Com informações da BBC - 11/09/2013
A Fórmula E vai começar em setembro de 2014, em Londres, com corridas em
outras nove cidades, incluindo Rio de Janeiro, Pequim e Los Angeles.
[Imagem: FIA]
Corridas eletrizantes
A Fórmula 1 deve ganhar em breve uma versão com carros elétricos - a Fórmula E.
A FIA, órgão que controla o automobilismo mundial, pretende lançar o campeonato de Fórmula E no ano que vem.
Os carros de corrida elétricos terão suas baterias recarregadas
continuamente por sistemas sem fio e contarão ainda com tecnologia de
realidade aumentada.
A categoria já vem realizando testes com seus carros, com o
brasileiro Lucas di Grassi como piloto. Outro piloto brasileiro, Gil de
Ferran, foi apontado como embaixador da categoria.
O recorde mundial de velocidade de um carro elétrico já pertence a uma das equipes inscritas na Fórmula E, a Lola Drayson.
Analistas avaliam que a competição poderá ajudar a melhorar a percepção do público em relação aos carros elétricos.
A FIA diz que a intenção do campeonato será garantir o entretenimento
do público e também promover a tecnologia dos veículos elétricos.
"Faremos com que as pessoas fiquem mais propensas a comprar um carro
elétrico, mas isso levará tempo - cinco ou dez anos", afirmou o
presidente-executivo da Fórmula E, Alejandro Agag.
O brasileiro Lucas di Grassi é o piloto de testes da Fórmula E. [Imagem: FIA]
Fórmula E
A Fórmula E vai começar em setembro de 2014, em Londres, com corridas
em outras nove cidades, incluindo Rio de Janeiro, Pequim e Los Angeles.
Dez equipes, cada uma com dois pilotos, competirão entre si em corridas de uma hora.
A FIA anunciou nesta semana um acordo de patrocínio com a fabricante
de chips para smartphones Qualcomm, que fornecerá, além de um valor não
revelado, a tecnologia de recarga das baterias e de realidade aumentada
para a nova categoria.
Entre os produtos que a Qualcomm pretende oferecer está uma tecnologia de reabastecimento sem fio, chamada Halo.
A tecnologia, desenvolvida pelo laboratório da empresa em Londres,
cria um campo eletromagnético usando uma plataforma de cobre enterrada
no chão.
Esse campo é captado por uma bobina instalada no veículo, que o converte em eletricidade para carregar uma bateria.
A equipe britânica de Formula E Drayson Racing Technologies já testou
uma versão customizada do Halo como forma de carregar seus veículos
quando eles estão parados.
Porém, a intenção é usar a tecnologia para recarregar somente o carro
de segurança das competições no primeiro ano, para depois estendê-la
para os demais carros no segundo ou terceiro ano.
Com o tempo, segundo a Qualcomm, várias plataformas poderiam ser
instaladas nos locais de competição para permitir o "carregamento
dinâmico", ou seja, a habilidade de reabastecer os carros em movimento,
ajudando-os a completar a corrida no menor tempo possível.
O
Lola B12 69/EV atingiu uma velocidade de 328,6 km/h, batendo o recorde
mundial de velocidade da categoria. [Imagem: Lola Drayson]
Realidade aumentada
A Coreia do Sul já lançou algo semelhante, usando uma tecnologia
local semelhante para recarregar ônibus elétricos em determinadas rotas.
Porém esses esquemas são caros, e a FIA reconhece que a competição
terá que se mostrar popular para levantar os recursos necessários para
pagar pela instalação dos sistemas de recarregamento.
A Qualcomm também pretende ajudar a desenvolver sistemas telemétricos
usados nas corridas. "Pressão dos pneus, motores, combustível, fluido
de freio, velocidade, torque - todo tipo de coisas pode ser monitorado a
cada nanossegundo", explica Anand Chandrasekher, diretor de marketing
da empresa.
Segundo ele, as informações também poderão ser vistas pelo público
por meio de um software de realidade aumentada, permitindo aos
espectadores observar o carro de sua preferência mesmo que edifícios ou
objetos obstruam sua visão simplesmente usando seus smartphones ou
tablets para tornar o veículo visível.
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