semana para iPhone, iPad e iPod Touch possui um sistema instalado em que a loja só precisa entrar alguns dados, como valor e dados do cartão para validar a venda. Para funcionar, o aparelho precisa estar conectado à internet via rede 3G ou wi-fi. "Os dados são criptografados, então eles não ficam guardados no celular, o que dá uma segurança maior tanto para a pessoa física quanto para o lojista", afirma Rômulo Dias, presidente da Cielo, rede de pagamentos eletrônicos responsável pelo aplicativo.

Fonte: Vídeo - Olhar Digital

Ricardo M. Beskow

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Disco rígido quântico chega aos quatro bits

Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/11/2010

Disco rígido quântico chega aos quatro bits

O entrelaçamento quântico é um recurso por excelência do mundo quântico e envolve correlações entre os componentes do sistema físico que não podem ser descritos pela física clássica. [Imagem: Akihisa Goban]

Em um experimento que está sendo comparado a um "disco rígido" para um computador quântico, cientistas demonstraram o funcionamento conjunto de quatro memórias quânticas fisicamente isoladas.

Entrelaçamento quádruplo

Os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram um entrelaçamento de um estado quântico armazenado em quatro memórias atômicas espacialmente distintas.

O experimento é um passo adiante em relação a uma pesquisa histórica, feita por cientistas brasileiros, que demonstraram o entrelaçamento quântico triplo pela primeira vez em 2009.

Posteriormente, os brasileiros demonstraram razões para a chamada "morte súbita", a perda do entrelaçamento entre as partículas, com a consequente perda dos dados das memórias quânticas.

No experimento agora realizado pela equipe norte-americana, as memórias quânticas são lidas por quatro feixes de luz, o que permite o entrelaçamento entre todas elas - o entrelaçamento permite que duas ou mais partículas compartilhem suas propriedades mesmo sem qualquer ligação física entre elas.

"Disco rígido" quântico

A agregação de memórias adicionais fez com que os pesquisadores se entusiasmassem - com razão - e sugerissem que o complexo aparato óptico pode ser comparado aos primórdios de um disco rígido dos computadores quânticos, funcionando como o depósito dos dados.

A pesquisa representa uma importante conquista na ciência da informação quântica, estendendo o controle do entrelaçamento para quatro sistemas separados espacialmente, permitindo a troca de informações entre a matéria e a luz - os feixes de laser leem os dados no aglomerado de átomos e os fótons coordenados podem ser distribuídos por redes quânticas para a transmissão dos dados ou para processamento.

Na pior da hipóteses, se não viabilizar um computador quântico, um sistema assim poderá permitir a realização do sonho de Richard Feynman, que propôs há mais de 30 anos que o aparato serviria como um simulador quântico, que permitirá o estudo dos fenômenos do mundo quântico.

Possibilidades

O entrelaçamento quântico é um recurso por excelência do mundo quântico e envolve correlações entre os componentes do sistema físico que não podem ser descritos pela física clássica.

Embora pareça estranho, não existe nenhuma realidade objetiva para as propriedades físicas de um sistema quântico entrelaçado. Em vez disso, um sistema entrelaçado contém simultaneamente múltiplas possibilidades de suas propriedades.

Estranho ou não, o entrelaçamento quântico é considerado pelos cientistas como a base para futuras tecnologias, como computação quântica, criptografia quântica e teletransporte quântico.

Em 2009, a mesma equipe usou uma esfera que levita por luz para demonstrar fenômenos quânticos.

Bibliografia:
Entanglement of spin waves among four quantum memories
K. S. Choi, A. Goban, S. B. Papp, S. J. van Enk, H. J. Kimble
Nature
17 November 2010
Vol.: 468, 412-416
DOI: 10.1038/nature09568

Fonte: Inovação Tecnológica

Ricardo M. Beskow

Kandou - seu computador ainda vai ter um

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/11/2010

Kandou - seu computador ainda vai ter um

Ao longo dos últimos 10 anos, os barramentos dos computadores vêm sendo modificados, adotando novas técnicas de transmissão dos sinais. [Imagem: EPFL]

A melhor estimativa feita até agora cravou em 150 bilhões de kWh o consumo de eletricidade de todos os computadores do mundo.

Qualquer fração de redução em tamanha magnitude pode ter um impacto econômico e ambiental de grandes proporções.

E quem vem em nosso socorro nessa empreitada é ninguém menos do que a super heroína... Matemática.

