quarta-feira, 16 de junho de 2010

Verdades e mentiras sobre os DVDs

20100611182619 Ainda muito utilizado por quem precisa fazer backup de arquivos, os DVDs trazem muita dor de cabeça pela facilidade de perda dos dados; veja como cuidar bem do seu conteúdo digital e evitar dores de cabeça

Eles chegaram para substituir as antigas fitas VHS e os disquetes. Mas, nem sempre a história acaba bem.... Veja o caso do Evandro. Ele é administrador de redes e um dia teve que fazer backup de alguns e-mails antigos da empresa em um DVD. Aí...

"Nós acabamos perdendo um grande período de anos de mensagens que fizemos o backup dentro do DVD e, devido a esse problema, nós tivemos um período de mais ou menos 4 anos de mensagens perdidas, informações muito importantes", relata o administrador de Redes, Evandro Cesar.

Mas você deve se perguntar: "por que é tão fácil o conteúdo do DVD simplesmente sumir?"

"Principalmente pela qualidade da mídia. Infelizmente, embora você tenha um formato único que é o DVD, nós não podemos garantir que os fabricantes utilizem o mesmo material para gravação, então esse é um dos fatores principais. Outros fatores que concorrem para essa perda de dado são a qualidade do equipamento de gravação, o equipamento que faz a leitura, a taxa de transferência que esses dados vão chegar na mídia a ser gravada, e uma série de outors fatores", explica o Profº Luciano Silva, da Faculdade de Computação e Informática do Mackenzie.

O processo de gravação de um DVD pode ser explicado de uma maneira bem simples. Imagine o DVD como se fosse um disco de vinil. Só que ao invés da agulha, são raios laser vermelhos que lêem e também gravam as informações. Ao invés de sulcos, são saliências que representam os zeros e uns, dispostos em forma de espiral. E cada uma das trilhas tem apenas 740 nanômetros. Se a gente pudesse arrancar a trilha de dados de um DVD e esticá-la em uma linha reta, ela teria quase 12 quilômetros de comprimento! Você consegue pensar que uma estrutura dessas seria capaz de armazenar tantas informações?

E a velocidade da gravação é um fator que pode definir se os dados serão transferidos integralmente ou não. Tá vendo esse número aqui? Ele indica a velocidade mais segura para você fazer a gravação do DVD em cada um dos aparelhos. Alguns mostram 8x, outros exibem 16x e há os que sugerem velocidade entre 1x e 8x, por exemplo. É bom seguir as recomendações do fabricante para garantir a melhor qualidade de gravação.

"Se você tem um equipamento que está configurado com a gravação máxima de 4x, e você tentar fazer uma gravação em 16x, provavelmente o dado vai ser gravado de forma incorreta. Isso acontece porque você tem que compatibilizar a velocidade de rotação que você tem do equipamento de gravação, junto com a velocidade de gravação do laser", esclarece Luciano Silva.

E sabe aquelas receitinhas caseiras para limpar o disco, como passar um pouco de água e um paninho em cima? Ou então esfregar a mídia com detergente? Acredite, é melhor esquecer esses conselhos!
"Inclusive, qualquer coisa, casca de banana, já vi pessoas limpando com laranja... você tem, na realidade, uma série de ácidos ali que podem contribuir para o desgaste mais rápido daquela mídia", conta o professor.

Não existe ao certo uma data de validade de um DVD, conforme constatou o Centro Nacional Francês de Pesquisa. Mas, os cientistas comprovaram a instabilidade dessa mídia, que pode armazenar corretamente suas fotos e vídeos por dez anos, ou pode perder todo o conteúdo em apenas alguns meses. O pior é que isso não tem a ver com a marca. Na pesquisa francesa, discos da mesma marca tiveram comportamentos bem diferentes.

Então, a melhor coisa a fazer é pecar pelo excesso, como faz agora o Evandro. Hoje ele dispensou os DVDs e passou a ter mais de um lugar para backup.

"Além de ter dois HDs em casa, que de tempos em tempos eu faço uma cópia, eu possuo um Storage, que é um HD externo", conta Evandro.

As dicas estão aí, agora, provavelmente você terá menos dor de cabeça no futuro.

Fonte: Olhardigital

Ricardo M. Beskow

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