Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/07/2014
[Imagem: KAIST]
Parede interativa
Esta é a TransWall, uma tela semitransparente sensível ao toque dos dois lados.
Seus criadores, do Instituto KAIST, na Coreia do Sul, afirmam que ela
é ideal para que os compradores dos shoppings centers encontrem itens
interessantes para comprar...
"Através das vitrines, os compradores podem ver os produtos expostos,
mas podem ter dificuldades apenas olhando. Com o TransWall, no entanto,
as vitrines podem se tornar mais divertidas e realistas do que nunca,"
afirmam eles, eventualmente pensando no cliente interagindo com um
vendedor sem precisar entrar na loja.
Isso porque, além da sensibilidade ao toque, a tela possui um
transdutor superficial que vibra, podendo fornecer um feedback tátil ao
usuário.
"O conceito da TransWall permite às pessoas ver, ouvir, ou mesmo
tocar umas às outras através da parede, enquanto desfrutam de jogos e
comunicação interpessoal. A TransWall pode ser instalada no interior de
edifícios, como centros comerciais, museus e parques temáticos, para que
as pessoas tenham a oportunidade de colaborar mesmo com estranhos de
uma forma natural," propõe o professor Woohun Lee, idealizador da
tecnologia.
A tela é interessante, mas parece que os pesquisadores precisam ser mais criativos na busca de novos usos para suas invenções.
Tela de enrolar
[Imagem: LG Display]
Esta tela transparente da LG é menor - 18 polegadas - e não tem sensibilidade ao toque dos dois lados.
Mas a grande novidade da tecnologia é que ela pode ser enrolada em um
tubo de apenas 3 centímetros de raio "sem que a função da tela de 1.200
x 810 pixels seja afetada", segundo a empresa.
Embora telas de enrolar sejam esperadas há muito tempo,
a LG parece ter chegado a uma solução interessante usando um filme de
poliimida de grande densidade, em substituição aos plásticos ou vidros
flexíveis normalmente utilizados.
"Estamos confiantes de que, em 2017, vamos conseguir desenvolver uma
tela de OLED ultra-HD flexível e transparente de mais de 60 polegadas,
que terá uma transmitância superior a 40% e um raio de curvatura de
100R," afirmou In-Byung Kang, chefe do centro de P&D da LG Display.
Computadores de vidro
[Imagem: Optics Express]
A equipe do Dr. Raman Kashyap, da Universidade Politécnica de
Montreal, no Canadá, colocou suas fichas no famoso Gorilla Glass®, da
empresa Corning, usado em várias marcas de celulares inteligentes e
tablets.
Kashyap criou uma técnica que permite a inserção de várias camadas sucessivas de sensores sobre o vidro.
Assim, segundo o pesquisador, além de detectar o toque de seus dedos,
a tela poderá - no futuro - ser capaz de detectar sua temperatura,
medir o nível de açúcar no seu sangue e até analisar seu DNA.
"Neste momento nós estamos abrindo a Caixa de Pandora. Cabe às pessoas inventarem novos usos," entusiasma-se ele.
Além de sensores biomédicos, a tecnologia poderá permitir fabricar
dispositivos mais complexos, como circuitos incorporados em qualquer
superfície de vidro, como janelas ou tampos de mesa, eventualmente
criando as telas transparentes vistas em filmes como Avatar e Homem de
Ferro.
Tudo isso graças a uma técnica para gravar componentes fotônicos
a laser diretamente no vidro. Esses componentes, chamados guias de
onda, funcionam como canais para guiar a luz, como os fios guiam os
elétrons. A técnica é bem conhecida, mas esta foi a primeira vez que ela
foi usada para criar componentes em um produto comercial como o Gorilla
Glass.
A transformação da tecnologia em produtos, porém, demandará ainda
muitos desenvolvimentos adicionais e bastante tempo, já que,
essencialmente, o caminho a percorrer é o mesmo dos processadores fotônicos.
Bibliografia:
Making Smart Phones Smarter with Photonics
Jerome Lapointe, Mathieu Gagné, Ming-Jun Li, Raman Kashyap
Optics Express
Vol.: 22, Issue 13, pp. 15473-15483
DOI: 10.1364/OE.22.015473
Making Smart Phones Smarter with Photonics
Jerome Lapointe, Mathieu Gagné, Ming-Jun Li, Raman Kashyap
Optics Express
Vol.: 22, Issue 13, pp. 15473-15483
DOI: 10.1364/OE.22.015473
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