Rodovias da informação

Embora todos os equipamentos eletrônicos sejam equipados com processadores muito rápidos, eles continuam tendo que trocar dados com a sua "periferia" - memória, monitores, impressoras, teclados e uma infinidade de outros periféricos.

Essa comunicação - seja com os periféricos, seja com outros processadores - usa as chamadas "rodovias da informação" que, em vez de asfalto, são feitas mais comumente de cobre.

O problema é que esses pequenos fios costumam ficar muito próximos uns dos outros, e acabam criando uma interferência mútua, sujando os sinais e impedindo que os processadores funcionem em sua capacidade total.

É sempre possível amplificar os sinais.

O problema é que as interferências aumentam proporcionalmente. É mais ou menos como se duas pessoas decidirem falar mais alto em um restaurante, achando que vão ouvir melhor uma à outra - logo, seus vizinhos elevarão o volume e todos gastarão muito mais energia para chegar ao mesmo resultado de antes.

Limites dos barramentos

Agora, Harm Cronie e Amin Shokrollahi, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, encontraram uma forma de enfrentar esse problema, abrindo caminho para a construção de computadores que gastam menos energia.

De forma um tanto inusitada, os dois pesquisadores foram buscar auxílio da matemática para criar sua solução, batizada de Kandou.

Ao longo dos últimos 10 anos, os barramentos dos computadores vêm sendo modificados, adotando novas técnicas de transmissão dos sinais.

Atualmente, a informação é transmitida por pares de fios. Em um deles, a mensagem é transmitida em "positivo" e, no outro, em "negativo".

Cada par de fios sofre mais ou menos a mesma interferência do ambiente. Subtraindo a informação "positiva" da informação "negativa", esses distúrbios são anulados, enquanto a intensidade do sinal é duplicada.

Esta solução é eficaz, mas exige o dobro de fios, o que nem sempre é viável. Assim, a quantidade de energia por fio tem que ser aumentada para se obter a velocidade desejada. O resultado - embora melhor do que simplesmente amplificar os sinais - ainda não é perfeito.

Kandou - seu computador ainda vai ter um

O barramento Kandou usa um algoritmo especial para codificar os sinais, que são todos transferidos simultaneamente. [Imagem: ]

Barramento Kandou

Já o barramento Kandou usa um algoritmo especial para codificar os sinais, que são todos transferidos simultaneamente. No destino, um decodificador recupera os sinais originais.

No exemplo do restaurante, é como se, em vez de começarem a falar mais alto, um casal passasse a usar a linguagem de sinais, enquanto seus vizinhos continuassem falando em português.

O Kandou utiliza um sistema semelhante, evitando que os fios vizinhos interfiram entre si, gerando um nível de ruído significativamente menor.

As vantagens são muitas, incluindo o uso de poucos fios, o que reduz o tamanho dos chips, o aumento na velocidade de transmissão, e o menor consumo de eletricidade.

A tecnologia já foi apresentada às grandes empresas do setor de tecnologia da informação, e tem grandes chances de ser incorporada aos computadores, celulares e outros aparelhos eletrônicos nos próximos anos.

 

Fonte: Inovação Tecnológica

Ricardo M. Beskow

Vêm aí os computadores caóticos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/11/2010

Computadores caóticos serão camaleões digitais

Portas lógicas booleanas

Com todas as maravilhas que seu computador lhe permite, no fundo, no fundo, ele é feito de minúsculas chaves, chamadas transistores, arranjadas na forma de pequenos circuitos, chamados portas lógicas.

Uma porta lógica é um circuito que recebe duas entradas e fornece um resultado de saída.

As portas caóticas permitem construir dispositivos de computação com a capacidade de se reconfigurar em uma série de portas lógicas diferentes. [Imagem: Ditto et al./Chaos]

Para que seu computador funcione da maneira que você espera, essas portas lógicas devem dar resultados muito precisos. Uma porta AND, por exemplo, só deve dar resultado 1 se houver pelo menos uma entrada 1. E uma porta OR deverá dar sempre resultado 1, a menos que haja duas entradas 0.

Se parece confuso, saiba que, juntando meia dúzia de "maquininhas" capazes de tomar decisões desse tipo, você nem precisa de transistores, e pode construir um computador de qualquer coisa - de varetas e cordas ou de copos e canos com água, por exemplo.

Mas suas "maquininhas", ou suas portas lógicas, deverão sempre dar respostas simples, precisas e unidirecionais - ou 0 ou 1, dependendo dos dois valores que entram. Depois é só montar tudo em uma estrutura hierárquica bem definida e você terá um computador.

Portas caóticas

Mas agora um grupo de cientistas de várias universidades norte-americanas está propondo uma mudança radical nesse enfoque.

Em vez do determinismo e da precisão das portas lógicas tradicionais, eles acreditam que é possível construir computadores melhores usando "portas caóticas", ou portas que tomam suas decisões com base nos fenômenos descritos pela teoria do caos.

De forma bem simplificada, eles usaram padrões caóticos para codificar e manipular as entradas de forma a produzir a saída desejada.

Eles selecionaram os padrões desejados a partir da infinita variedade oferecida por um sistema caótico. Um subconjunto desses padrões foi então utilizado para mapear as entradas do sistema (as condições iniciais) nos resultados desejados.

O mais interessante é que esse processo permite construir dispositivos de computação com a capacidade de se reconfigurar em uma série de portas lógicas diferentes.

Eles batizaram essas portas capazes de se metamorfosear de Chaogates. E, como sempre acontece nas universidades norte-americanas, e deveria também acontecer nas brasileiras, eles fundaram uma empresa, a ChaoLogix, para tentar vender sua ideia.

Computadores caóticos serão camaleões digitais

Imagine um computador capaz de mudar seu próprio comportamento interno para criar um bilhão de chips customizados a cada segundo, baseado no que o usuário está fazendo naquele segundo. [Imagem: Ditto et al./Chaos]

Computador metamórfico

"Imagine um computador capaz de mudar seu próprio comportamento interno para criar um bilhão de chips customizados a cada segundo, baseado no que o usuário está fazendo naquele segundo - um computador que possa reconfigurar a si mesmo para se tornar o computador mais rápido no momento para a sua aplicação," vislumbra William Ditto, da Universidade do Arizona, um dos autores da nova técnica.

Segundo Ditto, a ChaoLogix já está montando os primeiros protótipos de computador caótico e já é possível verificar que a abordagem poderá ser útil para equipamentos eletrônicos comuns, para computadores voltados para jogos e para sistemas de informática mais seguros.

Segundo o pesquisador, os processadores caóticos não apenas poderão ser fabricados com a mesma tecnologia dos atuais, como eles poderão ser incluídos em circuitos mistos, que mesclem processadores lógicos convencionais e processadores caóticos.

"As portas caóticas são os blocos básicos de novos sistemas computacionais baseados no caos, que vão explorar as gigantescas capacidades de formação de padrões dos sistemas caóticos em benefício da computação," diz ele.

Mapa logístico

Ao contrário do que se possa imaginar, sistemas caóticos não são nem aleatórios e nem imprevisíveis: eles apresentam padrões irregulares extremamente sensíveis às condições iniciais.

Um sistema caótico gera uma saída em resposta a uma dada entrada, de forma muito parecida com um circuito booleano tradicional - mas a saída é muito sensível aos valores de entrada e às condições iniciais da rede.

Ditto e seus colegas descobriram que a adição de mecanismos de controle bastante simples permite definir o padrão de saída de forma muito segura - isto significa que uma mesma porta caótica pode executar várias funções lógicas.

A chave para a geração de múltiplas saídas a partir do mesmo conjunto de entradas é baseada em um conceito chamado "mapa logístico", que descreve uma função matemática não-linear que mapeia as entradas para uma saída específica.

Os cientistas desenvolveram uma função de mapeamento logístico que utiliza as propriedades não-lineares de um transístor CMOS comum de tal forma que é possível criar uma célula caótica muito eficiente.

Computadores híbridos

Circuitos de interfaces simples permitem que a célula caótica seja interconectada com outros circuitos caóticos ou com portas lógicas booleanas tradicionais, abrindo o caminho para a tecnologia e para a viabilização de computadores híbridos.

Uma das vantagens das portas caóticas é que elas possuem uma "assinatura de potência" que é independente do estado lógico de entrada.

Esta é uma característica importante para aplicações seguras, permitindo o uso de técnicas de análise diferencial para determinar as chaves de criptografia - por exemplo, pelo monitoramento da corrente elétrica consumida pelo circuito.

Bibliografia:
Chaogates: Morphing logic gates that exploit dynamical patterns
William L. Ditto, A. Miliotis, K. Murali, Sudeshna Sinha, Mark L. Spano
Chaos
November 2010
Vol.: 20, 037107 (2010)
DOI: 10.1063/1.3489889

Fonte: Inovação Tecnológica

Ricardo M. Beskow